O Dia do Folclore é celebrado no dia 22 de agosto – termo de origem inglesa formado pelas palavras folk e lore que significam povo e saber, ou seja, “saber popular”. É a ciência das tradições e usos populares, representado pelos costumes e tradições transmitidos de geração em geração, a exemplo das lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram junto com o povo.
O Estado de Alagoas possui um dos maiores acervos de manifestações populares do Brasil, com vários folguedos e danças: Guerreiro, Coco, Taieiras, Pastoril, Fandango, Reisado, Baianas, Negras da Costa, Quilombo, Boi de Carnaval, Toré, etc.
E nesta quarta-feira (24.08) às 9h, no Museu Palácio Floriano Peixoto localizado no Centro de Maceió terá uma importante solenidade em homenagem a ícones da cultura alagoana, com a entrega do certificado e a inclusão de onze mestres no Livro do Patrimônio Vivo Alagoano.
Receberão o título: o cordelista Jorge Calheiros; a rezadeira e parteira Anézia Maria da Conceição; o artesão do barro João das Alagoas; os mestres de guerreiro Artur Moraes dos Santos e André Joaquim dos Santos; a bonequeira Maria de Lourdes Menezes; a rainha e coordenadora de guerreiro Anadeje Morais da Silva; o mestre de reisado Expedito Tavares dos Santos; o violeiro, trovador e cordelista João Pereira Lima; o violeiro e repentista Severino João da Silva, o Jaçanã; e a ialorixá Neide Oyá de Oxum, coordenadora espiritual Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb) que atua no Conjunto Village Campestre II, periferia de Maceió. Trabalha há 21 anos com a cultura afro-brasileira, Mãe Neide é um exemplo para todos que propagam a cultura afro-brasileira; já recebeu comendas importantes no Estado de Alagoas.
“Este é um momento ímpar na minha vida, pois quando abracei esta causa tudo o que eu esperava era o reconhecimento que vem acontecendo ao longo dos anos”, contou. Mas também, afirmou à Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), que este não é um reconhecimento apenas pessoal. “Esta é uma vitória do meu povo, da minha religião, para que eu possa repassar os saberes, mantendo o resgate da nossa religião e da nossa vida ancestral”, explicou a ialorixá.
Todos os Patrimônios Vivos receberão a partir de agora uma bolsa de incentivo vitalícia de 1,5 salário mínimo com o intuito de garantir a manutenção dos grupos e o repasse dos conhecimentos. Parabéns a todos os amantes da cultura popular e nordestina, que contribuem diariamente para o fortalecimento da identidade cultural e a preservação do rico folclore alagoano e precisam de mais investimento público.
Fonte: Coluna Axé - nº164 - Tribuna Independente (23.08.11)
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