O estudo Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas, que o IBGE divulga hoje em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, tem como objetivo apresentar um panorama da mulher no mercado de trabalho. Ele revela que o rendimento das mulheres continuou inferior ao dos homens. Em 2011, elas recebiam, em média, 72,3% do salário masculino, proporção que se mantém inalterada desde 2009.
Por outro lado, a jornada de trabalho das mulheres é inferior à dos homens. Em 2011, as mulheres trabalharam, em média, 39,2 horas semanais, contra 43,4 horas dos homens, uma diferença de 4,2 horas. Entretanto, 4,8% das que estavam ocupadas em 2011 gostariam de aumentar sua jornada semanal.
A presença feminina foi maioria na administração pública (22,6% contra 10,5% de homens) em 2011. As atividades que mais absorveram mão de obra feminina em relação a 2003 foram o comércio (de 38,2% para 42,6%) e os serviços prestados às empresas (de 37,3% para 42,0%). Nos serviços domésticos, mesmo que a população ocupada esteja diminuindo (de 7,6% em 2003 para 6,9% em 2011), ainda predomina neste setor a mão de obra feminina (94,8%), percentual idêntico ao registrado em 2003.
Apesar das diferenças entre os sexos permanecerem, o levantamento constatou também que o desnível de inserção entre homens e mulheres foi reduzido em 2011, com as mulheres aumentando sua participação em todas as formas de ocupação. Em 2003, por exemplo, a proporção de homens com carteira assinada no setor privado era de 62,3%, enquanto a das mulheres era de 37,7%, uma diferença de 24,7 pontos percentuais. No ano passado, essas proporções foram de 59,6% e de 40,4%, fazendo com que essa diferença diminuísse para 19,1 pontos percentuais. Porém, o maior crescimento de participação feminina foi observado no emprego sem carteira no setor privado (36,5% em 2003 para 40,5% em 2011).
Estas e outras informações sobre a mulher no mercado de trabalho estão na publicação completa, que pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf
Mulheres são maioria na população, mas estão em desvantagem no trabalho
Apesar de 53,7% da população brasileira com 10 anos ou mais (idade ativa) ser constituída por mulheres, em 2011 elas ainda estavam em menor número entre a população ocupada (45,4%). Em relação a 2003, houve um crescimento de 2,4 pontos percentuais (43,0%) na população ocupada feminina.
A presença das mulheres também era majoritária na população desocupada (57,9% contra 42,1% de homens) e na população não economicamente ativa (63,9% contra 36,1% dos homens) em 2011. Em média, elas totalizavam 11,0 milhões de pessoas na força de trabalho, sendo 10,2 milhões ocupadas e 825 mil desocupadas. Na inatividade, o contingente feminino era de 11,5 milhões. Na comparação com 2003, o crescimento da participação das mulheres na população economicamente ativa foi de 1,8 ponto percentual (de 44,4% em 2003 para 46,1% em 2011).
Entre as mulheres pretas e pardas a taxa de desocupação caiu de 18,2% em 2003 para 9,1% em 2011. Entre as brancas, o indicador teve redução de 13,1% em 2003 para 6,1% no ano passado.
Especial sobre o Dia Internacional da Mulher traz informações e entrevistas
Também em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o IBGE disponibiliza no seu site, na seção voltada para o público jovem (IBGE Teen), um material especial sobre a data.
Além de diversas informações atualizadas sobre as mulheres, selecionadas em diversas pesquisas do instituto, há entrevistas com mulheres de destaque – inclusive a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar -, uma galeria sobre mulheres que fizeram história (dividida nos temas política e governo; ação social e religiosa; lutas feministas e direitos sociais; esportes; e arte e cultura) e um link com um pequeno resumo sobre cada uma das ministras brasileiras.
Esse especial pode ser acessado no link http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/mulher/diainternacional/index.htm.
Fonte: IBGE (08.03.12)
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