sexta-feira, 29 de julho de 2016

Ufal celebra Dia de Tereza de Benguela

Temas como preconceito, resistência e reconhecimento de lideranças negras foram debatidos no evento 


Cia de Teatro de Dança Afro Oie Orum encerrou o evento. Fotos: Thiago Prado

 
Por: Natália Oliveira - estudante de Jornalismo


Discriminação, resistência, luta, afirmação e reconhecimento de lideranças negras. Esses foram alguns dos pontos debatidos no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, comemorado na última segunda-feira, 25 de julho, com evento no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Na ocasião, foi realizada uma mesa-redonda com a diretora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab), Lígia Ferreira, e Girlaine Santos, coordenadora da pasta de direitos humanos, gêneros, raça e etnia do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal). “Eu, enquanto mulher negra, enxergo não apenas a comemoração de uma data, mas um marco de luta e resistência da mulher diante de todos os preconceitos e situações de racismo que a gente vive”, declarou Girlaine.

Diante do machismo e racismo presentes nas relações da sociedade, ser mulher negra é estar em cheque. “O preconceito em cima da mulher é maior. O homem, mesmo que tenha o cabelo ‘ruim’, como a sociedade caracterizou, pode cortá-lo e não vai ter problema com sua identidade negra no ambiente de trabalho. Já a mulher, se ela assumir o cabelo, pode não vai entrar no mercado de trabalho. Se ela não tiver o cabelo dentro dos padrões de uma branca, ela é preterida”, avalia Girlaine.

Presente no encontro, a doutoranda em Educação pela Ufal, Sónia André, viveu uma realidade diferente em Moçambique, seu país natal. Lá, a negritude é exaltada na cultura, no vestuário, no cotidiano da população. “No Brasil, eu sinto que sou negra. No meu país, eu sei que sou negra. Para nós, ser negra não é algo de desdém, é poder. Estudos indicam que nem 10% das mulheres estão presentes nas tomadas de decisões para o Brasil. Estamos um país puramente machista, diferentemente do nosso belo continente africano, sobretudo, de Moçambique, onde a mulher está em todos os lugares. Tem mulher governadora, ministra, professora”, pontuou Sónia.

Ainda de acordo com a africana, ter essa data instituída no Brasil é a prova de que muita coisa precisa mudar. “Estar aqui para levantar essa bandeira é dizer que o Brasil precisa muito refletir a questão de ser negro e, sobretudo, de ser mulher. É um momento ímpar para o país e a América Latina”, concluiu.

O reconhecimento de uma líder negra
O Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra foi instituído em 2014, com a promulgação da Lei nº 12.987. A inspiração para essa data surgiu após 22 anos da criação do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana.

A data criada foi um marco internacional da luta e resistência da mulher negra. Tereza de Benguela foi um ícone da resistência negra na época do Brasil Colônia. Após a morte do marido, José Piolho, ela tornou-se a líder do Quilombo do Piolho, também conhecido como Quariterê, no atual Estado do Mato Grosso. A rainha Tereza, como era chamada no local, comandou a estrutura política, econômica e a administrativa da comunidade negra e indígena, até o quilombo ser destruído pelas forças do então governador da capitania hereditária no século 18.

O fato de Tereza de Benguela ter sido um ícone importante para a história negra e ter ficado ausente dos livros didáticos sobre a história do Brasil foi levantado pela diretora do Neab durante o evento na Ufal.

“Como é que esta pessoa foi invisibilizada no Brasil por quase três séculos? Como é que nós não estudamos a história dessa mulher nos livros de história do Brasil? Em toda minha formação básica, que foi em escola pública, eu só via pessoas negras com correntes nos braços e nos pés. Essa imagem percorreu todo o material didático por décadas no Brasil. Acho que este dia é de luta, resistência e organização”, manifestou Lígia Ferreira.

Em sua fala final, Girlaine expressou a satisfação pelo breve, mas fundamental momento de celebração à data. “O objetivo do nosso encontro, que é estimular o debate e a reflexão, foi atingido”, comemorou. O evento foi encerrado com a apresentação da Cia de Teatro de Dança Afro Oie Orum.

Fonte: Ascom/Ufal

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Festa de Nanã em Maceió

No sábado (30.07) às 20h, a Mirian Souza (Mãe Mirian) – ialorixá respeitada no Estado de Alagoas e líder espiritual do Ilê Nifé Omí Omo Posu Betá – coordenará a Festa de Nanã em sua casa de axé localizada na rua Campo Teixeira, 290, Ponta da Terra, próximo a Escola Campos Teixeira em Maceió.

O termo “nanan” significa raiz, aquela que se encontra no centro da terra. A divindade africana relaciona-se à criação do mundo; ligada à vida e morte da humanidade, dona da lama com a qual os seres humanos foram formados.

Seu encanto pertence ao pântano, terra movediça, lodo, lama, suspiro das águas em forma de olho d’agua gerando lagos, lagoas, rios, mares, tornando essas águas em doces, salgadas, salobras e etc. É a protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais. 

Benin antiga República de Dahomé considerada “Mãe Universal” desse povo, Nanã (Vodun Nanabiôco) seu habitat principal são as matas de Tanga na África.



Ibá Olodumaré                                                                 Eu saúdo Deus maior

Ibá Nanabiôco                                                                 Eu saúdo Nanã

Ibá Omi ni Oxum                                                             Eu saúdo as águas de Oxum

Uwá Egbé Odó Nanã juba Ó, Ki ibá wá se                    Nós cremos em Nanã, saudamos e esperamos

T’omode bajubá íra re, agbéle aye po que                     Nanã ouça nossas saudações e

Ká riba ti se. Axé                                                           que nossos caminhos se abram. Amém 




Contato: (82) 99313-6921 / 99930-7348.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Mulheres Negras

No dia 25 de julho, é celebrado o Dia Internacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Foi instituído em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, e busca dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente; também é o Dia Nacional da Mulher Negra e da quilombola Tereza de Benguela (Projeto de Lei do Senado nº 23, de 2009, de autoria da Senadora Serys Slhessarenko). 

De acordo Ana Pereira – presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) em Alagoas – o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe.

Para marcar a data em Alagoas, foi realizada a discussão sobre “Empoderamento Feminino no século XXI” no dia 23 de julho, no SESC Centro em Maceió, uma ação promovida pelo Grupo Percussivo BATUQUE YÀ formado somente por mulheres, que tem o objetivo refletir sobre as lutas, como expressão maior, das mulheres, em busca da igualdade, direitos, identidade, de pertencimento e de respeito às diferenças, naturalmente, existentes entre homens e mulheres. Já nos dias 23 a 25, no Museu da Imagem e do Som (MISA) em Maceió, o evento “Fala Preta! #Tireavendadoracismo”, promovido por um coletivo de entidades que atuam na defesa dos direitos da Mulher, no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial.

Essa é mais uma data para a reflexão e discutir o protagonismo político contra o racismo e o machismo. As mulheres negras são as maiores vítimas da violência doméstica e feminicídio, é o que demonstram os números do Mapa da Violência de 2015: em 10 anos o número de mulheres negras mortas subiu 54% enquanto o de mulheres brancas caiu 9,8%. Também é que possui menor escolaridade, são as maiores vítimas de mortalidade materna (60% dos casos) e encontram mais dificuldades no acesso aos serviços de saúde. Eis mais um dia de luta!


Fonte: Coluna Axé – 401ª edição – Jornal Tribuna Independente (26/07 a 01/08/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Aliança de Batista do Brasil discute racismo ambiental, gênero e políticas públicas


PROGRAMAÇÃO

29/07 (sexta-feira)

12:00/14:00h – Recepção e Almoço das Caravanas

14:00/15:00h – Credenciamento

15:00/16:00h – Reunião Deliberativa

Pauta da assembleia
Comissão de indicação para a nova diretoria e Conselho Fiscal

16:00/17:30h – Fórum de Teólogas e Pastoras

Palestrantes: M.ª Aletuza Leite (IBN) e Paula Dempsey (Director of partnership relations – Alliance of Baptists)

Moderadora – Pra Odja Barros (IBP)

19:30h/20:00– Celebração de Abertura da Assembleia

• Participação musical - Coral Ecumênico da Bahia

20:00h/21:30 – Conferência de abertura: Racismo Ambiental e a CFE-2016

- Conferencista: Ronilso Pacheco (IBR)

- Moderadora: Laina Crisóstomo (IBN)

21:30h – Encerramento

30/07 (sábado)

9:00/9:30h – Reflexão Bíblica

•    Participação musical - Orquestra de Câmara Alto da Mina
•    Mensagem: Rev. Sônia Mota (IPU/CESE)

9:30/10:20h – Relatórios e deliberações.

10:20h/10:30 – Pausa para o café

10:30/12:00 – Eleição da nova Diretoria e Conselho Fiscal

- Eleição da Diretoria 2016-2018

- Posse da Nova Diretoria

13:30/15:30 – Mesa: Gênero e Políticas Públicas em diálogo com a CFE 2016

- Intervenção cultural Grupo Recital Ágape

Palestrantes: M.ª Carla Akotirene (UFBA) e Dr. Fábio Nogueira (UNEB)

Moderadora – Pra. Helivete Ribeiro (PIB Bultrins)

15:30/16:00h – Coffee break

19:30h – Culto Solene de Encerramento

Participação musical -  Coral da Igreja Batista Nazareth e Orquestra de Câmara Alto da Mina

21h – Sarau Musical

•Cantores – Andréa Laís, Luan Lucas e Jean Prado

domingo, 24 de julho de 2016

Quintas no Poço de julho recebe Igbonan Rocha homenageando sucessos do samba

O samba é uma dança e um gênero musical considerado um dos elementos mais representativos da cultura popular brasileira existentes em várias partes do País. Dependendo do tipo de samba, a música é feita com o violão, viola ou cavaquinho acompanhado de instrumentos de percussão (atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro). Com toda essa ginga, o Quintas no Poço de julho fará uma homenagem ao ritmo na voz do cantor e compositor, Igbonan Rocha. A apresentação será no dia 28 de julho, às 19h30, na Unidade Sesc Poço. A entrada é gratuita.

O projeto Quintas no Poço é um espaço criado com intuito de proporcionar ao público mais uma opção de boa música, num espaço seguro e agradável, onde os músicos da terra interpretam grandes canções da música brasileira e podem demonstrar seus talentos.



SOBRE IGBONAN ROCHA

O Igbonan Rocha, é um baiano de sorriso farto e voz singular, escolheu Alagoas como: “a terra para viver para sempre!”. Sua identificação com a música iniciou nos anos 80 quando a convite ingressou na carreira musical como interprete em bares e casas noturnas de Salvador. Já em Maceió além de cantar, participou de diversos projetos culturais. Em sua trajetória também está registrada uma passagem pelo Sesc Alagoas. Durante quatro anos esteve à frente do Nosso Samba, projeto em parceria com a cantora Wilma Araújo, participou do Prêmio da Música Brasileira, ficando em 2º lugar em 2010. A convite da UNESCO, representou o Brasil, junto com diversos artistas brasileiros, do “Concerto para Luiz Gonzaga” realizado em Paris na França.

SERVIÇO
Quintas no Poço
Igbonan Rocha homenageando o samba
Local: Unidade Sesc Poço
Data: 28/07/2016
Horário: 19h30
Entrada franca
Informações: 0800 284 2440


Fonte: Ascom/Sesc-AL

sábado, 23 de julho de 2016

Fala Preta marca luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero e racismo




Por: Valdice Gomes - Cojira/AL

Para marcar a passagem de 25 de julho - Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, um coletivo de entidades que atuam na defesa dos direitos da Mulher, no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial em Alagoas estará realizando de 23 a 25 deste mês o evento “Fala Preta! #Tireavendadoracismo”, das 13h às 17hs, no Museu da Imagem e do Som (Misa), em Jaraguá.

O evento constará de rodas de conversa sobre institucionalização do racismo e as consequências para a mulher negra, além de apresentações artístico-culturais. A abertura será neste sábado, 23, às 13hs, com um debate sobre “Juventude e Feminismo das Pretas”. Em seguida apresentação do Coletivo Afro Caeté. 

Domingo, 24, a partir das 13h, o tema será “Estética negra e moda afro”, seguido de apresentação de Mel Nascimento, Batuque Yá e Naná Martins. Segunda-feira (25), no mesmo horário, bate-papo com as pretas colaboradoras sobre “Descompassos da violência e das políticas públicas no campo da saúde da mulher negra”. Logo após, apresentação de Arafunfun Omanngerê, encerrando com Igbonan Rocha.

Participam da organização do “Fala Preta”, o Instituto Feminista Jarede Viana, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir), Marcha Nacional das Mulheres Negras em Alagoas e Projeto Inaê, com apoio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) e da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh). 

Segundo a presidente do Cedim e uma das organizadoras do evento, Ana Pereira, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe. Foi instituído, em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente.

Entre as palestrantes do Fala Preta estão Márcia Regina, consultora do MEC sobre educação inclusiva e enfrentamento ao racismo na escola; Verônica Lourenço, da Rede Lai Lai (Pb), ex-conselheira nacional de Saúde; Larisse Pontes, mestranda em Antropologia Social pela UFSC e pesquisadora do Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas – NUER; Marli Araújo, doutoranda, pesquisadora em violência, gênero e raça e Vitória Santiago, integrante do Conselho Estadual de Juventude.

Contatos: (82) 98878-7484 / 99655-4405

terça-feira, 19 de julho de 2016

Carta de Amor da Revoada, Aos Afetos e aos afetados pela ocupação, Outros rumos da ocupação

Iniciamos a Ocupação Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no dia 19 de maio deste ano, e estamos agora partindo para novos rumos com a chegada do pedido de reintegração de posse. O Cultura Contra o Golpe é um movimento formado por artistas, produtores culturais, estudantes e militantes da cultura em geral. Somos um movimento plural e suprapartidário. Ocupamos o prédio do IPHAN, nos irmanando a um movimento nacional, formado espontaneamente, que pedia  a revogação da extinção do Ministério da Cultura (MinC) orquestrada pelo presidente golpista Michel Temer (PMDB) e seus aliados.  

Desde as primeiras reuniões do movimento Cultura Contra o Golpe, ficou claro que a pauta precisava ser extensa e ir além da exigência de volta do Ministério da Cultura, naquele espaço formava-se um amplo grupo de resistência em luta pela democracia, que não reconhece o governo golpista de Michel Temer. Por isso, mesmo após a vitória do movimento com o retorno do MinC, continuamos ocupando e resistindo. 

Durante os 60 dias de ocupação do prédio do IPHAN, foram realizados debates, rodas de conversa, ensaios abertos, apresentações artísticas, performances, entre outros. Recebemos apoio e dialogamos com vários movimentos políticos, grupos culturais, sindicatos, partidos e pessoas insatisfeitas com a atual situação do país. Cerca de 10.000 pessoas passaram pela ocupação. Discutimos temas importantes como machismo, racismo, LGBTFobia, reforma agrária, SUS, políticas culturais, função social da cidade, entre tantos outros durante os dois meses. 

Além de um ato político, conseguimos, a partir da ocupação, dar uma nova função e significado ao prédio, o espaço tornou-se ponto  de encontro e convergência dos mais variados movimentos e partes  da cidade. Foi muito bonito vê os  núcleos culturais da cidade misturando-se, os saberes serem trocados, os sorrisos e a satisfação de bons encontros nos rostos cada um. Foi emocionante perceber a garra, o apoio  e a força que os atores culturais podem ter quando se juntam. 

Durante todos estes dias sempre tivemos uma relação amistosa com os funcionários do IPHAN e temos feito acordos de convivência que mantiveram toda parte administrativa funcionando normalmente. O prédio está sendo entregue nas condições em que foi encontrado sem nenhum dano à estrutura física, instalações ou acervo. Desde o primeiro dia em que ocupamos tivemos a preocupação em isolar o acervo da Casa do Patrimônio, preservando e cuidando para que não houvesse nenhum dano ao importante patrimônio abrigado naquela casa, resultado do trabalho de vários artistas populares.

São muitos os frutos desta ocupação, inclusive obras artístico-culturais como grupos, composições musicais, vídeos arte, performances, espetáculo de dança;  muitas pessoas deixaram sua arte e expressividade florescer e agora têm novos caminhos a trilhar.

Entendemos que o movimento não acaba com  a saída física do IPHAN, iremos continuar ocupando o prédio com reuniões e atividades artísticas culturais, em consenso com a direção do Instituto. Entendemos também que demos uma outra vida e possibilidade de uso a este prédio da cultura.

O Movimento foi fortalecido. Hoje temos mais braços, mais pernas, mais cabeças pensantes juntas e articuladas. Toda esta força só vai se expandir porque as paredes do IPHAN já são pequenas para nós. O movimento segue outro rumo, transborda o espaço físico e segue com outras ações contra este governo golpista e à favor da cidade como espaço comum. A ideia inicial é a criação de um fórum permanente e de constante diálogo que vai pautar as próximas ações do Cultura Contra o Golpe.

Sair do Iphan nesse momento, significa ocupar as ruas, as praças, as escolas e ser parte do que é nosso. O espaço público será o palanque de nossas lutas, assim como de nossas conquistas. Não aceitamos governo golpista e nenhum outro golpe às conquistas dos trabalhadores, do movimento da cultura, da educação, da moradia, e nenhum outro que nos impossibilite sonhar com um futuro sem desigualdades.

Abrimos nossas asas e vamos alçar voos maiores por todas as partes da cidade.

Evoé aos bons ventos!!!
 
Confiança nas próprias asas e no bando!
 
Revoemos!!!

FORA TEMER! 

Maceió, 17 de julho de 2016.

Convergência Negra

Diante da grave crise econômica, política, ambiental, humanitária e moral, cresce consequentemente as crises sociais manifestadas pelo racismo, a xenofobia, a violência, e várias formas de intolerância. O pensamento conservador e retrocesso das políticas públicas tornam-se mais evidentes. Porém, lideranças do Movimento Social Negro estão fortalecendo o diálogo sobre os desafios da conjuntura e o futuro da luta negra no Brasil e encontra-se em intensa articulação sócio-política.

Já foram realizados dois grandes momentos de discussões, em Salvador/BA (Novembro/2015) e no Fórum Social Mundial em Porto Alegre/RS (Janeiro/2016), que resultou na constituição da plataforma política e o plano de lutas – comum e unitário – contendo dez (10) pontos de referência, são eles: Contra a redução da maioridade penal; Combater o extermínio/genocídio da juventude negra; Aprofundar as políticas e ações afirmativas no país, com destaque nas mulheres negras; Autonomia das mulheres negras e participação nos espaços de poder público e privado; Lutar pela efetivação das leis 10.639/03 e 11.645/08; Avançar na pauta quilombola, nenhum quilombo sem suas terras regularizadas e tituladas e com políticas públicas para melhoria da qualidade de vida; Combater a intolerância e violência religiosa, garantir a laicidade do estado e proteger a liberdade de culto; Criminalizar a homofobia; Pela aprovação da PL 4471/12, que põe fim aos autos de resistência; Democratização dos meios de comunicação; A cultura afro brasileira como parte fundamental da cultura geral no Brasil, neste sentido luta-se pela ampliação da sua inclusão nas políticas públicas, bem como, em toda e qualquer discussão do movimento negro brasileiro, enquanto instrumento de transformação social.

Atualmente, integram a Convergência Negra, as organizações brasileiras: Agentes de Pastoral Negros (APNs); Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN); Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB); Coletivo de Ativistas Anti-Racistas (QUILOMBAÇÃO); Coletivo de Entidades Negras (CEN); Coletivo Nacional de Juventude Negra (ENEGRECER); Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (CONAQ); Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN); Fórum Nacional de Juventude Negra (FONAJUNE); Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN); Movimento Negro Unificado (MNU); Rede Nacional de Negras e Negros, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AFRO LGBT); e União de Negros pela Igualdade Racial (UNEGRO). 

No último sábado(16.07), na cidade de Aracaju(SE), foi promovida mais uma importante reunião nacional e o Ato Público “Negr@s não Temer”; além de debater as próximas agendas de atuação: Mobilização nos Estados contra o Impeachment (12 de agosto); Plenária Nacional da Convergência em Salvador (10 de setembro); e a Marcha “Um milhão de Negros e Negras nas ruas por nenhum direito a menos para todos e todas nós” (20 de novembro).

Eis um grande momento de fortalecimento da luta por justiça social!

Fonte: Coluna Axé – 400ª edição – Jornal Tribuna Independente (19 a 25/07/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Inscrições para o Pauta Aberta são prorrogadas até o dia 22

As inscrições para o Edital Pauta Aberta, lançado pela Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac), foram prorrogadas até o dia 22 de julho. A alteração está publicada na edição desta sexta-feira (15) no Diário Oficial do Município (DOM). O processo seletivo tem como objetivo fornecer vagas no Centro Cultural Arte Pajuçara, oferecendo 480 horas à ocupação do espaço e deve beneficiar 30 grupos e artistas ligados à música, teatro, dança, cultura popular e cultura afro.

De acordo com o edital (confira aqui), os aprovados terão direito de uso do espaço por oito horas, para a realização de concertos, shows, ensaios, oficinas, recitais, espetáculos e apresentações de folguedos, durante os meses de agosto a dezembro de 2016.  Com alteração na data de inscrição, também mudaram os prazos para publicação dos resultados (27/07), para recursos (28 e 29/07) e homologação no DOM (01/08/2016).

Os proponentes devem se inscrever, obrigatoriamente, para a categoria a qual pretendem concorrer e será destinada uma vaga para cada grupo ou artista selecionado em um dos quatro segmentos abertos no edital: música com 12 vagas, artes cênicas com 12 vagas, cultura popular e cultura afro-brasileira com mais seis vagas. O processo seletivo é resultado de convênio firmado entre a Fmac e o Centro Cultural Arte Pajuçara, mantenedor do espaço, que também funciona como cinema, no bairro de Pajuçara.

As inscrições devem ser feitas no setor de Políticas Culturais da Fmac, das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira. A Fundação está localizada na Avenida da Paz, 900, em Jaraguá. Mais informações podem ser obtidas pelo 3221-2090. Os interessados podem conferir o Edital e a Ficha de Inscrição. Confira ainda as pautas disponibilizadas.

Fonte: Ascom FMAC

Defensoria Pública participa de ação educativa sobre o racismo

Ação realizada pelo projeto social Ocupação Preta Eku abo, conta com apoio da Defensoria

Data de 18 de julho marca o nascimento de Nelson Mandela, ícone na luta pela liberdade e contra o apartheid na África  
Data de 18 de julho marca o nascimento de Nelson Mandela, ícone na luta pela liberdade e contra o apartheid na África (Divulgação)
 

Texto de Elisa Azevedo



A Defensoria Pública do Estado de Alagoas participa, com o ônibus itinerante Expresso da Cidadania, nesta segunda-feira (18), da ação educativa promovida pelo Projeto Ocupação Preta Eku abo, que acontece no Centro de Maceió, em frete ao antigo Produban.

O evento é uma realização do instituto Raízes de Áfricas que visa sensibilizar a população para a multiplicidade das consciências em Alagoas, trazendo a atenção do público das ruas para a problemática do racismo.

Além do Expresso da Cidadania, o evento que acontece das 9h às 18h, promoverá ações de saúde com a presença do Ônibus de Saúde para atendimento médico, bem como apresentações afro artísticas, momentos de conscientização e panfletagem.

A data de 18 de julho marca o nascimento de Nelson Mandela, ícone na luta pela liberdade e contra o apartheid na África. O Projeto Ocupação Preta Eku abo, (seja bem-vindo, em Ioruba) é uma idealização do Instituto Raízes de Áfricas, com o apoio do Governo de Alagoas, Defensoria Pública, Conselho da Criança e do Adolescente, Secretaria Municipal de Assistência Social.

O evento visa promover o diálogo social, realizar ações de territorialização e apropriação dos espaços públicos, visando estabelecer estratégias para o enfrentamento ao racismo e seus desdobramentos, além propor a reinvenção da proximidade, afetividade, do diálogo social, a partir da diversidade das muitas gentes das Alagoas.


Serviço
Projeto Ocupação Preta Eku abo
Local: Calçadão da Rua do Comércio, Centro de Maceió
Data: 18/07/2016
Horário: 8h às 18h
Informações: 98827-3656/3231-4201 (Arisia Barros/ Projeto Raízes de Áfricas)


Fonte: Ascom

domingo, 17 de julho de 2016

Ocupação preta leva às ruas discussão de consciência social sobre o racismo

Encontro desperta olhar diferenciado na sociedade para as ações cotidianas carregadas de preconceito 

 

 
Texto de Rafaela Pimentel

Sair dos espaços fechados e aproximar ainda mais a população da consciência individual e social sobre as práticas de racismo. É com este novo olhar diante dos mecanismos para a quebra do bloqueio de reconhecimento da história do povo negro, que o Instituto Raízes de Áfricas promove em parceria com o Estado de Alagoas, na próxima segunda-feira (18), a partir das 9h, a primeira ocupação preta Ekua abo.

Durante todo o dia, a Rua do Comércio, no bairro do Centro, se transformará em um verdadeiro ambiente de discussão coletiva. Indo além do resgate do diálogo corpo a corpo entre as comunidades, o encontro promete a retomada de debates educativos e esclarecedores aberto para os diferentes segmentos sociais, como explica a coordenadora do projeto Raízes de Áfricas, Arísia Barros.

“Muitas pessoas ainda não tem percepção e discernimento para entender que estão, sim, praticando atos racistas. E isso acontece cotidianamente. Precisamos quebrar com este paradigma, levando o entendimento da forma mais branda possível aos indivíduos. Sem a ruptura do bloqueio pelo desconhecido, não poderemos avançar nos debates sobre racismo e a história de luta dos povos negros”, avalia.

Aliada às atividades de conscientização, a ocupação preta contará com serviços de direito e saúde básica. Para isso, serão disponibilizados atendimentos no Expresso da Cidadania e o Ônibus da Saúde com oferta de consultas e exames básicos a população durante todo o encontro. A banda Afro, do município de Viçosa, comanda as atrações em homenagem às tradições culturais da identidade negra.

Fonte: Agência Alagoas

sexta-feira, 15 de julho de 2016

CONAJIRA/FENAJ lamenta falecimento de Luiza Bairros



A Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira) da Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), que representa as Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial de SP, Município do Rio, DF, AL, PB, BA, MT, ES, Norte do Paraná, e o Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do RS, lamenta o falecimento da ex-ministra-chefe da Secretaria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial (2011/2014), Luiza Helena de Bairros, na manhã de terça-feira (12), em Porto Alegre. Intelectual portoalegrense, adotou Salvador desde 1979. Atuou em diversos movimentos sociais, com destaque para o Movimento Negro Unificado – MNU e o de mulheres negras.

Em seu primeiro ano de gestão à frente da Seppir, em 2011, a então ministra Luiza Bairros participou, em maio, no Rio de Janeiro, do lançamento do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento – última homenagem em vida a este expoente da luta pelos direitos humanos e combate ao racismo. Também em sua gestão, a Conajira fez parte do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR).

E, como legado na Seppir, Luíza Bairros foi responsável pela criação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), para implementar políticas públicas voltadas a proporcionar à população negra igualdade de oportunidades e instâncias de combate à discriminação e à intolerância.De acordo com a ministra Luiza Bairros, a principal forma de atuação do Sinapir é por meio da articulação entre municípios e governos estaduais, através da criação de órgãos regionais para a promoção da igualdade racial.


Fonte: Fenaj

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Ativistas discutem conjuntura política e igualdade racial

Projeto Tambor Falante integrará o cronograma da “Ocupação Fora Temer” na sede do IPHAN-AL


Nesse sábado(16.07) às 15h, no hall do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no histórico bairro do Jaraguá em Maceió, o Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô realizará uma importante edição do Tambor Falante sobre o tema: “Os Impactos do Governo Interino de Michel Temer nas Políticas para a Igualdade Racial”

A instituição do movimento negro alagoano atendeu ao convite dos(as) manifestantes que estão na OCUPAÇÃO FORA TEMER há mais de 50 dias na sede do IPHAN/AL. O protesto foi iniciado após o anúncio da extinção do Ministério da Cultura e as intervenções do presidente em exercício – considerado golpista por grande parte da população brasileira – que tem contribuído para o retrocesso nas políticas públicas.

Em relação às políticas de igualdade racial, foi publicado um decreto que transferiu dotações orçamentárias constantes do Orçamento Fiscal da União (Lei nº 13.255, de 14 de janeiro de 2016), do extinto Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos para a Presidência da República, no valor de R$ 12.927.981,00 (doze milhões, novecentos e vinte e sete mil, novecentos e oitenta e um reais). Michel Temer também exonerou vários funcionários, excluiu órgãos e secretarias extremamente importantes para o desenvolvimento social, a exemplo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

O evento é direcionado aos ativistas dos segmentos afros, integrantes de grupos artísticos, produtores culturais, lideranças de movimentos sociais, povos tradicionais, religiosos de matrizes africanas, pesquisadores e estudantes. No encerramento, terá a performance artística da Companhia de Teatro e Dança Afro Aiê Orum criada em 2009, com o objetivo de trabalhar a história e a cultura afro-brasileira por meio de oficinas de Danças Afro Brasileira para jovens de comunidades periféricas e de escolas públicas. 

Com esse projeto queremos proporcionar o debate, a troca de experiências e chegarmos onde a valorização, o respeito e a qualidade de vida ainda está a desejar. Com esse tema sobre análise de conjuntura política, vamos refletir sobre a política de igualdade racial e as ações desse presidente ilegítimo que não nos representa. Ultimamente, estamos vivendo um caos no país!”, exaltou Maria Madalena da Silva, presidente do Anajô.

Facilitadores
A atividade contará com as intervenções de dois ativistas alagoanos, que atuam efetivamente na luta pela valorização das questões étnicorraciais, combate do racismo e intolerância religiosa. Os facilitadores serão: 
 
CLÉBIO ARAÚJO: Historiador; Vice Reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal); Coordenador do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros (NEAB-Uneal); Vice Presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir/AL); e Pesquisador da história e cultura afroalagoana.

VALDICE GOMES: Jornalista; Presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir/AL); Integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualde Racial (Cojira-AL); Diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal); e Vice Presidenta do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô (APNs-AL).

Projeto
O projeto "TAMBOR FALANTE: Refletindo, Debatendo e Transformando Realidades" foi um dos selecionados no Prêmio Eris Maximiniano 2015, uma realização da Prefeitura de Maceió por intermédio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC). Ao todo, serão cinco edições com temas diversos e busca contribuir para a troca de conhecimentos e a formação sociopolítica, que resultará na produção de um livro e DVD. 

O Anajô é uma organização não-governamental fundada em dezembro de 2005, vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), instituição nacional do Movimento Negro que encontra-se presente em 14 estados brasileiros. Promove atividades de formação sobre a história do Quilombo dos Palmares; pertencimento étnico; conjuntura sociopolítica da população afro-brasileira; ações de combate ao racismo e preconceitos correlatos.


SERVIÇO:
Tambor Falante sobre conjuntura política e igualdade racial
Dia: 16/07/2016 (sábado)
Hora: 15h00
Local: IPHAN/AL - Rua Sá e Albuquerque, nº 157, Jaraguá, Maceió/AL – próximo à Praça Dois Leões
Contatos: onganajo@hotmail.com / https://anajoalagoas.wordpress.com/
ENTRADA FRANCA!

terça-feira, 12 de julho de 2016

Encontro afro no sertão alagoano

No período de 29 a 31 de julho, o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR) realizará na cidade de Delmiro Gouveia – distante 304 km da capital alagoana – o 2º Encontro e 1ª Jornada Científica de Comunidades Quilombolas e Povos Tradicionais de Terreiro de Alagoas.

Na abertura, o público poderá conferir as exposições fotográficas: “Povos Tradicionais de Terreiro” (Larissa Fontes), “Quilombos” (Sandreana Melo) e “Espaço apropriado e espaço planejado no Muquém” (Pedro Simonard). 

Nas mesas de debate, serão explorados os seguintes temas: “Intolerância Religiosa no Brasil laico, desafios para a vida em sociedade na construção de direitos”; “Questões agrárias e fundiárias em Alagoas: sobre terra, território e poder”; “Estratégias para a preservação do bem imaterial das comunidades – Como garantir o acesso às políticas públicas?”.

Também será realizada a exibição de filmes/documentários “Sai do Sol Galego” (Sandreana Melo), “Jurema” (Clementino Júnior) e “Exú – Além do Bem e do Mal” (Werner Salles); grupos de trabalhos (GTs); além das rodas de conversa: “Retrospectiva histórica e sociocultural das comunidades quilombolas e povos tradicionais de terreiro” e “A juventude como difusora de políticas públicas nas comunidades”.

O evento é uma parceria com o Governo de Alagoas, Conexão Nordeste, Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-AL) e Fundação Cultural Palmares. E o apoio do Baobá Raízes e Tradições; Fórum dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Alagoas; Rio’s Rent a Car Maceió; Faculdade Maurício de Nassau e Universidade Tiradentes.

Os(as) interessados(as) devem fazer a inscrição pelo link https://docs.google.com/forms/d/1myftEHmORc_pR_94fFUsWKTyYpiizu41AaQ03HoMPvc/viewform. Mais informações: (82) 99999-1301 / 99922-7988.


Fonte: Coluna Axé – 399ª edição – Jornal Tribuna Independente (12 a 18/07/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

Religiões africanas ficam de fora de centro ecumênico na Vila Olímpica


Google Imagens


Em agosto e setembro, o Rio de Janeiro vai receber mais de 10 mil atletas olímpicos e 4 mil paralímpicos provenientes de mais de 200 países, trazendo na bagagem também incontáveis maneiras de cultuar o sagrado.

O Comitê Organizador dos jogos diz que é impossível atender a todas, mas, pelo menos, um espaço ecumêmico está garantido para aqueles que contam com uma ajuda da fé para superar seus limites.

O centro inter-religioso da Vila Olímpica será coordenado pelo padre Leandro Lenin, ligado à Arquidiocese do Rio de Janeiro.

As cinco religiões que terão espaço dentro do centro são o cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduismo e budismo, com vinte e quatro capelões voluntários de diferente vertentes.

Apesar da justificativa demográfica na escolha, o babalawo Ivanir dos Santos, presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro, acredita que as religiões de matriz africana não deveriam ter ficado de fora.

O centro vai funcionar das 7h às 22h,  promovendo cerimônias conforme os rituais de cada religião em três idiomas: português, espanhol e inglês.

O espaço terá ainda um ambiente de convivência e uma sala para aconselhamento particular aos atletas.

Fonte: CEERT

domingo, 10 de julho de 2016

Inscrições para o edital Pauta Aberta

A Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural, está com inscrições abertas, até o próximo dia 15 de julho, para o edital Pauta Aberta.

O processo seletivo tem como objetivo fornecer vagas no Centro Cultural Arte Pajuçara, oferecendo 480 horas à ocupação do espaço, para a realização de concertos, shows, ensaios, oficinas, recitais, espetáculos e apresentações de folguedos, durante os meses de agosto a dezembro de 2016. O edital deve beneficiar 30 grupos culturais e artistas ligados à musica, teatro, dança, cultura popular e cultura afro.

As inscrições podem ser feitas no setor de protocolo da Fmac, das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira. A fundação esta localizada na Avenida da Paz, 900, em Jaraguá.

Mais informações: 3221-2090.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Faculdade Maurício de Nassau realiza "Projeto Capacita" em Maceió

São mais de 200 cursos ofertados neste semestre, totalmente gratuitos, no mês de julho



De 4 a 30 de julho, a Faculdade Maurício de Nassau, unidade Maceió, blocos Ponta Verde e Farol, irá realizar o Projeto Capacita. Nesta edição, serão ofertados 218 cursos gratuitos em diversas áreas que visam à capacitação profissional.

As oficinas vão ocorrer pela manhã, tarde e noite no campus que fica na Avenida Sandoval Arroxelas, 239, Ponta Verde e na Rua José de Alencar, 511, Farol. Dentre as áreas contempladas estão: Administração, Gestão de Recursos Humanos, Arquitetura e Urbanismo, Segurança do Trabalho, Ciências Contábeis, Design, Direito, Engenharia, Odontologia, Enfermagem, Fisioterapia, Gastronomia, Nutrição, Pedagogia, Publicidade e Propaganda, Radiologia, Serviço Social e Sistemas de Informação (ADS).

De acordo com o diretor adjunto da instituição, Arykoerne Lima, o Projeto Capacita além de atender ao calendário e as expectativas da responsabilidade social programadas pelo Grupo Ser Educacional tem como objetivo a capacitação profissional e complementar da comunidade do entorno da instituição. “Queremos com isso levar qualificação nas mais diversas áreas de conhecimento. Esperamos uma boa adesão como nas edições anteriores”, disse Lima.

Alguns cursos ofertados pelo Projeto Capacita serão: Curso básico para administrar empresas, curso básico para auditoria e controladoria, curso básico de Autocad 2016, operação de combate à incêndio com extintores, aprenda a preencher sua declaração de imposto de renda, informática básica, design de embalagens, saúde bucal do bebê, fotografia, urgência e emergência em odontologia, redes sociais para alavancar negócios, direito dos idosos, radioterapia guiada por imagem, cursos básico para comida mexicana, gastronomia funcional, entre outros.

Na área das questões étnicorraciais, destacamos:
  • A CULTURA AFRO NA CONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA - 11/07/2016 (segunda-feira) - 19h às 21h - Unidade Farol
     
  • A FORÇA SOCIAL NA POLÍTICA BRASILEIRA: QUAIS OS DIREITOS E DEVERES COMO CIDADÃOS - 18/07/2016 (segunda-feira) - 19h às 21h - Unidade Farol
     
  • AS RELAÇÕES ÉTNICORRACIAIS NAS ORGANIZAÇÕES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES - 15/07/2016 (sexta-feira) - 09h às 12h - Unidade Ponta Verde/Sala 118 - ERIK MOURA


Acesse: http://fmnmaceio.wix.com/cursos


Confira os endereços dos campi:
Farol: Rua José de Alencar, 511, Farol
Ponta Verde: Avenida Sandoval Arroxelas, 239, Ponta Verde
Mais informações: (82) 3036.2281



Fonte: Ascom

terça-feira, 5 de julho de 2016

Ocupe a praça

O projeto “Ocupe a Praça” conta com a produção do Coletivo Popfuzz. Trata-se de uma realização da Fundação Municipal de Ação Cultural em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural e integra o Programa Ações Culturais para Maceió, fruto do convênio nº 798826/2013 (assinado entre FMAC e MinC), e emenda parlamentar do deputado federal Paulão (PT).

O objetivo é promover apresentações dos mais variados segmentos (música, cinema, teatro, dança, entre outros), atividades de formação, oficinas e shows em praças públicas e centros comunitários nas oito (8) regiões administrativas da capital alagoana, no período de maio a outubro de 2016. As primeiras edições contemplaram os bairros do Farol (Praça do Centenário) e Bom Parto (Quadra Escola Geraldo Bulhões), respectivamente, nos dias 08 de maio e 26 de junho.

Agora, chegou a vez da Região Administrativa 05 que contempla os bairros do Feitosa, Barro Duro, Jacintinho e São Jorge. De 04 a 08/07, na sede do Centro de Estudos e Pesquisas Afro Alagoano Quilombo (Cepa Quilombo) – Rua Santa Luzia, 42, próximo a rádio 96 FM, Jacintinho – serão realizadas três importantes oficinas: de 9h às 13h, “Bumba-Meu-Boi” com o oficineiro Lucival Salgueiro (Neno); das 14h às 18h, “Capoeira Como Construção de Identidade e Gênero” ministrada pela Professora de Capoeira Sirlene Gomes (Rasteirinha); e das 18h às 22h, “Museu e Comunidade” por Viviane Rodrigues, pesquisadora no Projeto de Extensão Comunidade e Museologia Social (COMUSA).

No domingo (10.07) a partir das 15hs, na Praça Mirante Vereador Audival Amélio da Silva localizado no bairro do Jacintinho, terão as apresentações artísticas: o coco de roda Xique Xique de Alagoas, Marcelinho do Forró, grupo infanto juvenil Gente que Brilha (CEPA Quilombo), o grupo de reggae Freedom Songs, dos punks da Ximbra e a banda de rock alternativo Eek. 

As próximas edições do “Ocupe a Praça” estão previstas para acontecerem na Praça Marcílio Dias, Jaraguá (31/07); Praça da Guarda Municipal, Ponta Grossa (21/08); Praça Padre Cícero, Benedito Bentes (11/09); Praça São Pedro, Garça Torta (25/09) e Praça Graciliano Ramos, Tabuleiro dos Martins (09/10).

Esse é um grande momento de integração com a comunidade, pertencimento e exaltação cultural, que contribui para a valorização do trabalho dos artistas locais e grupos da cultura popular. Todas as programações são gratuitas, saiba mais no página do Facebook: https://www.facebook.com/ocupeapracamaceio/

Fonte: Coluna Axé – 398ª edição – Jornal Tribuna Independente (05 a 11/07/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com