domingo, 30 de junho de 2013

Ex-mulher pede prudência à mídia ao falar da saúde de Mandela

Winnie Mandela falou publicamente pela 1ª vez desde a internação.
Ela pediu que se evitassem verbos no passado.

Da agência EFE
A ex-mulher de Nelson Mandela, Winnie Madikizela-Mandela, pediu prudência aos meios de comunicação em sua cobertura da hospitalização do ex-presidente sul-africano, que neste sábado (29) completa uma semana em estado crítico.
Mulher segura cartaz de Mandela em frente ao hospital em que ele está internado em Pretória neste sábado (29). (Foto: Muhammed Muheisen/AP)Mulher segura cartaz de Mandela em frente ao hospital em que ele está internado em Pretória neste sábado (29). (Foto: Muhammed Muheisen/AP)
Winnie, que falou publicamente com a imprensa na sexta à noite pela primeira vez desde a hospitalização de Mandela no dia 8 de junho, pediu que os jornalistas não falassem do ex-presidente sul-africano utilizando verbos no passado, segundo a emissora local 'EyeWitnessNews'.
"São essas coisas que fazem com que alguns dos meus filhos e meus netos se sintam mal", afirmou Winnie em frente à antiga casa de Mandela no gueto negro de Soweto, em Johanesburgo, que agora é um museu.
Winnie, que foi casada com Mandela durante 38 anos, afirmou que a imprensa se deixa levar pela situação durante a sua cobertura da hospitalização do estadista sul-africano, mas garantiu que a família está agradecida por informarem o país e o mundo sobre o estado de saúde de Madiba.
Além disso, declarou que a família de Mandela estava sem palavras para agradecer o apoio que receberam do público.
Winnie deu essas declarações um dia depois que a filha mais velha de Mandela, Makaziwe Mandela, afirmou em uma entrevista à televisão estatal sul-africana que os meios de comunicação internacionais são como 'abutres'.
"De verdade, são como abutres esperando que o leão acabe de comer o búfalo para depois se aproveitarem da carniça. Essa é a imagem que temos como família", disse Makaziwe ao se referir à imprensa internacional que se instalou em frente ao hospital em que está Mandela.
Winnie Madikizela-Mandela afirmou ontem que o ex-presidente tinha experimentado uma 'grande melhora', mas que seu estado continua sendo crítico.
"Houve uma grande melhoria em relação aos últimos dias, mas continua clinicamente mal", disse aos repórteres.
Essa informação foi divulgada depois que o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, anunciou na quinta-feira passada que o estado de Madiba era 'estável', após ter tido uma 'boa noite' na última quarta-feira.
Uma figura controvertida e de destaque nos tempos da luta contra o regime racista do 'apartheid', Winnie Mandela voltou a visitar ontem seu ex-marido no hospital.
Desde que Mandela foi hospitalizado pela última vez, Winnie esteve na clínica quase todos os dias.
Ao lado de Mandela permanece sua atual esposa, a moçambicana Graça Machel, que não se separou de seu marido nos mais de 20 dias de internação em um hospital de Pretória.
Desde dezembro, Madiba foi hospitalizado em quatro ocasiões.
O primeiro presidente negro da África do Sul contraiu os problemas respiratórios com os quais sofre de forma recorrente nas prisões do 'apartheid', onde passou 27 anos das quase sete décadas de luta contra o racismo institucionalizado.

Fonte: G1

Cojira-AL divulga prêmio nacional Jornalista Abdias Nascimento


Na última sexta-feira (28.06), os jornalistas Gerônimo Vicente, Helciane Angélica e Valdice Gomes – integrantes da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL), vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) – passaram nas redações do Jornal Gazeta de Alagoas, G1-AL, Gazetaweb, TNH1, TVE, Tv Gazeta, Tv Pajuçara, as rádios Gazeta e Difusora, além da Secretaria Estadual de Comunicação (Secom/Agência Alagoas).

A visita teve como principal objetivo divulgar a 3ª edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, que busca premiar as melhores reportagens que abordem as questões étnicorraciais, além de priorizar um jornalismo plural que valorize a diversidade brasileira e para facilitar as adesões. Na ocasião, também ocorreu a entrega do material de divulgação: folders, cartazes, catálogo, caneta e bloco de anotações.

O Estado de Alagoas tem se destacado no prêmio, seja com a diversidade de conteúdo, seja pela qualidade da produção jornalística. Na primeira edição em 2011, a TV Educativa de Alagoas foi a grande campeã na categoria televisão com a reportagem "Quilombolas"; já em 2012, a Agência Alagoas esteve entre os três finalistas na categoria Internet, com a "Série 100 anos do Quebra".

Mais uma vez, serão distribuídos R$ 35 mil em sete categorias: mídia impressa, televisão, rádio, internet, fotografia, mídia alternativa/comunitária, além de Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros. O prêmio é uma iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro com o apoio das Cojiras e grandes patrocinadores.

A divulgação do prêmio continuará em Alagoas pelas redes sociais, entrega de cartazes em outras redações e pelo mailing do Sindjornal. Confira também as dicas de pautas, notícias e o regulamento no site: http://premioabdiasnascimento.org.br/w/

Sanfoneiro revelação em Alagoas


Texto: Helciane Angélica - Cojira/AL
Foto: Divulgação


O mês de junho é o melhor período para os nordestinos e adeptos do forró, que não conseguem ficar parados e admiram a cultura popular. Também é o momento que artistas locais são mais procurados para mostrar seu talento e faturam um pouco mais. 

O jovem negro Anderson Fidellis de 24 anos, tem sido uma grata atração por onde passa, é sanfoneiro, cantor, compositor e líder da Cabroeira. A Liga Alagoana de Sanfoneiros definiu nessa semana, que ele é o sanfoneiro revelação de 2013.

Ele começou a carreira aos 16 anos, com um grupo de amigos tocando na escola e em festas particulares, e, de lá pra cá, tem ganhado mais experiência e admiração. O seu repertório é influenciado principalmente pelo rei do baião Luiz Gonzaga e pelas raízes da música nordestina, e também, destaca-se por sua irreverência no palco e figurino.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Maceió sedia em agosto III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial

                           
Evento apresenta como tema “Democracia e Desenvolvimento sem racismo: por uma Alagoas Afirmativa” 
                    
Maceió sedia em agosto III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial
Comissão Organizadora discute questões operacionais como
logística, mobilização, facilitadores e palestrantes para o evento 
                         
Por: Marcos Jorge

Reafirmar e ampliar o compromisso governamental e da sociedade alagoana com políticas de enfrentamento ao racismo e de promoção da igualdade como fatores essenciais à democracia plena e ao desenvolvimento com justiça social em Alagoas. Este será o objetivo da III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (III Coepir) que acontece no período de 19 a 20 de agosto no Centro de Convenções Ruth Cardoso, Jaraguá, em Maceió.

Com o tema “Democracia e Desenvolvimento sem racismo: por uma Alagoas Afirmativa”, a III Coepir tem como finalidades ainda avaliar os avanços, os desafios e as perspectivas das Políticas de Promoção da Igualdade Racial; propor recomendações para o fortalecimento e enfrentamento ao racismo e a promoção da igualdade racial, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; e discutir os mecanismos de institucionalização da promoção da igualdade racial, tendo em vista a implantação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir).

A comissão realizou nesta quinta-feira (27) reunião para discutir questões operacionais como logística, mobilização, facilitadores e palestras para o evento que terá como subtemas quatro eixos: Estratégias para o desenvolvimento e o enfrentamento ao racismo; Políticas de igualdade racial no Estado e no Brasil: avanços e desafios; Arranjos Institucionais para assegurar a sustentabilidade das políticas de igualdade racial – SINAPIR (órgãos de promoção da igualdade racial, fórum de gestores, conselhos e ouvidorias); e Participação política e controle social: igualdade racial nos espaços de decisão; mecanismos de participação da sociedade civil no monitoramento das políticas de igualdade racial.

A III Coepir será precedida de conferências regionais que serão convocadas pelas prefeituras, cujas contribuições serão consideradas na etapa estadual. Suas deliberações terão abrangência estadual e deve contribuir para a etapa nacional. As etapas regionais serão realizadas no mês de julho, da seguinte forma: dia 4 de julho no município de Água Branca, que abrangerá a região do Sertão e bacia leiteira. No dia 18 será em União dos Palmares, que envolverá toda Zona da Mata. Dia 25 acontece a de Arapiraca, atingindo toda parte do Agreste. E dia 31 ocorre a de Maceió envolvendo tanto a região metropolitana quanto o litoral Norte.

A delegação de Alagoas para a III Conferência Nacional de Promoção de Igualdade Racial, eleita na conferência Estadual, que ocorre no período de 5 a 7 de novembro de 2013, em Brasília, Distrito Federal, terá a seguinte composição: três delegados representantes de órgãos públicos estaduais; oito delegados representantes de órgãos públicos municipais; e 17  delegados representantes de organizações da sociedade civil.

Os relatórios das conferências regionais devem obedecer a roteiro previamente definido pela Comissão Organizadora Estadual e encaminhados à Comissão Organizadora Estadual por meio eletrônico para o endereço: iiicoepir.alagoas@gmail.com, juntamente com o arquivo bruto contendo todas as propostas aprovadas, até o dia 05 de agosto de 2013.


 Fonte: Ascom/Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos

terça-feira, 25 de junho de 2013

Conferência

O ano de 2013 será repleto de conferências, dentre elas, a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) com o tema "Democracia e Desenvolvimento sem Racismo: Por um Brasil Afirmativo", no período de 5 a 7 de novembro de 2013, em Brasília, Distrito Federal. Para ampliar o debate, gestores públicos e sociedade civil devem ampliar o debate com a execução de conferências livres, municipais/regionais e estaduais. 

No dia 18 de junho, foi publicado no Diário Oficial Estadual, o Decreto de Convocação para a III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial com o tema "Democracia e Desenvolvimento por um Brasil Afirmativo” será realizada nos dias 19 a 20 de agosto em Maceió. 

Agora, o regimento interno será elaborado pela Comissão Organizadora Estadual, e, compete aos municípios convocar as respectivas etapas; e as despesas com a organização e a realização da III Conferência Estadual serão custeadas com recursos orçamentários da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Diretos Humanos. 

Esse é o momento de lutar por mais políticas públicas; compartilhar informações sobre projetos e ações afirmativas que contribuem para a diminuição das práticas preconceituosas e racistas; cobrar a execução das resoluções aprovadas anteriormente; e reivindicar a igualdade racial nos mais diversos setores, inclusive, nos espaços de poder e de decisão. 

Vamos às discussões!


Fonte: Coluna Axé - 255ª edição - Jornal Tribuna Independente (25/06 a 01/07/2013) 
Edição: Helciane Angélica/Cojira-AL

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Prefeitura de Maceió proíbe shows que denigram a mulher e incitem homofobia

Shows que discriminando mulheres estão banidos de eventos públicosShows que discriminando mulheres estão banidos de eventos públicos
Os órgãos da Prefeitura de Maceió estão proibidos de contratar com recursos públicos espetáculos musicais que estimulem a violência ou submetam a imagem da mulher a situações degradantes ou discriminatórias. A proibição foi feita através de uma lei publicada nesta quinta-feira (20), no Diário Oficial do Município.
O projeto de autoria da vereadora Tereza Nelma e sancionado pelo prefeito Rui Palmeira prevê ainda a proibição de financiamento com recursos municipais de espetáculos que façam a apologia de drogas ilícitas ou incentivem a homofobia.
Segundo a lei municipal, o artista ou associação que descumprir a proibição da lei será obrigado a devolver o dinheiro, "ficando proibido de receber recursos da Prefeitura de Maceió ou da Câmara de Vereadores, pelo período de um ano, penalidade que será em dobro em caso de reincidência". 
Caberá ao Conselho Municipal da Condição Feminina relacionar todos os anos as músicas ou espetáculos que descumpram o que determina a lei, informando a lista ao prefeito e aos órgãos encarregados pela política cultural de Maceió.
A proibição é ampla e alcança o financiamento de apresentações através de veículos de comunicação, como rádio, TV e internet, além de espetáculos abertos ao público ou não.
A lei é sancionada justamente no período junino, quando a maioria dos shows são justamente de bandas e artistas que abusam do duplo sentido e de temas que estimulam discriminação e violência contra a mulher.

Fonte: TNH1

terça-feira, 18 de junho de 2013

Gritamos por respeito!

O Brasil tem vivido uma onda de manifestações nas principais capitais, que foram articuladas através das redes sociais na internet. Alguns, dizem que o povo acordou; outros falam que é vandalismo; e para muitos, foi a forma encontrada para demonstrar o descontentamento popular com o aumento do custo de vida e o uso indevido de recursos públicos. 

Em tempos de preparação para grandes eventos esportivos (Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016), a sociedade reivindica mais investimento em saúde, educação, moradia, segurança pública e mais trabalho. As vaias direcionadas à Presidenta do Brasil, Dilma Roussef, na abertura da Copa das Confederações no último sábado (14.06) em Brasília, continua ecoando e também serviu como protesto internacional.

Nas ruas, o povo continua lutando contra os centavos a mais nas passagens de ônibus e o sucateamento dos veículos, e também, pela liberdade de expressão. Porém, infelizmente, as faixas, bandeiras, apitos, palavras de ordem, narizes de palhaço foram combatidos com balas de borracha, gás lacrimogêneo, spray de pimenta, cacetadas e prisões. Também teve muita gente que ficou ferida gravemente, inclusive, profissionais de comunicação que estavam fazendo a cobertura midiática. 

Basta de opressão militar e arbitrariedade do poder público, não podemos voltar aos tempos da ditadura. Queremos vida digna... homens, mulheres, estudantes, trabalhadores nas mais diversas áreas, negros e brancos. 

Vamos juntos, não podemos perder a capacidade de se indignar, e, devemos contribuir para a transformação social. Axé!



Fonte: Coluna Axé - 254ª edição – Jornal Tribuna Independente (18 a 24/06/2013) 
Editora: Helciane Angélica - COJIRA/AL

domingo, 16 de junho de 2013

Conselho da Juventude quer fortalecer agenda conjunta com a SEPPIR

Pautas que tramitam no Congresso como a PEC 33, que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e o PL 4.471 (autos de resistência), foram citados como pontos de preocupação do Conjuve


Conselho da Juventude quer fortalecer agenda conjunta com a SEPPIRA secretária-Adjunta da Secretaria Nacional da Juventude, Ângela Guimarães, participou da audiência na SEPPIR

Discutir o fortalecimento de agendas conjuntas. Este foi o objetivo da audiência de dirigentes do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), com a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), ontem, dia 11 de junho. O Juventude Viva, plano voltado à prevenção da violência contra jovens negros, e a agenda do Legislativo também estiveram em pauta. Na reunião, ficou acordada a realização de um seminário preparatório para a III Conferência da SEPPIR, que acontece em novembro, visando o envolvimento de um público específico para o aprofundamento dos temas.

A ministra destacou a relevância da interface do trabalho da SEPPIR com o Conjuve, ratificando a necessidade de atuação conjunta no acompanhamento de pautas como as que colocam em risco os direitos dos jovens, principalmente os negros. “As forças que estão se movimentando contra esses direitos adquiridos têm base em um fundamento muito mais grave que são os padrões de relações sociais determinados pelo racismo”, explicou a chefe da SEPPIR.

O presidente do Conjuve, Alessandro Melquior, disse que além do momento político do país exigir a união de forças progressistas na defesa dos direitos dos jovens, questões pautadas pela sociedade também motivaram a visita à ministra. “A proposta é nos aliarmos no acompanhamento de agendas conjuntas como o cumprimento da Lei 10.630/10 e as iniciativas do Legislativo que nos afetam como as que tratam do sistema carcerário e da penalização de jovens negros”, afirmou o dirigente, que esteve acompanhado da Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional da Juventude, Ângela Guimarães.

Melquior falou sobre a relevância do Plano Juventude Viva, pontuando a questão racial como  componente que coloca os jovens negros em um grau de vulnerabilidade mais elevado do que os brancos da mesma faixa etária. Para a ministra Luiza Bairros, o Juventude Viva é uma agenda emplacada no governo desde o primeiro ano de sua gestão (2011) e, por isso, uma conquista. “O Plano tem uma grande complexidade, que exige muito de nós que o operamos, pela abrangência e pela profundidade que a gente precisa que ele ganhe”, disse.

Autos de resistência
O presidente do Conjuve destacou matérias em tramitação no Congresso que merecem atenção especial das duas instituições, a exemplo da Proposta de Emenda à Constituição Federal (PEC) 33, que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Falou também sobre o Projeto de Lei nº 4.471/2012, que altera o Código de Processo Penal para dispor sobre procedimento de instauração de inquérito nos casos em que o emprego da força policial resulta em morte ou lesão corporal grave.

Segundo o coordenador do Juventude Viva pela SEPPIR, a pesquisa “Filtragem racial: a cor da seleção do suspeito”, realizada pelo professor Geová da S. Barros a partir de entrevistas e boletins de ocorrência no estado de Pernambuco, demonstra que a cor da pele constitui um fator de suspeição para policiais. Nesse estudo, verificou-se que 65,03% dos profissionais percebem que os pretos e pardos são priorizados nas abordagens, sendo que entre os alunos dos cursos de formação de oficiais e soldados esta percepção é ainda mais aguçada, superando os 70%”.

“No que tange ao tema das investigações policiais, do processo penal e mais especificamente das mortes e lesões decorrentes de uso de força policial, destaca-se que é sobre a população negra, especialmente os jovens negros, que se concentram tais ocorrências”, afirma o coordenador do Juventude Viva da SEPPIR, Felipe Freitas.

Comitê
Melquias destacou ainda a importância do Conjuve integrar o Comitê Gestor do Juventude Viva (CGJuv). Instituídos pelos ministros Luiza Bairros e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), o CGJuV e o Fórum de Monitoramento Insterconselhos do Plano (Fompi) são instâncias de participação e controle social, de caráter consultivo, e têm como objetivo o acompanhamento das ações de execução do Plano.

Entre as atribuições do Comitê, compete o acompanhamento e monitoramento das ações de execução dos programas do Governo Federal que compõem o Juventude Viva; promover a articulação entre os órgãos federais que executem ações no âmbito do Plano; orientar e apoiar os órgãos federais na implementação do Juventude Viva; e estimular os órgãos federais a desenvolverem ações e programas, no âmbito do Plano, que contribuam para reduzir a vulnerabilidade da juventude negra à violência.

Além do Conjuve, o CGJuV é integrado por representantes da Secretaria-Geral e da SEPPIR,  das secretarias de Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres, todas da Presidência da República; dos conselhos Nacionais de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) e de Segurança Pública; dos Ministérios da Justiça; Educação; Saúde; Trabalho e Emprego; Cultura; Esporte; Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
 

Fonte: Coordenação de Comunicação da SEPPIR

sábado, 15 de junho de 2013

Observatório Racial funcionará em Salvador durante a Copa das Confederações


O Observatório Racial na Copa das Confederações funcionará em Salvador nos mesmos moldes da ação realizada há oito anos no Carnaval de Salvador. O objetivo é “mapear dados que comprovem a existência de ações discriminatórias”.

A ação contará com voluntários cadastrados pelo Escritório Municipal da Copa  (Ecopa), que servirão como mediadores para relatos, abordagens e informações e se concentraram no estádio e entorno da arena.

No período da competição, a população poderá fazer denúncias de ações discriminatórias quanto ao gênero e raça que possam acontecer nos dias do evento, junto aos observadores ou através do número 156.

Os casos serão registrados e a Secretaria Municipal da Reparação (Semur) levará as situações para as autoridades competentes, além de produzir o relatório com o balanço das ações.

Palestra – A ação foi destaca durante palestra “Racismo e Xenofobia no Futebol”, realizada na segunda-feira (10), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Piedade.

Promovida pela Semur em parceria com o Ecopa e a OAB, a iniciativa contou com a presença do professor em Direito e pró-reitor de ensino do Centro Augusto Mota, Carlos Alberto Figueiredo Silva, que ministrou a palestra.

Na ocasião, foram abordadas situações históricas de discriminação no futebol, como a não-convocação de jogadores e técnicos negros em times da 1ª Divisão, termos pejorativos utilizados pela torcida para jogadores afrodescendentes e preconceito quanto a culturas diferentes.

De acordo com o professor, uma das saídas para evitar o problema seria o estabelecimento de uma parceria entre governo, universidades e instituições sociais para discussão do tema, estabelecimento de metas e difusão do assunto junto à sociedade.


Fonte: Redação Correio Nagô 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Festejos juninos


Todo nordestino ou nordestina que se preze, adora os festejos juninos. Trata-se de uma grande celebração, para dar visibilidade à cultura regional, saborear pratos típicos e dançar muito forró.

Nesse período, as opções de festa são variadas, nas cidades do interior e nos grandes pólos como: Caruaru (PE) considerada “a capital do forró”, em Campina Grande (PB) “O melhor São João do mundo”, ou ainda em São Luiz do Maranhão, com a festa diferenciada do bumba meu boi. Esse ano, a capital alagoana garante seu espaço nesse roteiro de diversão, com o tema “De Jacinto a Tororó, São João é em Maceió” com programação em todo lugar e valorização do artista local. 

No dia 20 de junho, a partir das 21 horas, acontecerá a abertura dos Arraiais dos Bairros no histórico bairro de Fernão Velho, com shows de Chau do Pife, Zeza Duarte do Coco, Banda de Pífanos Flor do Nordeste e Silvério Pessoa, o grande nome da moderna música popular pernambucana. A Prefeitura de Maceió através da Fundação Cultural Palmares e com o apoio da CBTU Maceió, promoverá o ‘Trem De Jacinto a Tororó’, que sairá da Estação Central de Maceió com destino a Fernão Velho. As viagens estão disponíveis em dois horários: trem 1, com saída às 20h e retorno à 1h da manhã; e o trem 2, saindo às 21h, com retorno às 2h da manhã.

Já a programação do “Arraiá Central no Jaraguá” inicia no dia 21 de junho, trazendo o melhor dos trios forrozeiros locais, além de artistas e bandas consagradas como: Geraldo Cardoso, Amazan, Eliezer Setton, Alcimar Monteiro, Clã Brasil, Ivaldo Maceió, Flávio José, Nando Cordel, Khrystal, José Orlando, Quinteto Violado, Jorge de Altinho, dentre outros. De 21 a 26, a partir das 18h, terá o concurso de quadrilhas e no período de 27 a 30, todos podem prestigiar o festival de coco de roda alagoano. 

Também terá nos mercados públicos (Jaraguá, Jacintinho e do artesanato), em todas as sextas-feiras desse mês, muito forró pé de serra a partir das 10h. E nos dias 21, 22 e 23, o “Forrock” no Posto 7, Praia de Jatiúca, a partir das 21h. 

Vamos comemorar essa festa tradicional, tem opção para todos os gostos e classes sociais! E viva a cultura nordestina!


Fonte: Coluna Axé - 253ª edição – Jornal Tribuna Independente (11 a 17/06/2013) 
Editora: Helciane Angélica / Cojira-AL

segunda-feira, 10 de junho de 2013

'Vim da favela e dei certo', diz Luane Dias, fenômeno da web e agora na TV

Moradora de comunidade carente do Rio, ela ficou famosa ao postar vídeos no YouTube e foi convidada para o elenco do 'Esquenta'.
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Há três meses, Luane Dias era só mais uma menina que se encaixava nesse perfil: carioca, negra, moradora de uma comunidade não pacificada da Zona Norte do Rio, desempregada, cheia de sonhos e que passava a maior parte do tempo na internet. Mas desde o dia em que os vídeos gravados por ela estouraram nas redes sociais, Luane Dias - ou Luane californiana, como ficou conhecida - virou febre na web e foi parar na televisão. A adolescente de 19 anos agora dá entrevistas, faz presença vip em festas e é assistente de palco do programa "Esquenta", apresentado por Regina Casé.


Em entrevista ao EGO, na cozinha de sua pequena casa, nos fundos de um conjunto habitacional na Cidade Alta, em Cordovil, Luane contou que virou uma celebridade da internet: "Minhas amigas ficavam pedindo pra eu gravar um vídeo dizendo que eu era engraçada. Primeiro tentei fazer um com elas, mas elas só riam. Desisti e um belo dia acordei, botei o óculos, prendi o cabelo, botei o celular entre as pernas e gravei".


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Luane Dias (Foto: Isac Luz/ EGO)


De uma só vez Luane gravou três vídeos, dentre eles As Vergonhas do Facebook e Pessoas que não sabem se maquiar, que totalizaram em mais de 4 milhões de exibição no Youtube, além dos compartilhamentos no Facebook e no Twitter. Um estouro. Logo ela, que não tinha habilidade com tais redes sociais, virou uma celebridade da internet. "Achava que não saberia mexer, não queria largar o Orkut, mas acostumei. Gravei em dezembro e nem lembrava mais. Mas, em março, uma amiga compartilhou um dos vídeos no Facebook. No dia seguinte, tinham 100 mil exibições, na outra semana, um milhão, e, logo depois, dois milhões. Todo mundo passou a postar, compartilhar, até que um cara de uma produtora me procurou e disse que eu tinha me tornado um 'viral', queria me entrevistar", relembra.


Ainda sem acreditar, Luane aceitou dar a entrevista, mas se deparou com outro problema: contar a novidade para a mãe, a dona de casa Luciana, que não imaginava que milhões de pessoas já tinham visto sua filha na internet e ficou nervosa só em saber no que estava por vir. “Não acredito até hoje em tudo o que está acontecendo. Não gostava que ela ficasse na internet, mas estou sempre com ela. Digo a ela que qualquer problema eu resolvo, se quiserem fazer algo de ruim pra ela terão que passar por mim. É bom que ela aproveite as oportunidades. Ao mesmo tempo, digo pra ela manter sempre os pés no chão, não confiar em qualquer pessoa e lembrar sempre de onde veio e quem ela é”, diz a mãe, emocionada. Ao lado, a filha não perde a oportunidade de fazer piada: "Antes, ela brigava porque eu não saia da internet, agora, me trata até melhor", brinca.


Depois da primeira entrevista, choveram convites para Luane. "Praticamente todas as emissoras me ligaram, mas eram em São Paulo, fiquei com medo. Não acreditava no que estava acontecendo e não fui”, diz, contando do susto que tomou ao perceber que estava virando uma celebridade. “Fiz o vídeo achando que só as pessoas de onde moro iriam ver. Falei palavrão, gíria e depois pensei: 'Agora já era!'. Não pensei em todo mundo, nunca imaginei que a Regina Casé veria. O 'Esquenta' foi o último a me ligar. Eu estava assistindo quando me convidaram para participar de um programa que falaria sobre internet. Cheguei lá e todo mundo me conhecia. A Regina disse que a filha mostrou o vídeo e ela quis me chamar. Depois, me convidaram mais algumas vezes até me ligarem para dizer que fui contratada. Foi um dia de muita festa”, conta.


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Luane e Thiaguinho (Foto: Reprodução / Facebook)

De uma só vez, Luane encontrou vários ídolos que ela achou que nunca teria a oportunidade de conhecer. “Nunca imaginei que estaria na televisão, tinha sonhos totalmente diferentes, achava que seria militar, fiquei encantada,  olhando tudo com cara de boba. Fiquei doida quando conheci o Thiaguinho, sou muito fã, imaginava que iria desmaiar quando o visse, mas ele me deixou muito à vontade, nem parecia artista”.

Sem tempo para entrar na internet e até para gravar seus vídeos, ela garante que continua a mesma. “Depois que fui para a Globo não gravei mais, tenho muita ideia e as pessoas também me sugerem muitas coisas. Sei que na televisão tem que ser uma coisa mais contida, mas no YouTube vou manter o mesmo padrão. Muita gente gostou, mas teve quem odiasse. Fiquei pensando se continuava ou não, falo palavrão, falo ‘escrachadadamente’. Mas a maioria aprovou e então vou continuar, independentemente de televisão ou não. No 'Esquenta' não posso falar palavrão, mas na internet tenho que manter."

Participar do programa deu um novo rumo à vida de Luane que já havia terminado o ensino médio, trabalhado no Mc Donald's e em uma loja de calçados, mas não tinha muitas perspectivas. "Estou pensando muito, quero continuar nisso que estou fazendo. Essa oportunidade foi inesperada, vou aproveitar. Quando vou às ruas me pedem fotos, dizem que falo a verdade. Sou anônima como todo mundo e as pessoas vibram por eu ter conseguido. Não sou uma pessoa que veio de uma família onde todos são atores. Vim da favela e dei certo. O que falei é o que todo mundo aqui tem vontade de falar. Penso em fazer um curso de teatro, continuar. Tenho a consciência de que pode vir uma pessoa mais engraçada e eu cair no esquecimento, claro que tenho medo disso acontecer. Outro dia fui fazer festa presença em uma festa em Copacabana e teve gente que me puxou, me agarrou e teve até uma pessoa chorando, coisa de louco! As pessoas me colocaram num nível de uma artista de 10 anos de carreira, não sou isso”, reconhece.

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Luane Dias e a mãe, Luciana (Foto: Isac Luz/ EGO)

Além de todas as coisas novas que a fama tem proporcionado a Luane, a menina se orgulha em poder ajudar a família. Atualmente, a única fonte de renda da casa vem da adolescente cheia de sonhos, que pensa em dar uma vida melhor à mãe e ao irmão. "Não tenho tido muito tempo de ficar com as minhas amigas, mas não é porque estou metida...O tempo é curto e muita gente não entende. Sou uma pessoa como outra qualquer, as pessoas me magoam quando dizem isso. Estou abraçando essa oportunidade. Na minha casa somos só eu, minha mãe e meu irmão. Quando minha mãe trabalhava, eu tomava conta do meu irmão e vice-versa, o dinheiro sempre foi pouco, porque sempre foi apenas uma pessoa trabalhando. Já moramos com a minha avó, mas moravam mais de dez pessoas na casa. Minha mãe quando trabalhava juntou o dinheiro comprou essa casa. 

Agora, sou eu que estou trabalhando e aos poucos estou tentando reformar. Falo que vou juntar dinheiro, mas vou comer o que? Sonho em comprar uma casa, em primeiro lugar, e um carro", diz.



Fonte: EGO

domingo, 9 de junho de 2013

Moção de apoio do CNPIR aos editais para produtores e artistas negros do Ministério da Cultura

MOÇÃO DE APOIO AOS EDITAIS PARA PRODUTORES E ARTISTAS NEGROS DO MINISTÉRIO DA CULTURA N.º 9, DE 29 DE MAIO DE 2013


O Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), órgão vinculado à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR), reunido na sua Quadragésima Reunião Ordinária, realizada nos dias 28 e 29 de maio de 2013, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei n.º 10.678, de 23 de maio de 2003, pelo Decreto n.º 4.885, de 20 de novembro de 2003 e pelo Decreto n.º 6.509, de 16 de julho de 2008, torna público o seu posicionamento em defesa da manutenção dos Editais Protagonismo da Juventude Negra na Produção Audiovisual, da Secretaria do Audiovisual (SAV) do MinC; Prêmio Funarte de Arte Negra, da Fundação Nacional das Artes (Funarte); Apoio de Co-edição de Livros de Autores Negros e Apoio a Pesquisadores Negros, da Fundação Biblioteca Nacional.

A decisão do Juiz Federal José Carlos do Vale Madeira, que determinou a “sustação de todo e qualquer ato de execução dos Concursos relacionados aos editais de incentivo à cultura negra lançada pelo Ministério da Cultura (Minc) em 19 de novembro de 2012”, representa um duro golpe nos esforços de promoção da igualdade racial, com destaque para a utilização de ações afirmativas como mecanismo legal e legítimo de superação de desigualdades históricas.

Com o argumento de que os editais “representam uma prática racista, por ser exclusivamente para negros”, o referido juiz desconsidera que os afro-brasileiros, mais da metade da população, não têm acesso proporcional aos recursos públicos de apoio à cultura e às artes, sejam eles oriundos do setor público ou do setor privado.

A este propósito, cabe registrar que, segundo a Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, nos últimos quatro anos, de um total de 30 mil propostas de incentivo, 473 eram ligadas à cultura negra. Destas, 93 foram aprovados para captação de recursos e apenas 25 receberam patrocínio por meio da Lei Rouanet. No entanto, os patrocinadores privados que se valem desta Lei nunca foram acionados por racismo pela Justiça, embora, como mostram os números, privilegiem sistematicamente produtores e artistas brancos. 

A afirmação de que os Editais estariam estimulando “a estruturação de gueto cultural”, ou a exclusão sumária de outras etnias, também não se sustenta, considerando ademais as iniciativas do MinC com outros grupos historicamente discriminados - mulheres, ciganos e indígenas. Assim como os Editais sustados, isso se dá em total consonância com o Plano Nacional de Cultura (Lei 12.343/2010), Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010) que prevêem programas de reconhecimento, preservação, fomento e difusão do patrimônio e da expressão cultural de grupos sujeitos à discriminação e marginalização.

Exigir “isonomia” para grupos sociais que nunca foram tratados como iguais é, sem dúvida, agir para a manutenção do muro impeditivo de oportunidades para os negros. Um muro cimentado pelo imaginário hegemônico que, negando a diversidade, se traduz na exaltação da estética que reconhece a Europa como matriz exclusiva de tudo que é considerado positivo na sociedade brasileira. 

Desse ponto de vista, não são os negros que excluem os demais grupos étnicorraciais do acesso a recursos, estatisticamente insignificantes no montante destinado à cultura e às artes no Brasil. Portanto, o ato de “abrir um acintoso e perigoso espectro de desigualdade racial”, diferentemente do que afirma o Juiz Federal, tem sido das instituições que reproduzem no cotidiano diversas formas de discriminação e, hoje, dão suporte às tentativas de desmontar as conquistas de inclusão e superação das injustiças vividas pela população negra.

 O CNPIR, ao repelir a liminar expedida pela Justiça Federal do Maranhão, declara seu incondicional apoio à continuidade dos Editais para produtores,  pesquisadores e artistas negros, lançados pelo Ministério da Cultura, em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Que a Justiça Federal transforme a deplorável sustação dos Editais em oportunidade para se colocar, sem vacilações, ao lado da histórica decisão unânime do Supremo Tribunal Federal em favor das ações afirmativas e de um Brasil livre dos efeitos perversos do racismo.


Plenário do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, em sua Quadragésima Reunião Ordinária.

Prefeitura de Maceió participa de discussão sobre racismo e Direitos Humanos

Seminário AfroA secretária executiva do Gabinete do prefeito Rui Palmeira, Adriana Toledo, representa a Prefeitura de Maceió na Sessão Diálogos “Os 125 anos da Abolição Inconclusiva e as Perspectivas Contemporâneas dos Diretos Humanos”, ocorrida nesta sexta-feira (07). O evento é uma forma de criar espaço para a releitura de temas ligados ao racismo. As discussões, que contam com palestrantes locais e nacionais, acontecem no auditório da Federação da Indústria, no bairro do Farol, das 09 às 18 horas.
Segundo a coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, Arísia Barros, a discussão do tema é importante para que a população negra possa verdadeiramente ser inserida em políticas públicas. Há 10 anos militando no movimento negro e desde 2008 na coordenação do Instituto, Arísia diz estar contente com o apoio recebido da Prefeitura de Maceió e otimista com os resultados da parceria firmada, em reunião no dia 13 de maio, com o prefeito Rui Palmeira.
“No último mês fomos recebidos para uma audiência com o prefeito Rui Palmeira e na oportunidade fechamos essa parceria, já considerada de sucesso. O prefeito nos garantiu apoio nessa luta e felizmente já estamos colhendo bons frutos. Nosso trabalho vem se consolidando e se fortalecendo”, comemorou Arísia.
Durante participação no evento, Adriana Toledo ressaltou a sensibilidade da Prefeitura de Maceió com as questões voltadas aos Direitos Humanos. “Essa é sem dúvida uma prioridade para a Prefeitura de Maceió, que tem como princípio a gestão de pessoas. Assumimos esse compromisso e estamos trabalhando para a criação dessa estrutura organizacional inédita em Maceió voltada para os Diretos Humanos. Trabalharemos muito e de forma incansável para mudar a realidade na qual nossa capital está inserida. Nossa meta é tornar Maceió referência nos direitos dos negros, gays e todos os outros grupos de minorias”, disse.
Adriana, que também é coordenadora do Comitê Juventude Viva em Maceió, ressaltou a importância do evento. Para ela, o trabalho de atendimento ao jovem negro tem de ser feito com todo o fomento necessário ao cidadão, priorizando a promoção de políticas públicas.
“Estamos, inclusive, incentivando as secretarias no intuito de que busquem recursos nos seus respectivos ministérios para serem aplicados nas áreas mapeadas como prioritárias, no atendimento ao jovem negro, a exemplo dos bairros Benedito Bentes, Jacintinho, Clima Bom e Vergel”, finalizou.

Fonte: Secom Maceió

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ator negro é protagonista no filme “Faroeste Caboclo”

O filme brasileiro “Faroeste Caboclo” dirigido por René Sampaio, teve sua estreia oficial na semana passada e é baseado na música de Renato Russo da banda Legião Urbana. O protagonista “João de Santo Cristo” é vivenciado pelo ator baiano de 31 anos, Fabrício Boliveira

Ele começou a carreira no teatro, já participou de mais três produções cinematográficas (A Máquina; 400 contra 1; Tropa de Elite 2); e apareceu na Tv Globo como o escravo Bastião, de Sinhá Moça (2006), que lhe rendeu o Prêmio Contigo de ator revelação em 2007. 

Também participou de um episódio da série "Cidade dos Homens", fez o Saci no "Sítio do Picapau Amarelo" e na micro-série “Subúrbia”; além da novela “A Favorita” e “Viver a Vida”. 

O filme Faroeste Caboclo faz reflexão sobre a pobreza, tráfico de drogas, discriminação e o amor interracial.  Valorize o cinema nacional!



Fonte: Coluna Axé - nº252 - Jornal Tribuna Independente (05.06.13)  





quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ascensão social

A mídia internacional, a cada dia tem ampliado suas atenções para o desenvolvimento sócio-político e econômico do Brasil, foi o que verificou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) ao divulgar em seu site reportagens especiais que destacam o cotidiano da população afrodescendente. De acordo com notícia publicada pela Agência France Presse (AFP) no último dia 23, a renda da população negra foi a que mais cresceu no Brasil entre 2001 e 2009, cerca de 45%, contra 21% dos brancos. 

Já o jornal espanhol El País, destacou o empreendedorismo na população negra onde apontam dados do IBGE que, atualmente, 30% dos negros brasileiros são empreendedores, reflexo da elevação de renda e da diminuição da pobreza observada no país nos últimos dez anos, o que levou essa população a trocar o emprego doméstico ou a inatividade pelo empreendedorismo. 

O presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Marcelo Neri, afirma que vários fatores contribuíram para as mudanças sociais observadas, entre eles o aumento de renda do trabalho assalariado, a melhoria educacional nas camadas mais pobres, assim como, as políticas de cotas em universidades públicas. 

Atualmente, os negros e pardos representam 50,3% da população brasileira, e, de acordo com o levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a quantidade de afrodescendentes na classe média aumentou de 39,24% em 2002, para os atuais 50,87%. No mesmo período, a quantidade de brasileiros na classe média saltou de 43,64% para 51,57%, ou seja, um avanço mais tímido, de aproximadamente oito pontos percentuais. 

O poder de compra dessa parcela da população aumentou e são cada vez comuns a confecção de produtos específicos, porém, as desigualdades ainda existem e não deve-se abolir a implantação de políticas públicas. 


Fonte: Coluna Axé - 252ª edição – Jornal Tribuna Independente (04.06.13)
Edição: Helciane Angélica / COJIRA-AL 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Japão vai doar US$ 1 bilhão para a África


Dinheiro será utilizado para prestar assistência humanitária




Foto: Ilustração
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou que o governo japonês vai oferecer uma ajuda financeira de 100 bilhões de ienes (cerca de US$ 1 bilhão) para o desenvolvimento do norte da África, nos próximos cinco anos, informou o jornal The Nikkei em sua edição online.
O dinheiro será utilizado para prestar assistência humanitária, combater o desemprego e treinar 2 mil pessoas para manter a segurança e enfrentar o terrorismo na região de Sahel.
"Vamos tomar medidas de segurança mais fortes para os japoneses que trabalham com pessoas na região do Sahel", disse Abe.
O primeiro-ministro japonês se comprometeu a ajudar a África a combater a pobreza, o terrorismo e a desigualdade. Ele também disse que o Japão teria o apoio das Nações Unidas para as operações de manutenção da paz no continente.

domingo, 2 de junho de 2013

Integrantes das Cojiras mobilizados na divulgação do Prêmio Abdias Nascimento

Na última quarta-feira (29.05), na cidade de João Pessoa (PB)ocorreu a atividade de mobilização e divulgação da terceira edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento.  

A jornalista Helciane Angélica Santos Pereira representou a Cojira-AL e esteve ao lado dos companheiros Rafael Freire (Presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba) e Edson Verber (integrante da Cojira-PB e da Fenaj), nas visitas às redações das duas principais redes de comunicação do Estado: Sistema Correio de Comunicação (Jornal Correio da Paraíba, Tv Correio, rádio e portal Correio) e o Sistema Paraíba (Jornal Paraíba, rádio, portal G1, e Tv Cabo Branco), respectivamente, afiliadas da Rede Record e Rede Globo.


"Esse foi um importante momento de integração entre as Cojiras, para dar visibilidade a essa legítima conquista do movimento de jornalistas pela igualdade racial. O prêmio valoriza produções jornalísticas que exaltam de forma positiva a população afrodescendente, que busca quebrar estereótipos e termos pejorativos. Enfim, enaltece o verdadeiro jornalismo ético e que respeita a diversidade étnicorracial, de gênero e credo religioso", afirmou Helciane, que também é editora da Coluna Axé.

Visita na redação do jornal Correio da Paraíba



Na ocasião, ocorreu a entrega do material de divulgação (folder, catálogo, blocos de anotações e canetas) e o repasse das principais informações sobre o processo de inscrição, que pela primeira vez será totalmente online, no site oficial: www.premioabdiasnascimento.org.br.


À noite, no Sesc-PB, foi o momento da roda de conversa com a jornalista alagoana, sobre “A importância das Cojiras e o comprometimento da mídia com as questões étnicorracias". Atualmente, o Movimento de Jornalistas pela Igualdade Racial é formado por sete coletivos (Cojiras de SP, RJ, DF, AL e PB; Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros do RS; e a Diretoria de Relações de Gênero e Promoção da Igualdade Racial da Bahia). Também, teve no debate a discussão sobre as principais linhas de atuação dos coletivos; surgimento da CONAJIRA, compromisso da Fenaj com a temática e o processo de articulação com outros estados; e a parceria com o Movimento Social Negro. 


Troca de informações sobre a mídia e abordagem étnicorracial


Compromisso


O Presidente Sindicato, Rafael Freire, destacou a importância de garantir o compromisso sindical com a democratização da comunicação e os eixos políticos com recorte étnicorracial e gênero. Demonstrou ainda comprometimento para o fortalecimento da COJIRA-PB e ampliar as ações, inclusive, informou que no dia 08 de junho terá reunião de planejamento para o segundo semestre e solicitou a presença dos membros para discutir a integração de agendas, já pensar alguma coisa principalmente para o mês de novembro. 


No encerramento, também foi reforçado o compromisso do Sindicato e integrantes da COJIRA-PB para fazer a passagem em outras redações. “Não é porque a companheira Helciane vai retornar a Alagoas, que a divulgação do prêmio deve parar. Pelo contrário, temos que continuar com o trabalho e marcar outras reuniões como essas, a COJIRA-PB não pode caminhar sozinha, e o sindicato não pode deixar de se envolver nas questões da Cojira”, afirmou Rafael.


Fonte: Cojira-AL