quarta-feira, 28 de março de 2012

Abertas as inscrições para prêmio de Incentivo Cultural para Comunidades Terreiros

Iniciativa faz parte do projeto Xangô Rezado Alto


Estão abertas, até o dia 12 de abril, as inscrições para o prêmio de Incentivo Cultural para Comunidades Terreiros, promovido pela Universidade Estadual de Alagoas, que visa premiar ações culturais de grupos de matriz africana no Estado de Alagoas. Serão selecionados dois projetos que receberão R$ 6 mil para executar as ações previstas no trabalho proposto. A iniciativa faz parte do projeto Xangô Rezado Alto.
Poderão participar da seleção pública pessoas jurídicas, de natureza cultural, sem fins lucrativos, que estejam em conformidade com as condições previstas no edital, disponível no site http://www.uneal.edu.br/editais/edital-premio-incentivo-cultural-para-comunidades-terreiros. Só poderão se inscrever grupos com efetiva e comprovada atuação na área cultural, especialmente as que promovem a difusão e a valorização das expressões afro-brasileiras.
As inscrições serão recebidas mediante o envio, pelos Correios, do projeto com os seguintes documentos: Formulário de inscrição, preenchido e assinado; Comprovação de atuação em atividades sócio-culturais; cópia do comprovante de endereço da sede da instituição; cópia do CNPJ e estatuto da instituição; projeto artístico-cultural com os seguintes itens: a) Apresentação; b) Objetivo; c) Plano de Ações; e d) Orçamento.
“Nossa meta é dar visibilidade a grupos que desenvolvem atividades de valorização da cultura  afrobrasileira, em Alagoas”, destaca o vice-reitor da Uneal, professor Clébio Correia.


Fonte: Ascom Uneal
Clau Soares - (82) 8825.8360 / www.uneal.edu.br

terça-feira, 27 de março de 2012

A comendadeira Valdice Gomes receberá Prêmio Selma Bandeira

Crédito da foto: Dárcio Monteiro/Agência Alagoas

A jornalista Valdice Gomes está com tudo! 

Na última terça-feira (20) recebeu das mãos do Governador Teotônio Vilela Filho a Comenda Nise Magalhães da Silveira – foi uma das 10 mulheres agraciadas pela notável contribuição a Alagoas e ao país na luta pela cidadania em suas respectivas áreas de atuação.

E nessa quarta-feira (28) a partir das 19h, no Teatro Deodoro em Maceió, também, será homenageada com o Troféu Selma Bandeira. Atualmente, ela encontra-se no segundo mandato no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), representa a Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira/Fenaj) no Conselho Nacional de Políticas pela Igualdade Racial (CNPIR/Seppir) e faz parte do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô.  


Prêmio
O prêmio Selma Bandeira é uma realização da empresa Eventur's em parceria com a Prefeitura de Maceió, Instituto Zumbi dos Palmares, Sesi e Sebrae. Nessa segunda edição, serão homenageadas 26 mulheres que contribuem para o desenvolvimento econômico, político e social em prol da igualdade de direitos na sociedade, além de Valdice Gomes, destacamos outras duas personalidades negras: a professora universitária aposentada e ativista do Movimento Negro, Ângela Bahia de Brito; e a médica ginecologista e vereadora por Maceió, Fátima Santiago. 

A saudosa Selma Bandeira é um exemplo de mulher forte, médica e deputada estadual na década de 80, atuou pelo fim da violência e na defesa dos direitos humanos. Sua coragem e ousadia fizeram dela um marco e um diferencial pelas causas femininas. Mais informações: 9144-1371 e 9645-0123.


Fonte: Coluna Axé - nº194 - Jornal Tribuna Independente (27.03.12)

Maceió recebe catálogo sobre prêmio nacional de jornalismo com recorte racial


Por: Valdice Gomes - Cojira/AL


Na próxima quinta-feira, dia 29 de março, na sede do Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor/AL), localizado na rua Goiás (Farol), em Maceió, a partir das 8h30, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) vai oferecer um café da manhã à imprensa para anunciar o lançamento do catálogo da 1ª Edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. O evento contará com a presença da coordenadora do prêmio, jornalista Angélica Basthi. Na ocasião, será apresentado o vídeo-documentário com os melhores momentos de 2011. Além de Maceió, o catálogo está sendo lançado em outras cinco cidades brasileiras: Brasília, João Pessoa, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

O Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, e é promovido em parceria com as Cojiras de Alagoas, Paraíba, São Paulo, Distrito Federal e o Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do Rio Grande do Sul, vinculados aos respectivos sindicatos de jornalistas locais.  O projeto conta com o patrocínio da Fundação Ford e da Fundação W. K. Kellogg.

O objetivo da premiação é estimular uma cobertura jornalística mais expressiva sobre a população negra brasileira. Lançado em 2011, a primeira edição mobilizou as redações do país. Foram mais de 150 trabalhos inscritos divididos em sete categorias: Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Mídia Alternativa ou Comunitária, Internet, Fotografia e Especial de Gênero. 

Breve perfil de Abdias Nascimento: O ex-senador Abdias Nascimento foi um ícone no combate ao racismo no país. Nascido em 1914, desenvolveu vasta produção intelectual como ativista, político, pintor, escritor, poeta, dramaturgo. Natural de São Paulo, participou dos primeiros congressos de negros no país. Já no Rio de Janeiro, criou o Teatro Experimental do Negro (TEN) na década de 1940. Como jornalista, foi repórter do Jornal Diário, além de ter trabalhado em vários periódicos. Fundou o Jornal Quilombo e também é filiado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro desde 1947. Pressionado pela ditadura, se exilou nos Estados Unidos durante 13 anos. De volta ao Brasil, ocupou os cargos de Deputado Federal e Senador da República. Foi professor emérito da Universidade de Nova York e Doutor Honoris Causa por várias instituições de ensino superior, entre elas, a Universidade de Brasília e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Faleceu aos 97 anos na noite de 23 de maio de 2011.

Inscrições
As inscrições para concorrer na segunda edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento começam a partir de maio deste ano. Estarão aptas a concorrer as reportagens publicadas e/ou veiculadas no período de 01 de maio de 2011 até 30 de abril de 2012.
Acompanhe as novidades no site: www.premioabdiasnascimento.org.br

segunda-feira, 26 de março de 2012

Maceió: Na sexta-feira tem show do Gilberto Gil

Globo ajuda BBB expulso do reality show a restituir imagem

Livre do inquérito policial em que era investigado por crime sexual no "BBB 12", o ex-BBB Daniel Echaniz inicia agora um conjunto de ações para a restituição de sua imagem, com a ajuda da Globo.

A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta segunda-feira (26).

A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

 
Segundo a advogada do modelo, Elizeth Mello, seu cliente ainda não decidiu se vai processar a emissora.
"Primeiro vamos encerrar o caso da Justiça, pegar o passaporte dele, que foi apreendido pela polícia, para depois darmos um novo passo", diz ela. "É óbvio que ele teve um prejuízo enorme. Daniel é modelo internacional", continua. "Ele agora vai entrar em um processo de restituição de imagem. A Globo acordou com ele que vai ajudá-lo nisso, com participações em programas, entrevistas..."

Daniel foi afastado do "BBB 12" em janeiro, acusado de crime sexual envolvendo a participante Monique Amin. Na semana passada, o inquérito policial do caso foi arquivado.

Assim como os outros integrantes do "BBB 12", Daniel tem contrato com a Globo por seis meses e segue recebendo salário.

Procurada, a emissora diz que sempre houve um interesse natural dos programas em falar com Daniel, como acontece com todos os participantes do "BBB". E que, a partir do arquivamento do inquérito, essas entrevistas estão sendo feitas.



Frederico Rozário-12.jan.2012/TV Globo
Daniel terá ajuda da Globo
Daniel terá ajuda da Globo

quarta-feira, 21 de março de 2012

Aniversário da Seppir terá cobertura on line direta do seminário sobre eleições municipais e igualdade racial

Debate acontece hoje e terá cobertura on line pelo link: http://portal.mec.gov.br/seppirvconf/transmissao

No dia em que completa nove anos (21 de março), a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) promove o Seminário Eleições Municipais e Igualdade Racial. A ideia é discutir com lideranças de partidos políticos a necessidade de observação da diversidade étnico-racial nos processos eleitorais, sobretudo na composição de candidaturas para as próximas eleições municipais, conforme proposto no Estatuto da Igualdade Racial.

O debate acontece na sede do Tribunal Superior Eleitoral (STE) e será precedido de exposição do presidente do IBD - Instituto Brasileiro da Diversidade, Hélio Santos, que é doutor em Administração pela Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP). Além de dirigentes de partidos políticos, o seminário contará com a participação de lideranças do movimento social e representantes de instituições públicas.

Segundo a Ministra da Seppir, Luiza Bairros, o seminário ganha ainda maior relevância porque este ano acontece a primeira eleição municipal sob a vigência do Estatuto da Igualdade Racial, instituído pela Lei 12.288 de julho de 2010. Isso torna o debate de extrema importância para a democratização das eleições nos 5.565 municípios brasileiros.

"A partir dos municípios, o Brasil poderá assegurar ações que tornem efetivas as políticas e garantias definidas no Estatuto, em especial o princípio da ação afirmativa", declara a ministra, referindo-se à atitude dos partidos políticos para garantir a diversidade étnico-racial nas suas candidaturas. Outra iniciativa fundamental diz respeito à inclusão do quesito raça/cor nas fichas eleitorais. Sabe-se da baixa representatividade da população negra nos espaços de poder político, porém poucas são as informações sistemáticas sobre esses percentuais.

A União de Negros pela Igualdade (Unegro) fez um levantamento sobre a sub-representação negra no Legislativo brasileiro, que acusa a existência de apenas 43 deputados federais auto-declarados negros. Ou seja, 8,4% do total de 513 parlamentares, num país onde o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou mais de 50% da população auto-declarada negra ou parda.

Ainda segundo a Unegro, há sete Estados sem negros em suas Assembleias Legislativas (Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas e Mato Grosso do Sul). "Daí a importância do engajamento partidário que, no processo eleitoral, poderá fazer avançar o cumprimento do Estatuto, essencial à democracia e à superação das desigualdades raciais - o núcleo mais resistente das nossas desigualdades", conclui a ministra.

Shaperville
Não por acaso, o seminário ocorre em 21 de março, quando a Seppir completa nove anos de sua instituição e é o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Este último instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em referência ao massacre de Shaperville.

Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20 mil pessoas protestavam contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão com os locais por onde era permitida sua circulação. Apesar de tratar-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo contra a multidão, resultando em 69 mortos e 186 feridos.

Programação
15h Debate sobre o tema: O Estatuto da Igualdade Racial e as Eleições Municipais.
Exposição de Hélio Santos, Doutor em Administração FEA/USP. Presidente do IBV - Instituto Brasileiro da Diversidade.
Debatedores: dirigentes de partidos políticos.
18h Performance Musical de Inaicyra Falcão, cantora lírica das tradições africano-brasileiras.

Serviço
Dia: 21 de março de 2012
Local: Tribunal Superior Eleitoral - SAFS, Quadra 7, lotes 1/2, ao lado do TST
Contato informações: (61) 2025-7041
Confirme sua presença pelo e-mail rita.cardoso@planalto.gov.br


Fonte: Seppir - Coordenação de Comunicação

Palmares celebrará Dia de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial no Rio de Janeiro

Por Daiane Souza

Na data em que se celebra o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março, a Fundação Cultural Palmares (FCP) realizará, no Rio de Janeiro, ato para relembrar um dos maiores crimes contra negros da história: o Massacre de Shaperville. A data que homenageia 69 sul-africanos assassinados pela polícia de Joanesburgo, em 1960, tornou-se marco na história mundial proporcionando o fim do apartheid.

De acordo com o presidente da FCP, Eloi Ferreira de Araujo, o ato é uma forma de comemorar do Dia de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em praça pública, onde o povo está. “Assim estamos dando a dimensão que o Estatuto da Igualdade Racial dispõe para a eliminação das desigualdades entre negros e não negros, ainda presentes em nosso país”, destaca.

O evento conta com o apoio da Superintendência de Igualdade Racial (Supir-RJ), a Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Cepir- RJ), Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine) e do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Rio de Janeiro (Comdedine-RJ).

A atividade agendada para as 16 horas terá na programação, além do pronunciamento do presidente da FCP e dos presidentes das instituições apoiadoras, apresentação de jongo, afoxé, roda de capoeira, além de degustação de comida afro. O encerramento será marcado pela lavagem da entrada do Palácio Gustavo Capanema, com água de cheiro, pelas baianas para trazer muito Axé ao MinC e a Fundação Palmares.

Massacre de Shaperville – Era 21 de março de 1960, quando ocorreu no bairro de Sharpeville, na África do Sul, um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a todos os não-brancos do país a usarem uma caderneta. No documento constava a cor, etnia e profissão de cada negro, sua situação na receita federal e restringia o acesso aos bairros brancos da cidade.

A manifestação reuniu vinte mil manifestantes na cidade localizada em Johannesburg. Tratava-se de um protesto pacífico, mas mesmo assim a polícia sul-africana o conteve com rajadas de metralhadora deixando 180 pessoas feridas e 69 mortos. Em 1976, a Organização das Nações Unidas oficializou a data como memória tornando-a Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

Serviço:
O que: Ato pelo Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
Quando: 21 de março, às 16h
Onde: Palácio Gustavo Capanema
Endereço: Rua da Imprensa, 16 – Centro do Rio de Janeiro – RJ


Fonte: Ascom - Fundação Cultural Palmares

terça-feira, 20 de março de 2012

APNs 30 anos

Por: Helciane Angélica


Na última sexta-feira (16.03), ocorreu no auditório do Museu Afro Brasil em São Paulo, a solenidade de abertura do Ano Celebrativo pelos 30 anos de atuação dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs). A entidade nacional é vinculada ao Movimento Negro, tem como lema “conscientização, organização, fé e luta”, e, encontra-se presente em 12 estados, espalhados em todas as regiões do país.

Na solenidade, tiveram vários pronunciamentos, apresentações culturais com o Grupo Conexão Dançar África Brasil e do Centro Franciscano; foi exibido o vídeo sobre a trajetória dos APNs; o vídeo de apresentação sobre o Estado de Alagoas que encerrará as atividades comemorativas; teve ainda, o lançamento da logomarca dos 30 Anos e o blog oficial do evento: www.apns30anos.blogspot.com.

Estiveram presentes representantes dos estados de Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e do interior de São Paulo, além de gestores locais, parlamentares e entidades como: União de Negros pela Igualdade (Unegro), Fala Negão, Quilombohoje, Negra sim, Feira Preta, Educafro, Instituto do Negro Padre Batista, Central Única dos Trabalhadores e o Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra em São Paulo.

De acordo com Nuno Coelho, Coordenador Nacional dos APNs, “esse é um momento especial, de celebração e valorização da trajetória da entidade, que também é vista como uma grande família em prol de políticas públicas nas questões étnicorraciais, pela igualdade de gêneros, no combate do racismo e da intolerância religiosa”.

Durante todo o ano de 2012, os mocambos (núcleos de base) dos APNs farão várias atividades preparatórias e de mobilização para a grande festa que ocorrerá de 13 a 17 de março em 2013, nas cidades alagoanas de Maceió e União dos Palmares, que terá uma vasta programação sócio-cultural. Acompanhe outras informações: www.apnsbrasil.org.


Convidados especiais

Na cerimônia de lançamento do Ano Celebrativo dos 30 anos dos APNs, esteve uma forte delegação alagoana, que prestigiou a solenidade e aproveitou para divulgar os atrativos do Estado que sediará as comemorações em 2013. Na foto, da esquerda para a direita: Nuno Coelho, Coordenador Nacional APNs; Valdice Gomes (Cojira-AL); Marcelo Nascimento (Secretário Adjunto da Semed); Helciane Angélica (Coordenadora Estadual dos APNs-AL); Allex Porfírio (Anajô/APNs); Clébio Araújo (Vice-Reitor da Uneal); Claudia Pessôa (Secretária de Turismo de Maceió); Agda Cristina (Maceió Convention); e o Deputado Federal Vicentinho (PT-SP).


Fonte: Coluna Axé - nº193 - Jornal Tribuna Independente  (20.03.12) 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Sociedade civil cria comitê do FNDC em Alagoas

Entidades representativas da sociedade civil que lutam pela democratização da comunicação em Alagoas realizam nesta quarta-feira 14, a partir das 18hs, no Teatro do Sindicato dos Bancários, o Seminário de fundação do Comitê Local do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC-AL). O evento terá a participação de José Luiz Soter, secretário geral do FNDC, e de Paulo Vitor, integrante do Coletivo Intervozes.

O FNDC surgiu em julho de 1991, como movimento social e transformou-se em entidade constituída em 20/8/1995. Mas sua história começou ainda em 1984 com a criação da Frente Nacional por Políticas Democráticas de Comunicação (FNPDC). O objetivo do Fórum é mobilizar os setores organizados da sociedade para fazer frente à dimensão estratégica da área das comunicações na contemporaneidade.

Também visa estabelecer novas relações entre o Estado, o setor privado e a sociedade civil, no que se refere à estruturação dos sistemas de comunicações e na definição dos conteúdos veiculados e do papel cultural, político e econômico desempenhado pelos meios de comunicação.

A criação do comitê FNDC-Alagoas foi uma das propostas aprovadas na etapa estadual da I Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), realizada em outubro de 2009. O seminário de fundação é uma iniciativa da Comissão Pró-Comitê FNDC-AL, que tem em sua composição as seguintes entidades: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal), CUT-AL, Sindicato dos Bancários, Intervozes, Conselho Regional de Psicologia (CRP-15), Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP-AL), Diretório Acadêmico Freitas Neto (DAFN/Ufal), Centro Acadêmico Graciliano Ramos (CAGR/Cesmac), Famecal, Ibesac (Instituto Bem Querer de Arte e Cultura); Sinteal e Rádio Comunitária Salomé.

Fonte: Sindjornal

terça-feira, 13 de março de 2012

X Igbá

Por: Helciane Angélica - Com informações da Organização do evento


Alagoas sedia nos dias 19, 21 e 23 de março o X Ígbà-Seminário Afro-Internacional: Im/Ex-pressão Afrodescendente nas Américas, uma iniciativa continuada do Projeto Raízes de Áfricas, com o apoio institucional do Governo Federal e do Governo do Estado de Alagoas, além de parceiros importantes como: a Fundação Cultural Palmares, Secretaria de Promoção das Políticas para Promoção da Igualdade Racial, Ministério de Educação, através da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Secretaria de Estado da Mulher da Cidadania e dos Direitos Humanos, dentre outros.

Pretende reunir personalidades nacionais e internacionais com o objetivo de estabelecer um diálogo de ideias, a partir das impressões e expressões, de países das Américas, sobre a capilaridade das políticas de direitos humanos; contribuir como atores institucionais para a construção de possibilidades para interpretar e afirmar os direitos civis e sociais das diversidades de grupos étnicos, enfatizando as populações afrodescendentes e sob a ótica de gênero.

Na programação consta: no dia 19 de março, Teatro Abelardo Lopes/SESI- Galeria Arte Center na Pajuçara, terá o IV Festival Alagoano das Palavras Pretas “Asè à Mulher Negra!” e o lançamento da exposição fotográfica Yalodê” – que na língua africana yorubá quer dizer “mulher poderosa” – com imagens de mulheres negras registradas por Nana Barros, Camila Braga e Lucciana Fonseca, estudantes de Jornalismo do Centro Universitário Cesmac. No dia 21 de março, em celebração ao Dia Internacional contra a Discriminação Racial acontece o X Ígbà-Seminário de Conversas Afro-Internacionais com vários temas, além da apresentação do nome de Abdias Nascimento para o Livro de Aço dos Heróis Nacionais e lançamento do Troféu Nacional Erí-okan – uma homenagem a Abdias Nascimento; e no dia 23, terá o Orikì a Abdias Nascimento.

Para participar, deve-se enviar a ficha de inscrição e pagar a taxa de participação de R$10 (dez reais). É aberto para todos os públicos e tem certificado com 20 horas. Saiba mais no blog: www.cadaminuto.com.br/blog/raizes-da-africa ou pelos telefones 8827-3656 / 3231-4201.

Fonte: Coluna Axé - nº192 - Tribuna Independente (13.03.12) 

segunda-feira, 12 de março de 2012

10 mulheres negras ativistas de destaque no Brasil

Por: Hernani Francisco da Silva – Afrokut

Sabemos que existem muitas mulheres negras brasileiras que contribuem para uma sociedade mais democrática, mais justa e igualitária. Aqui fiz uma lista das 10 mulheres negras que conheço e acredito que são ativistas de destaque no Brasil. Elas fundaram organizações, ou estão à frente de organizações e são mulheres incansáveis, verdadeiras guerreiras, as quais faço referência nesta lista:

Sueli Carneiro

"Uma das maiores intelectuais do Brasil contemporâneo".

Sueli Carneiro, uma das ativistas mais importantes do movimento negro brasileiro e uma das fundadoras do Geledés - Instituto da Mulher Negra, primeira organização negra e feminista independente, que defende os direitos das mulheres negras no Brasil e desenvolve propostas de políticas públicas que promovam a eqüidade de gênero e raça.

A empreendedora Sueli Carneiro é feminista e intelectual. Doutora em educação pela USP tem destacado papel na ação política do Movimento Negro onde é reconhecida no Brasil e no exterior.

Alzira Rufino

"Atuante no Movimento Negro e no Movimento de Mulheres Negras"

Alzira Rufino é uma ativista política atuante no Movimento Negro e no Movimento de Mulheres Negras. Em 1986, fundou o Coletivo de Mulheres Negras da Baixada Santista, um dos mais antigos grupos de mulheres negras do Brasil. Em 1990, fundou a Casa de Cultura da Mulher Negra (CCMN).

Alzira é graduada em Enfermagem, Iyalorixá, poeta e presidente da Casa de Cultura da Mulher Negra. Tem publicado artigos em jornais e revistas brasileiras e do exterior. Ganhou diversos prêmios de poesia em nível local e nacional e tem publicações de poesia, ficção e ensaios.

Cida Bento

"Em sua luta para assegurar os direitos da população negra"

Maria Aparecida Silva Bento, foi uma das fundadoras do Centro de Estudos das Relações do Trabalho e da Desigualdade (Ceert), que tem por objetivo conjugar pesquisa e produção de conhecimento para a implementação de programas institucionais de promoção da igualdade racial e de gênero.

Cida Bento, como é conhecida, se formou em psicologia, na década de 1980, decidiu se engajar na luta contra o preconceito racial no espaço de trabalho e fundou o Ceert, para promover estudos e ações com vistas à igualdade de raça e de gênero. Com uma atuação de abrangência nacional, já obteve importantes vitórias em vários tribunais do país em sua luta para assegurar os direitos da população negra.

Vera Roberto

"Uma releitura da Bíblia, através de uma visão de negritude".

Vera Maria Roberto, é Coordenadora da Pastoral de Negritude do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI - Região Brasil) e membro do Grupo de Referência da Pastoral de Negritude Latino-Americana e Caribenha do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI). Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, especialista em Saúde Pública/Saúde Coletiva pela Universidade Federal de São Paulo e graduada em Educação Física pela Universidade Mogiana de Educação e Cultura. Membro da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.

Fezinha

"Reflexões bíblicas e teológicas, com consciência étnica e de gênero".

Maria da Fé da Silva Viana (Fezinha), Coordenadora da Pastoral de Combate ao Racismo da Igreja Metodista e do Fórum Permanente de Mulheres Negras Cristãs.

Empenhada na busca de uma sociedade mais justa e fraterna. Fezinha é educadora, ativista do movimento negro e membro da Igreja Metodista de Fonte Carioca.

Laina Crisóstomo

"Mulher, negra, feminista e evangélica"

Fundadora da Pastoral Negra Protestante Divino Mestre, membro da Coordenação Nacional de Entidades Negras(CONEN) e Coletivo Pensar Negro.

É Bacharel em Direito pela UCSal, Pós graduanda em Gestão Pública pela FTC.

Laina é militante do movimento negro, de mulheres e evangélica da Igreja Batista Aliança do Salvador.

Diná da Silva

"A construção de uma igreja que contemple a diversidade étnico-racial".

Diná da Silva Branchini - e coordenadora do Ministério AA-AFRO-3RE, da Igreja Metodista.

Graduada em Serviço Social, é Muiscoterapeuta e Mestre em Ciências da Religião, na área de ciências sociais.

Diná é referencia da Pastoral Nacional de Combate ao Racismo da Igreja Metodista.

Jurema Werneck

"Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra"

Jurema Werneck, coordenadora da Ong Criola, que atua em defesa dos Direitos de Mulheres Negras.

Ela é integrante do Conselho Nacional de Saúde, é médica e passou a ter na sua história de militância pró-saúde pública, o fato de ser a primeira mulher negra a coordenar uma Conferência Nacional de Saúde.

Eliane Cavalleiro

"O conhecimento é a arma que dispomos para lutar pela defesa de nossa história".

Eliane dos Santos Cavalheiro é Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da USP, 2003 – coordenadora executiva de Geledés – Instituto da Mulher Negra, de 2001 a 2004; coordenadora de Diversidade da SECAD/MEC, de 2004 a 2006; ex-professora adjunta da Faculdade de Educação da UNB – de 2006 a fev/2010; presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores negros, de 2008 a jul/2010, é cidadã brasileira, que luta para que seus netos e bisnetos e demais gerações tenham o direito a uma verdadeira educação anti-racista.

Adriana Barbosa

"Eu respiro cultura negra"

Adriana Barbosa é empreendedora social, graduada em gestão de eventos com especialização em arte e cultura pela USP (ECA).

Criou a Feira Preta para estimular o empreendedorismo étnico por meio de capacitações em temas relacionados à gestão de negócio. Adriana atua nesse segmento de mercado e dar visibilidade às contribuições culturais e econômicas da população negra.

Ela luta todos os dias para que todos reconheçam o valor da cultura afro-brasileira.

Se você conhece outras mulheres negras ativistas de destaque no Brasil, que criaram organizações ou estão à frente de organizações negras, e queira acrescentar nesta lista sua colaboração será muito bem-vinda.



Referências:

http://portaldoarruda.blogspot.com/2011/06/sueli-carneiro-filosofa-...
http://www.ashoka.org.br/blog/2009/10/25/maria-aparecida-silva-bento/
www.geledes.org.br
www.feirapreta.com.br
www.metodista.org.br
www.claibrasil.org.br
pastoralnegraprotestante.blogspot.com/
www.ceert.org.br
www.casadeculturadamulhernegra.org.br
www.criola.org.br/
www.feirapreta.com.br
www.ciranda.net/auteur/eliane-cavalleiro

Fonte: Afroku

Quilombolas se reúnem em Brasília para I Seminário de Ater Quilombola

A Seppir é parceira da atividade, que tem como objetivo discutir o documento base da 1° Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária


Cerca de 50 lideranças quilombolas nacionais, além de técnicos das empresas estaduais de assistência técnica rural, participarão do 1° Seminário Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para Quilombolas, que será promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) entre os dias 12 e 14 de março. O evento acontecerá no Centro de Convenções Israel Pinheiro e integra a agenda de mobilização para a 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (1ª CNATER).

De acordo com o diretor para Povos e Comunidades Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira, o seminário tem como objetivo central discutir o documento base da 1° CNATER, que foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), vinculado ao MDA. “Será feito um debate a partir dos eixos que estão colocados neste documento para formular e propor diretrizes nacionais para as políticas públicas de assistência técnica e extensão rural”, afirmou.

Cerqueira explica que, diferentemente das conferências regionais de Ater, o encontro temático não elegerá delegado ou representante para a CNATER, mas é uma atividade preparatória que busca ampliar a participação e aprofundar o processo de discussão da Política Nacional de Ater (PNATER) para os quilombolas, considerando suas especificidades étnicas, culturais e territoriais. “A Ater para as comunidades quilombolas tem um papel importante e de destaque na medida em que há uma integração entre os agentes que prestam esse serviço e as famílias e comunidades que estão sendo contempladas”, destacou o diretor.

Edmilton Cerqueira explica que a 1ª CNATER terá como base os seguintes eixos temáticos: Ater para o Desenvolvimento Rural Sustentável; Ater para a Diversidade da Agricultura Familiar e a Redução das Desigualdades; Ater e Políticas Públicas; Gestão, Financiamento, Demanda e Oferta de Serviços de Ater, e Metodologia de Ater – Abordagens de Extensão Rural. “Esses cinco eixos serão debatidos no 1° Seminário Nacional de Ater Quilombola e em todos os eventos que antecedem a conferência”, destacou.

A construção participativa, com enfoque na cidadania e na democratização das políticas públicas, também é salientada pelo diretor. “As atividades preparatórias para a CNATER incentivam a contribuição das comunidades quilombolas nos processos decisórios, reforçando a identidade territorial”, observa.

Cerqueira reforçou ainda a Chamada Pública nº 003/2011 – Projeto Quilombola, do Plano Brasil Sem Miséria, por meio da qual foram contratadas cinco entidades para atender a 4,8 mil famílias de 39 comunidades quilombolas nos municípios de Francisco Sá (MG), Pai Pedro (MG), Jaíba (MG), Porteirinha (MG), Catuti (MG), Janaúba (MG), Monte Azul (MG), Conceição da Barra (ES), São Mateus (ES), Santarém (PA), Bom Conselho (PE), Campo Formoso (BA) e Alcântara (MA).

Integrante do Plano Brasil Sem Miséria, esta chamada de Ater firma o compromisso de levar cidadania a comunidades quilombolas em situação de vulnerabilidade social. “É preciso manter o respeito à autonomia e à história das comunidades, pois existe um processo de oralidade muito profundo e intenso em sua construção. Estas comunidades são fruto de um processo de luta do povo negro no Brasil, que foi escravizado por séculos, e não se pode desvirtuá-las”, completou Edmilton.

Além do MDA, a realização do seminário tem a parceria dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e da Saúde (MS), da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Fundação Cultural Palmares (FCP), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), do e da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conaq).

“A Seppir é um parceiro importante em todo esse processo, já que foi o órgão articulador para a constituição dessa chamada de Ater 003/2011 para Quilombolas, na discussão de quais estados e municípios, e ainda no estabelecimento de metodologias e estratégias de trabalho com relação a esse público”, declara a gerente de Projetos da Secretaria da Comunidades Tradicionais (Secomt), da Seppir.

1ª CNATER
A 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (1ª CNATER) acontece de 23 a 26 de abril de 2012, em Brasília, e vai abordar os eixos: Ater para o Desenvolvimento Rural Sustentável; Ater para a Diversidade da Agricultura Familiar e a Redução das Desigualdades; Ater e as Políticas Públicas; Gestão, Financiamento, Demanda e Oferta dos Serviços de Ater e Metodologia de Ater.

A partir da conferência, serão propostas diretrizes, prioridades e estratégias para o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pronater), tendo como referência a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) e em atendimento à Lei nº. 12.188 de 11 de janeiro de 2010, a Lei de Ater.

A realização da 1ª CNATER está sendo precedida por conferências estaduais, podendo ser realizadas conferências municipais, territoriais e eventos temáticos. Nas conferências estaduais serão elaborados relatórios que devem destacar as contribuições ao documento base estadual, que é entregue à Comissão Executiva Nacional.

“As conferências permitem ao governo federal, por meio do MDA, ouvir os diversos atores do processo e, a partir daí, construir instrumentos que vão qualificar esse serviço tão importante para que as famílias acessem as políticas públicas, para que ocorra a inovação tecnológica no campo, propiciando que essas famílias tenham mais renda e vivam melhor”, enfatiza o diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Argileu Martins.

Participarão do evento nacional delegados, convidados e observadores, entre eles representantes da sociedade civil (75% representação de agricultores familiares e assentados da reforma agrária e 25% representações de entidades não governamentais executoras de serviços de Ater); além de representantes do governo, de entidades governamentais executoras de serviços de Ater e de órgãos públicos dos poderes executivo, legislativo e judiciário das esferas estadual e municipal.

Fonte: Assessoria de Comunicação do MDA

domingo, 11 de março de 2012

Salário das mulheres permanece 28% inferior aos dos homens nos últimos três anos

O estudo Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas, que o IBGE divulga hoje em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, tem como objetivo apresentar um panorama da mulher no mercado de trabalho. Ele revela que o rendimento das mulheres continuou inferior ao dos homens. Em 2011, elas recebiam, em média, 72,3% do salário masculino, proporção que se mantém inalterada desde 2009.
Por outro lado, a jornada de trabalho das mulheres é inferior à dos homens. Em 2011, as mulheres trabalharam, em média, 39,2 horas semanais, contra 43,4 horas dos homens, uma diferença de 4,2 horas. Entretanto, 4,8% das que estavam ocupadas em 2011 gostariam de aumentar sua jornada semanal.
A presença feminina foi maioria na administração pública (22,6% contra 10,5% de homens) em 2011. As atividades que mais absorveram mão de obra feminina em relação a 2003 foram o comércio (de 38,2% para 42,6%) e os serviços prestados às empresas (de 37,3% para 42,0%). Nos serviços domésticos, mesmo que a população ocupada esteja diminuindo (de 7,6% em 2003 para 6,9% em 2011), ainda predomina neste setor a mão de obra feminina (94,8%), percentual idêntico ao registrado em 2003.
Apesar das diferenças entre os sexos permanecerem, o levantamento constatou também que o desnível de inserção entre homens e mulheres foi reduzido em 2011, com as mulheres aumentando sua participação em todas as formas de ocupação. Em 2003, por exemplo, a proporção de homens com carteira assinada no setor privado era de 62,3%, enquanto a das mulheres era de 37,7%, uma diferença de 24,7 pontos percentuais. No ano passado, essas proporções foram de 59,6% e de 40,4%, fazendo com que essa diferença diminuísse para 19,1 pontos percentuais. Porém, o maior crescimento de participação feminina foi observado no emprego sem carteira no setor privado (36,5% em 2003 para 40,5% em 2011).
Estas e outras informações sobre a mulher no mercado de trabalho estão na publicação completa, que pode ser acessada na página 
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf
Mulheres são maioria na população, mas estão em desvantagem no trabalho
Apesar de 53,7% da população brasileira com 10 anos ou mais (idade ativa) ser constituída por mulheres, em 2011 elas ainda estavam em menor número entre a população ocupada (45,4%). Em relação a 2003, houve um crescimento de 2,4 pontos percentuais (43,0%) na população ocupada feminina.
A presença das mulheres também era majoritária na população desocupada (57,9% contra 42,1% de homens) e na população não economicamente ativa (63,9% contra 36,1% dos homens) em 2011. Em média, elas totalizavam 11,0 milhões de pessoas na força de trabalho, sendo 10,2 milhões ocupadas e 825 mil desocupadas. Na inatividade, o contingente feminino era de 11,5 milhões. Na comparação com 2003, o crescimento da participação das mulheres na população economicamente ativa foi de 1,8 ponto percentual (de 44,4% em 2003 para 46,1% em 2011).
Entre as mulheres pretas e pardas a taxa de desocupação caiu de 18,2% em 2003 para 9,1% em 2011. Entre as brancas, o indicador teve redução de 13,1% em 2003 para 6,1% no ano passado.
Especial sobre o Dia Internacional da Mulher traz informações e entrevistas
Também em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o IBGE disponibiliza no seu site, na seção voltada para o público jovem (IBGE Teen), um material especial sobre a data.
Além de diversas informações atualizadas sobre as mulheres, selecionadas em diversas pesquisas do instituto, há entrevistas com mulheres de destaque – inclusive a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar -, uma galeria sobre mulheres que fizeram história (dividida nos temas política e governo; ação social e religiosa; lutas feministas e direitos sociais; esportes; e arte e cultura) e um link com um pequeno resumo sobre cada uma das ministras brasileiras.

Fonte: IBGE (08.03.12)

quinta-feira, 8 de março de 2012

Socióloga analisa conquistas e desafios da mulher contemporânea

Professora Ruth Vasconcelos afirma que luta pela igualdade entre os sexos no Brasil cometeu alguns equívocos
Por: Diana Monteiro – jornalista

Mundialmente comemora-se nesta quinta-feira, 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Falando sobre a data e o seu significado social, a professora e socióloga Ruth Vasconcelos, do Instituto de Ciências Sociais (ICS), considera importante a comemoração pelas inúmeras conquistas profissionais e afetivas que as mulheres vivenciaram nas últimas décadas. Mas, é de opinião que a luta pela defesa da igualdade entre homens e mulheres no Brasil, na década de 60, cometeu alguns equívocos em nome da tão sonhada igualdade.
“No início, o movimento feminista assumiu algumas posturas de radicalização na luta pela igualdade entre homens e mulheres, sugerindo até uma postura de ‘guerra entre os sexos’. Nesse processo, algumas mulheres sentiam, equivocadamente, que para afirmar os seus direitos, precisavam destituir os homens de suas vidas”, enfatiza Ruth Vasconcelos.
A socióloga explica que o que iguala os dois gêneros é o fato de viverem sob a mesma condição humana, marcada pela finitude, incompletude e insuficiência. “Nesses termos, o desafio da existência está posto para todos. Tanto homens quanto mulheres precisam produzir e inventar a vida todos os dias. Se conseguirmos estabelecer um laço de respeito e reciprocidade entre os dois, produzindo a vida sem disputas entre os sexos, certamente sairemos engrandecidos como seres humanos”, declara.
Racionalidade, sabedoria e realização
A professora Ruth Vasconcelos enfatiza que para se afirmar enquanto mulher não é necessário negar seu campo de realização no trabalho. “Podemos viver e usufruir as conquistas feministas no espaço profissional sem negar que também nos realizamos e nos preenchemos exercendo nosso papel de mãe, de filha, de companheira, de amiga, etc. Anular nossas possibilidades amorosas e afetivas como um gesto de autoafirmação é uma tolice sem tamanho”, diz.
Segundo a socióloga, histórica e culturalmente, a figura masculina tem sido associada a posturas marcadas pela objetividade, frieza racional e dureza nas decisões. De forma equivocada, algumas mulheres passam a assumir essas posturas para serem reconhecidas. “Não podemos confundir nossa inserção no mercado de trabalho com a meta de nos igualarmos aos homens naquilo que os coloca numa posição de objetividade, frieza e dureza racional. Essa exigência tem criado impasses subjetivos e angústias desnecessárias ao universo feminino”, acrescenta.
Em relação à importância de as mulheres assumirem posições de poder em nossa sociedade, Ruth enfatiza que elas são capazes de exercer o poder com sensibilidade e delicadeza, sem que isso implique perder a capacidade crítica, a determinação e a agilidade nas decisões. “Podemos ser simultaneamente racionais e emotivas; o importante é não negar a nossa possibilidade amorosa, em qualquer situação, seja no espaço público ou privado”, complementa.
Avanços e desafio
Ruth Vasconcelos diz que a criação da Lei Maria da Penha, na década de 90, é prova de que apesar das mulheres terem colecionado muitas conquistas ao longo desses anos, continuam sendo vítimas de violência, preconceito e discriminação. “A violência contra a mulher ainda ocorre, porque a sociedade mantém traços culturais machistas e autoritários, por isso a necessidade de criação de uma lei dessa natureza”, declara a professora.
Ela considera que o grande desafio é a garantia de uma nova cultura política que reconheça as diferenças entre os dois sexos. Citando como mudança histórica nas relações de gênero o casamento entre pessoas do mesmo sexo, com possibilidade de adoção de filho ou mesmo concepção in vitro, Ruth enfatiza que essas novas composições colocam exigências e desafios na contemporaneidade.
Ela finaliza dizendo que o fundamental é a sociedade ficar vigilante em relação aos princípios e valores humanitários que são imprescindíveis para que essas transformações ocorridas nas relações de gênero possam efetivamente significar um avanço civilizacional. “O tempo é de comemoração! Nesse dia 8 de março precisamos comemorar a condição de ser mulher nesse mundo que se complexificou, diversificou-se e se ampliou, alargando, assim, as possibilidades de encontros, de construções e de realizações de homens e mulheres em suas relações sociais e interpessoais”, concluiu Ruth Vasconcelos, homenageando homens e mulheres.
Fonte: Ufal

EM HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER O PROJETO "FORA DE PAUTA" ENTREVISTA VALDICE GOMES




Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher o projeto "Fora de Pauta" entrevista Valdice Gomes. Na ocasião, teremos uma atração musical para homenagear todas as mulheres, nesta data tão especial. O projeto acontece sempre às quintas-feiras, no Barroco Comedoria localizado no Jaraguá, a partir das 20h30.

Valdice Gomes nasceu na capital alagoana. De origem humilde, é a caçula de nove filhos. Sua mãe foi dona de casa e o pai trabalhou como vigilante e carroceiro. Iniciou no jornalismo em 1979, exerceu a função de revisora na revista Última Palavra e nos jornais Tribuna de Alagoas e Gazeta de Alagoas. Ainda na Gazeta de Alagoas foi repórter da editoria geral, pauteira e chefe de reportagem. Na área da assessoria de imprensa prestou serviços à Secretaria Municipal de Saúde de Maceió e ao Fundo de Microcrédito do Governo do Estado (Funcred).

É a segunda mulher e a primeira negra a assumir a presidência do Sindicato de Jornalistas Profissionais de Alagoas. Atualmente, encontra-se no seu segundo mandato a frente do Sindjornal. Também representa a Comissão Nacional de Jornalistas pela igualdade racial (Conjira/Fenaj) no Conselho Nacional de Políticas para Igualdade Racial (Cnpir/Seppir) e faz parte do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, entidade vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs).


VISITE NOSSO BLOG: www.foradepauta-ma.blogspot.com

terça-feira, 6 de março de 2012

Mulher

Por: Helciane Angélica - com informações dos organizadores


No dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher, mais uma data para fortalecer o direito de oportunidade iguais e respeito entre os sexos; denunciar os casos de violência e opressão que as mulheres sofrem cotidianamente; e celebrar as conquistas femininas ao longo desses anos, a exemplo: os 80 anos pelo direito feminino ao voto; Lei Maria da Penha; crescimento da formação acadêmica; e atuação em espaços de poder.

A programação do Estado de Alagoas será bem extensa durante todo o mês de março. Destacamos aqui a palestra “Mulher e Diversidade em suas relações de Gênero, Sexualidade, Deficiências, Trabalho e Etnia” que ocorrerá amanhã (07), das 8h30 às 11h30, no Auditório Paulo Freire/SEMED. O seminário “No amor... Bater???” Só se for o coração” na quinta-feira (08) às 9h, no auditório da OAB em Maceió.

A Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT Alagoas convida as entidades filiadas para participarem do ato público no calçadão do comércio (em frente ao antigo PRODUBAN), a partir das 08h, com panfletagem e diálogo com a sociedade, inclusive, pode levar materiais de divulgação e suas bandeiras de lutas. Também terá o seminário “Segurança Pública ” Sindicato dos Bancários com palestras, debates e exibição de vídeos. A abertura acontecerá às 19 h no dia 08, e na sexta-feira, a programação continua das 08h às 12h e das 14h às 18h.

Na terça-feira (13) às 8h30, no Memorial à República, terá a Ação de Cidadania para as mulheres do Axé; e o Mutirão de Esclarecimento da Lei Maria da Penha na Vila dos Pescadores do Jaraguá às 16h. Tem ainda a solenidade de entrega da Comenda Nise da Silveira no dia 20 de março, no Teatro Deodoro. No dia 28, o Seminário Gênero e Diversidade na Escola: Desafios e Perspectivas, das 08h30 às 17h, no Teatro Linda Mascarenhas.

E a entrega da Comenda Selma Bandeira no dia 30 às 9h, na Câmara Municipal de Maceió. Acompanhe a programação completa no site da Secretaria Estadual da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos: www.mulherecidadania.al.gov.br.Vale a pena participar das atividades, compartilhar experiências, obter informações importantes e renovar a luta. Prestigie!


Fonte: Coluna Axé - nº191 - jornal Tribuna Independente (06.03.12)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Banda afro Mandela retorna as atividades

Por: Helciane Angélica

No domingo (03.03) ocorreu mais uma edição do ensaio aberto da Banda Afro Mandela na Praça Rayol localizado no bairro histórico do Jaraguá em Maceió. 

Tinha gente de todos os estilos: dançando, cantando e exaltando a cultura afro-brasileira. 

O grupo encontra-se em campanha para adquirir recursos financeiros para a estruturação e/ou doação de instrumentos. Os batuques acontecerão sempre no primeiro domingo de cada mês, e o próximo será no dia 1º de abril, a partir das 15h, no mesmo local. Apareça!


Contato: afromandela@hotmail.com

quinta-feira, 1 de março de 2012

Município lança Plano de Políticas Públicas da Cidadania LGBT

O lançamento do Plano Municipal de Políticas Públicas da Cidadania LGBT, criado pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), aconteceu na tarde desta terça-feira (28), no Hotel Radisson, na Pajuçara, durante a VII Reunião Ordinária do Conselho Nacional LGBT.

O evento, que foi presidido pelo Secretário-Executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e presidente nacional do movimento LGBT, Ramaís de Castro Silveira - representando a Ministra Maria do Rosário Nunes - contou com a presença de lideranças do movimento de todo o Brasil, além dos secretários municipais de Assistência Social, Francisco Araújo, e de Educação, Thomaz Beltrão, do secretário adjunto de Educação, Marcelo Nascimento, do secretário de Estado da Defesa Social, coronel Dário César, da secretária da Mulher, Kátia Born, vereadores e pessoas envolvidas com a causa.

O secretário Francisco Araújo ressaltou que o momento de apresentar o plano foi oportuno para demonstrar, de forma concreta, o compromisso do governo municipal com os direitos humanos. Ele agradeceu a sua equipe pelo empenho na elaboração do trabalho. “Com esta ação, mostramos que estamos bem intencionados, nos empenhando em realizar este trabalho, que é pioneiro no nosso Estado e pretende combater as desigualdade e garantir a execução de políticas públicas voltadas ao público LGBT”, afirmou.

Em seguida, a assessora técnica da Semas, Ana Pereira, apresentou o Plano de Ação, criado na perspectiva da garantia dos direitos do pleno exercício da cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais de Maceió, com foco no enfrentamento à discriminação da cidadania e na redução das desigualdades sociais. As ações serão articuladas entre o órgão e as demais secretarias municipais.

Segundo Thomaz Beltrão, apesar das dificuldades visíveis que o País enfrenta com assuntos relacionados ao tema discutido, o momento é de mais mobilidade social. “Tenho imensa satisfação em participar de uma reunião de extrema importância e acredito que, para superar o preconceito, deve existir perseverança. Quero me colocar à disposição da secretaria e cumprir todas as ações que a Semed pode realizar nas escolas”, disse.

A Semas atendeu a uma reivindicação do movimento LGBT, e coordenou a construção do plano, através da Coordenação de Promoção das Minorias Sociais e Diversidade Sexual. A iniciativa foi desenvolvida após instituir a Comissão Interinstitucional, através da portaria n°02/2012, publicada no Diário Oficial do Município no dia 2 de fevereiro de 2012.

Fonte: Secom Maceió