Clara Francisca Gonçalves Pinheiro nasceu em 12 de agosto de 1942. Popularmente conhecida por Clara Nunes, era conhecedora das danças e das tradições afros e se converteu à Umbanda. Gravou 15 discos e levou nossa música para fora do país, cantando em Cuba, Estados Unidos, Japão, Portugal, França e no continente africano.
Foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam disco. Sua voz consagrou várias canções, como: “O mar serenou”, “Ijexá”, “Conto de Areia”, “Meu sapato já furou”, “Tristeza pé no chão”, “Morena de Angola”, “Tributo aos orixás”, “Canto das três raças”, etc. Devido a um choque anafilático durante cirurgia de varizes, ela morreu aos 41 anos, em 2 de abril de 1983 e seu corpo foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela.
A cantora mineira Clara Nunes, foi uma das grandes intérpretes da Música Popular Brasileira e uma das mais expressivas representantes da cultura afro-brasileira. Mais uma vez será homenageada por uma escola de samba carioca, no próximo ano, ficará a cargo da Tuiuti que levará para Marquês de Sapucaí o enredo “A Tal Mineira”.
Outro importante momento, onde as pessoas conhecem um pouco mais sobre a trajetória da artista, acontece na cidade natal Caetanópolis (MG), durante o Festival Cultural Clara Nunes promovido pela Prefeitura Municipal, em parceria com a Casa de Cultura Clara Nunes, mantida pelos seus familiares. O evento encontra-se na sexta edição e até o dia 21 de agosto, terão várias atividades como: encontro de grupos de capoeira, exposição de artesanato, oficina de dança, lançamento de livros e shows artísticos.
Fonte: Coluna Axé - nº163 - Tribuna Independente (16.08.11)
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