sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Orquestra de Tambores lança CD "Bantus e Caetés"

É com alegria e entusiasmo que anunciamos o lançamento do cd "Bantus e Caetés", o primeiro disco compacto do grupo percussivo Orquestra de Tambores



Contemplado na edição 2008 do programa BNB de Cultura, para patrocínio de projetos culturais e com o apoio da SECULT-AL o cd "Bantus e Caetés" foi realizado em dez meses de 2008, contando com os meses de planejamento, e fases de seleção de músicas, gravação, edição, revisão e prensagem do compacto.

As 14 faixas de pura música, são fruto da pesquisa e mistura de sons afro e alagoanos, nesses quatro anos de existência da "Orquestra de Tambores de Alagoas", que apresenta numa das faixas do “Bantus e Caetés” a participação mais que especial do percussionista Naná Vasconcelos.

As sonoridades inspiram a reflexão sobre a cultura africana trazida com os negros escravizados na África (o povo das línguas bantas, os bantus), que misturados aos índios caetés, criaram uma musicalidade bem própria e característica da região das lagoas, Alagoas.

O “Bantus e Caetés” será lançado no próximo dia 20 de dezembro, às 19 horas, no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (MISA) em Maceió, em show aberto destinado ao público.

Coordenado pelo músico, luthier e instrumentista Wilson Santos, o grupo percussivo "Orquestra de Tambores de Alagoas" agradece a todos os músicos, público, patrocinador – Banco do Nordeste do Brasil - e apoiadores – Secretaria do Estado de Alagoas e Fundação Municipal de Cultura - que colaboraram para a realização deste projeto e aguarda o público apreciador da música afro alagoana, para a noite de lançamento do cd “Bantus e Caetés”, que será precedida de uma oficina de percussão afro-mandinga, com o percussionista francês Stephano Perruchet.


Por quê ‘Bantus e Caetés’?


O ‘Bantus e Caetés’ é, como o próprio nome afirma, uma mistura de influência de duas culturas.

A cultura dos bantus - como eram chamados os negros de um grupo etnolingüístico localizado principalmente na África subsariana (entre a região de Camarões, se estendendo até à África do Sul e ao Oceano Índico), que foram trazidos para o Brasil na época da escravidão e fazem parte da mesma família lingüística, a das línguas bantas, e partilham, muitas vezes dos mesmos costumes culturais – e dos caetés – o povo indígena originário, na época da colonização portuguesa no Brasil, na área geográfica, onde atualmente se compreende o estado de Alagoas.

Segundo o percussionista e coordenador da Orquestra de Tambores de Alagoas, Wilson Santos, “a nossa musicalidade descende dessa vertente, do crescimento espiritual e cultural do lugar de onde vieram os negros, bantus – da terra-mãe África e da miscigenação com o povo indígena que habitava aqui, os caetés”.

A musicalidade do grupo, essencialmente expressa por elementos sonoros extraídos de instrumentos como flauta, pífano e tambores, possibilitam a reprodução intuitiva de elementos da natureza, como o vento e a terra. Para o músico, esse processo já está codificado internamente. Sobre o trabalho ele afirma, “é uma cultura primitiva com base no contemporâneo, é só lembrar, porque, isto já nasce com a gente”.


Fonte:
Raquel Vieira Brandão
Assessora de Comunicação e de Projeto de Cultura - Orquestra de Tambores
Assessora de Comunicação e Geral do Projeto de Gravação do cd “Bantus e Caetés”.
(82) 8882-9150

Um comentário:

  1. Olá Helciane. Muito grata pela publicação. Foi lindo o lançamento! Sorte à Orquestra com este trabalho publicado! Feliz Natal a todos.

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