quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Cojira-AL: 10 anos

No próximo dia 24 de novembro, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-AL) completa dez anos de fundação e atuação no Estado de Alagoas. É vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) e foi o primeiro núcleo do Nordeste a trabalhar as questões étnicorraciais no movimento sindical da categoria.

Também existem cojiras nos estados da Bahia, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e o Núcleo de Comunicadores Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul – juntos, formam a Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Étnicorracial (Conajira) que é um órgão consultor da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj).

Porém, Alagoas destaca-se na interlocução entre o movimento social negro e a mídia alagoana, facilitando o repasse das informações e na indicação de entrevistados e entrevistadas sobre as questões étnicorraciais; contribui para a reflexão sobre a realidade da população afrodescendente durante todo ano; divulga as ações político-culturais e eventos dos segmentos afros; além de promover debates e participar de palestras sobre o papel da mídia no combate do racismo, o discurso de ódio, à intolerância e outras formas de intolerância.

Dentre as ferramentas de trabalho, estão: o blog www.cojira-al.blogspot.com.br e a Coluna Axé publicada semanalmente no jornal Tribuna Independente desde 2008. Também exerce um papel importante no controle social e defesa das políticas públicas, com atuação marcante por duas gestões, no Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir-AL).

É motivo para se orgulhar e festejar, mas, ainda há muito o que fazer! Os desafios continuam... que venham mais dez anos. Axé!


Fonte: Coluna Axé – 468ª edição – Jornal Tribuna Independente (22 a 27/11/17) / Cojira-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

domingo, 19 de novembro de 2017

Nota pública da FENAJ contra comentários racistas do jornalista William Waack e o racismo na imprensa brasileira

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), por meio da Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Etnicorracial e das Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial e Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros dos sindicatos, vem a público manifestar total repúdio aos comentários racistas do jornalista William Waack, registrados em vídeo viralizado na internet.


De maneira ultrajante e entre risos, o jornalista atribui má-conduta a uma pessoa negra, buscando falsa justificativa na negritude. Waack atenta contra leis e normas, entre elas a Constituição Federal e o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, expressamente no artigo 6º:

I – defesa dos princípios da Declaração Universal de Direitos Humanos – incluindo a comunicação como direito humano;
XI – defender os direitos de cidadãos e cidadãs, em especial negros, entre outros;
XIV – combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física ou mental, ou de qualquer outra natureza.

Apesar do afastamento de Waack de suas atividades no Jornal da Globo, é mister manter o debate político acerca do racismo e da discriminação racial praticado por jornalistas, na imprensa e em veículos de comunicação. Esta é uma discussão que vem sendo historicamente desprezada pela área, impedindo a eliminação do racismo e a responsabilização de pessoas, empresas e instituições a despeito dos esforços do movimento negro e de negras e negros organizados, inclusive em instâncias sindicais de jornalistas.

Desde o ano 2000, jornalistas negras e negros estão organizados em comissões e núcleos, reagindo contra o racismo na imprensa que ocorre seja por meio da baixa presença de afrodescendentes nas redações, piores condições de trabalho decorrentes da discriminação racial e violação do direito humano à comunicação da população brasileira, especialmente da população negra. Diversas teses em congressos de jornalistas, seminários, debates, estudos e publicações, cursos e guias têm sido produzidos pela FENAJ, sindicatos e entidades parceiras como instrumentos de sensibilização e desenvolvimento de práticas inclusivas no âmbito das relações raciais no jornalismo brasileiro.

Contudo, é fundamental registrar a pouca adesão de jornalistas e a falta de respostas das empresas jornalísticas em apoiar tais iniciativas. Não é prematuro reconhecer que o caso Waack é a expressão da situação-limite que o jornalismo brasileiro enfrenta, o que demanda transformações profundas por parte de profissionais, empresas, universidades, entidades sindicais, sociedade e poder público.

A FENAJ conclama a sua categoria e a sociedade brasileira para que as mobilizações nas redes sociais frente à indignação com o caso Waack perseverem na efetivação de mudanças que jornalistas e empresas de comunicação têm evitado, ao longo dos tempos, a qual é reveladora do racismo como estruturante das relações sociais, econômicas, trabalhistas e políticas no País. Que o caso Waack, publicizado neste mês da Consciência Negra, seja o catalisador de debates e práticas que a categoria, setor de comunicação, sociedade, governo e instituições de ensino não podem mais se furtar: a eliminação do racismo sob todas as suas formas.

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Vamos subir a Serra

A programação do mês da consciência negra começou com força em Alagoas, repleta de atividades que promovem a reflexão sobre o episódio histórico da luta por liberdade e dignidade no Quilombo dos Palmares; além da valorização da cultura e história afro-brasileira, o combate ao racismo. De 15 a 19 de novembro de 2017, a orla da Pajuçara em Maceió, será palco de um encontro educativo, cultural, político-econômico-social e histórico, com o projeto/evento Vamos Subir a Serra!

Trata-se de uma realização do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, entidade vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), em parceria com a Núcleo Zero e gestão de Simone Benchimol; e conta com o patrocínio do Sebrae, da Braskem e da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA), além da parceria da Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural e do governo federal, através da Fundação Cultural Palmares.

A finalidade é fomentar e evidenciar as potencialidades do povo negro através de eventos simultâneos com a temática étnico-racial, tais como: feira de produtos afros-quilombolas, ciclo de palestras com nomes de referência local e nacional, tendo como foco o empreendedorismo afro, pertencimento étnico, turismo étnico, empoderamento da mulher negra e a Serra da Barriga como marco fundante.

As oficinas possuem inscrições gratuitas (uma hora antes) com 40 vagas: a primeira acontecerá nessa quarta-feira(15) das 8h às 10hs com o tema: Empoderando, embelezando, glorificando as mulheres com o uso de turbantes – “Seu turbante, sua coroa”, ministrada por Lucélia Tayná; em seguida, das 10h30 às 12h30, será a vez da Oficina Bate cachos – corte a seco ao vivo e tudo sobre cuidados em casa, com Tamires Melo; no dia 16 de novembro, quinta-feira, das 8h às 12h30. Neste dia, a primeira abordará o tema Marketing pessoal – “Você é o seu melhor produto”, com o jornalista e psicólogo Carlos Gonçalves e a participação de Yalla Barros, profissional de estética negra. Das 10h30 às 12h30, será a vez da oficina Empreendedorismo e Produção Cultural, tendo como oficineiro Jonathan Santos Silva, administrador de empresas e coordenador do Cenafro.

Também terá cine-fórum, performances artísticas culturais; o Fala Preta #tireavendadoracismo no dia 15 a partir das 14hs, seguido do desfile Afro-in com a apresentação da cantora Mel Nascimento; e uma viagem pela história do Quilombo dos Palmares, em visitação no dia 18 à Serra da Barriga, em União dos Palmares. Todos os participantes terão direito a certificado online.

A entrada é gratuita, das 8h às 22h, prestigie! Mais informações: (82) 99999-1301 / 98878-7484 / anajo.vamossubiraserra@gmail.com. Acompanhe a página: https://www.facebook.com/vamosSubiraSerra/


Formação
No evento Vamos Subir a Serra! terá uma edição especial do projeto Tambor Falante na quinta-feira(16) às 16h com o tema Pertencimento Étnico, com a participação de Lepê Correia (foto): Psicólogo, Educador e Pesquisador de culturas e tradições afros e brasileiras; Mestre em Literatura e Interculturalidade; Doutorando em Literatura e Interculturalidade. Também foram convidados como palestrantes nacionais: Érico Brás (ator, cantor e humorista) que falará sobre “Mídia e Racismo” no dia 16 às 19h; e Kênia Maria (atriz, escritora e roteirista, nomeada Defensora dos Direitos das Mulheres Negras pela ONU Mulheres) que abordará no dia 17 às 16h, o tema “Empoderamento da mulher negra”. (Crédito da foto: Divulgação)


Fonte: Coluna Axé – 467ª edição – Jornal Tribuna Independente (14 a 20/11/17) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Em cerimônia de certificação como patrimônio do Mercosul, ministro destaca potencial turístico da Serra da Barriga

12.11.2017 - 8:48  
Ministro Sérgio Sá Leitão (no alto, à esquerda) recebeu a certificação da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul. Durante a cerimônia, houve apresentação de capoeira e um ritual de orixás (Fotos: Janine Moraes/Ascom MinC)
 

Na cerimônia de certificação da Serra da Barriga, em Alagoas, como Patrimônio Cultural do Mercosul, realizada neste sábado (11), o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, afirmou que esse reconhecimento internacional vai incrementar um importante vetor de desenvolvimento da região – o turismo. 
 
"Este é um lugar que tem todo um potencial para atrair turistas do mundo inteiro, pela sua relevância tanto no campo simbólico, como no campo histórico. Isso pode trazer desenvolvimento para a região e, sobretudo, desenvolvimento sustentável", afirmou o ministro.
 
Para Sá Leitão, a partir de agora, Serra da Barriga, além de turistas, vai atrair também investimentos, com impacto positivo na geração de empregos e renda para a comunidade. Dados oficiais indicam que 1% de aumento no fluxo de turistas gera R$ 30 milhões na economia brasileira por ano.
 
Responsável pela gestão de Serra da Barriga, a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), articula com as universidades Federal de Alagoas (Ufal) e Estadual de Alagoas (Uneal) um projeto para desenvolvimento do turismo no local. No próximo ano, deverá ser lançado o calendário de visitas guiadas no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, espaço na Serra da Barriga que reproduz as edificações do período de resistência na região.
 
A cerimônia de certificação, neste sábado, começou com uma visita guiada ao Parque, conduzida pelo historiador Helcias Pereira, presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir). Autoridades e convidados também assistiram a apresentações de capoeira e afoxé e a um ritual de orixás, na Lagoa Encantada dos Negros.
 
Liberdade
 
Além do ministro da Cultura, receberam o certificado de reconhecimento da Serra da Barriga o governador de Alagoas, Renan Filho, o prefeito de União dos Palmares, Kil Freitas, e três representantes da comunidade negra: Mirian Araújo Souza Melo (religiões de matriz africana), Cláudio de Figueiredo (capoeira) e Amaro Félix Filho (quilombolas). 
 
"O reconhecimento é um impulso para que vocês sigam trabalhando para manter vivas suas culturas e suas raízes", destacou Gabriela Gallardo Martin, da Comissão de Patrimônio Cultural do Mercosul.
 
A Serra da Barriga foi reconhecida, em maio deste ano, como Patrimônio Cultural do Mercosul dentro da temática Cumbres, Quilombos y Palenques. A serra ocupa uma área de 28 quilômetros quadrados, em União dos Palmares (AL), e abrigou o movimento de resistência de escravos no Brasil. De 1597 a 1695, a República Livre dos Palmares abrigou cerca de 20 mil pessoas, não só negros, mas também indígenas e brancos.
 
O ministro da Cultura ressaltou que a Serra da Barriga representa a liberdade, que é "o maior valor que a humanidade tem". "Vivemos hoje em um país democrático, onde há uma Constituição, livremente escrita e promulgada, que consagra a democracia, o estado de Direito e a liberdade como um valor fundamental dos brasileiros e das brasileiras", afirmou.
 
Sá Leitão condenou a intolerância e a perseguição a líderes de religiões de matriz africana. "Ainda hoje, apesar de a Constituição consagrar todas as liberdades, a de expressão, a de manifestação, a religiosa, os representantes das religiões de matriz africana são perseguidos, são vítimas de intolerância".
 
Preservação do patrimônio do Mercosul
 
O reconhecimento pelo Mercosul implica compromisso dos governos federal e estadual, assim como da sociedade civil, na proteção, conservação, promoção e gestão do bem. Até o momento, sete bens nacionais ou regionais foram declarados Patrimônio Cultural do Bloco. Além da Serra da Barriga, a lista inclui o Edifício sede do Mercosul, em Montevidéu, inaugurado em 30 de dezembro de 1909; a Ponte Internacional de Barão de Mauá, que liga as cidades de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, e Rio Branco, no Uruguai; a pajada, que é uma arte que mistura música e poesia e que adquiriu grande desenvolvimento no Cone Sul; o Itinerário Cultural das Missões Jesuítas Guaranis, Moxos e Chiquitos; o chamamé, estilo musical tradicional da Argentina, e o cimarronaje cultural equatoriano, imaginário de resistência visível em práticas rituais, festivas, gastronômicas e musicais dos povos afrodescendentes do país.
 
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura

domingo, 12 de novembro de 2017

Renan Filho propõe trazer sede da Fundação Palmares para Alagoas

Governador participou da solenidade de certificação da Serra da Barriga como patrimônio do Mercosul


Certificação da Serra da Barriga como patrimônio cultural do Mercosul integra uma série de ações que marcam o Mês da Consciência Negra no Brasil Certificação da Serra da Barriga como patrimônio cultural do Mercosul integra uma série de ações que marcam o Mês da Consciência Negra no Brasil (Fotos: Márcio Ferreira)
Texto de Severino Carvalho

O governador Renan Filho solicitou ao ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que transfira de Brasília para Alagoas a sede administrativa da Fundação Cultural Palmares (FCP). O pedido aconteceu durante a solenidade de certificação da Serra da Barriga como Patrimônio Cultural do Mercosul, na manhã deste sábado (11), em União dos Palmares.

(Fotos: Márcio Ferreira)

"Se tem um lugar que não tem legitimidade para sediar a Fundação Palmares, esse lugar é Brasília. Temos que encravá-la aqui em Alagoas, bem pertinho de onde está Zumbi dos Palmares", disse Renan Filho.

A proposta encontrou respaldo no ministro e no presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Silva, que disse ao governador que, se o Estado providenciar um espaço, a sede será transferida. "Não só cedo como providencio um espaço adequado", afirmou Renan Filho, sendo aplaudido pela plateia.

(Fotos: Márcio Ferreira)

O ministro concordou com a proposta, ao afirmar que há um simbolismo muito grande em trazer a Fundação Palmares para a Serra da Barriga. "Acho extremamente factível que aconteça. Há, obviamente, algumas questões operacionais que precisam ser avaliadas e levadas em consideração. Mas acho mesmo que, no Brasil, o governo precisa ser descentralizado. Como é que o Governo Federal dá conta desse país imenso, de dimensões continentais e que tem muitas realidades diferentes? A ideia de você ter órgãos do Governo Federal nas mais variadas regiões é extremamente positiva", avaliou o ministro, em entrevista à Agência Alagoas.

A Fundação Palmares foi criada no dia 22 de agosto de 1988. Foi a primeira instituição pública voltada para a promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileiras. Entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), a Fundação conta apenas com uma representação em Alagoas, instalada em 2010.

(Fotos: Márcio Ferreira)

Certificação

A certificação da Serra da Barriga como patrimônio cultural do Mercosul integra uma série de ações que marcam o Mês da Consciência Negra no Brasil, fruto da parceria da FCP, MinC, Iphan, Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e Prefeituras de Maceió e União dos Palmares.

O governador destacou a importância da Serra da Barriga para o turismo do Estado, sobretudo para a diversificação da atividade, que gera emprego e renda. Esse potencial - na visão dele – deve favorecer, principalmente, a comunidade palmarina.

(Fotos: Márcio Ferreira)

"A própria palavra, reconhecer, significa conhecer de novo. E conhecer de novo o que é importante é fundamental para dar o valor material àquilo que as pessoas, vez por outra, esquecem. Temos de trazer muito mais coisas para transformar a Serra da Barriga e a história sagrada de Zumbi dos Palmares em verdadeiros indutores do desenvolvimento econômico do Estado por meio do turismo. E mais do que isso: o indutor do desenvolvimento social", declarou Renan Filho.

Ele anunciou, ainda, que a ordem de serviço para a pavimentação do acesso à Serra da Barriga será assinada em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

"O Mercosul está reconhecendo um componente histórico muito importante para a humanidade e vai fortalecer, sem dúvidas, a vinda de turistas pra cá. Mas isso precisa caminhar conjuntamente com o avanço da infraestrutura e, por isso, no dia 20, vamos assinar a ordem de serviço para a pavimentação do acesso à Serra da Barriga, que será em asfalto até o pé da Serra e de lá até a parte alta, em paralelepípedo", detalhou o governador.

(Fotos: Márcio Ferreira)

O prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas, disse que a pavimentação do acesso à serra é uma demanda histórica que agora se concretiza. "É um sonho antigo dos palmarinos. A gente vinha lutando por isso há décadas. A pavimentação do acesso à Serra da Barriga vai desenvolver o turismo  em nossa cidade", avaliou o prefeito.

Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, a certificação chega em um momento importante, uma vez que o Governo de Alagoas têm concentrado ações de promoção do destino turístico da Região dos Quilombos  em países do Mercosul.

"A Sedetur executa importantes ações de promoção e divulgação do destino em países estratégicos, como Paraguai, Uruguai e Argentina, nossos principais mercados emissores de turistas internacionais. Nesse sentido, o título de Patrimônio Cultural do Mercosul concedido à Serra da Barriga fortalece esse produto como atrativo cultural, estimulando uma visitação frequente e, consequentemente, gerando emprego e renda em atividades ligadas à cadeia do turismo",  explicou Rafael Brito.

Participaram, ainda, da solenidade a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Borgéa; a represente da Coordenação Executiva da Comissão de Patrimônio Cultural do Mercosul, Gabriela Gallardo; os secretários de Estado da Comunicação, Enio Lins; da Cultura em exercício, Rosiane Rodrigues; de Transporte e Desenvolvimento Urbano, Mosart Amaral; o prefeito de Marechal Deodoro, Cláudio Filho; e os deputados estadual Francisco Tenório e federal, Rosinha da Adefal, dentre outras autoridades. Apresentações artísticas, culturais e religiosas abrilhantaram o evento.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Festa do Ijexá é uma das atrações no mês da Consciência Negra

Evento conta com o apoio logístico do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Iteral


O Instituto Bem Querer, em parceria com o Instituto Legionirê, promove, nesta sexta-feira (10), a décima edição da Festa do Ijexá. O evento conta com o apoio logístico do Governo de Alagoas,por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral).

Com o tema ‘As forças da herança de raízes africanas – Asé Ojú Iyá Omi’, o evento busca difundir e socializar a cultura afro-brasileira, destacando a essência religiosa para a cultura de paz.

 “O evento promove a integração social afro-brasileira e estamos celebrando dez anos desta ação afirmativa com muita propriedade. Dez anos é uma vida, e o intuito desse encontro é naturalizar nossa cultura no combate dos paradigmas e, claro, quebrar a timidez do nosso povo, dizer e mostrar que também temos direito de ocupar os espaços públicos. Essa é uma festa ancestral e estamos cultuando a nossa ancestralidade. Nós não queremos ser tolerados e, sim, respeitados”, destacou Jandha Carvalho, integrante da organização.

A concentração do Xirê de Rua – Ilê Axé Legionirê será na Praça da Assembleia, às 15h, com o pedido de agô aos orixás, o rufar de atabaques (instrumentos sagrados) e a grande roda coordenada pelo babalorixá Manoel do Xoroque.

Em seguida, todos caminharão pelas ruas do Centro de Maceió, em direção à Praça dos Martírios. Até às 20h30 serão realizadas apresentações afroculturais: Afoxé Obáagodó, banda Afro Afoxé, banda Afro Zumbi;, além de capoeira, maculelê e puxada de rede (Arte Brasileira Alagoart, Iyá Capoeira, Berimbau D´Ouro e Raridade Negra) coordenada pelos mestres Besourão, D´Lua, Dumel e mestrando Caveira.

O Ijexá é uma nação africana formada pelos escravizados vindos de Ilesa, na Nigéria, concentrada nas religiões Batuque e Candomblé. Atualmente, a herança cultural resiste como ritmo musical presente nos afoxés.

Mais informações: (82) 98732-9411 / 99610-6636.


Fonte: Ascom/Iteral

domingo, 5 de novembro de 2017

Show Reggae a poesia




A banda Freedom Songs, vêm apresentar ao público alagoano o show intitulado Reggae a Poesia, homenageando o poeta alagoano Jorge de Lima, e contará com a participação luxuosa do ator alagoano Chico de Assis, além de performance Afro e muito Reggae Autoral.

Unindo à Poesia de Jorge de Lima com a Música Reggae, iremos cantar nossa identidade embasada em um trabalho autoral em contato direto com o bem-estar espiritual,recordando de nossa ancestralidade multicultural.

O Reggae a Poesia "especial" Jorge de Lima têm o objetivo de destacar a magia do reggae e sua marca como potencial construtor da paz, unindo a arte em seus diversos aspectos valorizando nossa Raiz.

Convidamos todos (as) os amigos(as), para prestigiar o "Projeto Quinta no Arena" e aproveitar esse momento cultural trazendo muita alegria e boas vibrações.

Local: Teatro de Arena (AL) - Sérgio Cardoso -
Data: 16 de Novembro
Horário: 19h30
Ingressos - Meia: R$ 10,00 / Inteira: R$ 20,00
Informações: 98714-0635 ( Whatsapp)


Fonte: Divulgação

sábado, 4 de novembro de 2017

Romaria da Terra celebra 30 anos na Serra da Barriga

Caminhada de fé e esperança ocorre na madrugada do sábado para o domingo



Comemorando três décadas de existência, a 30ª Romaria da Terra e das Águas acontece neste final de semana, na Serra da Barriga, em União dos Palmares. Com o tema “Trinta anos no Chão Sagrado: de novo Serra, alcançando a Nova Terra”, mais de 3 mil romeiros e romeiras realizam caminhada do Sítio Recanto até o Platô da Serra, um percurso de 3 km.

A Romaria tem início às 20 horas do sábado, 4, com apresentações culturais, reflexões bíblicas e a celebração da Santa Missa. Na madrugada, por volta das 3 horas, sobe até o topo da Serra. Os músicos de caminhada Zé Pinto e Zé Vicente, além do Bispo Presidente da CPT, Dom Enemésio Lazzaris, estão confirmados para a atividade.

Vamos em Romaria caminhar três quilômetros, numa noite de lua cheia, com a certeza que ‘Deus à frente é luz e guia’. Iremos fortalecer nossa caminhada, reencontrar amigos e amigas, cantar com Zé Vicente e Zé Pinto, ouvir testemunhos, refletir, celebrar. Pisar no solo sagrado da Serra da Barriga”, afirmou Carlos Lima, coordenador da CPT e um dos organizadores.

O aniversário de 30 anos de Romaria tem por objetivo alimentar a espiritualidade do caminhante, preservar a memória de luta do Quilombo dos Palmares, incentivar a luta pela democratização do uso da terra e a preservação da água como um bem comum, assim como estimular a prática da justiça, da partilha e da solidariedade entre os filhos e filhas de Deus.

Nesses 30 anos, estaremos celebrando na Serra da Barriga, onde tudo começou. Sempre tendo a esperança de uma nova terra, de novas conquistas, de novos espaços para a vida e para dignidade de nosso povo. Todos estão convidados a caminhar conosco, com a Igreja e a Arquidiocese”, afirmou Dom Antônio Muniz, Arcebispo Metropolitano de Maceió.

Esta edição comemorativa está sendo organizada em conjunto pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Arquidiocesse de Maceió.

Transporte

Comunidades paroquiais de todas as regiões de Alagoas estão se organizando para participar desta Romaria. São esperados dezenas de ônibus de mais de 15 cidades alagoanas, além de diversos bairros de Maceió, como Jacintinho, Fernão Velho, Pinheiro, Cruz das Almas e Trapiche. Em Maceió, o transporte de ida e volta possui o valor de apenas R$ 5,00 e as reservas podem ser feitas pelo telefone 3221.8600.

Sobre a Romaria

Em 1988, a CPT e a Arquidiocese de Maceió realizaram, na Serra da Barriga, a primeira Romaria da Terra com o tema “Terra Mãe: Filhos livres”. De lá para cá, os romeiros e as romeiras percorreram diversas cidades até retornar, em 2017, para celebrar os 30 anos no Chão Sagrado, na terra de Zumbi e Dandara.

A inspiração bíblica está na luta dos hebreus que, movidos por Javé e liderados por Moisés, rompem com a escravidão no Egito e saem numa grande romaria rumo a Terra Prometida, aonde corria leite e mel.

A Romaria é o encontro de caminhantes, de homens, mulheres, crianças e idosos que acreditam na mobilização social a partir do evangelho libertador de Jesus Cristo.

Serviço

30ª Romaria da Terra e das Águas
Dias: 4 e 5 de novembro de 2017
Local: Sítio Recanto – Serra da Barriga – União dos Palmares

Programação:
20h – Acolhimento dos romeiros e romeiras no Sítio Recanto
21h15 – Mística de Abertura da 30ª Romaria
21h30 – Apresentação de Zé Vicente
23h –  Início da celebração
2h30 –  Apresentação de Zé Pinto
03h30 –  Início da Caminhada rumo ao Platô da Serra

Mais informações: (82) 9 9127-0153 - Alexsandra Timóteo


Fonte: Ascom/CPT
http://cptalagoas.blogspot.com.br/2017/11/romaria-da-terra-celebra-30-anos-na.html