segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Jornalistas são premiados no "oscar" da categoria em Alagoas


No último sábado (28) ocorreu o prêmio Banco do Brasil Braskem de Jornalismo, o evento mais importante da categoria que é promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal). Ao todo foram 10 categorias e na lista dos vencedores estiveram profissionais negros como: Wellisson Vasco, Igor Castro e Emanuelle Oliveira - esta última, uma jovem jornalista que também faz parte da Cojira. Parabéns pelo trabalho desenvolvido e a competência apresentada!


Veja abaixo a lista com todos os vencedores

CATEGORIAS E VENCEDORES DO PBBB 2009

Prêmio Principal- Maurício Gonçalves e Severino Carvalho "Hospitais em estado de coma"- Gazeta de Alagoas.

Reportagem Texto impresso- Lelo Macena e Severino Carvalho; “Cidades estão ameaçadas pelos lixões “–Gazeta de Alagoas.

Reportagem de TV- Miguel Torres e Vera Valério; "Cientistas alagoanos lutam contra a extinção do pitu no Rio São Francisco"-TV Educativa.

Webjornalismo- Emanuelle Oliveira e Igor Castro; “A rota do turismo sexual em Alagoas”- Cada Minuto.

Fotografia- Esther Carvalho; “Degradação humana”-O Jornal.

Informação Econômica/Política- Patrycia Monteiro; “Estagnação econômica atrasa o Estado”-O Jornal.

Informação Esportiva/Cultural/Turística- Fernando Coelho; “Vidas Secas, 70 anos- Todos os sertões da existência”- Gazeta de Alagoas.

Design Gráfico- Jamylle Bezerra; “Vander Lee em dois tons”-Jornal Primeira Edição.

Assessoria de Imprensa- Carlos Gonçalves e Wellington Vasco; “Agente de Comunicação: a nova força de comunicação dos Correios.”

Prêmio Freitas Neto, destinado a estudantes de jornalismo- Raul Espinassé; Caminhada sem-terra (foto).

Guerreiros da Vila animam Romaria da Terra e das Águas



Texto e foto: Helciane Angélica


Durante todo o domingo (29), a Comissão Pastoral da Terra em Alagoas realizou a 22ª Romaria da Terra e das Águas com o tema “Do êxodo rural à periferia da capital”, envolvendo os bairros do Salvador Lyra e Benedito Bentes.


A atividade reuniu 3000 pessoas de várias partes do Estado, como: trabalhadores rurais, religiosos, representantes de movimentos sociais e ainda, os integrantes do Ponto de Cultura Guerreiros da Vila (Vila Emater II, no Sítio São Jorge) que também recebem apoio do Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu (Ceasb).


O grupo apresentou o melhor da cultura afro-alagoana como o batuque do maracatu e do coco de roda; também fizeram sucesso com uma apresentação teatral em uma das paradas estratégicas da caminhada, quando representaram a dura realidade das 230 famílias que sobrevivem com o recolhimento de objetos recicláveis no lixão de Maceió.



Mais informações sobre o evento no blog da CPT-AL.

sábado, 28 de novembro de 2009

Identidade negra e cultura popular na Educativa FM


Pai Célio, homenageado pelo Governo do Estado, fala de Zumbi e da contribuição do negro para o desenvolvimento do País


Por: Iranei Barreto


Dedicado ao resgate e a valorização das tradições folclóricas alagoana, o programa Balançando o Ganzá deste sábado (28) entrevista Célio Rodrigues dos Santos, historiador, coordenador do Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogum-té e sacerdote de matriz africana, que recebeu do governo do Estado, no último dia 20 de novembro, a comenda Zumbi dos Palmares. O programa vai ao ar todos os sábados, das 14h às 15h, pela Educativa FM, emissora integrante do Instituto Zumbi dos Palmares.

A entrevista gira em torno do Dia da Consciência Negra, pesquisas que vem sendo feitas pelo entrevistado sobre identidade negra e acerca do que é religião de matriz africana.

Em uma hora de programa o apresentador Ivan Barsand conversa também sobre a importância de Zumbi e o seu legado, sobretudo em relação aos primeiros grupos étnicos que chegaram ao Brasil, contextualizando a importância disso.

Sobre a participação do negro no desenvolvimento do país, o historiador ressalta que o negro não contribuiu ele fez a economia, a estrutura do Brasil. “Uma contribuição é ajudar e o negro não ajudou ele foi o elemento mais importante para o desenvolvimento da economia no período colonial, sobretudo os negros Bantos”, diz Pai Célio, ressaltando que os Bantos eram preferidos dentre os prisioneiros trazidos das diversas nações africanas por serem excelentes agricultores, com experiência no cultivo do café e da cana-de-açúcar.

Neste bate-papo o ouvinte vai conhecer também os folguedos alagoanos e sua formação; a identidade do povo alagoano na busca pelo resgate da cultura de matriz africana, além da diáspora do candomblé alagoano, após 02 de fevereiro de 1912, quando autoridades locais autorizam a invasão e destruição dos terreiros de religiões afro no Estado, num episodio violento de perseguição aos pais e mães de santo que entrou para a história.

O programa conta ainda com o depoimento emocionado da mestra Hilda, do pagode Comigo Ninguém Pode, que fala sobre a importância do folguedo em sua vida. Com o Congo de Saiote, do Rio grande do Norte; Cambinda, da Paraíba; Rogério Dias e Fagner Dubrown, com Essa Nêga Fulô, composição de Jorge de Lima, dentre outras atrações.

O programa Balançando o Ganzá é uma Criação do folclorista Ranilson França, falecido em 2006, tem produção musical de Gustavo Quintela, e atualmente está sob o comando de Ivan Barsand, que traz todos os sábados das 14 às 15 horas, uma mostra da música alagoana de raiz e entrevista com artistas populares e pessoas ligadas à cultura popular em nosso Estado e região.

Fonte: Ascom- IZP

Arapiraca valoriza cultura afro-brasileira

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Missa promove reflexão sobre o racismo e a conjuntura da população negra



Com o toque dos tambores dos jovens do Centro Afro Cultural Abaça Panda do Village Campestre II/Tabuleiro dos Martins , comandado por Thiago Vinicius, de 07 anos será celebrada hoje, sexta-feira 26, às 18 horas, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora dos Prazeres, no centroda capital alagoana a última missa da Paz do ano de 2009.

A primeira missa da paz foi celebrada em fevereiro de 2008, por iniciativa do arcebispo de Maceió Dom Muniz, segundo ele estamos vivendo uma situação de violência, e, é preciso organizar a sociedade.

A celebração tem a intenção de construir uma cultura de paz na capital alagoana, como também um grande momento para juntos, Igreja, Governo, entidades civis e toda sociedade realizarem uma jornada pela paz.

E como estamos no mês da consciência negra a celebração enfocará a violência inibidora do crescimento social do povo negro , muitos e tantos habitantes das favelas e bairros periféricos de Maceió.

Com o nome sugestivo de “Uma Missa em nome da paz pelo respeito a Liberdade de Crenças e Diferenças Humana”, a celebração tem como propósito a construção de redes de diferentes pessoas em nome da paz entre povos. Para esta celebração foram convidadas comunidades de Santa Lúcia, Vilage Campestre, Lar Juvenopólis, Favela Sururu de Capote, entre outras.

A Missa da Paz voltada para a comunidade negra surgiu no dia 08 de maio de 2008 quando da realização da “Missa Afro de Ação de Graças pela Liberdade , na Igreja de São Gonçalo”, no bairro do Farol, quando Dom. Antonio Muniz propôs esse momento para reflexão sobre o racismo e a intolerância religiosa.

A Missa é parte integrante do Projeto Movimento de Novembro, promovido pelo Projeto Raízes de Áfricas, no mês da Consciência Negra.


Serviço:
O Quê? Uma Missa em Nome da Paz pelo Respeito à Liberdade de Crença e as Diferenças Humanas

Quando: 26 de novembro de 2009

Onde: Catedral Metropolitana de Maceió- Celebrante: Arcebispo de Maceió- Dom Antonio Muniz.

Sujeitos de direito- - participação franqueada ao público em geral

Promoção: Arquidiocese de Maceió/Projeto Raízes de Áfricas com o apoio Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Vereadora Fátima Santiago, SINTEAL, CUT, Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento.

Informações: (82) 8815-5794/9444-7968

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Maioria das mulheres que denunciam violência é negra, casada e tem entre 20 e 40 anos




A maioria das mulheres que buscaram a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) entre 2007 e 2009 é negra (43,3%), tem entre 20 e 40 anos (56%), está casada ou em união estável (52%) e possui nível médio (25%).
Os dados, divulgados hoje (25) pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, indicam que 93% do total de denúncias foram feitas pelas próprias vítimas. A maioria dos casos (78%) é de crimes de lesão corporal leve e ameaça. A metade dos agressores são cônjuges das vítimas.

Outro destaque do balanço indica que 69% das mulheres que recorreram ao serviço relataram sofrer agressões diariamente e que 34% delas se sentem em risco de morte. Em meio aos agressores, 39% não fazem uso de substâncias entorpecentes ou de álcool e 33% vivem com a vítima há mais de dez anos.

Dos 86.844 relatos de violência, registrados entre 2007 e 2009, 53.120 foram de violência física, 23.878 de violência psicológica, 6.525 de violência moral, 1.645 de violência sexual, 1.226 de violência contra patrimônio, 389 de cárcere privado e 61 de tráfico de mulheres.

Apenas entre janeiro e outubro de 2009, a Central de Atendimento à Mulher registrou 269.258 denúncias - um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2008, quando houve 216.035. Do total de atendimentos, 47% foram buscas por informações sobre a Lei Maria da Penha, com 127.461 atendimentos.

Uol

Negros conquistam maior aumento percentual de remuneração no mercado de trabalho brasileiro

Média salarial entre trabalhadores que se dizem negros subiu, em 2008, de R$ 916,77 para R$ 969,24, acréscimo de 5,72%. Salário entre pardos subiu 4,83% e entre brancos 1,88%


Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais, os trabalhadores declarados negros obtiveram maior aumento nos rendimentos médios, acréscimo de 5,72%, número superior à média de remuneração de todas as raças somadas, que ficou em 2,67%. A remuneração dos negros subiu de R$ 916,77 para R$ 969,24, com maior variação entre os homens, 6,67%. Os trabalhadores que se dizem pardos tiveram aumento de 4,83%. Os brancos registraram menor percentual de aumento real: 1,88%.

Na pesquisa, 1,6 milhão (5,26%) de trabalhadores formais brasileiros se autodefiniram negros. percentual maior que o registrado em 2007: 5,22%. Entre os que se declaram de cor branca há 19,6 milhões (62,32%) e pardos somam 8,5 milhões (27,31%).

"É importante dizer que são as próprias pessoas que declaram a cor da sua pele. Percebemos que entre os mais escolarizados há mais pessoas que se declaram negras, e isso acontece a reboque da concientização e afirmação racial dos negros", comenta o ministro Carlos Lupi.

Há pouca representatividade dos vínculos empregatícios para pessoas que se declaram "amarelas" e "indígenas". Ambas somadas representam apenas 1% do total. Entretanto, o número vínculos celetistas de índios subiu de 81.671 em 2007 para 84.153 em 2008, e o número de amarelos cresceu de 231.287 em 2007 para 241.119 trabalhadores.

Escolaridade - A maioria dos trabalhadores que se dizem brancos, negros ou pardos possui Ensino Médio Completo, faixa onde se encontra a maior representatividade do emprego formal, com média de 39,72%, sendo distribuída da seguinte forma: pardos com ensino médio completo são 41,58%; brancos 39,08% e negros 35,80%. Entre os trabalhadores que concluíram o nível Superior, os brancos são 13,18%, pardos 5,86% e negros 3,61%.

Gênero - Entre os trabalhadores com Terceiro Grau completo, as mulheres apresentaram maior nível de escolaridade que os homens. As mulheres brancas com nível superior são 17,52%, ante 10,41% para os homens brancos, sendo de 5,96% para mulheres negras e de 2,60% para homens negros e de 9,43% para as trabalhadoras declaradas pardas, ante 4,13% para os homens pardos.

Renda média - Apesar do crescimento de apenas 1,88%, os rendimentos médios dos vínculos empregatícios dos trabalhadores brancos são 50% superiores àqueles classificados como negros e 43,7% acima dos considerados como pardos. Em relação a 2007, verifica-se redução da desigualdade entre os rendimentos de brancos e negros (55,7%) e brancos e pardos (47,8%).


Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6537 - acs@mte.gov.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CUT no Mês da Consciência Negra


Maceió-AL, 23 de Novembro de 2009.

ÀS ENTIDADES FILIADAS DA CUT ALAGOAS
REF. SEMINÁRIO IGUALDADE RACIAL

Caros (as) companheiros (as),



Em novembro, como todos sabem, comemoramos o dia da consciência negra. É um momento onde todos os movimentos sociais voltam as suas atenções para um dos grandes problemas do nosso país, o tratamento desigual entre as raças. A CUT, que sempre lutou por essa causa, este ano está começando uma nova fase nesse processo. Criou a secretaria de igualdade racial.

Estamos planejando ações, dialogando com o movimento negro, para que esta secretaria possa contribuir com a transformação social. Na última sexta-feira, 20, comemoramos o dia da consciência negra com uma caravana sindical visitando o quilombo dos palmares, na serra da barriga. Foi um momento muito importante, onde sindicalistas e movimentos sociais mergulharam na história e vivenciaram a cultura de perto.

Agora é hora de debater. Nesta terça-feira, a Comissão dos Jornalistas pela Igualdade Racial de Alagoas, ligada ao Sindicato dos Jornalistas, está realizando um seminário para comemorar dois anos de sua existência. É muito importante que os líderes sindicais participem, acompanhem e contribuam com essa discussão. A CUT está apoiando, vai estar lá participando do debate e fortalecendo a luta. Esperamos que todas as categorias cutistas se façam presentes, com no mínimo um representante, para que as informações passadas se multipliquem por nossa base.

Segue em anexo o texto com informações sobre o evento e sua programação.

Na certeza de que contaremos com a participação de todos, deixamos nossas



Saudações CUTistas.


José Cícero da Silva -SECRETÁRIO DE IGUALDADE RACIAL

Seminário discute identidade étnica no Censo 2010

A atividade integra a programação do mês da consciência negra e também comemora os dois anos de atuação da Cojira em Alagoas


Por: Helciane Angélica – Jornalista / Cojira-AL

Lideranças dos segmentos afros, jornalistas, estudantes de comunicação social e educadores das mais diversas áreas discutirão nesta terça-feira (24.11), o tema: “Identidade Étnica no Censo 2010 e a responsabilidade social da mídia”, que acontecerá no auditório do Sesc-Poço em Maceió. A atividade integra o mês da consciência negra e também comemora os dois anos de atuação da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL).

A programação terá início às 14h com o credenciamento, onde os participantes poderão se inscrever gratuitamente no local. A partir das 15h, a atividade será oficialmente aberta com a mesa de honra, em seguida terão as palestras que abordarão os termos racistas e a descaracterização dos afro-descendentes na mídia nacional; os preparativos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a inclusão da identidade étnica no Censo 2010, além de avaliar como a mídia e o movimento negro podem contribuir para a identidade étnica.

O tema escolhido para o seminário se configura como uma pauta importante para a América Latina e todos precisam ter acesso às informações. Pela primeira vez será implantado o item “etnia, raça e cor” nas próximas pesquisas demográficas (acontecem a cada 10 anos) e os recenseadores terão que passar em todas as residências, pois não será por amostragem. Segundo Valdice Gomes, Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), “esse critério de avaliação vai permitir o conhecimento de dados estatísticos fundamentais para a elaboração de políticas públicas e promoção da igualdade étnicorracial. Há estimativas que a população afro-descendente no Brasil representa 50,6%, mas precisamos saber exatamente quantos somos, onde estamos e como vivemos”, declarou.

A Cojira-AL é interligada ao Sindjornal e foi a primeira do Nordeste, também é uma referência nacional, devido às atividades desenvolvidas em prol de uma mídia democrática e que respeite a diversidade étnica, religiosa e opção sexual. Faz parte de uma rede composta por sete coletivos no Brasil: seis Cojiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Alagoas, Bahia e Paraíba) e o Núcleo de Comunicadores Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul.

O evento tem o apoio do Cesmac, Sesc-Alagoas, Central Única dos Trabalhadores (CUT-AL), Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô e a ONG Maria Mariá. É aberto ao público e os participantes terão direito a certificado.


Programação Completa:

14h00 – Credenciamento

15h00 – Abertura

16h00 – Painel: “Identidade étnica no censo 2010 e a responsabilidade social da mídia”

* Termos racistas na mídia e a invisibilidade étnica

Carlos Martins (Ativista; acadêmico de Ciências Sociais e integrante do Núcleo de Estudos sobre a Violência em Alagoas da Ufal).

* Descaracterização do negro na mídia nacional

José Amaral Neto (Jornalista/MG)

* Preparativos e mecanismos para a inclusão da identidade étnica no Censo 2010

Adalberto Ramos (Chefe da Unidade Estadual do IBGE/AL)


* Censo 2010: Como a mídia e o movimento negro podem contribuir para a identidade étnica

Maria Inês Barbosa (Coordenadora Executiva do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher - Unifem)


17h00 – Debate

18h30 - Café com prosa

19h00 - Encerramento