
Texto e fotos: Emanuelle Oliveira
Jornalista / Integrante da Cojira-AL
Com o tema: Projeto Político do povo negro para o Brasil, o Congresso nacional de negros e negras do Brasil - Conneb, reuniu nos dias 29, 30 e 31 cerca de 250 delegados de entidades de todo o país, inclusive de Alagoas, no auditório do Gazômetro (Palácio da Residência). O evento foi realizado simultaneamente ao Fórum Social Mundial (FSM) 2009.

O ministro da igualdade racial, Edson Santos foi um dos palestrantes e ressalt
ou a importância da criação de condições para dar maior visibilidade aos negros no Brasil, que esperam a aprovação do Estatuto da igualdade racial, que tramitou cerca de 10 anos no Congresso Nacional e que atualmente está no Senado.

“O FSM precisa transmitir uma mensagem de solidariedade e buscar a construção de um mundo sem racismo. No Ministério temos desenvolvido ações de políticas públicas e cumprido uma agenda social voltada para as comunidades quilombolas. Em relação a elas o Incra e o responsável pela demarcação das terras”, explicou Edson Santos.

“A região sul tem um dos maiores índices de racismo e imaginam que lá não existem negros, mas representamos 20% da população e temos cerca de 100 entidades no estado, além de sermos responsáveis por grandes articulações nacionais. Também temos grandes líderes, como o senador Paulo Paim e lutamos por uma reforma política para o empoderamento dos negros. Falta apoio do governo federal para a aprovação do estatuto, porque a elite branca não quer e já realizamos muitas manifestações, só que a Rede Globo controla os espaços de poder e não mostra isso”, informou Luiz Mendes.
Já Flavio Jorge, que é de São Paulo e faz parte do Conselho Nacional de Entidades Negras disse que a ideia de realizar o Conneb durante o FSM 2009 foi uma forma de dar visibilidade mundial ao movimento. “Nossa entidade reúne empresários, pesquisadores, políticos e mulheres negras com o objetivo de colocar em xeque o mito da democracia racial, reconhecendo que o pais é racista. Conquistamos muitas coisas, como o título de terras quilombolas e a aprovação da Lei 10.639, que institui o ensino da história dos negros no Brasil e na África e agora queremos que a reforma política nos incorpore aos partidos”, ressaltou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos sua mensagem!
Axé!