quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cojira-AL debate o Estatuto da Igualdade Racial

A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira) do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) promove no próximo sábado (2 de julho), um encontro de formação sobre o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado em 2010. O evento acontece das 9h às 12h, na sede do sindicato, tendo como palestrante Helcias Pereira, coordenador nacional de formação dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (Apns) e conselheiro titular do Conselho Nacional de Promoção da igualdade Racial (Cnpir).

Segundo informou a presidente do Sindjornal, Valdice Gomes, o objetivo é capacitar os jornalistas integrantes da comissão por meio do aprofundamento e atualização em torno do Estatuto da Igualdade Racial, um documento que traz para o mundo jurídico o instituto das ações afirmativas, especialmente, o capítulo que trata dos meios de comunicação. “O estatuto representa um avanço no que se refere às políticas de igualdade racial para a população negra. Mas, poucos brasileiros conhecem o seu teor”, destacou.

Antes da palestra, os integrantes da Cojira se reúnem para discutir entre outros pontos de pauta, como: uma visita às redações para divulgar o Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, lançado pelo Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio e Janeiro, que tem como finalidade estimular a produção de conteúdos jornalísticos que contribuam para a prevenção, combate e eliminação de todas as formas de manifestação do racismo e discriminação racial. 

A iniciativa também visa incentivar a discussão de medidas de combate às desigualdades etnicorraciais no Brasil, com destaque para a população negra, em todos os veículos de comunicação (jornal, revista, televisão, rádio e internet). Também estará em discussão o Curso Gênero, Raça e Etnia para jornalistas, que acontecerá em oito capitais, entre elas Maceió. O evento é uma parceria da Fenaj com a ONU Mulheres, a entidade das Nações Unidas pra a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.

A Cojira-AL tem como objetivo contribuir para o debate e a reflexão sobre a realidade dos cidadãos afro-descendentes e os mecanismos utilizados pelos meios de comunicação ao abordar as temáticas relacionadas à causa negra. Interligada ao Sindjornal, a comissão existe desde novembro de 2007. Foi o primeiro núcleo do Nordeste a trabalhar as questões étnico-raciais no movimento sindical da categoria. Desde então, vem contribuindo na interlocução entre o movimento negro e a mídia alagoana.


Fonte: COJIRA-AL

terça-feira, 28 de junho de 2011

Igualdade Racial é Pra Valer?


Por: Helciane Angélica - Com informações dos organizadores


Acontece nos dias 07 e 08 de julho em União dos Palmares, o “Ìgbà- IV Seminário Afro-Alagoano: “Igualdade Racial é Para Valer?", que prestará homenagem a luta e memória de Abdias Nascimento considerado um dos maiores intelectuais do Movimento Negro Brasileiro, doutor honoris causa pelas Universidades de Brasília, do Rio de Janeiro, da Bahia, professor na Universidade de Nova York", ex-deputado federal e ex-senador da República.

De acordo com a organizadora Arísia Barros – publicitária, professora e coordenadora do projeto Raízes de África – também busca-se estimular a participação social compromissada com o entendimento de que o desenvolvimento sustentável do Brasil transita pelo pressuposto da legitimação de que a equidade humana exige igualdade racial, o respeito as diferenças. O encontro marcará ainda a apresentação do “Diagnóstico para o Desenvolvimento Sustentável dos Remanescentes Quilombolas, em Alagoas”, por representante da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos.

A atividade é organizada pelo Projeto Raízes de Áfricas em parceria com o IPEAFRO, prefeitura de União dos Palmares (Secretaria de Turismo); Federação das Indústrias do Estado de Alagoas; Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos; Instituto Magna Mater; Secretaria de Cultura de Maceió; Escritório da Fundação Palmares, em Alagoas; Polícia Civil, Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) e parcerias individuais.

Para solicitar a ficha de inscrição e a programação envie um e-mail para raizesdeafricas@gmail.com. Contatos: (82) 8827-3656 / 3231-4201. Acesse também: www.cadaminuto.com.br/blog/raizes-da-africa.

A campanha “Igualdade Racial é pra Valer” foi lançada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR), quando completou oito anos de funcionamento e convoca todo o povo brasileiro para o combate ao racismo. A iniciativa é motivada pelo Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, instituído em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU).


Fonte: Coluna Axé - nº 156 - Jornal Tribuna Independente (28.06.11)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Negros na passarela

Por: Helciane Angélica


Pssos firmes, postura, beleza marcante, corpo escultural ... são características primordiais que um ou uma modelo profissional precisa ter para conquistar as passarelas nesse mundo afora. Mas também, existem outros critérios pré-determinados e considerados “mais adequados” onde definem o perfil das pessoas que irão divulgar as novidades do circuito da moda e as coleções de grandes estilistas.

No ano de 2008, o Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para investigar uma possível discriminação racial na São Paulo Fashion Week (SPFW), quando apenas 3% dos modelos que participavam do evento eram afro-descendentes, negros ou indígenas. A organização da SPFW teve que assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a estimular as grifes a cumprir uma cota de 10% desses modelos por desfile, porém, esse número vem sendo descumprido e o padrão utilizado é o eurocêntrico.

Logo no primeiro dia de desfiles da SPFW 2011, que ocorreu nos dias 13 a 17 de junho na Bienal do Ibirapuera, o público se deparou com uma manifestação da ONG Educafro, que reivindicava o aumento da cota de modelos negros de 10% para 20%. Em relação ao tema, há muitas discordâncias no meio, e sempre desperta a atenção de vários veículos de comunicação. Nesta semana, o site Famosidades fez várias imagens, notícias e colheu depoimentos de pessoas que atuam na área.

De acordo com o estilista Oskar Metsavaht, da grife Osklen, gostaria de apresentar sua coleção Verão 2012 usando apenas modelos negros na passarela, mas não conseguiu. “Queria fazer com todos negros por uma questão de estética da passarela. Tentei fazer uma coleção só com loiros e não consegui [em uma edição passada da SPFW]. Dentro da passarela, você tem que ter uma estatura, um biótipo. Mas o mais legal foi ter essa diversidade na passarela com negros, brancos, ruivos... Fico lindo!”, afirmou.

O representante da Educafro Frei Davi rebateu: “Com certeza, ele está totalmente equivocado. Se ele quiser, eu coloco na frente dele 100 modelos negros nacionais de padrões internacionais. Hoje, há 30 agências só de casting negro no Brasil!”, contou.

Polêmicas a parte, sendo certa ou errada, as cotas são medidas reparatórias adotadas quando se verifica a ausência de oportunidades, tem muita gente por aí que é belo(a) e talentoso(a), mas pela falta de experiência, deixa de ser contratado(a). Enfim, o discurso de “que todos são iguais” na prática não existe e acontece em vários outros setores. Abaixo a ditadura da moda ... negros, brancos, amarelos, indígenas, gordinhos, portadores de necessidades especiais – todos são consumidores e precisam ser valorizados e valorizadas!



Fonte: Coluna Axé - nº 155 - Jornal Tribuna Independente (21.06.11)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Baque Alagoano realiza oficina de dança de Maracatu

Modelos negros na passarela: é melhor ter cotas ou não?

Por TAYNARA MAGAROTTO
SÃO PAULO - Logo no primeiro dia de desfiles da São Paulo Fashion Week, que aconteceu da última segunda-feira (13) até este sábado (17) na Bienal do Ibirapuera, o público se deparou com uma manifestação da ONG Educafro. A entidade protestava para que a cota de modelos negros na passarela do evento de moda paulistano aumentasse de 10% para 20%.
O caso chamou a atenção do Famosidades, que passou a semana batendo perna na Bienal. Então, nós resolvemos abrir a polêmica. Muita gente é contra, mas muita gente também é a favor das cotas para que haja uma inclusão social de negros no disputado mundo da moda. O bafafá teve início também por conta do estilista Oskar Metsavaht, da grife Osklen. Ele contou que gostaria apresentar sua coleção Verão 2012 usando apenas modelos negros na passarela, mas que não conseguiu.
“Queria fazer com todos negros por uma questão de estética da passarela. Tentei fazer uma coleção só com loiros e não consegui [em uma edição passada da SPFW]. Dentro da passarela, você tem que ter uma estatura, um biótipo. Mas o mais legal foi ter essa diversidade na passarela com negros, brancos, ruivos... Fico lindo!”, afirmou o estilista ao Famosidades.
Além disso, Metsavaht garantiu que não encontrou modelos profissionais negros para colocar na passarela e formar seu casting 100%. Rebatendo o profissional, o representante da Educafro Frei Davi não entende a história assim. “Com certeza, ele está totalmente equivocado. Se ele quiser, eu coloco na frente dele 100 modelos negros nacionais de padrões internacionais. Hoje, há 30 agências só de casting negro no Brasil!”, contou.
O Famosidades devolveu a bomba para Metsavaht, que disse: “Bom, isso tem que ver com a empresa especializada em casting. Mas não tem estatura, não tem experiência. Tem que ter talento. Não cabe na SPFW pessoas inexperientes. Ontem de noite [um dia antes do desfile de sua marca], fiquei ensaiando com alguns modelos a andar, desfilar..”.
Sobre a discussão de ter cotas ou não, o Famosidades debateu esse assunto com modelos – negros e brancos -, fashionistas e também famosos. E o assunto rendeu... Confira nas próximas páginas:
Glória Maria se diz contra as cotas. Ao Famosidades, a jornalista contou que a discussão sobre ter ou não cotas ainda hoje é “ridícula”. “Tem que ter negros desfilando como tem que ter brancos, asiático... Para a profissão de modelo, se você é negro, branco, amarelo, você tem que ter mercado”, disse.
Além disso, Glória considera essa questão atrasada para o século XXI. “Estarmos discutindo isso hoje, em 2011, é a prova de que o racismo e a discriminação continuam cada vez mais fortes. Não tem que ter cota. Acho que tem que ter naturalmente na passarela um monte de negro e um monte de branco. Gente que seja linda, modelo! A gente tem que lutar pelo fim da discriminação e não pela cota!”, disparou.
Luiza Brunet, por sua vez, é a favor das cotas. A ex-modelo, porém, disse que a palavra “cotas é um horror”: “Essa palavra deveria ser retirada do vocabulário. Cota pra mim é imposto de renda...”. “Mas a cota deveria aumentar mais. São pessoas maravilhosas, são consumidores, e deveriam estar mais presentes em qualquer evento de moda no mundo, não só no Brasil”, afirmou.
Já Glória Kalil disse ao Famosidades que tudo não passa de uma questão de mercado: “Tenho muita dificuldade de cota em geral. Cota para universidade... eu não sei se funciona. Algumas coisas obrigadas funcionam, outras não. Acho que é um assunto muito controverso pelo seguinte: fiquei sabendo que o pessoal da Osklen queria fazer um casting de negros e não conseguiu. Ou seja, não tem oferta grande ainda no mercado. Por que não tem? Porque não havia demanda. Hoje, que há demanda, eu acredito que vá se criar uma nova geração. Mas que ainda não tem”.
A fashionista disse ainda que a escolha de modelos que vão para passarela é muito restrita. “Tem uma seleção muito chata: ‘você sim, você não’; ‘você tem perna grossa..’. Não tem ainda um elenco de modelos negros para se fazer um casting. Cota? Pode ser que funcione. Não acho que tenha preconceito! Na moda e em quase tudo, o que existe é mercado. Não há mercado. Por exemplo, gordinhos não tinham roupa. Hoje que todo o mundo é ‘oversize’, está tendo. Ou seja, o que cria é a demanda”, opinou Glorinha.
Outra que acha que tudo deve ser uma questão de mercado é Carol Ribeiro. A modelo contou que já passou por várias negativas por conta de sua cor de pele, estatura, cor de cabelo. “Não concordo com cotas. Acho que cada estilista tem que ter a liberdade de se expressar como quer. É um assunto delicado de se falar. Acho que tem modelos negros, sim, que são usados nos desfiles. Mas depende da coleção. Às vezes, tem menina de cabelo enrolado e eles querem de cabelo liso. Às vezes, querem uma ruiva e branca. Morena como eu não serve. Se eu fosse levantar essa bandeira já teria feito há muito tempo, porque já passei por vários ‘nãos’. Acho que tem a importância do estilista, a vontade dele tem que prevalecer”, afirmou a top.
Romulo Souza, de 20 anos, é negro e desfilou pela Osklen na SPFW na última quarta-feira (15). Ao Famosidades, o modelo, que está na profissão há um ano e meio, disse que é contra as cotas. “Isso é ridículo. Não tem bastante negro bom pra modelo e não tem perfil. Até o próprio negro tem preconceito por sua cor”, disparou. Lucas Cristino, de 19, que também é negro e fez sua estreia nas passarelas como modelo no desfile da Osklen, afirmou que há mesmo preconceito do próprio negro: “Eles nem fazem o teste porque acham que não vão chamar”.
Já a modelo Patrícia Müller, de 18 anos, que é branca e tem um ano e meio de profissão, afirmou que não tem uma opinião certa sobre o assunto. “Acho que todo o mundo tem que se conscientizar que não precisa desta cota. Se eles são iguais, não deveriam ter cota. Mas, ao mesmo tempo, acho que o estilista é preconceituoso, porque não chama os modelos negros para desfilar suas roupas”, disse.
Samira Carvalho, de 22 anos, que é negra e também desfilou para a grife do estilista Oskar Metsavaht, afirmou que existem sim negros no mercado de modelo. “Infelizmente, alguma coisa tem que ser feita. Sou a favor, porque o preconceito existe sim”, disse ela, que tem sete anos de carreira.
Iago Santibanez, que desfilou pela marca, e é loiro, afirmou que achou estranho o estilista afirmar que não achou modelos negros no mercado: “Muito estranho. Eu vejo bastante modelos negros. E tem que ter sim cotas porque realmente é desigual a forma como eles são tratados”.
Sobre o aumento da cota de 10% para 20%, Metsavaht disse que não está certo de que é ou não a favor. Porém, ele disse que como criador, o estilista não pode ser privado de nenhuma liberdade: “Expressão de moda tem que ser livre. Essa passarela, nesses 10 minutos, a nós pertence. Se a gente quiser colocar nenhuma pessoa na passarela, ou alguém plantando bananeira, a gente põe”.
“Mas sou embaixador da Unesco e me envolvo com a cultura de paz há muitos anos. Quando você vê as estatísticas sobre discriminação contra negro no Brasil, por incrível que pareça, ela está aumentando. Mas o mais importante é nós inserirmos a percepção que a cultura negra faz parte de todos nós, assim como a asiática e a européia”, finalizou Metsavaht.

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domingo, 19 de junho de 2011

Conselho de Ética instaura processo contra Bolsonaro


15/06/2011 -
Agência Estado – Eduardo Bresciani



O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara instaurou na tarde de hoje um processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O parlamentar será processado por ter discutido com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e por ter classificado de "promiscuidade" a possibilidade de um filho seu ter relacionamento com uma mulher negra em entrevista ao programa de TV CQC.


Pelo novo código do Conselho, o relator, Sérgio Brito (PSC-BA), deverá apresentar um relatório preliminar dizendo se aceita ou não a representação. Esse relatório vai a voto no plenário. Brito já adiantou que dará um parecer favorável à abertura do processo e marcou o dia 29 de junho para que seja realizada essa fase. "Não posso dar pela inépcia porque é uma representação de um partido, então abrir processo eu vou."


Se o Conselho aprovar o relatório preliminar, Bolsonaro terá 10 dias úteis para apresentar sua defesa. Brito, então, terá 40 dias úteis para conduzir a instrução do processo e 10 dias úteis para escrever seu relatório final.


O relator não quis dizer se pretende usar no seu trabalho as penas alternativas que agora podem ser aplicadas pelo Conselho, como advertências e suspensões. Brito afirmou que não pode se posicionar sobre o mérito do caso antes de realizar a instrução.


O processo tem como base uma representação do PSOL. O partido questiona a conduta do parlamentar por ter ofendido Marinor em bate-boca no Senado e pela entrevista ao CQC. Com relação à entrevista, o deputado do PP afirma ter se confundido em relação à resposta e nega ser racista. Apesar disso, ele mantém outras frases nas quais ataca homossexuais.

Leia mais sobre Jair Bolsonaro:
 
 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

COJIRA-RJ faz documentário em homenagem a Abdias Nascimento

Ao lançar o Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento no dia 10/05, a Cojira-Rio/SJPMRJ jamais imaginaria que aquela cerimônia histórica e carregada de emoção seria a última homenagem ao ex-senador em vida.

Novas e merecidas homenagens virão, mas ficará na memória de todas as pessoas que participaram daquele momento o nosso “Muito obrigado, Abdias Nascimento”.

Do grande mestre, fica o legado de darmos continuidade a sua proposta de corrigir as desigualdades com base na raça/cor e prosseguirmos com o sonho de uma sociedade mais justa e mais igualitária.

O vídeo foi produzido e editado, a pedido nosso, pelo CULTNE Acervo Digital da Cultura Negra e exibido durante o lançamento do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. Acesse o site oficial: http://www.premioabdiasnascimento.org.br/index.php



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Trabalho infantil

Por: Helciane Angélica
Com informações do manual: Piores Formas de Trabalho Infantil – Um guia para jornalistas, publicado em 2007, pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância em parceria com a Organização Internacional do Trabalho



A data 12 de junho é dedicada às denúncias e no desenvolvimento de atividades sobre os efeitos do trabalho nas crianças – é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. De acordo com a pesquisa de opinião pública do Ibope no ano de 2006, como ação do Programa de Comunicação para a Erradicação das Piores Formas de Trabalho Infantil, a sociedade brasileira tem a percepção de que a criança desenvolve-se melhor quando estuda e brinca. Porém, ainda é alto o número de crianças em situação de emprego, atuando em serviços domésticos perigosos não remunerados, durante períodos prolongados; em ambientes insalubres, caracterizados por equipamento perigoso ou cargas pesadas; em locais perigosos, etc.

Na maioria das vezes, um dos motivos para começar a trabalhar de forma precoce, é a sobrevivência diante das condições de pobreza e miséria enfrentadas. As crianças são forçadas a assumir responsabilidades, ajudando em casa para que os pais possam trabalhar, ou indo elas mesmas para ganhar dinheiro que irá complementar a renda familiar. A partir daí, outros fatores são desencadeados como o cansaço, dificuldades na escola, problemas de saúde, etc. Na verdade, impede-se a realização de tarefas adequadas à idade, que é de explorar o mundo, experimentar diferentes possibilidades, apropriar-se de conhecimentos e exercitar a imaginação.

A Organização Internacional do Trabalho que até 2016, eliminar todas as piores formas de trabalho infantil e difundir a importância do “trabalho decente”, destacando, que só podem começar a trabalhar a partir dos 14 anos na condição de aprendiz, com registro em carteira como tal, deve também, está freqüentando a escola e sob orientação técnico-profissional de entidade qualificada. Enfim, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que assegurar a garantia dos direitos da criança e do adolescente é dever da família, da sociedade e do Estado.

É preciso investir em políticas públicas eficientes, para garantir a geração de renda para as famílias humildes e no desenvolvimento de ações sócio-culturais e desportivas para nossas crianças cresçam de forma digna, além de desviá-las da criminalidade e do mundo das drogas! Axé!



Fonte: Coluna Axé - nº 154 - Jornal Tribuna Independente (15.06.11)
Excepcionalmente nesta semana, a Coluna Axé foi publicada na quarta-feira.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

DIRETOR GLOBAL é condenado por Racismo

Por:  Antonio Lucio (*)
Mesmo com a preocupação de cometer involuntárias injustiças por omissão, quero mais uma vez deixar bem claro que não me amedronta o fato de pessoas bem situadas profissionalmente, terem a arrogância de supor que estão acima de tudo e de todos, principalmente da lei que define o crime de Racismo como inafiançável e como a omissão não é o meu forte, em julho de 2001, em POLÍTICA& COMUNIDADE NEGRA fis este comentário:>>>>>>>>
RACISMO ESCONDIDINHO
São poucos, muito poucos mesmo os artistas que não tem o racismo subliminar ou explícito guardado no recôndito da mente, achando que o estrelismo dá condições para falar, ofender e fazer o que bem entendem, quando se trata de contracenar com um artista negro ou se dirigir a um profissional ligado a sua área de atuação, sendo contestado ainda que com justificativa plena. Vão buscar o racismo arquivado na cabeça, como ocorreu com o ator global Wolf Maia dias atrás, quando atacou violentamente o iluminador Denivaldo Pereira da Silva, para o artista: > (…) um preto fedorento que saiu do esgoto(…).
Os piores racistas são os dissimulados que dão tapinhas nas costas do negro, dizendo seu amigo ou admirador, mas que não perdem a  oportunidade de apunhalá-lo, pelas costas.
A Lei Caó aplicada com rigor é pouco para o astro global.
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Em 9/6/2011 -        A JUSTIÇA
Wolf Maia é condenado por racismo
Diretor é acusado de ofender técnico de iluminação após a apresentação de uma peça em Campinas
SÃO PAULO – O técnico em iluminação Denivaldo Pereira da Silva teve sentença favorável contra o diretor e ator Wolf Maia proferida na última sexta-feira, 2, pela 2ª Vara Criminal de Campinas. Maia foi condenado por injúria racial e sua pena é o pagamento de 20 salários mínimos mais prestação de serviços comunitários por cerca de dois anos.
Denivaldo trabalhava em uma empresa terceirizada em colaboração com a equipe de Wolf Maia na peça “Relax…It’s sex…”, quando o canhoneiro de luz faltou, conta o advogado de defesa Sinvaldo José Firmo. 
Após o término do espetáculo, Maia teria feito uma reunião com todos que trabalharam na peça, com críticas aos que trabalharam na ocasião. Maia teria dito: “…o som é uma merda, a iluminadora não tem sensibilidade e ainda me colocaram um preto fedorento que saiu do esgoto com Mal de Parkinson, para operar o canhão de luz…”, segundo a sentença.
O advogado de Maia, João Carlos de Lima Junior, disse que já recorreu da decisão e agora apela ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. “Com certeza a decisão será revertida no Tribunal”, disse Lima Junior. Ele afirmou ainda que seu cliente é uma pessoa pública, amplamente conhecida pela sociedade em mais de 30 anos de vida pública e “jamais faria uma coisa dessas.”
A peça foi encenada em 2000, em Campinas. Em um primeiro momento, a 6º Vara Cível da cidade julgou improcedente o caso, por considerar não haver provas suficientes. A defesa de Denivaldo apelou ao TJ que, em 2004, determinou que o juiz aceitasse a denúncia.
De acordo com o advogado de defesa de Denivaldo, o técnico não conseguiu emprego na área depois do ocorrido e precisou passar por tratamento psicológico. “Ninguém mais queria contratá-lo porque ele estava mexendo com uma pessoa famosa. Ele ficou muito mal”. “A justiça foi feita”, concluiu.
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A cada dia a Justiça vem mostrando que as atitudes racistas e preconceituosas de qualquer ser humano, devem ser punidas com a Lei que existe para todos, felizmente.
* Articulista e Colunista do Portal Áfricas, Diretor e Editor do BUREAU POLCOMUNE


terça-feira, 7 de junho de 2011

Brasil sem miséria!

Por: Helciane Angélica - com informações de agências nacionais

Na última quinta-feira (02/06), foi lançado em Brasília (DF) o Plano Brasil sem Miséria, onde a presidenta Dilma Rousseff assinou a Medida Provisória que altera a Lei 10.836/04 do Programa Bolsa Família e também prevê que o Projeto de Lei destine R$ 1,2 bilhão de crédito adicional no Orçamento de 2011 para o Plano de Superação da Extrema Pobreza.

Na cerimônia, a presidenta assinou o decreto que reestrutura o Ministério do Desenvolvimento Social, criando a Secretaria Extraordinária de Superação da Extrema Pobreza, em substituição à Secretaria de Articulação para Inclusão Produtiva. O plano recebe o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como principal meta: retirar em quatro anos, 16,2 milhões de pessoas da extrema pobreza, ou seja, quem vive com até R$ 70 mensais.

Entre os beneficiados do programa, a maior parte está localizada no Nordeste (59%), tem até 14 anos (40%) e vive na zona rural (47%). O desafio de acabar com a miséria extrema deve ser uma articulação entre os governos federal, estadual e municipal, que respeite a realidade e as especificidades de cada localidade! Para isso, o “Brasil Sem Miséria” terá ações nacionais e regionais baseadas em três eixos: renda, inclusão produtiva e serviços públicos. Também será desenhando um Mapa de Oportunidades para identificar os meios mais adequados e eficientes de fazer essas pessoas melhorarem de vida.

No campo, a prioridade é aumentar a produção do agricultor através de orientação e acompanhamento técnico, oferta de insumos e equipamentos, além do acesso a água de qualidade. Já no meio urbano, o objetivo central será gerar ocupação e renda para os mais pobres dos 18 e 65 anos de idade, mediante cursos de qualificação profissional, intermediação de emprego, ampliação da política de microcrédito e incentivo à economia popular e solidária, entre outras ações de inclusão social que devem beneficiar dois milhões de pessoas.

Somente com a diminuição das desigualdades, é possível fortalecer a economia e garantir um país realmente justo! Saiba mais no site: www.brasilsemmiseria.gov.br.


Fonte: Coluna Axé - nº153 - jornal Tribuna Independente (07.06.11)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Monumento no Rio é pichado com palavras racistas

Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
Rio - O Monumento a Zumbi dos Palmares, na Praça Onze, centro do Rio de Janeiro, amanheceu hoje (05.06) pichado com palavras de cunho racista. Segundo a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos da cidade, a escultura da cabeça de Zumbi recebeu pichações na cor branca e a pirâmide da base foi marcada com inscrições ofensivas à raça negra.
O monumento, uma homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, foco de resistência à escravidão negra pelos homens brancos no século 17 em Alagoas, havia passado recentemente por obras de restauro e de limpeza. A secretaria informou que a escultura já havia sido pichada antes, mas não com termos racistas.
 
 
De acordo com a secretaria, a limpeza das pichações já está sendo realizada e o trabalho deve terminar ainda hoje. O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osorio, solicitou à Secretaria Estadual de Segurança prioridade nas investigações que possam levar à prisão dos pichadores.
O marco de Zumbi não possui guardas. A intenção da secretaria é de que, no futuro, seja instalada uma câmera da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio) no monumento, para melhor vigilância.

Fonte: Agência Estado

domingo, 5 de junho de 2011

Thiaguinho fará carreira solo e Exaltasamba entra em recesso


Thiago Bernardes / UOL
Péricles, que está há 25 anos no Exaltasamba, anunciou no "Domingão do Faustão" desta noite (5) que o cantor Thiaguinho deixará o grupo para fazer carreira solo. Afirmou também que, depois da saída do cantor, programada para o início de 2012, o grupo entrará em recesso que não há previsão de retorno. No entanto, todos os shows programados até fevereiro do ano que vem estão confirmados.

"Fizemos uma reunião no início deste ano e o Thiaguinho manifestou a vontade de ter um projeto só dele. Chegamos à conclusão de que este é o momento", afirmou Péricles, que ainda disse que, após a saída de Thiaguinho, cada membro do Exaltasamba terá seu próprio projeto na área musical. "O grupo não acabou. É um até breve, mas não sabemos dizer quando retornaremos".

Thiaguinho também afirmou que sempre quis deixar as coisas bem claras frente aos fãs. "Serei sempre grato ao Exalta, mas não nego que tenho vontade de participar de outros trabalhos musicais".

Antes do anúncio, famosos, como Rodrigo Santoro, Regina Casé, Neymar e Robinho, contaram histórias sobre a relação deles como fãs do grupo. Neymar e Robinho até cantaram uma música da banda.

Foto: UOL