sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Fundação Palmares participa de homenagem ao Centenário de Umbanda na Câmara dos Deputados

No próximo dia 15 de novembro, o movimento umbandista vai celebrar seu primeiro centenário. Cem anos de um movimento espiritual-filosófico-cultural-religioso genuinamente brasileiro.

Em virtude da data, a Câmara dos Deputados realiza nesta segunda-feira, 10 de novembro, uma Sessão Solene em Homenagem ao Centenário da Umbanda. A Fundação Cultural Palmares será representada pelo mais novo diretor do Departamento de Proteção do Patrimônio Afro-brasileiro, Maurício Reis.

Além do diretor, estão confirmadas as presenças dos idealizadores do evento, Deputados Federais Vicentinho e Carlos Santana, o Secretário Especial de Direitos Humanos, além de diversas lideranças religiosas, dentre elas, Pai Cássio Ribeiro, presidente da Federação de Umbanda e Culto Afro-Brasileiro de Diadema – FUCABRAD; e Pai Ramos, presidente do Conselho Nacional da Umbanda do Brasil-CONUB.

A Cerimônia ocorre às 10h, no plenário Ulysses Guimarães, Câmara dos Deputados.

Sobre o Movimento Umbandista

Surgiu no Brasil no início do século XX, historicamente, no dia 15 de novembro de 1908, data em que numa sessão da Federação Espírita em Niterói, Estado do Rio de Janeiro, compareceu um jovem de 17 anos de tradicional família fluminense, chamado Zélio Fernandino de Moraes, com uma moléstia não identificada pelos médicos.

Durante a sessão recebeu mensagens mediúnicas do Caboclo das Sete Encruzilhadas quando anunciou a missão que trazia: estabelecer as bases de um culto, no qual os espíritos de índios e escravos viriam cumprir as determinações do Astral e que no dia seguinte estaria na residência do médium, para fundar um templo, que preconizasse a igualdade, a união e a inclusão. Este é o marco histórico da Umbanda, a religião brasileira.

Desde o início o Movimento Umbandista abrigou os excluídos, promovendo uma cultura de paz, de harmonia e respeito pelas etnias que construíram nosso país. O Movimento Umbandista se estabeleceu sem profetas, sem mártires, sem dogmas, sem alarde, permitindo e valorizando a diversidade característica do povo brasileiro.

A história do movimento umbandista acompanha a das etnias que compõem o povo brasileiro e está repleta de episódios de discriminação, segregação e cerceamento da liberdade de expressão. De fato, a trajetória do movimento umbandista confunde-se com a dos povos escravizados e está marcada pela exclusão social imposta às classes mais baixas da população, composta por negros, indígenas, mestiços, imigrantes e todos os demais sem acesso à educação, à cultura e aos bens de consumo.

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