quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Último dia para a inscrição no Prêmio Jornalista Abdias Nascimento

Termina hoje (31.08) as inscrições para o Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. São R$35.000 distribuídos em sete categorias: Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Internet, Mídia Alternativa ou Comunitária, Fotografia e a Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros – onde cada vencedor(a) receberá a quantia de R$ 5 mil em uma cerimônia que acontecerá no Rio de Janeiro no mês de novembro.

Trata-se de uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio) vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, com o apoio da Oi, da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e do Centro de Informações das Nações Unidas (ONU), além do patrocínio da Fundação Ford e Fundação W. K. Kellogg.

Para se inscrever deve-se enviar pelo Sedex a reportagem, além da ficha específica de inscrição com dados pessoais, cópia do registro profissional, veículo, local, data da publicação, título e categoria - três cópias de cada material inscrito - para à Secretaria do Prêmio Nacional JORNALISTA ABDIAS NASCIMENTO no seguinte endereço: Rua Evaristo da Veiga nº 16, 17º andar, Centro – Rio de Janeiro Cep: 20.031-040. Confira outras informações no regulamento disponível no site oficial: www.premioabdiasnascimento.org.br.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Serra da Barriga – patrimônio de todos

Por: Helciane Angélica - Jornalista e integrante da COJIRA/AL


A Serra da Barriga localizada no município de União dos Palmares (AL) foi a sede administrativa do Quilombo dos Palmares, é considerada um palco da resistência negra no Brasil, e também, foi tombada em 1985 pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) e é reconhecida como Monumento Histórico, Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. É um espaço que está sobre a tutela da Fundação Cultural Palmares, órgão vinculado ao Ministério da Cultura, onde toda a população alagoana deveria ter orgulho e os afro-descendentes zelarem para que ela seja preservada em toda a sua essência: fauna e flora nativa respeitada; execução de expressões afro-culturais; propagação da história; assim como, a manutenção do Parque Memorial Quilombo dos Palmares instalado em 2007 e que tem contribuído para o desenvolvimento do turismo étnicorracial no Estado.

A Coluna Axé desde janeiro de 2010, ou seja, antes mesmo da implantação do escritório representativo da FCP em União dos Palmares divulgou por diversas vezes a importância desse patrimônio afro e a necessidade de fazer a reforma dos espaços contemplativos, cuja cobertura vegetal anda seca e precisa ser trocada; placas sujas e algumas danificadas; assentos cobertos de musgos e a madeira ficando podre; os áudios em quatro idiomas que não estavam funcionando; o atraso na obra da estrada de acesso mesmo possuindo recurso federal disponível e ainda questionava a inexpressiva atuação do Comitê Gestor do PMQP.

No dia 17 de agosto, o blog A Palavra divulgou que a jornalista e ex-vereadora Genisete Lucena, assumirá a gestão do escritório da FCP em Alagoas nos próximos 30 dias, e foi uma indicação do ex-Deputado Estadual Paulão do Partido dos Trabalhadores (PT). Também traz denúncias pesadas contra o atual gestor Mestre Claudio destacando que ele teve atuação discreta na função e o acusa de omissão quanto à causa das comunidades quilombolas – por determinação judicial, a postagem não pode receber comentários. As críticas são necessárias, mas não podem ser personalistas e injustas!

Mestre Claudio foi uma das pessoas que mais ajudou a comunidade quilombola Muquém e outras dos municípios vizinhos durante as enchentes do ano passado, mesmo perdendo seus pertences pessoais na casa que residia, ele não se abateu, e continuou com o seu serviço, repassando relatórios para a FCP, levando os donativos para as famílias e reivindicando os direitos dos quilombolas nas reuniões com órgãos públicos.

Assumo aqui, o apoio para este homem simples e sem vaidades, onde fez o que estava ao seu alcance diante da burocracia que emperra muitas ações. No último sábado (27.08), estive no Parque e pude observar que os áudios tinham sido retirados para serem concertados e a limpeza estava impecável. O fato é que independente de quem esteja no cargo, os julgamentos serão sempre frequentes e a missão não é nada fácil.

As pessoas esquecem em analisar que um gestor ou gestora precisa ter uma equipe bem estruturada, recursos próprios e infra-estrutura adequada para o trabalho, senão, toda dedicação e compromisso social será em vão. Quando se trata da Serra da Barriga, todos nós temos o dever de cuidar e cobrar a valorização, mas, vamos manter o respeito com as pessoas.


Fonte: Coluna Axé - nº165 - Jornal Tribuna Independente (30.08.11)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Nova classe média é de maioria negra

A nova classe média brasileira, um contingente de 104 milhões da população de 193 milhões que passou a fazer parte do mercado de consumo, é majoritariamente feminina e negra, de acordo com pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada durante o Seminário promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), da Presidência da República.

Segundo o diretor do Instituto, Ricardo Meirelles, 51% desse segmento é composto por mulheres e 48% de pretos e pardos, vale dizer, negros. A renda média domiciliar desse grupo é de R$ 2.295,00, segundo a pesquisa.

Consumo

O potencial de consumo desse segmento, que atrai a atenção e o interesse do mercado, é avaliado em R$% 1 trilhão, e supera o Produto Interno Bruto de países como a Argentina, Uruguai e Paraguai somados. O potencial de consumo, de acordo com Meirelles, engloba, além da renda, benefícios como 13º salário e férias, além do crédito que as pessoas desse segmento passaram a ter acesso.

Segundo revelou a pesquisa, 59,1% das pessoas que passaram a ser consideradas de classe C tem cartão de crédito e 52,7% tem alguma conta bancária. A pesquisa revelou ainda que a maior parte da renda (23,16%) é gasta em serviços, seguida de gastos com alimentos e bebidas (18,49%). Gastos com saúde e beleza ficam em terceiro (18,32%).

Um outro dado apontado pelo Data Popular é que a nova classe média lidera em número de universitários, de crianças em escolas particulares e pessoas com acesso à Internet. Cerca de 52,5% desse grupo tem computador em casa e 57,6% tem algum tipo de acesso aos meios virtuais.

Pelo menos 36 milhões de pessoas participam das redes sociais. Só para se ter uma idéia do que isso representa, nas classes A e B juntas, apenas 13 milhões de pessoas têm o mesmo tipo de acesso.

Fonte: Afropress

Maracatu Baque Alagoano abre vagas para percussão e dança



O Maracatu Baque Alagoano está com inscrições abertas para oficinas de percussão e de dança. Atividades iniciam no dia 3 de setembro, na Fundação Municipal de Ação Cultural, em Jaraguá e prosseguem nos dias 10, 17 e 24 de setembro, na Praça Marcílio Dias, no mesmo bairro. A taxa de inscrição é de R$ 20 mais 1 Kg de alimento não perecível, para uma ou outra oficina. No caso da de percussão, o número de vagas está limitada a 50 inscrições.

Os participantes terão a oportunidade de desenvolver a habilidade para tocar instrumentos de percussão como alfaia, agogô, caixa, gonguê e xequerê, ou para dançar ao ritmo diferenciado do maracatu. O objetivo é ampliar o número de batuqueiros e de dançarinos do grupo. As inscrições podem ser feitas pelos telefones 93260669 (Andressa) e 99974515 (Rômulo). Maiores informações através do endereço eletrônicobaquealagoano@gmail.com ou através do blogmaracatubaquealagoano@blogspot.com.

As oficinas do primeiro sábado, dia 3 de setembro, acontecem na Fundação Municipal de Ação Cultural, no horário de 8 às 12 e de 14 às 18 horas. Nos demais sábados, 10, 17 e 24 de setembro, acontecem na Praça Marcílio Dias. A fundação – órgão que apoio essa iniciativa do Baque Alagoano - e a praça ficam nas proximidades da Capitania dos Portos, em Jaraguá. No ato da inscrição o interessado deverá optar entre uma ou outra oficina.

Histórico do Grupo

Fundado em março de 2007 em Maceió, o grupo realiza desde então oficinas de percussão, inovando este ano com a realização também de oficinas de dança. Conta atualmente com cerca de 70 membros e um dos propósitos maiores é contribuir com o desenvolvimento e fortalecimento da cultura de nosso Estado.

Associação organizada e atuante, cada vez mais reconhecida no cenário cultural alagoano, o Baque Alagoano desempenha seus trabalhos sem distinção, sendo aberto a todas as camadas sociais. O grupo reconhece a ligação do maracatu com a cultura negra e se identifica com ela através da sua música, vestimentas e ações inclusivas.

Um dos seus fundamentos é a valorização da cultura alagoana, refletida no repertório de maracatus e loas que contemplam e fazem releituras de folguedos e manifestações da cultura local. A cada ano o Baque homenageia um folguedo ou um mestre da cultura popular alagoana, como é o caso da “Nega da Costa” em 2011, folguedo de Quebrangulo que completou cem anos em 2010.

O Maracatu Baque Alagoano realiza atividades durante todo o ano, participando de apresentações e eventos que acontecem por ocasião do mês do folclore, por exemplo, do carnaval (Jaraguá Folia) ou da semana da consciência negra. Este ano, em setembro, será uma das atrações do Maceió Music Festival e se apresentará também na II Feira Literária de Marechal Deodoro (Flimar). Também faz parte da sua agenda atividades culturais e sociais em favor de comunidades carentes em nossa capital.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Programa Eu Quero Ver destaca curso de "Gênero, Raça e Etnia para jornalistas"



Confira a reportagem do Programa "Eu Quero Ver" da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AL) sobre o curso de Gênero, Raça e Etnia para jornalistas e acadêmicos de jornalismo, que aconteceu nos dias 22 e 23 de agosto em Maceió.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Folclore alagoano


O Dia do Folclore é celebrado no dia 22 de agosto – termo de origem inglesa formado pelas palavras folk e lore que significam povo e saber, ou seja, “saber popular”. É a ciência das tradições e usos populares, representado pelos costumes e tradições transmitidos de geração em geração, a exemplo das lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram junto com o povo.

O Estado de Alagoas possui um dos maiores acervos de manifestações populares do Brasil, com vários folguedos e danças: Guerreiro, Coco, Taieiras, Pastoril, Fandango, Reisado, Baianas, Negras da Costa, Quilombo, Boi de Carnaval, Toré, etc.

E nesta quarta-feira (24.08) às 9h, no Museu Palácio Floriano Peixoto localizado no Centro de Maceió terá uma importante solenidade em homenagem a ícones da cultura alagoana, com a entrega do certificado e a inclusão de onze mestres no Livro do Patrimônio Vivo Alagoano. 

Receberão o título: o cordelista Jorge Calheiros; a rezadeira e parteira Anézia Maria da Conceição; o artesão do barro João das Alagoas; os mestres de guerreiro Artur Moraes dos Santos e André Joaquim dos Santos; a bonequeira Maria de Lourdes Menezes; a rainha e coordenadora de guerreiro Anadeje Morais da Silva; o mestre de reisado Expedito Tavares dos Santos; o violeiro, trovador e cordelista João Pereira Lima; o violeiro e repentista Severino João da Silva, o Jaçanã; e a ialorixá Neide Oyá de Oxum, coordenadora espiritual Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb) que atua no Conjunto Village Campestre II, periferia de Maceió. Trabalha há 21 anos com a cultura afro-brasileira, Mãe Neide é um exemplo para todos que propagam a cultura afro-brasileira; já recebeu comendas importantes no Estado de Alagoas.

“Este é um momento ímpar na minha vida, pois quando abracei esta causa tudo o que eu esperava era o reconhecimento que vem acontecendo ao longo dos anos”, contou. Mas também, afirmou à Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), que este não é um reconhecimento apenas pessoal. “Esta é uma vitória do meu povo, da minha religião, para que eu possa repassar os saberes, mantendo o resgate da nossa religião e da nossa vida ancestral”, explicou a ialorixá.

Todos os Patrimônios Vivos receberão a partir de agora uma bolsa de incentivo vitalícia de 1,5 salário mínimo com o intuito de garantir a manutenção dos grupos e o repasse dos conhecimentos. Parabéns a todos os amantes da cultura popular e nordestina, que contribuem diariamente para o fortalecimento da identidade cultural e a preservação do rico folclore alagoano e precisam de mais investimento público.


Fonte: Coluna Axé - nº164 - Tribuna Independente (23.08.11)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

II Ciclo Nacional Conversas Negras acontece nesta semana




Clique na imagem para ampliar a visualização.

Ícones da cultura popular recebem certificado de Patrimônio Vivo Alagoano


Mestres participam de cerimônia especial na próxima quarta-feira, às 9h, no Museu Palácio Floriano Peixoto


Por: Mirella Costa

Mestres de guerreiro e reisado, artesãos, religiosos, cordelistas, trovadores, violeiros. É com esta variedade de manifestações culturais que o Livro do Patrimônio Vivo Alagoano recebe onze novos nomes. Assim é marcado este momento da cultura popular alagoana, onde o Governo do Estado reconhece e preserva esses saberes.

Vestida com uma roupa especial de sacerdotisa de matriz africana, a ialorixá Mãe Neide se prepara para receber seu certificado de patrimônio vivo estadual. Ela e outros dez mestres da cultura popular serão registrados no Livro do Patrimônio Vivo Alagoano. Eles vão receber o certificado na próxima quarta-feira (24), às 9h, no Museu Palácio Floriano Peixoto.

Trabalhando há 21 anos com a cultura afro-brasileira, Mãe Neide se diz emocionada e feliz. Ela classifica o momento como uma vitória contra os preconceitos sofridos pelos seguidores da religião africana. “Este é um momento ímpar na minha vida, pois quando abracei esta causa tudo o que eu esperava era o reconhecimento que vem acontecendo ao longo dos anos”, contou.

Ela disse, ainda, que este não é um reconhecimento apenas pessoal. “Esta é uma vitória do meu povo, da minha religião, para que eu possa repassar os saberes, mantendo o resgate da nossa religião e da nossa vida ancestral”, explicou a ialorixá.

Além dela, receberão o certificado o cordelista Jorge Calheiros, a rezadeira e parteira Anézia Maria da Conceição, o artesão do barro João das Alagoas, os mestres de guerreiro Artur Moraes dos Santos e André Joaquim dos Santos, a bonequeira Maria de Lourdes Menezes, a rainha e coordenadora de guerreiro Anadeje Morais da Silva, o mestre de reisado Expedito Tavares dos Santos, o violeiro, tovador e cordelista João Pereira Lima e o violeiro e repentista Severino João da Silva, o Jaçanã.

Eles passaram por uma seleção, que contou com um total de 42 pessoas inscritas. Esses Patrimônios Vivos passam a receber como benefício uma bolsa de incentivo vitalícia de 1,5 salário mínimo. Segundo o secretário de Estado da Cultura, Osvaldo Viégas, esta bolsa visa a manutenção dos grupos e o repasse dos conhecimentos.

Todo ano a Secult lança este edital para a seleção de novos mestres. É constituída uma comissão especial de avaliação que seleciona os candidatos, de acordo com os critérios do edital. Como prevê a lei, excepcionalmente em 2010 e 2011 foram abertas oito vagas e, nos anos seguintes, serão apenas cinco. Serão certificados 11 pessoas em decorrência do falecimento de três mestres no ano passado.


Fonte: Secult

Vídeo: Histórias Inspiradoras - Sueli Carneiro


domingo, 21 de agosto de 2011

Cultura, Inclusão Social e Cidadania para diminuir as desigualdades


Por: Jacqueline Freitas
Cultura, inclusão social e cidadania foi o tema que abriu os debates do Seminário Nacional “A cultura como veículo de erradicação da miséria”, na manhã desta quarta-feira (17), em Brasília, como parte das comemorações dos 23 anos da Fundação Cultural Palmares.
Sob a coordenação do diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da FCP, Alexandro Reis, participaram da mesa: a secretária de Cidadania Cultural, do Ministério da Cultura, Marta Porto; o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade de Brasília (UnB), professor Nelson Inocêncio e a presidenta do Instituto Feira Preta, Adriana Barbosa.
“Na década de 1930, o Estado brasileiro começou a se debruçar sobre o tema inclusão social e, somente em 1988, a Constituição ampliou esse conceito, envolvendo a cultura”, disse Alexandro Reis. Na oportunidade, o professor Nelson Inocêncio enfatizou que “a erradicação da miséria passa, sobretudo, pela erradicação da pobreza do conhecimento”.
O incentivo a grupos culturais como forma de reduzir as desigualdades e a pobreza foi um dos destaques da fala da secretária de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura. Para Marta Porto, não é possível tratar os desiguais de uma forma igual, por isso, uma das metas do MinC é promover iniciativas que contemplem a cultura afro-brasileira.
Economia criativa afro-brasileira
Durante o debate, a economia criativa, que caracteriza o novo modelo de gestão e negócios baseado no bem intelectual, foi apontada como um dos mecanismos para a melhoria das condições social e cultural da população negra no país. O que já tem sido visto nos projetos desenvolvidos pelo Olodum, AFroReggae, Nós do Morro e Gum Boot. Outro exemplo apresentado foi a Feira Preta, realizada há 10 anos em São Paulo e hoje é considerada o maior evento de cultura negra da América Latina. Segundo a produtora cultural e idealizadora da Feira Preta, Adriana Barbosa, todos esses projetos começaram como movimentos sociais e, atualmente, são empreendimentos que efetivamente compõem e contribuem para a cadeira produtiva da cultura.
Programação do Seminário – Ainda nesta quarta-feira (17), no período da tarde, o debate foi sobre “Cultura: erradicar a miséria e ampliar a cidadania. Na quinta-feira (18), às 9 horas, o tema será a “ Juventude negra e o legado cultural afro-brasileiro” e grupos de trabalho, a partir das 13h30. À noite, para encerrar a programação  do 23º aniversário da Fundação Cultural Palmares em grande estilo haverá homenagem Post Mortem ao ativista negro Abdias Nascimento, com a entrega do Troféu Palmares, a esposa dele Elisa Larkin. Ao final , um show com a cantora Leci Brandão e o rapper GOG. O encerramento das comemorações, contará com a presença da ministra da Cultura, Ana de Hollanda.

Uneal realiza Seminário Nacional sobre o geógrafo brasileiro Milton Santos

De 22 a 24 de agosto, no Campus I da Uneal, em Arapiraca


A Universidade Estadual de Alagoas, por meio do Núcleo de Estudos Josué de Castro, realiza o Seminário Nacional – Milton Santos: 10 Anos Depois: Entre a Saudade e a Perenidade do Pensamento de um Geógrafo Cidadão, no período de 22 a 24 de agosto. As atividades acontecerão no Campus I da Uneal, em Arapiraca. 

A programação conta com importantes nomes da Geografia no Brasil, como os professores Armen Mamigonian (USP), Maria Auxiliadora da Silva (UFBA), Márcio Cataia (Unicamp), Marta da Silveira Luedemann (Ufal), Aldo Aloísio Dantas da Silva (UFRN), Fabio Betioli Contel (USP), entre outros. 

“Esses são professores e pesquisadores que conviveram com o eminente mestre e desenvolvem atividades de ensino e pesquisa tomando como aporte as suas teorias”, destaca o coordenador do Seminário, professor Antonio Alfredo Teles. “Este, certamente, será um dos mais importantes eventos dentre os muitos realizados no país para homenagear Milton Santos e debater o seu legado no decorrer desse ano”, disse o professor.

As inscrições para o evento estão abertas e podem ser realizadas pelo e-mail: nejc-uneal@hotmail.com

Clau Soares
Ascom-Uneal

sábado, 20 de agosto de 2011

Cleidiana Ramos vem a Alagoas para ministrar curso "Gênero, Raça e Etnia para jornalistas"


Arquivo pessoal
Nos dias 22 e 23 de agosto, será a vez de Maceió sediar o curso gratuito de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas – projeto promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres) – das 18 às 22h, no auditório da Faculdade de Educação e Comunicação do Cesmac.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal) é o anfitrião e ofertou 60 vagas para estudantes de jornalismo a partir do 6º período e profissionais da área: repórteres, produtores, pauteiros, redatores, editores, fotógrafos, repórteres cinematográficos e de meios eletrônicos.

A jornalista baiana e mestre em Estudos Étnicos e Africanos pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Cleidiana Ramos, ministrará aulas com foco na cobertura de fatos sociais, baseado em jornalismo, ética e diversidade. Ela é editora do blog do Mundo Afro, especializado em temas relacionados à identidade negra, cultura afro-brasileira e religiosidade, hospedado no Portal A Tarde Online; também é editora do caderno especial sobre o Dia da Consciência Negra, publicado no jornal A TARDE, desde 2002.

No ano passado, ela coordenou a equipe vencedora do Prêmio Banco do Nordeste 2010, nas categorias Mídia Impressa Regional e Mídia Impressa Nacional, com o especial “Produtores de Owó”, que abordou a participação dos afrodescendentes na economia de Salvador. 

Clediana Ramos chega neste sábado (20.08) à noite e os integrantes da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) já demonstraram interesse em se reunir com a convidada especial. O objetivo é compartilhar informações sobre a mídia étnica e, também, para conversar sobre as ações desenvolvidas no Estado que foi o primeiro do Nordeste a implantar o coletivo que busca sensibilizar jornalistas sobre a temática e na produção de notícias que respeitam a diversidade étnicorracial, gênero e de crenças.

Hoje tem Espetáculo Urucungo

A diversidade cultural e artística de Alagoas entra em cena mais uma vez na 6ª edição da mostra Aldeia Sesc Guerreiro das Alagoas, que acontece de 19 a 28 de agosto. Confira a programação completa no site: Sesc-AL.


Espetáculo Urucungo, com o bailarino Denis Costa
Classificação etária: 18 anos
Gênero: dança
Dia: 20.08.11 (sábado)
Hora: 16h
Local: Teatro Jofre Soares, Sesc Centro (Rua Barão de Alagoas, 229, Centro)
Entrada franca (como a plateia ficará no palco, há apenas 25 vagas. As senhas serão distribuídas 01 hora antes do início do espetáculo)

O solo de dança Urucungo é resultado de um processo de pesquisa corporal que imbricam ritualísticas da cultura negra e sua religiosidade com elementos simbólicos da capoeira e seus movimentos. O espetáculo trata da ritualística, da musicalidade e do ritmo da capoeira. O solo de dança inicia-se em 2009, no curso de dança da Universidade Federal de Alagoas e, no mesmo ano, é contemplada com o Prêmio Klauss Vianna 2009. Urucungo, que na etnia banto significa “berimbau”, é o que dá vida e nome para todo o ritual da composição coreográfica.

Formando do curso de Dança da Universidade Federal de Alagoas, Denis Costa também é capoeirista. Além de Urucungo, Allan participa também de Encruzilhadas, performance que nasce em 2010, e participou do I Universidança, pelo Curso de licenciatura em Dança da Ufal, em 2009, e do espetáculo de dança UruBumbaGuelé, aprovado no Prêmio Alagoas em Cena 2010.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Clientes protestam contra anúncio considerado racista


Vários clientes da marca de cosméticos Nivea se sentiram ofendidos por anúncio bastante polêmico que foi veiculado.

A marca criou uma série de anúncios impressos para a sua linha Revitalização da pele dos homens. O anúncio em questão mostra um homem negro jogando uma cabeça de uma pessoa também negra junto com a frase: “Re-Civilize Yourself” (algo como “recivilize-se”), que pode ser interpretada de uma maneira racista.

Desde que o anúncio foi ao ar, a página do Facebook da Nivea está sendo inundada com comentários bem irritados.

É importante que os publicitários tenham mais cuidado ao criarem os conceitos de suas campanhas. A escolha do slogan e da imagem até pode ter sido exclusivamente para destacar a nova linha de cosméticos, mas trouxeram à tona uma das características da humanidade que mais precisa ser combatida que é o preconceito.

Na noite de ontem (18) a Nivea escreveu um pedido de desculpas em seu Facebook:

"Obrigado por se importarem o bastante para nos dar a sua opinião sobre o recente o anúncio do "Re-Civilized NIVEA FOR MEN. Esse anúncio foi impróprio e ofensivo. Nunca foi nossa intenção ofender ninguém e por isso estamos profundamente arrependidos. Esse anúncio nunca será usado novamente. Diversidade e igualdade de oportunidades são valores fundamentais de nossa empresa."

Fonte: UOL

Prorrogadas as inscrições para o Prêmio Abdias Nascimento

Foi prorrogado até o dia 31 de agosto o prazo para as inscrições no Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento que propõe valorizar a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à igualdade racial. Em sua primeira edição, o prêmio vai distribuir R$ 35 mil em sete categorias (Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Internet, Mídia Alternativa ou Comunitária, Fotografia e a Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros). O vencedor de cada categoria receberá a quantia de R$ 5 mil, conforme regulamento.

Jornalistas e repórteres da imagem de todo o país que possuam registro profissional ou diploma em nível superior, cursado em instituição reconhecida pelo MEC podem participar. Quem tem o registro profissional emitido após 17/06/2009 deve encaminhar cópia do registro e cópia do diploma em nível superior cursado em instituição reconhecida pelo MEC. A exceção é para repórteres fotográficos e cinematográficos.

Inscrição: as inscrições são gratuitas. Os interessados podem acessar a ficha de inscrição e regulamento disponíveis no site www.premioabdiasnascimento.org.br.
O Prêmio Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. E conta com o apoio da Oi, da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e do Centro de Informações das Nações Unidas (ONU). O patrocínio é da Fundação Ford e Fundação W. K. Kellogg.

Acompanhe o prêmio em nossas redes sociais:



Fonte: Cojira-RJ

Comunidade quilombola de Traipu inaugura Biblioteca Digital Comunitária


Na comemoração 22º aniversário da Associação do Povoado Mumbaça

Por Clara Cavalcante

A Comunidade quilombola do Povoado Mumbaça, em Traipu comemora o 22º aniversário da Associação Clube de Jovem Senhor dos Pobres do Desenvolvimento Quilombolas do Povoado Mumbaça - ACJSPDQPM, com campeonato de futsal e inauguração de Biblioteca Digital Comunitária, neste final de semana.

Como parte da programação festiva está acontecendo, no Povoado um Campeonato de Futsal masculino e feminino, exclusivamente para a garotada que está na faixa etária dentro da categoria - sub 13 e 18 e que sejam moradores da comunidade quilombola.

A semifinal e a final dos jogos acontecem na quadra de esporte, a partir das 14 horas, do próximo sábado (20) e durante todo o domingo (21). A premiação aos campões, com troféus e medalhas está prevista para iniciar às 17horas. A festa segue com a inauguração da Biblioteca Digital Comunitária Quilombola João Hélio, onde será servido um coquetel e finalizando com apresentação teatral e show, com banda de música.

Segundo o presidente da Associação e da Coordenação Estadual de Quilombolas, Manoel Oliveira, ‘Bié’ como é conhecido, a biblioteca comunitária funcionará com quatro computadores e impressoras, doados por ele, que estarão à disposição de todos os estudantes, professores e toda comunidade interessada. Os serviços exclusivamente voltados para pesquisas e consultas serão gratuitos e o acesso se dar após o cadastramento do usuário.

De acordo com líder da comunidade Mumbaça, a biblioteca conta com acervo de livro, revistas e jogos doados, além do acesso a internet. Este é o primeiro passo que a comunidade necessita e deseja conquistar para crescer e desenvolver melhor o conhecimento em relação a sua origem. “O objetivo da biblioteca é resgatar não só as raízes, como também trazer educação e desenvolvimento das nossas comunidades quilombolas”, destacou Bié.

A associação solicita ajuda dos empresários locais, além do governo estadual e municipal, para dar continuidade ao processo dos trabalhos da biblioteca. Qualquer ajuda como, móveis, material de papelaria, cartuchos e computadores e etc., serão bem vindos para prestar o melhor serviço à comunidade que é carente. Nesta ocasião, a associação conta como apóio da Prefeitura do município de Traipu para a festa de inauguração.



Segue a Programação:

SÁBADO- 20/08/2011 - às 14h30min

Local: Quadra de Esporte de Mumbaça

Partida de Futsal

Futebol Boys x Pó de Guaraná
CSE X SÓ CANELAS

DOMINGO
Dia 21/08/2011 – Manhã

Local : Quadra de Esporte de Mumbaça

Partida de Futsal as 07:30h  – Time feminino
Mumbaça x Urucu

Ás 09 h- Time Masculino

Esporte Mumbaça x Futebol Boys Jr

Ás 15 h- Futebol Boys X Pó de Guaraná

CSE X SÓ CANELAS

Ás 17 h Premiação

As 17:20h Inauguração da Biblioteca Comunitária Quilombolas João Héllio
Patrono: ENORQ BARROS

Às 18 h-Coquetel de Inauguração e Apresentação Teatral e Show.

--
Clara Cavalcante
Assessora de Comunicação
Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral)
http://www.iteral.al.gov.br
Fone: (82) 8867-6421

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DO FOLCLORE


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fórum Igreja & Sociedade 2011

Foto tirada por Helciane Angélica
A Igreja Batista do Pinheiro em Maceió, que atua de maneira revolucionária e com compromisso social, realizará mais uma edição do fórum Igreja &Sociedade, desta vez, sobre “A atuação das Igrejas nas situações de calamidade pública: Alagoas em questão”. Todos estão convidados a participar dos debates e ouvir autoridades sobre as medidas do estado nessa situação.

Dentre os participantes da mesa redonda “Enchentes em Alagoas: uma leitura teológico-pastoral” – estará o Pastor Paulo Nascimento (foto). Ele atua como pastor há nove anos e integra a Pastoral da Negritude desta Igreja, que desenvolve um estudo aprofundado sobre os negros na Bíblia. Confira a programação completa do evento abaixo e visite o blog: www.batistadopinheiro.blogspot.com


SEXTA-FEIRA, 19/08, ÀS 19:00h
Mesa redonda: Enchentes em Alagoas: uma leitura a partir das comunidades atingidas
Componentes:
Cel. Neitônio Freitas dos Santos (Defesa Civil de Alagoas)
Antonio Wilton Carvalho (Mestrando em Engenharia Agronômica)
Sérgio Rogério Silva (morador de comunidade atingida em União dos Palmares)
Moderação: Franqueline Terto


SÁBADO, 20/08, ÀS 14:00h
Grupo de Trabalho "Fé e política"
Componentes:
Membros da IBP com caminhada de formação e militância política em Alagoas
Moderação: Prª Odja Barros


SÁBADO, 20/08, ÀS 16:00h
Mesa redonda: Enchentes em Alagoas: políticas de intervenção e monitoramento das ações
Componente:
Thomaz Nonô (Vice-governador de Alagoas)
Judson Cabral (Deputado estadual pelo PT)
Moderação: Pr. Wellington Santos


SÁBADO, 20/08, ÀS 19:15h
Mesa redonda: Enchentes em Alagoas: uma leitura teológico-pastoral
Componentes:
Pr. Reginaldo Silva (Acessor de projetos sociais na Kindernothilfe em Recife)
Pr. Wellington Santos (Igreja Batista do Pinheiro)
Pr. Paulo Nascimento (Igreja Batista do Pinheiro)
Moderação: Ascânio Júnior


ENCERRAMENTO
Atração cultural: Andréa Laís (Maceió-AL)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Festa do Meado de Agosto - Quilombo Lunga 2011



“Promover o intercâmbio cultural entre os artistas e as populações negras urbanas e rurais, resgatando valores, visualizando a situação vivenciada pela população quilombola brasileira, de forma a propiciar a alteração positiva nesta realidade”.

Programa Brasil Quilombola



A Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos Passagem do Vigário e Poços do Lunga - QUILOMBO LUNGA convida toda a Sociedade Alagoana para a Festa do Meado de Agosto edição 2011, dia 15 de Agosto a partir das 10 horas da manhã no Sítio Volta no Município de Taquarana Alagoas.

O Quilombo Lunga tem no seu dia-a-dia a mescla de atividades de trabalho e lazer, e o próprio trabalho coletivo é uma fonte de descontração, além daqueles momentos de sociabilidade recreativa, como a conversa à porta das casas, os banhos no rio e açudes. Entretanto, sua maior expressão festiva é comemorada no dia 15 de agosto, por isto conhecida como “Festa do Meado de Agosto”. Secularmente organizada para celebrar o período da colheita. Sua realização acontece em determinado momento, a exemplo das civilizações tradicionais, influenciadas exclusivamente pelas mudanças das estações, desconhecendo o calendário moderno e datas pré-estabelecidas em homenagens a fatos ou celebridades.

A Festa do Meado de Agosto é a mais antiga e expressiva confraternização das comunidades rurais banhadas pelo Rio Lunga, localizado no agreste alagoano acentuando e unindo as fronteiras administrativas e geográficas dos municípios de Taquarana, Coité do Nóia, Igaci, Palmeira dos Índios e Belém. Para o Quilombo Lunga a festa torna-se um patrimônio de valor inestimável para seus moradores, um bem que pode ser oferecido ao outro, como um presente aos visitantes.

Integram a programação da Edição 2011 após a Procissão, o Coletivo Maracatu Afro Caeté de Maceió é um grupo de batuque, que tem como base o maracatu, e também de discussão e difusão cultural; Matuto Cidadão leia-se Jair Ferreira nascido em Taquarana, educador, cordelista e músico, tem sua obra inspirada na luta do povo sertanejo; Grupo de Dança Pérolas Negras formado por jovens da Comunidade Remanescente de Quilombo do Pau D‘arco em Arapiraca; Da Tabacaria Comunidade Quilombola de Palmeira dos Índios a Banda de Pífanos; O Quilombo Urbano Oiteiro de Penedo alegra a festa com a Baianada e as crianças do Quilombo Lunga da Capoeira do PETI mostram toda a sua ginga nesta segunda feira.

A programação conta ainda com a Oficina “Gênero, Raça e Sexualidade” ministrada pela Assistente Social Mabel Araújo.

Realização Quilombo Lunga, Produção Cultural e Assessoria de Comunicação Keka Rabelo, Designer Gráfico Marcos Eliziário, Patrocínio Thudo Comunicação Visual, Apoio Cultural UFAL, UNEAL, Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas, Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, NEAB, Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social de Penedo, Deputado Judson Cabral, Alternativa Produções, Coletivo Afro Caeté e Sururu Fresco Arte, Cultura, e Política.



Coletivo Afro Caeté: https://picasaweb.google.com/103931849225055220592

Baianada - Oiteiro/Penedo: http://www.youtube.com/user/doidocaranguejo?blend=1&ob=5



Serviço:

Festa do Meado de Agosto - Quilombo Lunga 2011
Taquarana Alagoas Brasil
15 de Agosto de 2011
A partir das 10 horas
Local: Poços do Lunga/Taquarana
Informações: 9161 7554/9316 0505/9679 1624


Fonte: KEKA RABELO
Produção Cultural - Assessoria de Comunicação

domingo, 14 de agosto de 2011

Fome e guerras na África deixam milhões de famintos à beira da morte



A ONU (Organização das Nações Unidas) já fez um alerta assustador: uma em cada dez crianças menores de cinco anos morre a cada 77 dias na Somália devido à fome.
O país e outros quatro no continente africano abrigam mais de 12 milhões de famintos à beira da morte. Em muitos desses lugares, não chove há mais de três anos e, além da miséria, eles enfrentam os percalços da guerra.
No programa deste domingo (14), o Domingo Espetacular mostra imagens exclusivas e impressionantes de regiões da África devastadas pela guerra e pela seca.
Veja mais no vídeo:



Fonte: R7

Clara Nunes: uma das grandes referências na cultura afro-brasileira




Clara Francisca Gonçalves Pinheiro nasceu em 12 de agosto de 1942. Popularmente conhecida por Clara Nunes, era conhecedora das danças e das tradições afros e se converteu à Umbanda. Gravou 15 discos e levou nossa música para fora do país, cantando em Cuba, Estados Unidos, Japão, Portugal, França e no continente africano.

Foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam disco. Sua voz consagrou várias canções, como: “O mar serenou”, “Ijexá”, “Conto de Areia”, “Meu sapato já furou”, “Tristeza pé no chão”, “Morena de Angola”, “Tributo aos orixás”, “Canto das três raças”, etc. Devido a um choque anafilático durante cirurgia de varizes, ela morreu aos 41 anos, em 2 de abril de 1983 e seu corpo foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela.

A cantora mineira Clara Nunes, foi uma das grandes intérpretes da Música Popular Brasileira e uma das mais expressivas representantes da cultura afro-brasileira. Mais uma vez será homenageada por uma escola de samba carioca, no próximo ano, ficará a cargo da Tuiuti que levará para Marquês de Sapucaí o enredo “A Tal Mineira”.

Outro importante momento, onde as pessoas conhecem um pouco mais sobre a trajetória da artista, acontece na cidade natal Caetanópolis (MG), durante o Festival Cultural Clara Nunes promovido pela Prefeitura Municipal, em parceria com a Casa de Cultura Clara Nunes, mantida pelos seus familiares. O evento encontra-se na sexta edição e até o dia 21 de agosto, terão várias atividades como: encontro de grupos de capoeira, exposição de artesanato, oficina de dança, lançamento de livros e shows artísticos.


Fonte: Coluna Axé - nº163 - Tribuna Independente (16.08.11)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Últimos dias para concorrer ao Prêmio Abdias Nascimento

Dia 19 de agosto é o último dia para as inscrições no Prêmio Jornalista Abdias Nascimento. Jornalistas de todo Brasil que tiveram reportagens publicadas entre 1º de janeiro de 2009 e 30 de abril de 2011 podem concorrer. Serão aceitos trabalhos publicados em rádios, jornais, revistas, televisão e internet. São R$ 35 mil distribuídos em sete categorias (Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Internet, Mídia Alternativa ou Comunitária, Fotografia e a Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros). O vencedor de cada categoria receberá a quantia de R$ 5 mil, conforme regulamento.
Só podem participar jornalistas e repórteres da imagem (repórteres fotográficos ou cinematográficos) que possuam registro profissional ou diploma em nível superior, cursado em instituição reconhecida pelo MEC. Quem tem o registro profissional emitido após 17/06/2009 deve encaminhar cópia do registro e cópia do diploma em nível superior cursado em instituição reconhecida pelo MEC. A exceção é para repórteres fotográficos e cinematográficos. Veja o regulamento disponível em www.premioabdiasnascimento.org.br
O Prêmio Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ).  E conta com o apoio da Oi, da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e do Centro de Informações das Nações Unidas (ONU). O patrocínio é da Fundação Ford e Fundação W. K. Kellogg.
Façam suas inscrições!


Acompanhe o prêmio em nossas redes sociais:



Fonte: COJIRA/RJ

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Lei Maria da Penha


Neste domingo, 7 de agosto, completou-se cinco anos que a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) foi implantada no Brasil. Busca criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

Para a Organização das Nações Unidas é uma das três melhores do mundo nessa área, a lei constitui uma importante conquista na implementação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as mulheres e no combate à violência doméstica e é reconhecida por mais de 80% da população.

Trata-se de um marco histórico, também, fruto da luta do Movimento de Mulheres e tem contribuído para avanços expressivos: o número de processos baseados na lei já ultrapassa os 300 mil, beneficiando mais de 70 mil mulheres através de medidas de proteção. Segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo, a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas no Brasil.

Dentre as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, estão: violência física (qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal); violência psicológica (cause dano emocional e diminuição da auto-estima, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação); violência sexual (conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição); violência patrimonial (configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos); e a violência moral (configure calúnia, difamação ou injúria).

Até agora, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), do Governo Federal já se apoiou a criação de 104 equipamentos públicos em 60 municípios de 23 estados brasileiros. São espaços como Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Núcleos especializados de Atendimento à Mulher da Defensoria Pública e 34 Promotorias e Núcleos Especializados do Ministério Público. Outra importante ação foi a criação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – que desde abril de 2006 até junho deste ano, contabilizou 1.952,001 atendimentos. Desses, 434.734 registros se referem a informações sobre a Lei Maria da Penha (11.340/06), o que corresponde a 22,3% do total das ligações. Saiba mais nos site: www.sepm.gov.br.


Fonte: coluna Axé - nº162 - Tribuna Independente (09.08.10)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Estudantes negros são menos de 10% nas universidades federais



Pesquisa mostra também que 43% dos estudantes nessas instituições são das classes C, D e E


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Apesar de políticas afirmativas direcionadas para a população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo lançado nesta quarta-feira (3) pela  Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9%, os pardos 32% e os indígenas menos de 1%.
 
Ainda que a participação dos negros nas federais seja pequena, houve um crescimento em relação à pesquisa anterior produzida pela Andifes em 2003, quando menos de 6% dos alunos eram negros. Isso significa um aumento de 47,7% na participação dessa população em universidades federais.
 
Para o presidente da associação, João Luiz Martins, a evolução é “tímida”. Ele defende a necessidade de políticas afirmativas mais agressivas para garantir a inclusão. “A universidade tem uma dívida enorme em relação a isso [inclusão de negros]. Há necessidade de ampliar essas ações porque o atendimento ainda é muito baixo”, avalia.
 
A entidade é contra uma legislação ou regra nacional que determine uma política comum para todas as instituições, como o projeto de lei que tramita no Senado e determina reserva de 50% das vagas para egressos de escolas públicas. “Cada um de nós tem uma política afirmativa mais adequada à nossa realidade. No Norte, por exemplo, a universidade precisa de uma política que tenha atenção aos indígenas. No Sul, o perfil já é outro e na Bahia outro”, explica Martins.
 
O estudo mostra que os alunos egressos de escolas públicas são 44,8% dos estudantes das universidades federais. Mais de 40% cursaram todo o ensino médio em escola privada. O reitor da Universidade Federal do Pará (Ufpa), Carlos Maneschy, explica que na instituição metade das vagas do vestibular é reservada para egressos da rede pública. Desse total, 40% são para estudantes negros. Ele acredita que nos próximos anos a universidade terá 20% de alunos da raça negra. “Antes, nem 5% eram de escola pública”, diz.
 
Divisão de classes
 
Cerca de 43% dos estudantes das universidades federais são das classes C, D e E. O percentual de alunos de baixa renda é maior nas instituições de ensino das regiões Norte (69%) e Nordeste (52%) e menor no Sul (33%). É o que mostra pesquisa divulgada nesta quarta.
Para a Andifes, o resultado do estudo, que teve como base 22 mil alunos de cursos presenciais, desmistifica a ideia de que a maioria dos estudantes das federais é de famílias ricas. Os dados mostram, entretanto, que o percentual de alunos das classes mais baixas permaneceu estável em relação a outras pesquisas feitas pela entidade em 1997 e 2003.
 
Segundo o presidente da Andifes, João Luiz Martins, as políticas afirmativas e a expansão das vagas nas federais mudaram consideravelmente o perfil do estudante. A associação avalia que se não houvesse as políticas afirmativas, o atendimento aos alunos de baixa renda nessas instituições teria diminuído no período.
 
Martins destaca que se forem considerados os estudantes com renda familiar até cinco salários mínimos (R$ 2.550), o percentual nesse grupo chega a 67%. Esse é o público que deveria ser atendido – em menor ou maior grau – por políticas de assistência estudantil. A entidade defende um aumento dos recursos para garantir a permanência do aluno de baixa renda na universidade. “Em uma família com renda até cinco salários mínimos, com três ou quatro dependentes, a fixação do estudante na universidade é um problema sério”, diz Martins, que é reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
 
O estudo identifica que 2,5% dos alunos moram em residência estudantil. Cerca de 15% são beneficiários de programas que custeiam total ou parcialmente a alimentação e um em cada dez recebe bolsa de permanência. 
 
Vânia Silva, 26 anos, ex-aluna do curso de pedagogia da Universidade de Brasília (UnB), contou, ao longo de toda a graduação, com bolsas e outros tipos de auxílio. No primeiro semestre, a ajuda era de R$ 130, insuficiente para os gastos com alimentação, transporte e materiais. Ela participou de projetos de pesquisa e extensão na universidade para aumentar o benefício e conseguiu moradia na Casa do Estudante. Mas viu colegas desistirem do curso porque não tinham condições de se manter.
 
“Para quem quer ter um bom desempenho acadêmico, o auxílio é muito pequeno. Esse dinheiro eu deveria gastar em livros ou em viagens para participar de encontros de pesquisadores, mas usava para custear minhas necessidades básicas”, conta. Hoje, ela é aluna de pós-graduação e a bolsa que recebe continua sendo insuficiente para os objetivos que pretende alcançar. “Já tive trabalhos inscritos até em congressos internacionais, mas com essa verba não dá para bancar uma viagem”, diz.
 
Os reitores destacam que a inclusão dos estudantes das famílias mais pobres não é a mesma em todos os cursos. Áreas mais concorridas como medicina, direito e as engenharias ainda recebem poucos alunos com esse perfil. Cerca de 12% das matrículas nas federais são trancadas pelos alunos e, para a associação, a evasão está relacionada em grande parte à questão financeira.
 
“Em outras partes do mundo, a preocupação do reitor é com a qualidade do ensino e com a pesquisa. Mas aqui, além de se preocupar com um bom ensino, ele também tem que se preocupar com a questão social”, compara Álvaro Prata, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
 
Para 2012, a Andifes reivindicou ao Ministério da Educação (MEC) que dobre os recursos destinados à assistência estudantil. A previsão é que a verba seja ampliada dos atuais R$ 413 milhões para R$ 520 milhões, segundo a entidade. “Com a política de cotas e a expansão da UnB para as cidades satélites, houve um aumento muito grande da necessidade de políticas de assistência estudantil. Mas isso é secundário para o governo e a própria administração da universidade. Muitas vezes, eles acham que têm que trabalhar para ter mais sala de aula e laboratório, mas não há o restaurante universitário”, observa a representante do Diretório Central dos Estudantes da UnB, Mel Gallo.


Fonte: Agência Brasil
 

domingo, 7 de agosto de 2011

Nota Pública: 5 Anos da Lei Maria da Penha


Ao promulgar a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), cinco anos atrás, o Estado brasileiro deu um passo fundamental em direção ao reconhecimento definitivo da violência contra as mulheres como uma questão de Direito e de Justiça. Esta Lei foi elaborada de forma inovadora e completa, respondendo aos compromissos assumidos pelo Brasil através da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção de Belém do Pará.

A Lei Maria da Penha marca o fim da impunidade dos agressores, quase vista como natural, e o início de uma mudança profunda na forma como a violência contra as mulheres era abordada e tratada pelo Estado e pela sociedade. Uma prova disto é a ampla disseminação da existência da Lei, hoje reconhecida por mais de 80% da população.

Maria da Penha teve sua vida quase eliminada pelo seu agressor, sem que ela tivesse a quem recorrer, pois o Estado agia pela lógica da naturalização da violência. No entanto, graças à sua determinação de não aceitar a impunidade, decidiu recorrer a uma instância internacional. Hoje, a Lei que leva seu nome garante às mulheres aquilo que lhe faltou no passado.

Ressaltamos o intenso trabalho de divulgação da Lei Maria da Penha, realizado nos últimos cinco anos pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, pelas instâncias estaduais e municipais e pelos movimentos organizados de mulheres, com o apoio de setores sensíveis da mídia, empresas privadas, entidades de classe da área jurídica e agências de cooperação internacional. O Pacto Nacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres é um exemplo de mecanismo que compromete Estados e Municípios com a implementação de medidas concretas.

Reconhecemos o caráter estratégico da ampliação e fortalecimento da rede de atendimento às mulheres em situação de violência no Brasil e do aumento dos investimentos em políticas públicas focadas na autonomia das mulheres. Trata-se de um esforço vinculado ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e ao trabalho global das Nações Unidas pela eliminação da violência contra as mulheres e meninas.


Dra. Rebecca Reichmann Tavares
Representante da ONU Mulheres para o Brasil e Cone Sul