segunda-feira, 13 de junho de 2011

DIRETOR GLOBAL é condenado por Racismo

Por:  Antonio Lucio (*)
Mesmo com a preocupação de cometer involuntárias injustiças por omissão, quero mais uma vez deixar bem claro que não me amedronta o fato de pessoas bem situadas profissionalmente, terem a arrogância de supor que estão acima de tudo e de todos, principalmente da lei que define o crime de Racismo como inafiançável e como a omissão não é o meu forte, em julho de 2001, em POLÍTICA& COMUNIDADE NEGRA fis este comentário:>>>>>>>>
RACISMO ESCONDIDINHO
São poucos, muito poucos mesmo os artistas que não tem o racismo subliminar ou explícito guardado no recôndito da mente, achando que o estrelismo dá condições para falar, ofender e fazer o que bem entendem, quando se trata de contracenar com um artista negro ou se dirigir a um profissional ligado a sua área de atuação, sendo contestado ainda que com justificativa plena. Vão buscar o racismo arquivado na cabeça, como ocorreu com o ator global Wolf Maia dias atrás, quando atacou violentamente o iluminador Denivaldo Pereira da Silva, para o artista: > (…) um preto fedorento que saiu do esgoto(…).
Os piores racistas são os dissimulados que dão tapinhas nas costas do negro, dizendo seu amigo ou admirador, mas que não perdem a  oportunidade de apunhalá-lo, pelas costas.
A Lei Caó aplicada com rigor é pouco para o astro global.
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Em 9/6/2011 -        A JUSTIÇA
Wolf Maia é condenado por racismo
Diretor é acusado de ofender técnico de iluminação após a apresentação de uma peça em Campinas
SÃO PAULO – O técnico em iluminação Denivaldo Pereira da Silva teve sentença favorável contra o diretor e ator Wolf Maia proferida na última sexta-feira, 2, pela 2ª Vara Criminal de Campinas. Maia foi condenado por injúria racial e sua pena é o pagamento de 20 salários mínimos mais prestação de serviços comunitários por cerca de dois anos.
Denivaldo trabalhava em uma empresa terceirizada em colaboração com a equipe de Wolf Maia na peça “Relax…It’s sex…”, quando o canhoneiro de luz faltou, conta o advogado de defesa Sinvaldo José Firmo. 
Após o término do espetáculo, Maia teria feito uma reunião com todos que trabalharam na peça, com críticas aos que trabalharam na ocasião. Maia teria dito: “…o som é uma merda, a iluminadora não tem sensibilidade e ainda me colocaram um preto fedorento que saiu do esgoto com Mal de Parkinson, para operar o canhão de luz…”, segundo a sentença.
O advogado de Maia, João Carlos de Lima Junior, disse que já recorreu da decisão e agora apela ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. “Com certeza a decisão será revertida no Tribunal”, disse Lima Junior. Ele afirmou ainda que seu cliente é uma pessoa pública, amplamente conhecida pela sociedade em mais de 30 anos de vida pública e “jamais faria uma coisa dessas.”
A peça foi encenada em 2000, em Campinas. Em um primeiro momento, a 6º Vara Cível da cidade julgou improcedente o caso, por considerar não haver provas suficientes. A defesa de Denivaldo apelou ao TJ que, em 2004, determinou que o juiz aceitasse a denúncia.
De acordo com o advogado de defesa de Denivaldo, o técnico não conseguiu emprego na área depois do ocorrido e precisou passar por tratamento psicológico. “Ninguém mais queria contratá-lo porque ele estava mexendo com uma pessoa famosa. Ele ficou muito mal”. “A justiça foi feita”, concluiu.
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A cada dia a Justiça vem mostrando que as atitudes racistas e preconceituosas de qualquer ser humano, devem ser punidas com a Lei que existe para todos, felizmente.
* Articulista e Colunista do Portal Áfricas, Diretor e Editor do BUREAU POLCOMUNE


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