quarta-feira, 31 de março de 2010

Jornalista diz ter sido vítima de racismo em cobertura de evento

A jornalista Juliana Albino, coordenadora de redação do site Hôtelier News, acusa o mestre de cerimônias da Feira Internacional de Serviços de Turismo (Fistur), Manoel Costa, de ato racista, enquanto realizava a cobertura do evento, nesta segunda-feira (29/03), no Anhembi, em São Paulo. Costa admitiu uma discussão verbal, mas negou a ofensa racista.

Segundo a jornalista, o cerimonialista chegou à sala de imprensa e começou a tirar sua bolsa e bloco de anotações do lugar. Juliana pediu que Costa respeitasse seus pertences e ouviu como resposta a frase "Cala sua boca negrinha, cala sua boca e volte para senzala”. Juliana afirmou que a cena foi presenciada por dois colegas de profissão.

De acordo com a jornalista, o cerimonialista disse a mesma frase por duas vezes e não se desculpou. “Eu contestei o que ele disse, mas ele pouco se importou. Depois voltou pra sala, mas não me disse nada. Acho que não entendeu o que fez”.

A jornalista disse que se sentiu muito ofendida e surpresa com as palavras de Costa. “Na hora você não acredita que uma coisa dessas aconteça nos dias de hoje. O meu sentimento é de indignação”, declarou.

Juliana disse que procurou uma assessora de imprensa do evento para contar o caso, mas a jornalista teria dito que não tinha tempo para resolver o problema. “Só um assessor de imprensa do evento, que também é negro, pediu desculpas”, lembrou. Depois disso, a jornalista registrou boletim de ocorrência no 13º DP, no bairro paulistano da Casa Verde.

A jornalista agora estuda a possibilidade de processar Costa e a Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo (Abresi), organizadora do evento. “Estou pensando em entrar com uma ação contra ele ou a entidade. Mas ainda é cedo, vou pensar se é viável”, afirmou.

Mestre de cerimônias contesta jornalista

O cerimonialista nega que tenha ofendido a jornalista com termos racistas. “Houve sim uma discussão verbal, de um fato gerado por ela, mas não a chamei de negrinha, nem a mandei voltar para a senzala”.

Costa diz que não mexeu nos pertences da jornalista, que apenas procurava um objeto, e levantou um bloco de anotações que estava embaixo de uma revista. “Aí ela começou a me destratar, eu pedi que ela tivesse educação, mas ela prosseguiu com a argumentação contra mim”, contou.

O cerimonialista disse que não entende o que motivou a discussão e pretende apurar o caso. “Eu não entendi o fato gerador disso. Pode ter outra motivação porque envolve um evento e outras entidades”. Mesmo assim, Costa afirmou que irá fazer um pedido de desculpas público por ter se alterado durante o evento.


Fonte: www.comunique-se.com.br

terça-feira, 30 de março de 2010

Neab defende Sistema de Cotas e projetos que envolvem cotistas em pesquisa e extensão













Professoras Ângela Bahia e Clara Suassuna defendem as cotas como parte de um sistema de políticas afirmativas. Parte da equipe do Neab reunida.



O julgamento do processo movido pelo Partido dos Democratas (DEM) no Supremo Tribunal Federal para acabar com o Sistema de Cotas destinado a afro-descendentes, negros e pardos provenientes de escola pública, está sendo aguardado por mais de 60 instituições de ensino do país, entre federais, estaduais e particulares, que têm implantado o Programa de Políticas de Ações Afirmativas. O sistema de cotas é uma política legal, contemplada pela Constituição de 1988.


Na Universidade Federal de Alagoas, o Programa de Políticas de Ações Afirmativas entrou em vigor em 2004, com o primeiro processo seletivo em 2005, que permitiu o ingresso, em cursos de graduação, de 192 alunos. O ingresso de cotistas cresceu a cada ano, registrando, no último processo seletivo, a entrada de 776 pessoas pelo sistema de cotas. Desde a sua vigência, o Programa já contemplou cerca de três mil estudantes.


A diretora do Núcleo de Estudos Afrodescendentes Brasileiros (Neab), Clara Suassuna, informa que o Programa da Ufal é o único no Brasil que tem o recorte de gênero, ou seja, dos 20% de vagas de cada curso, 40% são destinados ao sexo masculino e 60% ao sexo feminino. “Os cotistas são envolvidos em atividades de pesquisa e extensão desde 2005, quando foi registrada a primeira entrada de alunos dentro do Programa. Cada instituição tem autonomia para estabelecer as cotas dentro de seu perfil, por exemplo, no Maranhão, o programa contempla índios e deficientes”, enfatiza Clara.


A polêmica sobre as cotas se instalou há cerca de um mês no país porque a Universidade de Brasília apresentou falhas no processo de avaliação de identificação de afrodescendentes envolvendo gêmeos. Mesmo assim, Clara Suassuna acredita que o Supremo Tribunal Federal vai manter o sistema das Políticas de Ações Afirmativas por ser conhecedor dos benefícios apresentados pelo Programa.


Segundo a professora, existem no país cerca de 17 mil alunos universitários beneficiados pelo Programa e está comprovado que os cotistas têm desempenho igual ou superior aos não-cotistas. Na defesa pela manutenção do Programa, estão os dados da Universidade Federal de Alagoas, solicitados ao Neab pelo professor José Jorge de Carvalho, da Universidade de Brasília. “Ele nos solicitou informações sobre o desempenho e o Programa na Ufal, que desde a sua implantação vem tendo saldos bastante positivos, com muitos alunos já concluintes, inclusive participando de cursos de pós-graduação”, complementa Clara.


A diretora acrescenta que o sistema de cotas já existe em vários países, como Índia, Canadá e Estados Unidos. No Brasil foi implantado há pouco mais de 10 anos. “Na Índia, o Programa funciona desde 1946. Nessa polêmica discussão, os que defendem o sistema de cotas pensam nele como parte do Programa de Políticas de Ações Afirmativas. Já os que estão contra, falam das cotas isoladamente, como se a questão fosse apenas reservar vagas na universidade, sem contextualizá-la em um programa de inclusão”, enfatiza Clara Suassuna.


A professora Ângela Maria Benedita Bahia, que também já coordenou o Neab da Ufal, também concorda que o Supremo Tribunal Federal será favorável ao Programa de Ações Afirmativas. “O próprio posicionamento do Ministério Público diante dessa polêmica fortalece a manutenção do Programa”, frisa Ângela.


Neab e cotistas


Entre os projetos que envolvem alunos cotistas universitários em projetos de pesquisa e de extensão, foi implantado, de 2005 a 2007, sob a coordenação do professor Jorge Riscado, do Departamento de Medicina Social, o programa Afro-Atitude. Outro projeto com alunos cotistas, coordenado por Clara Suassuna é o Programa Ode AYê (Para Todos), que envolve 50 cotistas, sendo 30 do Campus Maceió e 20 do Campus Arapiraca. “O programa tem como objetivo integrar os alunos com bolsas junto aos professores que trabalham com projetos sobre a temática negra em diversas áreas. O Kulé–Kulé (Raízes) já publicou quatro edições pela Editora da Ufal (Edufal) e trata de trabalhos de docentes e alunos sobre a temática negra”, enfatiza Clara.


Clara informa ainda que desde 2006 o Neab tem um trabalho articulado com prefeituras de Alagoas para realização de capacitações para professores do Ensino Fundamental e Médio, também envolvendo alunos cotistas bolsistas. “O Núcleo dispõe de uma equipe formada por quatro bolsistas da Pró-reitoria Estudantil (Proest) e a capacitação já contemplou alguns municípios alagoanos, como Taquarana, Palmeira dos Índios, União dos Palmares, Santa Luzia do Norte, Canapi, São Miguel dos Milagres e Penedo. Este ano iniciaremos as capacitações no município do Pilar", explica.


Para as atividades, integram a equipe Clara Suassuna, Josélia Monteiro, Zezito Araújo, Maria Alcina Freitas, da Secretaria de Educação do Estado, além dos bolsistas Edson Santos e Vanessa Elisa da Silva, ambos do curso de História. São ainda bolsistas do Neab os alunos Bernardo Ferraz, Maria Gilcélia Monteiro, Márcio Nunes e Roseane Virgínio dos Santos.


Uma nova ação do Neab Ufal é o projeto para análise do desempenho dos alunos da rede pública de 14 a 29 anos de idade. O Núcleo da Ufal integra a rede de Neabs do Nordeste, e o trabalho consiste na análise a partir da questão étnica racial, como racismo, preconceito, discriminação, intolerância dentre outras.


Fonte: Diana Monteiro – jornalista / www.ufal.edu.br

Escritório da Fundação Cultural Palmares

Por: Helciane Angélica - Jornalista


Na última sexta-feira (26.03) foi inaugurado em União dos Palmares o escritório da Fundação Cultural Palmares que é vinculada ao Ministério da Cultura, e terá a coordenação de Severino Claudio Figueiredo Leite, conhecido por Mestre Claudio. Já existem representações regionalizadas, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Maranhão. Alagoas é o único de âmbito estadual que terá um escritório, com a principal missão de atender as reais necessidades da Serra da Barriga e a administração do Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

Estiveram presentes ativistas, capoeiristas, quilombolas, várias autoridades e a população palmarina. Na mesa de honra, estiveram presentes: o Presidente da FCP, Zulu Araújo; o Secretário Estadual de Cultura, Osvaldo Viégas; o Prefeito Areski Freitas; o Vereador Benedito José dos Santos; a ialorixá Neide Martins (Mãe Neide Oyá D’Oxum); e o ativista e cientista social Carlos Martins.

De acordo com Zulu Araújo, a escolha do professor de educação física, Mestre Claudio, para ser o primeiro representante do escritório se deu na forma mais democrática possível e concorreu com o historiador Zezito Araújo, que também fez muitas ações a favor da temática negra no Estado. “A decisão se deu também como uma forma de homenagear e reconhecer a importância que a capoeira tem para o nosso país. No ano passado na Bahia foi feito o registro de patrimônio cultural da União e o nosso próximo passo é transformá-la como patrimônio cultural da humanidade, pois estar presente em 152 países”.

A solenidade serviu ainda para anunciar que neste ano, serão utilizados 200 mil reais para a reforma do Parque Memorial, que terá a ampliação do restaurante, construção da área destinada para os ambulantes e a restauração dos espaços contemplativos. O prefeito Kil também declarou que existe 1 milhão de reais empenhados, que irão resolver de uma vez por todas o calçamento da estrada que dar acesso à Serra. “Consegui boa parte do dinheiro com o Deputado Federal Francisco Tenório. Hoje a demora é apenas burocrática, com a licitação para a escolha da empresa que fará o serviço. Felizmente, o problema não é mais a falta de recursos”, declarou o gestor municipal.

A programação seguiu com a apresentação da orquestra de berimbaus composta por mestres de capoeira, uma roda de confraternização, o grupo de dança Aró Fun Fun Omanjerê e no encerramento teve a degustação da comida afro-brasileira. Esse foi um momento histórico, fruto de uma reivindicação do movimento social negro que existia há 30 anos; o escritório funcionará na Travessa Santa Maria Madalena, nº236, Centro da cidade. A Cojira-AL deseja axé e acredita que o povo afro-alagoano terá mais conquistas com este novo avanço!


Fonte: Coluna Axé - jornal Tribuna Independente (30.03.10)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Fantástico denuncia comercial que desrespeita mulher negra brasileira

A revista eletrônica Fantástico, da Rede Globo de televisão denunciou ontem o conteúdo preconceituoso de um comercial de uma agência de viagens inglesa, que retrata a mulher brasileira como uma atração sexual.

A matéria, foi produzida para o quadro Detetive Virtual, que apura denúncias sobre materiais publicados na internet.

Criado por publicitários israelenses, o vídeo retrata um casal que recebe a visita de uma mulher brasileira, vestida com roupas de dançarina que conheceu o homem durante uma viagem e leva seu filho para o pai, conhecer.

No final do comercial, aparece uma fala que a agência proporciona a viagem, mas não se responsabiliza pelo que pode acontecer.

Apesar de denunciar o preconceito contra a mulher brasileira, o Fantástico esqueceu de mencionar o fato de que a personagem, é negra, o que reforça o estereótipo de objeto sexual das mulheres negras brasileiras ao redor do mundo.

Outro ponto importante é a aparência da criança apresentada como filho do casal. No vídeo, o garoto aparece com o cabelo afro sem nenhum tipo de cuidado, aparentando descuido por parte da mãe.

Segundo a reportagem, os publicitários afirmaram que a intenção era apenas fazer um vídeo engraçado e não demonstrar preconceito.

De acordo com a matéria, o vídeo foi retirado do ar há um ano, mas ainda é possível encontrar um link na internet.

Veja o vídeo no site do Fantástico


Fonte: Afrobras News

domingo, 28 de março de 2010

Alagoas já tem a nova Musa dos Municípios


A bela Luize Maria de Junqueiro foi a grande vencedora; Arapiraca e Teotônio Vilela ficaram em segundo e terceiro lugar


Alagoas é terra de mulheres bonitas: loiras, morenas, ruivas, altas, magras ou baixinhas. Não importa a característica, todas possuem seu encanto. Mas, foi o charme da beleza negra que venceu o disputado concurso da Musa dos Municípios 2010. O desfile foi realizado na noite de sábado (27), durante a realização da Feira de Negócios dos Municípios Alagoanos, em Maceió.

Com a faixa da cidade de Junqueiro, a bela Luize Maria da Silva, 16 anos, foi a grande vencedora da noite. A moça roubou a cena e conquistou público e jurados com seus cabelos cacheados, corpo esguio e sorriso envolvente.


“Esta é a primeira vez que participo de um desfile. Estou muito satisfeita por representar a beleza das mulheres de Junqueiro. É uma grande felicidade, estou sem palavras”, disse, emocionada, a nova Musa dos Municípios.


O segundo lugar do concurso ficou com Paula Tenório, de Arapiraca. O município de Teotônio Vilela, representado por Bruna Resende, ficou com a terceira colocação. As vencedoras ganharam uma premiação em dinheiro e kits de artesanato doados pelas cidades de Coruripe, Feliz Deserto e Jequiá da Praia.


Promovido pela Associação dos Municípios Alagoanos, o concurso da Musa 2010 contou com a participação de mulheres de 25 municípios. As belas desfilaram com traje de banho e de gala. Beleza, desenvoltura, simpatia e elegância foram os critérios de seleção da mesa julgadora, composta por sete jurados.


Fonte: Assessora de Comunicação

Texto: Suana Nobre / Foto: Arlindo Tavares

sábado, 27 de março de 2010

Nadec realiza III Seminário Alagoano de Capoeira

Neste sábado (27.03), o Núcleo de Apoio e Desenvolvimento de Capoeira (Nadec-AL) realiza o II Seminário Alagoano de Capoeira organizado pela instituição. A atividade terá início às 8h e segue até às 17h, na Escola Jaime de Altavila no bairro de Santa Lúcia em Maceió – é destinada aos praticantes de capoeira, ativistas e educadores de escolas públicas e privadas. Mais informações: (82) 8844-4838.


Confira a programação:

9:00 - MESA REDONDA
MEDIADOR: CARLOS ALBERTO COORDENADOR NADEC

TEMAS:
“RODA DOS SABERES: TEORIA E PRÁTICA”: DENIS PROF. DE CAPOEIRA E ACADÊMICO DE DANÇA-UFAL

“CAPOEIRA NA ESCOLA PELAS LEIS 10.639/03 E 6.814/07“: CARLOS PROF. DE CAPOEIRA E HISTORIADOR

“CAPOEIRA INSTRUMENTO DE INCLUSÃO SOCIAL: EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS”: ANTÔNIO SÉRGIO. PROFESSOR DE CAPOEIRA DA ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE MACEIÓ - ACADÊMICO DE EDUCAÇÃO FISICA-IBESA


14:00 - “CAPOEIRA E INTERDISCIPLINARIEDADE”

PALESTRANTE: PROFESSORA MARIA BETANIA
PEDAGOGA, DIRETORA DE ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


15:00 - " A INTEGRAÇÃO DO PROFESSOR DE CAPOEIRA NA EQUIPE ESCOLAR"
PALESTRANTE: ROBSON BARBOSA
MESTRE DE CAPOEIRA GRUPO MANGANGÁ ARACAJÚ-SERGIPE, E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FISICA, AUTOR DE LIVRO SOBRE CAPOEIRA E EDUCAÇÃO FISICA NA ESCOLA.

16:00 - RODA DE CONFRANTERNIZAÇÃO

sexta-feira, 26 de março de 2010

A Arte e a Moda Afro em Alagoas













Os atores Isabel Filardis e Ernesto Xavier confirmaram presença


Por: Mônica Lima - Jornalista e integrante da Cojira/AL



A cultura e a moda afro-brasileira movimentam Maceió no próximo sábado (27) com um desfile, que marca o encerramento das oficinas do Projeto Filhos de Zumbi, do Centro de Formação e Inclusão Social Inaê, vinculado a ONG Grupo União Espírita Santa Bárbara, com a participação dos atores da Rede Globo Isabel Filardis e Ernesto Xavier. O evento reúne peças que revelam, as cores, os sabores e o som afro, através do artesanato, da música, da culinária, acessórios e das vestimentas do povo afro.

Na passarela mais de 50 peças elaboradas pelas alunas da oficina de indumentária, que mostram desde as roupas do cotidiano, as vestimentas dos orixás que são usadas durante as celebrações religiosas. As produções mesclam cores e texturas variadas, tendo como material principal o algodão, bordados com pedraria, conchas, fugindo do tradicionalismo e, mostrando que é possível criar um novo estilo, abusando de produtos acessíveis, sem perder a qualidade.

Quem for ao desfile além de constatar a beleza das vestimentas, terá a oportunidade de conhecer a cultura afro, através de acessórios (pulseiras, brincos, colares e outros), que misturam miçangas, contas, cordão, madeira, sementes e conchas, que podem ser usados no dia a dia. Conhecerá um pouco do sincretismo religioso, através da cerâmica, com utensílios decorativos e alguns utilizados no terreiro para o culto aos orixás. Terão um encontro com a música produzida pelos integrantes da oficina de percussão, que mostrarão os mais variados ritmos dessa cultura, numa mistura de religioso e profano.

Do terreiro para mesa. Acarajé, amalá, caruru, abará, xequeté, comidas e bebida, servidas nas festas religiosas dos orixás,que caíram no gosto popular. E, elas não poderiam ficar de fora do roteiro do evento.

A iniciativa faz parte de um projeto social no Village Campestre II, voltado para assistência de crianças e adolescentes da comunidade e divulgação da cultura afro-brasileira em Alagoas.A instituição, também, realiza um trabalho voltado para geração de emprego e renda das famílias carentes. São mais de cem crianças e adolescentes assistidos pela instituição, que foi criada há mais de dez anos pela Ialorixá Mãe Neide Oyá D’Oxum.

O projeto Filhos de Zumbi conta com a parceria da Fundação Cultural Palmares, governo do Estado através da Secretaria de Estado da Cultura e da iniciativa privada. O evento tem a produção de Sue Chamusca.


SERVIÇO
Desfile afro
Data: 27/03/2010 (sábado)
Endereço: Rua São Pedro, nº 10, Village Campestre II.
Telefone: (82) 3378-7383 / 9351-3363

Alagoas tem escritório da Fundação Cultural Palmares

Texto e foto: Helciane Angélica - Jornalista e integrante da Cojira/AL


Nesta sexta-feira (26.03) às 19h será inaugurado na cidade de União dos Palmares o escritório da Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura, que terá a coordenação de Severino Claudio Figueiredo Leite, conhecido por Mestre Claudio.

Atualmente, existem representações regionalizadas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Maranhão. Alagoas é o único de âmbito estadual que terá um escritório, com a principal missão de atender as reais necessidades da Serra da Barriga e a administração do Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

Na solenidade de instalação, estarão presentes o Presidente da FCP, Zulu Araújo; o Prefeito Areski Freitas; políticos e ativistas dos mais diversos segmentos afros, inclusive, dois ônibus estão disponíveis para levar as lideranças até o local (às 16h30, um sairá da Praça Sinimbu e outro da Cruz das Almas).

O escritório funcionará na Travessa Santa Maria Madalena, nº236, Centro da cidade palmarina. Mais informações pelo email claudio.leite@palmares.gov.br ou pelos telefones: (82) 3281-3167 / 3923.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Mirante Cultural inicia seu terceiro ano de atuação

O CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS AFRO ALAGOANO QUILOMBO iniciará o terceiro ano do projeto Mirante Cultural – “Um Quilombo Chamado Jacintinho ” em parceria com os comerciantes do bairro do Jacintinho e o Sindicato dos Urbanitários. Será realizado sexta-feira (26), às 19h30, no Mirante Kátia Assunção localizado no Jacintinho (por trás da rádio 96 FM). O Mirante Cultural já teve dezenove edições, se apresentaram mais de noventa grupos culturais e a comunidade participou de todas as atividades.

O Mirante Cultural se consolidou como um espaço de disseminação e integração da cultura popular e afro. Em 2010 daremos continuidade ao projeto e teremos na abertura o hip hop do A.S.U e dos Clandestinos, a participação da Poesia Musicada no Pandeiro com Rogério Dias e Fagner Dubrown, O Maracatu Coletivo Afrocaeté, o Maracatu Nação Acorte de Airá e o Núcleo de Capoeira.

O C.E.P.A.A Quilombo vem lutando pela requalificação do Mirante Kátia Assunção com o objetivo de transformá-lo em um espaço de fomentação de cultura e lazer. Dentro dessa requalificação visa trabalhar também a mudança do nome de mirante Kátia Assunção para um ícone da luta quilombola, homenageando assim, um símbolo da resistência negra.

O Mirante Cultural continuará defendendo a integração entre educação e arte, buscando sempre impulsionar os artistas locais, trabalhando a geração de renda e valorizando a cultura popular e afro-alagoana. Agradecendo sempre os apoios da comunidade, dos artistas, dos parceiros e da imprensa ao longo desses dois anos.


PROGRAMAÇÃO:
A.S.U. - Hip Hop
Clandestinos - Hip Hop
Maracatu Nação Acorte de Airá
Maracatu Coletivo Afrocaeté
Poesia Musicada no pandeiro com Rogério Dias e Fagner Dubrown
Núcleo de Capoeira - Maculelê e Capoeira

GRUPOS PARCEIROS DO C.E.P.A.A. QUILOMBO:
Escola de Samba Arco-Íris
Núcleo de Capoeira
Grupo Lésbico Dandara
Bumba-meu-boi Excalibur
Grupo de Teatro Máscaras sobre Máscaras


Fonte: Assessoria / Acesse: www.cepaquilombo.blogspot.com

quarta-feira, 24 de março de 2010

Anemia falciforme é tema de capacitação em Arapiraca

Evento acontece nesta quarta-feira, no auditório do Centro de Referência Integrado de Arapiraca

Por: Josenildo Törres


A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal) realizam nesta quarta-feira (24), no auditório do Centro de Referência Integrado de Arapiraca (Cria), uma capacitação sobre o serviço de referência para aconselhamento genético da doença falciforme. O evento, que acontece das 8h às 17h, é destinado aos enfermeiros que atuam no Programa Saúde da Família (PSF) das 5ª e 9ª regiões de saúde.

Durante a capacitação, ministrada pela hematologista do Hemocentro de Alagoas (Hemoal), Sandra Helena, e pela coordenadora estadual do Programa de Triagem Neonatal, Ana Luiza Campos, os profissionais vão poder conhecer detalhes da doença. Isso porque a anemia falciforme é uma doença genética que não tem cura, mas cujo portador pode levar uma vida normal, desde que o diagnóstico seja realizado precocemente e o tratamento ocorra de forma adequada.

Caso esses procedimentos não ocorram, 80% dos portadores podem morrer até os cinco anos de idade e 50% das mulheres chegam a óbito durante o período gestacional. Por esta razão, serão apresentadas as novas técnicas inerentes à revisão dos protocolos de atendimento dos pacientes com doença falciforme, bem como serão evidenciadas a importância da detecção e do tratamento precoce.

A doença - A anemia falciforme é uma doença hereditária e causada por uma alteração genética na hemoglobina que leva os glóbulos vermelhos a assumirem a forma de uma foice, dificultando a circulação do sangue e provocando lesão em qualquer órgão, como o cérebro, pulmões e os rins. A detecção pode ocorrer por meio do exame eletroforese de hemoglobina ou exame de DNA e teste do pezinho, realizado nos 102 municípios alagoanos.

Fonte: Agência Alagoas

terça-feira, 23 de março de 2010

Convite - Inauguração do Escritório da FCP em Alagoas

Mais respeito e conquistas

Por: Helciane Angélica - Jornalista


O Dia Mundial Contra a Discriminação Racial é comemorado no dia 21 de março, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória as vítimas do Massacre de Shaperville, um bairro sul-africano da província de Gauteng. Nesta mesma data em 1960, vinte mil negros protestavam contra a “Lei do Passe”, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam se movimentar no país. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foi de 69 mortos e 186 feridos.

Trata-se de mais uma data que busca refletir sobre os efeitos danosos do racismo na sociedade e que encontra-se presente em todas às classes sociais e segmentos. No dia 21 de março, também tem mais dois fatos importantes, em 1988 a Serra da Barriga através do Decreto nº 95.855 foi reconhecida como Monumento Nacional, após ter sido tombada pelo IPHAN em janeiro de 1986. E dez anos depois, o movimento negro conseguiu junto ao Governo Federal consagrar o último comandante-em-chefe da República Quilombola Palmarina, Zumbi dos Palmares, como herói nacional devido a sua luta, organização e resistência no maior e mais importante “mukambu”.

No último domingo no Vergel do Lago, ocorreu um ato de valorização da cultura popular e afro-alagoana para reverenciar o dia 21 de março, os 12 anos de Zumbi como herói, além de chamar a atenção da sociedade sobre as injustiças que homens, mulheres e crianças negras sofrem diariamente devido à cor da pele.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE), pouco mais de 50% da população brasileira é afro-descendente (pardos e negros), no entanto, ainda lutam por oportunidades iguais no mercado de trabalho, nas universidades, nos cargos de poder, nos meios de comunicação, por tratamento adequado de saúde e moradia. Temos preconceito contra o gordo, o baixinho, o homossexual, o nordestino, o deficiente físico... são várias as formas de opressão, mas ainda querem negar que existe discriminação racial no Brasil. Bom, já tivemos várias conquistas, mas o racismo não dar descanso e a luta continuará! Axé!

Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (23.03.10)

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Quem é do axé, diz que é"


Hoje às 16h no Rio de Janeiro terá o lançamento da Campanha "Quem é de Axé, diz que é" no Teatro Glauci Gil - anexo Metrô Cardeal Arco Verde em Copacabana. A proposta foi idealizada pelo jornalista Márcio Alexandre, integrante do Coletivo de Entidades Negras (CEN), e busca conscientizar os adeptos das religiões de matrizes africanas para declarar a opção religiosa no Censo 2010.


Na ocasião, também terá a cerimônia de assinatura de Convênio para a criação do Centro de Referência de Enfrentamento à Intolerância Religiosa e a Promoção dos Direitos Humanos e de termo de compromisso para apoio a projeto de catalogação de peças religiosas afro-brasileiras que foram seqüestradas nas décadas de 30 e 40 e durante a ditadura militar.