Djavan Caetano Viana, cantor e compositor, foi o único negro a receber a Medalha do Mérito da República Marechal Deodoro da Fonseca, destinada para as personalidades que contribuem com o processo de consolidação da democracia social do país.
A solenidade ocorreu na noite de domingo (15), no Memorial à República em Maceió-AL. Ao todo foram nove homenageados: a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Elizabeth Carvalho; o empresário Cândido Toledo; o escritor Ledo Ivo; o auditor fiscal e delegado da Receita Federal em Alagoas, Francisco Augusto Carlos; o cantor e compositor Djavan; o cineasta Cacá Diegues; o músico e instrumentalista Hermeto Pascoal; professor Hermógenes e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Veja o que o Governador Teotonio Vilela falou em seu discurso sobre o músico, que é uma referência internacional.
Djavan, quando, da sua irresistível ascensão à notoriedade — fama mais que merecida, seja por talento, seja por trabalho, você não se descuidou de levar Alagoas junto. Ao batizar de “Sururu de Capote” sua primeira banda, você disse o quanto prestigiava e preservava suas raízes.
Glória à parte, você é o Djavan de sempre, o alagoano de Maceió.
Seu sorriso continua o mesmo, a mesma generosidade de quando estudávamos no Grupo Escolar Experimental, no Cepa, no primeiro e segundo ano ginasial. Djavan era colega de turma de Zé Aprígo e, como não poderia deixar de se ser, andávamos juntos, jogávamos bola — você, um craque, apesar de mascarado.
Éramos uma grande turma. Relembro uma das piadas correntes, que nos dá conta de que Djavan, tendo se empregado como gerente de uma das bancas de revistas do Ricardo Braga, só resolveu abandonar o emprego e ir tentar a sorte do Rio de Janeiro, depois que nosso querido Ricardo, um dos maiores mão de vaca da cidade, quase teve um ataque do coração quando lhe foi solicitado um pequeno aumento. Hoje, muitos acham que Djavan deve seu sucesso, principalmente, ao pãodurismo do Ricardo, pois se ele fosse mais mão aberta nosso herói poderia daqui não ter arribado.
Mas, piadas à parte, você se foi, só com sua arte e coragem. Mas levou Alagoas em seu matulão. Você venceu, e Alagoas venceu junto.
Não é por outro motivo que em “Alagoas” você coloca numa grande composição muito mais que simples lembranças de sua terra. Você, ali, imortaliza nossa alma alagoana, nosso humor, nossas ruas, nossa esperança...
Permitam-me lembrar versos de “Alagoas”
Ô Maceió
É três mulé prum homem só
Ô Maceió
É três mulé prum homem só
Eu fui batizado na capela do farol Matriz de Santa Rita, Maceió
(...)
Você me deu liberdade
Pra meu destino escolher
E quando sentir saudades
Poder chorar por você
Não vê, minha terra mãe
Que estou a me lamentar
É que eu fui condenado a viver do que cantar
A--la, a--la, ala, Alagoas
A--la, a--la, ala,
Alagoas
Querido amigo Djavan, Alagoas lhe será eternamente grata por seu amor.
Fotos: Thiago Sampaio
Com informações da Agência Alagoas
A solenidade ocorreu na noite de domingo (15), no Memorial à República em Maceió-AL. Ao todo foram nove homenageados: a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Elizabeth Carvalho; o empresário Cândido Toledo; o escritor Ledo Ivo; o auditor fiscal e delegado da Receita Federal em Alagoas, Francisco Augusto Carlos; o cantor e compositor Djavan; o cineasta Cacá Diegues; o músico e instrumentalista Hermeto Pascoal; professor Hermógenes e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Veja o que o Governador Teotonio Vilela falou em seu discurso sobre o músico, que é uma referência internacional.
Djavan, quando, da sua irresistível ascensão à notoriedade — fama mais que merecida, seja por talento, seja por trabalho, você não se descuidou de levar Alagoas junto. Ao batizar de “Sururu de Capote” sua primeira banda, você disse o quanto prestigiava e preservava suas raízes.
Glória à parte, você é o Djavan de sempre, o alagoano de Maceió.
Seu sorriso continua o mesmo, a mesma generosidade de quando estudávamos no Grupo Escolar Experimental, no Cepa, no primeiro e segundo ano ginasial. Djavan era colega de turma de Zé Aprígo e, como não poderia deixar de se ser, andávamos juntos, jogávamos bola — você, um craque, apesar de mascarado.
Éramos uma grande turma. Relembro uma das piadas correntes, que nos dá conta de que Djavan, tendo se empregado como gerente de uma das bancas de revistas do Ricardo Braga, só resolveu abandonar o emprego e ir tentar a sorte do Rio de Janeiro, depois que nosso querido Ricardo, um dos maiores mão de vaca da cidade, quase teve um ataque do coração quando lhe foi solicitado um pequeno aumento. Hoje, muitos acham que Djavan deve seu sucesso, principalmente, ao pãodurismo do Ricardo, pois se ele fosse mais mão aberta nosso herói poderia daqui não ter arribado.
Mas, piadas à parte, você se foi, só com sua arte e coragem. Mas levou Alagoas em seu matulão. Você venceu, e Alagoas venceu junto.
Não é por outro motivo que em “Alagoas” você coloca numa grande composição muito mais que simples lembranças de sua terra. Você, ali, imortaliza nossa alma alagoana, nosso humor, nossas ruas, nossa esperança...
Permitam-me lembrar versos de “Alagoas”
Ô Maceió
É três mulé prum homem só
Ô Maceió
É três mulé prum homem só
Eu fui batizado na capela do farol Matriz de Santa Rita, Maceió
(...)
Você me deu liberdade
Pra meu destino escolher
E quando sentir saudades
Poder chorar por você
Não vê, minha terra mãe
Que estou a me lamentar
É que eu fui condenado a viver do que cantar
A--la, a--la, ala, Alagoas
A--la, a--la, ala,
Alagoas
Querido amigo Djavan, Alagoas lhe será eternamente grata por seu amor.
Fotos: Thiago Sampaio
Com informações da Agência Alagoas
Realmente merecida homenagem,pois além de um grande poeta, compositor e cantor,um cidadão que sempre canta sua Pátria por qualquer parte do mundo que esteja,parabéns Djavan.
ResponderExcluirPoeta do ontem,do hoje e o será do amanhã.
.....Hannak.....