quinta-feira, 29 de maio de 2008

Encontro Afro-Alagoano lota Palácio República dos Palmares

Texto:Mônica Lucia
Jornalista e integrante da Cojira/AL
Fotos: Helciane Angélica


O secretário interino da Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial, Elói Ferreira, convocou ontem, a sociedade para fazer uma mobilização e garantir a aprovação no Congresso Nacional, do Estatuto da Igualdade Racial. A convocação foi feita durante o 31º Encontro Afro Alagoano da Educação, que contou também com a participação do embaixador de Moçambique no Brasil, Murade Isaac. O evento foi promovido pela Gerência de Educação Étnico-Racial, da secretaria de Estado da Educação.


Painel de abertura: Elói Ferreira (Ministro interino da SEPPIR), Maria Cícera Pinheiro (Secretaria Adjunta da SEEE), Arísia Barros (Gerente Étnico-Racial da SEEE) e Murade Isaac (Embaixador de Moçambique no Brasil)



O evento teve como foco os 120 Anos da Abolição da Escravatura e a Escravatura Contemporânea. O ministro Elói Ferreira, que fez uma palestra sobre o tema disse que, o governo Federal tem dado sua contribuição a população negra, a partir do momento que criou a secretaria, que tem como finalidade desenvolver políticas públicas para a comunidade afro-brasileira.

De acordo com o secretário o povo brasileiro enfrenta mais um desafio que é aprovar no Congresso Nacional, o Estatuto da Igualdade Racial. Elói afirma que, o mesmo representa um avanço e, irá garantir justiça social para todos. Ele também, defendeu o sistema de cotas para negros nas universidades brasileiras."Um segmento da elite está atacando o sistema de cotas para negros, porque nas universidades não houve intolerância , que era o que eles queriam.E, ainda, os alunos negros estão tendo um bom desempenho", destacou.

Ainda durante a palestra o secretário interino, afirmou que Alagoas dar exemplo ao Brasil, ao criar a Lei 6.814 de julho do ano passado, que inseriu no currículo escolar o estudo da História da África.

O embaixador de Moçambique no Brasil, Murade Isaac, disse que os dois países têm laços históricos e sempre lutaram contra toda forma de domínio. Isaac elogiou o presidente Luís Inácio Lula da Silva, que tem viabilizado ações para os afro-descendentes.E, elogiou Alagoas pela implantação do estudo da África nas unidades de ensino. Seguindo o exemplo do Brasil, anunciou que em Moçambique, os professores serão treinados para ensinarem a histórias africana e afro-brasileira." Temos que formar um novo homem, capaz de enfrentar os desafios do futuro", diz.

A coordenadora da Gerência de Educação Étnico-Racial, Arísia Barros, explicou que os encontros estão servindo para consolidar cada vez mais, a lei estadual. Segundo ela, o racismo que ainda existe na sociedade começa a partir da ignorância e, a educação é um meio de passar a verdade dos fatos. Apesar dos 120 anos da Abolição da Escravatura, Arísia disse que, as desigualdades ainda existem, o que mostra a necessidade de criar políticas públicas.

Durante o evento as jornalistas Valdice Gomes e Helciane Angélica, fizeram a apresentação da Comissão de Jornalistas pela Promoção da Igualdade Racial, do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, que foi instalada em novembro do ano passado. Além do lançamento da revista Manacá, da Igreja Batista do Pinheiro e do concurso Beleza Negra, que contará com a participação de estudantes da rede pública estadual de todo o Brasil.


O Encontro aconteceu no Palácio do Governo República dos Palmares, nos dias 28 e 29 de maio, e contou com a participação de professores, estudantes, militantes do movimento negro e profissionais das mais diversas áreas interessados nas questões étnicos-raciais.



Público heterogêneo e expressivo

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