segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mestrandas da Bahia ministram oficina em “Um Dia de Graça no Terreiro”


Localizado em uma região inóspita cercada por carências estruturais gritantes para a sobrevivência humana, o Centro Afro Cultural Abaça de Oxum Panda, dirigido pela Yalorixá conhecida como Mãe Rosa é espaço de acolhimento e aprendizado espiritual para muitas pessoas que desafiam diariamente a dificuldade de acesso, por entre ruas intransitáveis e esgoto a céu aberto no Village Campestre II, bairro do Tabuleiro do Martins.

E foi nesse espaço que
Mariluce Santana Vida e Luciana dos Santos Pita, mestrandas do Programa de pós-graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade Estadual da Bahia ministraram no dia 07 de novembro,das 11 às 14 horas a oficina temática Eu, Meus Pais e Meus Avós: uma reconquista da ancestralidade, tendo como objetivo promover entre os cerca de 35 participantes da comunidade local a construção de sua árvore genealógica (simbólica), bem como o reconhecimento de suas matrizes primordiais, tomando como referência o universo nagô.

A atividade que dá continuidade a programação do Novembro em Movimento, iniciado dia 06 de novembro com o II Colóquio Internacional Brasil x Áfricas Arte, Culturas/Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió-Alagoas abriu a 1ª edição do Projeto “Um Dia de Graça no Terreiro.


A ação do Projeto Raízes de Áfricas pretende constituir-se em um espaço de desmistificação, discussão e reflexão sobre as concepções sócio-culturais relacionadas aos espaços dos terreiros.

A proposta é mobilizar redes de pessoas e instituições visando à quebra dos paradigmas marginais que cerca o conhecimento compartilhado nos espaços dos terreiros.


Segundo Mãe Rosa, yalorixá responsável pelo Centro Afro: “a sociedade ainda não reconhece e acolhe a atividade social dos terreiros e o projeto Um Dia de Graça abre portas para se trabalhar a intolerância religiosa, cria pontes para que se perceba que nos terreiros existe a crença na universalidade do conhecimento,do amor fraterno, solidariedade e respeito ao próximo.


A Oficina: Eu, Meus Pais e Meus Avós foi uma experiência rica, emocional, conscientizadora e humanizadora que integrou o reconhecimento ancestral e a afirmação da identidade religiosa, partilhando e conferindo sentimentos de pertencimento, numa linguagem capaz de ser percebida,compreendida e vivida por todo o grupo, composto de 30 pessoas entre crianças, adolescentes da comunidade local.


O encerramento da atividade foi marcado pela graça das expressões artísticas das adolescentes, através de cantos e danças realizados com entusiasmo, palmas, saudações aos orixás e a diversidade humana. Mais informações estão disponíveis no link http://www.cadaminuto.com.br/ index.php/blog/blog-raizes-da-africa


Fonte: Divulgação

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos sua mensagem!
Axé!