quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Patrimônio histórico, cultural e social

A Serra da Barriga localizada no município de União dos Palmares, zona da mata alagoana, foi a sede administrativa do Quilombo dos Palmares – “república negra” que possuiu uma organização sócio-política-militar, com mais de 10 mocambos (esconderijos) estratégicos distribuídos na zona da mata, entre os estados de Alagoas e Pernambuco, ocupou uma área de aproximadamente 200km² e resistiu por aproximadamente 100 anos, chegou a ter uma população superior a 20.000 habitantes formada por escravos fugidos, indígenas e brancos empobrecidos.

Atualmente, a Serra da Barriga é considerada um templo sagrado, símbolo da liberdade e da resistência negra, além de ser o palco de grandes homenagens à luta por igualdade racial e contra o racismo. Desde novembro de 1986 foi inscrita no Livro de Tombamento Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, e ainda, foi reconhecida como Monumento Nacional no ano 1988, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

E agora, pode se tornar Patrimônio Cultural do Mercosul, já que, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estar sendo produzido um dossiê, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Fundação Cultural Palmares, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), instituições públicas e sociedade civil. 

O documento será entregue em março para avaliação da Comissão de Patrimônio Cultural do bloco econômico, e a candidatura será inserida na proposta “La Geografía del Cimarronaje: Cumbes, Quilombos y Palenques del MERCOSUR”, concorrendo com outros juntamente com Colômbia, Equador e Venezuela, que também apresentaram sítios de interesse para a valoração da contribuição africana no continente sul-americano.

Outra notícia positiva, mencionada no início desse mês, foi a pavimentação do acesso à Serra da Barriga que foi confirmada pela Secretaria de Transporte e Desenvolvimento Urbano e a expectativa é que a obra seja finalmente concluída e inaugurada no dia 20 de novembro, durante as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra e Zumbi dos Palmares.

Já passou da hora desse local ter o devido reconhecimento do Poder Público e sociedade. Trata-se de um marco para o Estado de Alagoas e também fortalecerá o turismo étnico na região dos quilombos, além de ser mais um mecanismo na América Latina para a valorização do pertencimento étnico.


Fonte: Coluna Axé – 431ª edição – Jornal Tribuna Independente (21 a 27/02/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Indígenas confirmam presença nas prévias carnavalescas de Maceió

Povos Xucurus Cariris, de Alagoas, e Xavantes, do Mato Grosso, desfilam neste sábado (18), no Bloco do Bicentenário 


 
Indígenas confirmam presença nas prévias carnavalescas de Maceió
Graciliana Wakaña afirma que a interação entre os povos promove a respeitabilidade das diferenças (Foto: Agência Alagoas) 








 
Texto de Tais Albino
No ano em que se comera o bicentenário da emancipação política de Alagoas, as prévias carnavalescas de Maceió contarão com uma atração à parte. Pela primeira vez, povos indígenas vão participar dos festejos. Entre jovens e anciãos, são cerca de 30 pessoas que participarão do ‘Bloco do Bicentenário’, neste sábado (18), na orla da Pajuçara.

Oriundos de Palmeira dos Índios, os Xucurus Cariris vão celebrar os festejos carnavalescos, junto aos foliões tradicionais, trazendo interculturalidade ao Carnaval do Bicentenário. Além dos povos indígenas do Estado, os Xavantes, do Mato Grosso, também estarão presentes.

Graciliana Wakaña, do Comitê Intertribal de Mulheres Indígenas do Nordeste e conselheira estadual da Promoção da Igualdade Racial, explica a importância da representatividade do ato para os povos indígenas.

“Quando passamos essa ideia para o cacique, ele ficou espantado, assim como a maioria dos anciãos. Não é comum nos proporem uma interação assim. Precisamos louvar o apoio do Governo de Alagoas nesse sentido, e dos próprios indígenas por aceitarem. Não é normal os índios participarem do Carnaval”, disse a conselheira.

A ideia surgiu durante as conversações da Comissão Mista do Bicentenário, que foi instituída para realizar estudos e propor ao Governo do Estado ações para a programação dos 200 anos de emancipação. Para Graciliana Wakaña, a interação promove a respeitabilidade das diferenças.

“A intenção é promover o intercâmbio de experiências nesse momento festivo que só o Carnaval trás, e o bicentenário tá envolvendo todos os povos e raízes alagoanas; não só os indígenas, mas os negros também”, disse a representante.
Fonte: Ascom/Secult

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Roda de Diálogos: "Leituras Contemporâneas sobre Imaginário, Sociedade, Racismo e Empreendedorismo"

Por: Arísia Barros

Dia 21 de fevereiro, das 9 às 13 horas, o Instituto Raízes de Áfricas, com apoio do governo do estado de Alagoas promove a Roda de Diálogos: "Leituras Contemporâneas sobre Imaginário, Sociedade, Racismo e Empreendedorismo", das 9 às 13h, na Sala dos Conselhos do Palácio República dos Palmares, em Maceió, AL.

Com uma programação diversificada a Roda tem como objetivo propiciar a escuta e troca de experiências, redefinindo e redimensionando a questão racial na sociedade, dando-lhe uma dimensão e interpretação políticas, consubstanciando o debate racial com foco na  abordagem da  sustentabilidade social, econômica, cultural e espacial.

Na abertura da atividade teremos a militante jovem negra, Mirian Soares realizando uma performance afro-poética-artística, como também a exibição de depoimentos do Documentário Abayomi, idealizado pelo Instituto Raízes de Áfricas e produzido pela TVE Alagoas, que serão comentados por Arísia Barros, Fernanda Monteiro e Mirian Soares.

O convidado que vem de fora é Giovanni Harvey, consultor em Políticas Públicas, Programas e Projetos de Ações Afirmativas, diretor da Incubadora Afro Brasileira e ex-secretário Executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

Programação

9h- Abertura da Roda de Diálogos

9h20- Apresentação afro-artística: Eu, poemando- Mirian Sousa- ativista da juventude negra, em Alagoas.

9h30- Exibição do Documentário Abayomi- (Instituto Raízes de Áfricas - TV Educativa-AL)

Múltiplos diálogos sobre racismo, com Arísia Barros, alagoana, faz o exercício cotidiano do ativismo social preto-político, nas Alagoas de Palmares e Fernanda Monteiro, presidente PMDB Afro Alagoas.

-Apresentando  Abayomi, a boneca

10h30- Roda de Diálogos: Leituras Contemporâneas sobre  Imaginário, Sociedade, Racismo e Empreendedorismo-

Giovanni Harvey- consultor em Políticas Públicas, Programas e Projetos de Ações Afirmativas, diretor da Incubadora Afro Brasileira e ex-secretário Executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

11h30- Diálogo ampliado

13h30- Lanche/Encerramento

Para se inscrever basta enviar um e-mail, com nome, instituição, contato para raizesdeafricas@gmail.com, ou arisia.barros@gmail.com

Inscreva-se logo, pois as vagas são limitadas.

Haverá certificação.

Mais informações: (82) 3231-4201-98827-3656


Fonte: Blog - Raízes de África

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Visita oficial

Em visita oficial ao Estado de Alagoas, a Ministra de Direitos Humanos e Igualdade Racial,  Luislinda Valois, cumpriu uma extensa agenda sociopolítica.

No domingo, ela esteve pela primeira vez na Serra da Barriga – solo sagrado, palco da resistência negra e sede administrativa do Quilombo dos Palmares – na ocasião, ela conheceu os espaços temáticos do Parque Memorial e obteve mais informações sobre a organização dos guerreiros e guerreiras quilombolas. Ela destacou que foi um momento ímpar em sua vida, de grande valor cultural e histórico. “Ali, naquele espaço tem muita coisa envolvida, é muito profundo, e não devemos explorar aquele espaço somente no campo do turismo”.

A ministra também esteve no Tribunal de Justiça (TJ-AL) e na Secretaria Estadual de Segurança Pública, onde defendeu a inclusão de Alagoas no Plano Nacional de Segurança que visa a mediação entre a Polícia Militar e as comunidades, e ainda, a implantação de uma delegacia especializada na repressão ao racismo, xenofobia, homofobia, lesbofobia e outros crimes de ódio.

No encontro com representantes dos segmentos afros, reafirmou o seu compromisso para a implantação de políticas públicas para combater a desigualdade social e étnicorracial.

Ministra
A ministra Luislinda Valois (foto) reuniu-se nessa segunda-feira(13), no auditório Aqualtune do Palácio República dos Palmares, com gestores, gabinete civil, assessores técnicos das secretarias de Cultura e Educação, e Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral); representantes dos segmentos afros, a exemplo, da Federação Alagoana de Capoeira (Falc) e Federação dos Cultos Afros Umbandista do Estado de Alagoas; liderança da aldeia Wassu Cocal; membros da comissão de direitos humanos na OAB/AL; além dos presidentes dos conselhos estaduais da Mulher, LGBT, Direitos Humanos e Conepir.



Fonte: Coluna Axé – 430ª edição – Jornal Tribuna Independente (14 a 20/02/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Governo de AL apoia vigília afro na Serra da Barriga

A celebração reverenciou os antepassados que resistiram até à morte no Quilombo dos Palmares, lutando contra a escravidão, por respeito e liberdade 

Texto: Ascom/Iteral
Fotos: Leto Santana – Mestre de Capoeira (CORTESIA)

 

Durante toda a madrugada dessa segunda-feira (6) na Serra da Barriga localizada no município de União dos Palmares, zona da mata alagoana, ocorreu a Vigília Afro “Honra e Referência aos antepassados”. A celebração foi composta por caminhada, cânticos, reflexões e apresentações artísticas em alusão ao dia do massacre e destruição da sede do Quilombo dos Palmares no ano de 1694, e também, homenageou todos os guerreiros e guerreiras quilombolas que lutaram por liberdade e contra o período escravocrata brasileiro.


Estiveram presentes cerca de 200 pessoas, demonstrando uma ampla diversidade sociocultural e política: membros titulares e suplentes do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir/AL); pesquisadores e estudantes universitários; mestres, instrutores e professores de capoeira; sindicalistas; babalorixás, yalorixás e adeptos das religiões de matrizes africanas; evangélicos da Igreja Batista do Pinheiro; ativistas do Movimento Negro e LGBT alagoano; lideranças quilombolas da comunidade remanescente de quilombo Muquém; além de convidados oriundos de outros estados, a exemplo, do Rio de Janeiro e Bahia.

A estudante de enfermagem, Yara Costa, de 25 anos, só tinha visitado à Serra da Barriga durante as festividades do Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) e dessa vez levou seus familiares para conferir a cerimônia afro. “Eu achei que o evento conseguiu cumprir o seu papel de trazer a história de tudo que aconteceu naquele espaço. Em cada parada, eu consegui entender melhor sobre a data e a união deles [quilombolas], de como a capoeira foi fortalecida e também sobre a religião. Eu me surpreendi muito com a organização e com a acolhida, mesmo com o cansaço, a gente se animou com a apresentação do grupo de dança afro e o teatro ”, afirmou a jovem.

A programação recebeu o apoio do Governo de Alagoas, por meio do gabinete civil, Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (SEMUDH) e do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral). Também contou a colaboração da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura; Prefeitura Municipal de União dos Palmares; Universidade Estadual de Alagoas (Ufal); Sintufal; Uninassau; Movimento de Arte e Cultura Popular de União dos Palmares (CELCAB); Espaço Baubá; Grupo União Espírita Santa Bárbara (GUESB) e Adapo Muquém.
 
De acordo com Leone Silva, socióloga e assessora técnica dos núcleos quilombolas e indígenas do Iteral, o evento consolidou o engajamento governamental e proporcionou uma infraestrutura apropriada, com conforto e segurança aos participantes. “A vigília afro é de fundamental importância para o povo alagoano, porque acreditamos que ela tem o objetivo de fortalecer e aproximar os segmentos afros, como também, de perpetuar a história e cultura do nosso povo, incentivando os mais jovens para o amor e o respeito à identidade afrocultural. Diante disso, o Iteral foi um dos parceiros e garantiu o apoio com o transporte”, destacou Leone.




História
O Quilombo dos Palmares resistiu por aproximadamente cem anos, chegou a ter uma população superior a 20.000 habitantes formada por escravos fugidos, indígenas e brancos empobrecidos. Essa “república negra” possuía uma organização sócio-política-militar, com mais de 10 mocambos (esconderijos) estratégicos distribuídos na zona da mata, entre os estados de Alagoas e Pernambuco, e ocupou uma área de aproximadamente 200km2. Já a Serra da Barriga – sede administrativa do Quilombo – atualmente é considerada um templo sagrado e palco da resistência negra; e desde novembro de 1986 foi inscrita no Livro de Tombamento Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, e ainda, foi reconhecida como Monumento Nacional no ano 1988, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Os vários quebras

O Quebra de Xangô, infelizmente, deixou marcas intensas e continuam latejando até os dias atuais com diferentes formas de perseguição e opressão. Em 1912 existia uma milícia conhecida por Liga dos Republicanos Combatentes – agremiação política que fazia oposição ao governador da época, Euclides Malta – realizava as invasões, espancamentos e prisões dos adeptos das religiões de matrizes africanas.

Para manter viva a crença, precisava silenciar os tambores, disfarçar ou fugir para outros Estados. Porém, de acordo com o historiador e babalorixá Célio Rodrigues (Pai Célio) o culto ao orixá foi proibido em todo o Brasil no ano de 1957, durante o governo do Presidente Getúlio Vargas, e cada governador adotou a sua metodologia para cumprir a determinação. 

Em Alagoas, era necessário que cada terreiro solicitasse um alvará de funcionamento e comunicar à Polícia (DOPS); os toques aos orixás só podiam ser realizados aos domingos das 16h às 19h, e caso o horário fosse burlado, podia ocorrer a invasão a qualquer momento, os instrumentos eram recolhidos e a casa suspensa; nas vistorias, o juizado de menores também acompanhava a polícia para impedir a participação das crianças, e caso fosse comprovada a iniciação à religião, ou estivesse dançando ou cantando, o terreiro também era multado.

O tempo passou e apesar dos inúmeros mecanismos para combater essas formas de violência, a hostilidade permanece forte! A advogada do Movimento da Articulação de Matriz Africana de Alagoas, Kandysse Melo, destacou que é preciso denunciar os crimes de intolerância e ódio, e reivindicar o comprometimento do Judiciário e o Poder Público para o cumprimento da lei. Ela denunciou que no ano de 2016 ocorreram vários atentados aos terreiros, inclusive, uma ekede foi atingida por arma de fogo durante uma festividade na casa de axé; um ogan foi demitido de uma escola particular por cultuar os orixás; além dos insultos por usar suas guias, turbantes e roupas brancas às sextas-feiras (dia em homenagem ao orixá).

A nossa religião representa fé e axé, e se não fosse assim a gente hoje não estaria ocupando os espaços do Governo e as secretaria para falar da nossa religião e usar nossas vestes. Nós temos que lutar para a nossa religião esteja no mesmo nível de igualdade com as outras religiões. Vamos nos unir para alcançar dias melhores”, exaltou Mãe Mirian, a sacerdotisa da religião de matriz africana de Alagoas mais respeitada da atualidade.

Atualmente, as casas de axé seguem três vertentes de atuação: religiosa, cultural e social. Também estão investindo na formação, valorização do pertencimento étnico e participando dos espaços de controle social para a reivindicação de políticas públicas. O terreiro merece respeito e a luta contra a intolerância religiosa continua! Os tambores ainda ecoam e a esperança para a perpetuação do axé continua viva, bem viva! Axé!


Fonte: Coluna Axé – 429ª edição – Jornal Tribuna Independente (07 a 13/02/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Jornalista e socióloga lançam livros sobre os 200 anos de Alagoas


Segundo Odilon Rios e Ana Cláudia Laurindo, os 200 anos de Alagoas envolvem paixão, morte e muito a ser contado


Dentro das celebrações e eventos para marcar os 200 anos de emancipação política de Alagoas, o jornalista Odilon Rios e a socióloga Ana Cláudia Laurindo lançam, nesta sexta-feira (10), dois livros que pretendem analisar mais que a história desses 200 anos, mas os laços sociais, históricos e políticos que ainda tecem a trama da sociedade alagoana.

O lançamento duplo será no Memorial da República, na Praia da Avenida, bairro do Jaraguá, a partir das 18h. Odilon ficou responsável por “Alagoas, 200”, enquanto Ana Cláudia debruçou-se sobre o passado do litoral norte em “200 anos de Alagoas – Análise Socioantropológica”.
Confira abaixo um convite especial enviado pelos próprios autores:

Duzentos anos. Tempo da emancipação de Alagoas do território pernambucano.
Dois livros procuram mostrar histórias dentro desta História. Histórias mostrando a intencionalidade dos discursos do passado influenciando o presente; nossa paixão pela morte, como diria Dirceu Lindoso; os miseráveis em sua busca por espaço; e quem comanda sem disposição de abrir estes espaços.

Ana Cláudia Laurindo e Odilon Rios abrem os 200 anos de Alagoas mostrando que, apesar de tudo, há luz no fim do túnel. O mesmo túnel onde percorreram os principais personagens da história brasileira pelas matas fechadas, neutralizando movimentos sociais; o mesmo túnel onde ideias circulam e o povo se reconstrói.

Laurindo faz uma análise socioantropológica sobre a área norte alagoana, diretamente ligada ao passado colonial do antigo sul de Pernambuco.

Rios entrevista 11 intelectuais da terra – Dirceu Lindoso, Sávio de Almeida, Élcio Verçosa, Douglas Apratto, Francisco Sales, Golbery Lessa, Osvaldo Maciel, Fábio Guedes, Ana Cláudia Laurindo, França Junior e Jorge Vieira – que falam dos colonizadores aos índios; dos operários aos canaviais; da paz à violência.

Capoeira: CEMCAL elege sua nova diretoria

O Conselho Estadual de Mestres de Capoeira de Alagoas (CEMCAL) foi criado em 2008, tem como principal missão unir e organizar os mestres de capoeira.

As principais bandeiras de luta são: investimento na formação; implementação da capoeira nas escolas; o reconhecimento dos mestres de capoeira com o título de notório saber; e a publicação de um livro cartográfico sobre a prática da capoeira no Estado de Alagoas.

No último sábado(4), ocorreu a eleição para eleger a nova Diretoria para o período de 2017-2019. A gestão é composta por Mestre Paulo Padre (Presidente), Mestre Danone (Vice Presidente), Mestre Petuti (Primeiro Secretário), Mestre Tempero (Segundo Secretário), Mestre Virgulino (Primeiro Tesoureiro), Mestre Diamante (Segundo Tesoureiro); além do Conselho Fiscal formado pelos Mestres Cláudio, Jacaré e Claudemir.

A primeira reunião será nessa quarta-feira (8) às 19h, na Academia Fusion - situada na Rua Industrial, 2004, no Conjunto Cleto Marques Luz, no bairro do Tabuleiro do Martins em Maceió - para rever a situação do CNPJ e pendências, e ainda, fazer um levantamento dos Mestres que coordenarão os núcleos nas regiões administrativas do interior do Estado (Zona da Mata, Agreste, Alto Sertão, litoral norte e sul). 

Mais informações: (82) 99917-0517



 






domingo, 5 de fevereiro de 2017

Vigília Afro na Serra da Barriga

Na madrugada dessa segunda-feira (06), na Serra da Barriga em União dos Palmares, ocorrerá a Vigília Afro “Honra e Referência aos antepassados” com caminhada, cânticos e reflexões. A atividade é em alusão ao dia do massacre e destruição da sede do Quilombo dos Palmares no ano de 1694.