Representantes de quatro religiões falaram sobre a importância de respeitar a liberdade de escolha
Texto: Amanda Camelo
Fotos: Adailson Calheiros

Na abertura do ato, o secretário Álvaro Machado ressaltou a intenção do Estado de ajudar a combater qualquer tipo de preconceito social, principalmente o religioso. “O fato de o primeiro Dia Estadual de Combate à Intolerância Religiosa ser comemorado na presença de legítimos representantes de várias religiões demonstra o amadurecimento da sociedade na busca pelo fim do preconceito. Façamos desta data um símbolo de respeito à liberdade”.

O encontro inter-religioso contou com a presença dos secretários da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Wedna Miranda; da Educação e do Esporte, Márcia Valéria, e do Planejamento e do Orçamento, Sérgio Moreira, além de deputados, lideranças religiosas e representantes da sociedade civil organizada.

Em nome de todos os praticantes de religiões de matriz africana no Estado, a yalorixá Mãe Miriam reivindicou que a sociedade precisa colocar em prática o que já é lei no papel. “Nós esperamos que todos reconheçam que os praticantes das mais diversas religiões têm os mesmos direitos. Se houver quem não goste das religiões de matriz africana, ao menos respeite nossas crenças, já que temos liberdade de crença validada na Constituição Federal”.

O também representante da religião católica, padre Manoel Henrique, ressaltou que a educação e a informação são ferramentas importantes no combate à intolerância religiosa. “O crescimento do aprendizado religioso está crescendo em nosso Estado, prova disso é a abertura de cursos que tratam de Ciências da Religião, que vai abrir os horizontes daqueles que serão porta-vozes da igualdade e do bem que todas as religiões pregam. Precisamos ser religiosos sem medo e sem vergonha de fazer parte de qualquer religião que seja”.

O pastor Nogueira, capelão evangélico da Polícia Militar, enfatizou o propósito que tem a sanção da lei. “Comemorar este dia 2 tem o propósito de produzir efeito de mudança, para que possamos reconhecer de fato o direito de cada um. Estamos suficientemente supridos de religiões para nos odiarmos tanto, através das palavras de Deus, seja de que religião for, não podemos pensar em intolerância”.
O ato foi encerrado com um canto pela paz, realizado pelos líderes das religiões de matriz africana e, em seguida, por cânticos católicos.
Fonte: Agência Alagoas
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