domingo, 27 de fevereiro de 2011

Uneb implanta graduação inédita em História e Cultura Brasileira e Africana


A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) reafirma, mais uma vez, seu pioneirismo na adoção de projetos de reconhecimento e valorização das populações negras. A partir do mês de março serão iniciadas as aulas da primeira turma da Licenciatura em História e Cultura Brasileira e Africana, graduação inédita no país, oferecida no Campus V da universidade, em Santo Antônio de Jesus.

O curso, vinculado ao Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor/Plataforma Freire), do Ministério da Educação (MEC), é executado por meio da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). A proposta de implantação da licenciatura foi apresentada pelo Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da universidade e pelo grupo de pesquisa Firmina, vinculado à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PPG) da instituição acadêmica.

A graduação contribui para a aplicabilidade da Lei federal 10.639/03, que torna obrigatória a inclusão de temas relacionados à História e Cultura Afro-Brasileira na rede pública de ensino do País. A licenciatura, com duração de três anos, tem o objetivo de atender docentes do ensino fundamental e médio das redes municipais e estadual da região cadastrados no Parfor.

No domingo (13), ocorreu a seleção para a primeira turma da licenciatura, com cerca de 150 professores concorrendo a 50 vagas. O curso tem o apoio da Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus.



Fonte: http://www.educacao.escolas.ba.gov.br/node/2135

sábado, 26 de fevereiro de 2011

'Aqui é o país do exagero', diz catador de 'Lixo extraordinário' nos EUA

Lá para o Oscar, Tião se espantou com tanta 'comida que vai para o lixo'.
G1 fez passeio com o brasileiro pela Calçada da Fama, em Los Angeles.

Gustavo Miller Do G1, em Los Angeles - O jornalista viajou a convite da Turner
Tião exibe placa de Hollywood em sua primeira visita à terra do cinema (Foto: Gustavo Miller/G1)
Tião exibe placa de Hollywood em sua primeira visita
à Calçada da Fama (Foto: Gustavo Miller/G1)


“Não, Tião! Não compra a estátua que vai dar azar”. Foi com essa bronca bem-humorada do diretor João Jardim, que o brasileiro Tião Santos estreou na Calçada da Fama de Hollywood. O catador de lixo e o codiretor de “Lixo extraordinário”, que concorre ao Oscar de melhor documentário, chegaram nesta quinta-feira (24) a Los Angeles, e, desde então, seguem uma maratona que inclui entrevistas, sessões do filme e até um almoço no consulado brasileiro.

Só nesta sexta puderam conhecer a Hollywood Boulevard e o Kodak Theatre, onde a cerimônia será realizada neste domingo. “Meu coração está batendo até mais forte”, disse Tião, assim que viu o primeiro outdoor do evento. “Desde que saíram os indicados minha vida virou de cabeça para baixo. No dia do anúncio eu estava em uma assembléia dos catadores e tinha tanto repórter depois que pensaram que alguém tinha morrido. O bagulho foi muito louco”, diverte-se o presidente da Associação dos Catadores do Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina.

Coprodução entre Brasil (O2) e Reino Unido (Almega Projects), “Lixo extraordinário” tem direção de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley. O documentário mostra o trabalho do artista plástico Vik Muniz com os catadores do aterro Jardim Camacho, em Duque de Caxias.

Tião e Jardim seguem alguns rituais desde que o trabalho saiu premiado de vários festivais mundiais. O cineasta, por exemplo, está usando o mesmo casaco que utilizou no Festival de Berlim, quando o filme foi eleito o melhor documentário pelo júri popular.

João Jardim, codiretor do documentário 'Lixo extraordinário', e Tião posam para fotos diante de estátua gigante do Oscar (Foto: Gustavo Miller/G1)
João Jardim, codiretor de 'Lixo extraordinário', e Tião posam para fotos diante de estátua gigante do Oscar (Foto: Gustavo Miller/G1)


“O Oscar de documentário é um prêmio muito político e a vantagem de sermos uma coprodução é que estamos de igual para igual”, acredita Jardim. “Estou como jogador de futebol: acho que tem de manter a humildade, os pés no chão e prefiro nem saber quem são os adversários”, diz Tião.
"Lixo extraordinário" tem como concorrentes “Exit through the gift shop”, do artista plástico Banksy; “GasLand”, de Josh Fox; “Trabalho interno”, de Charles Ferguson; e “Restrepo”, de Tim Hetherington e Sebastian Junger.

377 e-mails não lidos“Hoje preciso de alguém para ajudar com a minha agenda. Está difícil trabalhar, vi agora 377 e-mails não lidos. Eu tenho de continuar trabalhando [com a associação], mas está difícil. O que me trouxe aqui foi a minha liderança e não posso perder a minha essência. Sei que isso aqui [o Oscar] nunca se repetirá”, explica Tião, que aproveita para falar como o filme está ajudando a mudar a imagem dos catadores de lixo.

“Estamos tendo um reconhecimento como profissionais, somos muito marginalizados. Mostramos como consumir pode ser impactante”, afirma, enquanto olha para a vitrine de uma doceria. “Olha o tamanho dessa rosquinha! Isso aqui é o país do exagero, desde que cheguei só penso na quantidade de comida que vai para o lixo. Minha mulher é magra e adora doce. Ela seria gorda nos EUA”, brinca.
“Isso aqui é a continuação do filme. Mostra como a arte muda a vida das pessoas”, completa Jardim, rindo, enquanto Tião compra camisetas e uma placa de Hollywood para a sua filha Clara Elis – o nome é uma homenagem às suas cantoras favoritas, Clara Nunes e Elis Regina.

“Ela faz 10 anos do domingo, acredita? Ela pediu para eu tirar fotos com os famosos, diz que agora sou um também”, afirma Tião, que já sabe exatamente qual personalidade vai tentar abordar na maior festa do cinema mundial: “Angelina Jolie. É uma questão pessoal querer conhecê-la”.


Tião brinca com sósias de personagens do filme 'Piratas do Caribe' em frente ao Chinese Theatre, na Hollywood Boulevard (Foto: Gustavo Miller/G1)
Tião brinca com sósias de personagens do filme 'Piratas do Caribe' em frente ao Chinese Theatre, na Hollywood Boulevard (Foto: Gustavo Miller/G1)


A cerimônia do Oscar será realizada no próximo domingo (27) com transmissão do canal a cabo TNT a partir das 21h. Na TV aberta, a Globo exibe a entrega dos troféus após o "BBB11".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Portal dá acesso às coleções Educadores e História da África

Domínio público

Terça-feira, 22 de fevereiro de 2011 - 14:34

Estão disponíveis no portal Domínio Público do Ministério da Educação a Coleção Educadores, com 62 títulos, e a Coleção História Geral da África, com oito volumes. Concluídas em novembro de 2010, as obras são dirigidas aos professores da educação básica e às instituições de educação superior que atuam na formação de docentes, mas o acesso é livre no portal.

Paulo Freire, Anísio Teixeira, Jean Piaget e Antônio Gramsci, dentre outros, fazem parte da Coleção Educadores, que começou a ser distribuída este mês pelo MEC às escolas da educação básica do país. Integram a coleção 31 autores brasileiros, 30 pensadores estrangeiros e um livro com os manifestos Pioneiros da Educação Nova, escrito em 1932, e dos Educadores, de 1959.

Na coleção, professores e estudantes de pedagogia e de cursos de licenciatura encontram um ensaio sobre cada autor, a trajetória da produção intelectual na área, uma seleção de textos, que corresponde a 30% do livro, e cronologia. A última parte traz a bibliografia do autor e das obras sobre ele. Cada livro tem, em média, 150 páginas. Preparada pelo MEC desde 2006, a coleção integra as iniciativas do governo federal de qualificar a formação inicial e continuada de professores da educação básica pública.

África — A coleção História Geral da África tem cerca de dez mil páginas, distribuídas nos oito volumes. Criada por iniciativa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980. Cerca de 350 pesquisadores, a maioria deles africanos, trabalhou durante 30 anos no levantamento de dados e na produção da obra.

Em 1980, a Unesco lançou a coleção em língua francesa, depois traduzida para o inglês e o árabe. Agora, o MEC oferece a versão para uso no Brasil e nas nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Oito mil exemplares (conjuntos) impressos da coleção serão distribuídos pelo MEC nas bibliotecas públicas do país, universidades, conselhos de educação e ministérios públicos estaduais. Além de objeto de leitura e estudo, o conteúdo dará sustentação à produção de material didático para as escolas da educação básica. Integra, ainda, uma série de iniciativas do MEC para enriquecer a formação de professores e o currículo dos estudantes, conforme prevê a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial nas redes públicas de ensino.

Ionice Lorenzoni

Confira as coleções e faça o download das obras no Portal Domínio Público
Palavras-chave: educadores, África, domínio público

Prévia carnavalesca 2011

Por: Helciane Angélica - com informações do Boletim Entremeios Culturais


Confetes, serpentinas, máscaras, fantasias, frevo e alegria - chegou à época mais esperada do ano para muitos brasileiros! No caso dos maceioenses, precisamente falando, chegou à prévia carnavalesca. Nesta quinta-feira (24) às 20h, no espaço de eventos Vox Room, localizado no estacionamento de Jaraguá terá o Baile Municipal com o tema: “Seja noite ou seja dia, vista sua fantasia e caia na folia” e para garantir a animação com marchinhas carnavalescas tradicionais e músicas da época, terá as bandas Conexão Latina, Conexsamba e o Grupo Sururu e Cia. 

A 11ª edição do Jaraguá Folia, acontece no dia 25 de fevereiro no histórico bairro do Jaraguá com mais de 80 blocos de rua, que possuem os nomes mais exóticos e representam categorias diversas. O Jaraguá Folia também terá atrações em palcos. Na Praça Dois Leões, área de dispersão dos blocos, uma banda afro e uma orquestra de frevo mantém os foliões no ritmo de carnaval. No Largo dos Pombos (Mercado de Jaraguá) se concentram os grupos percussivos em outro palco. Na Praça Marcílio Dias (em frente à Capitania dos Portos) quem comanda o carnaval é o Grito Rock. 

E no fim de semana, a Praça Multieventos na Pajuçara será palco do Concurso de Bumba-meu-boi ou boi de carnaval que é uma atração à parte na capital alagoana, cerca de 30 grupos se apresentarão com temas diversos nas categorias mirim e adulto. Dentre os blocos afros alagoanos destacam-se o Afoxé Odô Iyá, Baque Alagoano e o Coletivo Afro Caeté. 

A Articulação pela Cultura Popular e Afro-Alagoana também promoverá na noite de sexta-feira, a partir das 20h, um cortejo afro pelas ruas de Jaraguá, que sairá do Espaço Coletivo AfroCaeté (Rua Barão de Jaraguá, nº 381) e seguirá pela Avenida da Paz em direção a Praça Dois Leões. A grande homenageada será Tia Marcelina, ícone da cultura negra em Alagoas, ialorixá que morreu no período do Quebra de Xangô lutando por respeito à diversidade cultural e religiosa. Participam da atividade o Maracatu Nação Acorte de Airá (Palácio de Airá), o Coletivo AfroCaeté, o Maracatu Raízes da Tradição (Abassá de Angola de Oyá Igbalé) o Boi Excalibur (Quilombo Jacintinho), Inaê (Grupo União Espírita Santa Bárbara), o Núcleo Cultural da Zona Sul/ Associação dos Folguedos Populares da Zona Sul e o Quintal Cultural. 

Já o Maracatu Baque Alagoano que foi escolhido como o melhor bloco carnavalesco, no Prêmio Espia 2009, destacará neste ano o folguedo "Nega da Costa" originário da cidade de Quebrangulo e que completa 101 anos de existência em Alagoas. Os grupos apresentam homens vestidos com trajes convencionais de baianas e pintam a pele de preto, pela historicidade oral, conta-se que surgiu por meio dos escravos que gostavam de dançar mesmo após o dia intenso de trabalho e maus-tratos; os senhores de engenho passavam a cobiçar as negras e terminavam levando para serem mucamas de suas esposas e também a explorá-las sexualmente. Os homens escravos não satisfeitos em perderem suas mulheres e filhas, passaram a escondê-las no mato todas as vezes que faziam suas danças nas senzalas, e alguns deles, passaram a inclusive dançar disfarçados no meio das demais . 

Viva a cultura popular! Tem opção para todos os gostos, independente, de classe social, cor, religião ou opção sexual. O importante é brincar em harmonia e sem violência! Axé!


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (22.02.11)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Nota à Imprensa: Convocação do Fórum Permanente pela Cultura

FÓRUM PERMANENTE PELA CULTURA

Maceió, 17 de fevereiro de 2011.


À IMPRENSA ALAGOANA,



O Fórum Permanente pela Cultura surgiu com o objetivo de reivindicar as ações que tornem legítimas as políticas públicas advindas das leis que guardam os direitos instruídos pelos artigos 215 e 216 da Constituição da República Federativa do Brasil e da Lei 5.656, de 21 de dezembro de 2007, que dispõe sobre os Incentivos Fiscais da Cultura que cria o Programa Municipal de Apoio à Cultura e disciplina o Fundo Municipal de Incentivo às Políticas Culturais do Município de Maceió e o Decreto 6.859, de 25 de agosto de 2008, que regulamenta a referida lei.

O referido Fórum estará realizando o ATO PÚBLICO, em frente á Prefeitura Municipal de Maceió, no dia 23 de fevereiro de 2011, no período de 08h às 12h.

Assim, vimos solicitar a participação da IMPRENSA neste momento importante para a cultura alagoana, que acreditamos na defesa da nossa bandeira, a implementação do Conselho Municipal de Cultura, bem como das verbas destinadas conforme as leis citadas acima.

Gratos pela atenção e agradecemos ao tempo em que apresentamos estima e apreço.



Coordenação do Fórum Permanente pela Cultura


Christiano Barros (Coletivo AfroCaeté)

Sirlene Gomes da Silva (Centro de Estudos e Pesquisas Afro Alagoano – Quilombo)

Pai Elias (A Corte de Airá)

João Luiz (Associação dos Folguedos Populares da Zona Sul)

Nonato Lopes (Núcleo Cultural da Zona Sul)

Mãe Vera (Abassá de Angola)


Rua Cabo Reis, 200 – Tels.: 8868-3592/ 8821-8086 / 8701-6490 /8845-4068/ 8703-1181
Ponta Grossa Maceió – Alagoas.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Indígenas, quilombolas e a dengue

Por: Helciane Angélica - com informações da Ascom da Sesau


A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e Fundação Nacional de Saúde (Funasa) divulgaram na semana passada que estão ampliando as ações contra o mosquito da dengue e, desta vez, se concentrará nas comunidades indígenas e quilombolas.

De acordo com Sandra Canuto, superintendente de Vigilância em Saúde, os técnicos da Sesau irão capacitar os agentes comunitários que atuam nas equipes do Programa Saúde da Família (PSF). “Estamos vivenciando uma batalha incansável contra a dengue. Quanto mais forças unirmos, maiores as chances de evitar que o Estado vivencie uma epidemia. Como o trabalho nas comunidades Quilombolas e Indígenas é muito específico, é relevante a ação conjunta com a Funasa”, ressaltou a superintendente.

Para que o trabalho aconteça de forma conjunta, a Sesau irá repassar à Funasa o cronograma de atividades a serem realizadas nos municípios como: campanhas, atividades de campo e capacitações. A iniciativa é louvável, principalmente, nessas áreas que vivem em local de difícil acesso e muitas vezes terminam sendo esquecidas pelas autoridades em muitos setores. Muitas comunidades quilombolas também deveriam receber uma melhor assistência quanto ao saneamento básico, qualidade da água e visitas mais frequentes dos profissionais da saúde.

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo e em Alagoas 46 municípios (45,10%) notificaram 501 casos suspeitos de Dengue e foram registrados 22 casos suspeitos da forma grave da dengue distribuídos nos municípios de Campestre, Girau do Ponciano, Maceió, Rio Largo e São José da Laje, e ainda teve três óbitos. (Dados da Semana Epidemiológica - SE nº 04 de 02 de janeiro a 29 de janeiro de 2011). Outra informações: http://www.combateadengue.com.br/.


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (15.02.11)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Basílio Sé grava seu DVD nesta terça (15) no Teatro Deodoro





Na próxima terça (15) o cantor, compositor e instrumentista Basílio Sé estará apresentando-se no Teatro Deodoro com o espetáculo "Urubuano" para gravação de seu primeiro DVD, com ingressos ao preço de R$ 20,00, vendidos no próprio teatro e na Banca Zumbi, no centro, e dá direito a uma senha para receber posteriormente um exemplar do CD inédito “DNA Caeté”. O show começará às 20h e conta com a aprticipação de artistas como: Tony Augusto (guitarra), Van Silva (baixo) e Ítalo Vinícius (bateria). Além dos instrumentistas citados, Naéliton Santos também é parte integrante do espetáculo como ator convidado. As participações especiais são duas, o grupo de dança Sururu de Capote e a atriz/cantora Roberta Aureliano.

Depois de um ano afastado dos palcos, Basílio Sé retorna ao palco do Teatro Deodoro, no próximo dia 15 de fevereiro (terça-feira) para gravar seu primeiro DVD. Urubuano é seu novo show e lhe remete a sua infância quando ia ao “Morro do Urubu” na cidade de Traipu, sua cidade Natal, onde Basílio iniciou seus estudos em busca de um aprimoramento de sua performance musical. Conta que depois de perturbar a paz do urubu juntamente com os amigos durante a infância, voltou ao morro para admirá-lo. “A tradução da leveza de um pássaro que não sabe cantar acabou me mostrando o caminho das pedras”. Assim, Basílio Sé descreve a importância desse pássaro em sua vida.

A direção geral é do próprio Basilio Sé sendo a direção artística de Lael Correia e a produção executiva da MBAS.

Maiores informações com Ari de Oliveira pelo telefone (82) 8832-5394.


Serviço:

Show de gravação do DVD Urubuano, de Basílio Sé
Dia 15/02 às 20h no Teatro Deodoro
Ingressos à venda no Teatro Deodoro e banca Zumbi: R$ 20,00, que dá direito também a um CD "DNA Caeté"
Informações: (82) 8832-5394
www.balaiodefatos.com

Fonte: Assessoria de Comunicação

MACEIÓ: Audiência pública discute sobre as áreas de situação de risco

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Treze negras lindas concorrem ao título de Deusa do Ébano 2011


A vencedora desfila em carro alegórico durante o Carnaval e acompanha o Ilê Aiyê nas apresentações ao longo do ano, dentro e fora do Brasil
por Márcia Luz    
Foto: Eudes Benício



A beleza está em evidência, mas é apenas um dos quesitos observados na hora de eleger a Rainha do Ébano, a Deusa Negra do Ilê. Todos os anos, a entidade recebe dezenas de inscrições de meninas lindas, que não aparecem em capas de revistas, mas são belíssimas e enchem de graça os bairros de Salvador. Só que além dos atributos físicos, as candidatas precisam apresentar carisma, boa desenvoltura na comunicação e ser uma digna representante da cultura negra, através do trançado dos cabelos, das vestimentas e das danças afro-baianas.

A escolha é sempre difícil, mas a vencedora ganha o direito de desfilar em um carro alegórico durante o carnaval e, ao longo do ano que segue, acompanha o Ilê Aiyê em seus shows dentro e fora do Brasil. "Com essa eleição, estamos dando a nossa contribuição para afirmação da consciência negra e da manutenção das nossas raízes", comenta Antonio Carlos Vovô, presidente do Ilê. 

A Deusa 2011 será eleita, no sábado, 22h, no Centro Cultural Senzala do Barro Preto, no Curuzu, casa da agremiação. Na manhã desta sexta-feira, houve apresentação das 13 candidatas à imprensa.

Sorte para todas!

Fonte: www.portalibahia.com.br

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Palavras Pretas


Por: Helciane Angélica


O auditório do Teatro Sesi na Pajuçara ficou lotado na última segunda-feira (31.01) à noite, pessoas das mais variadas cores, idades e status sociais estavam lado a lado para prestigiar o 2º Festival de Palavras Pretas em Maceió-Alagoas. A atividade foi uma iniciativa da professora e publicitária Arísia Barros, que coordena o projeto Raízes de África, e em questão de “marketing étnico” dar show em muito ativista do movimento negro experiente. 

No ambiente totalmente afro, com cores vibrantes, vários poemas foram recitados, de gente anônima e de personalidades negras; com versos exaltando a beleza, a luta e a resistência negra, inclusive, interpretados por crianças. A ocasião, também foi propícia para a entrega do troféu “Honra ao Mérito Guerreiro Quilombola 2010” – uma parceria com a Comunidade de Remanescente de Quilombo Pau D’Arco no município de Arapiraca/AL – para pessoas que contribuíram, financeiramente ou não, no desenvolvimento das ações do projeto Raízes de África. 

Cerca de 20 pessoas foram agraciadas, dentre elas a jornalista Valdice Gomes, mas o curioso é que no evento afro, ela foi a única mulher negra homenageada e tinha poucos afro-descendentes homenageados. Valdice é reconhecida na categoria por sua integridade, profissionalismo, simplicidade e grande parceira que atualmente é Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), ajudou a fundar a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (COJIRA-AL) e ainda participa da articulação nacional unindo-se a outros representantes sindicais que atuam nesses coletivos; também faz parte do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô que é vinculado aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), e recentemente, foi empossada como Conselheira do CNPIR-Seppir em Brasília. 

Outro momento de destaque no evento foi o pronunciamento do ator Milton Gonçalves, convidado de honra, que fez questão de falar um pouco sobre a sua trajetória profissional, as descobertas em suas viagens por países da África e os vários casos de discriminação que passou ao longo da vida. Destacou que já foi impedido de entrar em um ambiente porque era negro, lembrou da Lei Afonso Arinos, mas ela não surtiu efeito e o ódio cresceu dentro dele, disse que sua revolta foi controlada quando começou a estudar mais e frequentar uma livraria que lhe proporcionou um salto cultural: “Essas contradições devem ser combatidas com sutileza e não com violência”. 

Também aproveitou para fazer críticas. “Eu trabalho na Globo há 45 anos, mas o problema que tem é que falta demanda para os negros. Eu nunca deixei de brigar, de resistir e se estou até hoje lá é porque tenho algum mérito. Mas, se nós negros nos sentimos ofendidos e machucados com alguma prática ou algum produto, não consuma esse produto, não dê visibilidade a ele. Vamos protestar, vamos nos unir! Nós somos metade da população, e não estamos no cartão postal desse país!”, declarou. 

Ele também foi homenageado pela Assembleia Legislativa de Alagoas, por intermédio do Deputado Judson Cabral, com a Comenda Zumbi dos Palmares que era para ter sido entregue em novembro, mas bem que deveria ter colocado em uma moldura, o papel estava amassado, senti vergonha. No encerramento, Arísia agradeceu aos presentes e demonstrou que pretende ousar ainda mais, anunciou oficialmente que em breve terá o Instituto de Estudos Étnicos e de Gênero Maria Preta, inclusive, com hotsite. Agora, quem segura essa mulher?! Boa sorte e axé!


Fonte: Coluna Axé / Jornal Tribuna Independente (08.02.11)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Milton Gonçalves é padrinho oficial do Festival Alagoano das Palavras Pretas


por Arísia Barros



É domingo, 06 de fevereiro, e recebo um agradável telefonema de Milton Gonçalves, o militante negro que durante sua recente visita a Maceió colecionou reconhecimentos e afetos.

A presença do ator Milton Gonçalves no II Festival Alagoano das Palavras Pretas, ocorrido dia 31 de janeiro, espalhou rastros de diálogos em diversos territórios da geografia humana nas terras de Zumbi.

Milton Gonçalves, o ator, é um porta-voz das palavras urgentes e necessárias que instruem, questionam e confrontam gerando impactos em quem o ouve.

Milton Gonçalves, militante do movimento negro há mais de 50 anos é um homem de muitos ensaios, diálogos e memórias.

É um militante em constante movimento que mesmo fazendo parte do “cast” de uma das maiores emissoras do mundo, estabelece pontes entre a arte que exerce magistralmente, e as possibilidades das causas sociais.

No centro do palco do Teatro Abelardo Lopes, da Galeria Arte Center, Av.Antonio Gouveia, 1113, na Pajuçara, Milton Gonçalves hipnotizou a platéia com seu depoimento de vida-verdadeira formando mosaicos inquietantes da violência do racismo, rasgando os silêncios clandestinos que habitam nossas consciências

Palmas quilométricas registraram o prazer-ouvinte da multidão das diferentes gentes que lotou o teatro.

Milton Gonçalves traz memórias e cheiros carregados de um caudaloso bom humor que torna extremamente agradável partilhar sua companhia.

Milton Gonçalves é, sobretudo um ser humano contagiante que solidário à causa do Projeto Raízes de Áfricas exercida em um invisível estado chamado Alagoas, amarra o compromisso da parceria.

Atendendo a convite do Projeto Raízes de Áfricas, Milton Gonçalves torna-se padrinho oficial do Festival Alagoano das Palavras Pretas, uma iniciativa do Projeto Raízes de Áfricas.

Seja bem vindo, ao trabalho Milton!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Intolerância Religiosa

Por: Helciane Angélica

O dia 21 de janeiro, é a data utilizada como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. As ações de conscientização e denúncias acontecem em várias partes do país, inclusive, foi implantada a Campanha Nacional Contra a Intolerância Religiosa e de Combate ao Extermínio da Juventude, estar sendo encabeçada pela Rede Ecumênica da Juventude (REJU). 

Esse dia foi criado depois de um caso de intolerância religiosa que teve grande repercussão nacional: o caso da mãe de santo Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, que adoeceu e morreu após ter sua foto publicada em uma matéria no jornal Folha Universal, da Igreja Universal do Reino de Deus, com o título Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes". Os filhos e marido de Mãe Gilda entraram com ação na justiça, que condenou a Igreja Universal, em agosto de 2009, a pagar R$145,2 mil de indenização. 

Em Alagoas, o 02 de fevereiro é uma data de luta e reflexão para os adeptos das religiões de matrizes africanas e uma referência ao Quebra de Xangô de 1912, quando centenas de casas de axé foram destruídas e religiosos perseguidos. 

Também é comemorado o Dia Municipal e Estadual de Combate à Intolerância Religiosa. As situações preconceituosas são constantes e nos mais diversos locais, muitos religiosos são discriminados por causa dos seus trajes, acessórios, instrumentos, e muitas pessoas tem visão distorcida e discriminatória em relação à religião, associando à feitiçaria e bruxaria. No entanto, ela é representada pelos orixás que são as forças da natureza. 

O fato é que precisamos, cotidianamente, aprender a respeitar as diferenças, crenças, opiniões e principalmente as pessoas. Só assim, viveremos em harmonia. Axé!



Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (01/02/2011)