Por: Kelly Baeta - COJIRA/AL
“Sim, enfrentei muito preconceito!” Essa foi a resposta que a modelo alagoana Bárbara Suellem deu a nossa entrevista sobre o início da sua carreira como modelo. Filha única, nascida no bairro do Prado, em Maceió, tendo pai negro e mãe branca, conheceu o preconceito racial dentro da própria família. Atualmente, com planos de continuar sua carreira nos Estados Unidos, a jovem se considera vitoriosa por ter conseguido alçar voos nos trabalhos da concorrida e sonhada profissão. Com 24 anos, tem no currículo trabalhos para marcas famosas como Perdigão, Extra, Carrefour, editoriais para Imaginarium, Pernambucanas e Karsten.
Qual a experiência mais marcante da sua carreira?
Em um concurso de beleza, uma menina linda e loira, hoje bastante conhecida, começou a carreira junto comigo, na mesma época. Ela sempre dizia durante as etapas desse concurso que eu não iria passar, nunca chegaria à final. Eu fiquei em primeiro lugar. Tinha 15 anos na época, era tão ingênua que não revidei as agressões com palavras, apenas chorei.
Como tudo começou?
Nesse mesmo concurso, onde enfrentei o preconceito com outra modelo, fui chamada para uma agência local que não durou muito tempo. Depois migrei para outra agência, até que resolvi trabalhar para mim mesma, pois as agências cobram percentagem e não vale muito à pena. Então, resolvi ir para São Paulo, fiz entrevista numa agência, fui aceita e trabalhei por um ano. Em seguida tive que voltar para Maceió, pois sou filha única e minha mãe sentia muito a minha falta.
Já enfrentou algum tipo de preconceito racial na família?
Sim, por parte dos meus avós. Minha mãe é branca e meu pai negro, por isso meus avós não aceitaram o namoro. Até que minha mãe engravidou e eu nasci negra. No dia em que minha mãe saiu da maternidade, voltando para a casa, minha avó falou para a minha mãe: “filho de negro não entra na minha casa”. Minha mãe guarda essa mágoa até hoje. O mais interessante dessa história é que minha avó também é negra, no caso é parda, mais pode ser considerada negra, somos descendentes de índios.
Como está a sua situação familiar atualmente?
Hoje em dia, eu me dou muito bem com a minha avó, ela ainda tem uma pouco de preconceito quando minhas tias se relacionam com negros. Minha tia mais nova era casada com um negro, minha avó infernizou tanto a vida dela, até que conseguiu separar o casal (risos). Não entendo o porquê disso, relevo.
Como está sua carreira atualmente?
Eu casei e engravidei, estou com um bebê de onze meses. Meu esposo é americano e eu vivo entre o Brasil e os Estados Unidos. Tenho planos de voltar a trabalhar brevemente.
Como está sendo sua experiência nos Estados Unidos?
Quando viajei, fui temerosa. Escutei muita gente dizendo que os Estados Unidos é um país com muito preconceito, que eu não me daria bem, que lá tem bairros somente para brancos e bairros somente para negros. Mas, onde eu estive fui muito bem recebida, tenho um empresário que cuida dos meus contatos e está esperando a minha volta. Vou fazer uma entrevista para a Next Model, uma ótima agência.
Qual a experiência mais marcante da sua carreira?
Em um concurso de beleza, uma menina linda e loira, hoje bastante conhecida, começou a carreira junto comigo, na mesma época. Ela sempre dizia durante as etapas desse concurso que eu não iria passar, nunca chegaria à final. Eu fiquei em primeiro lugar. Tinha 15 anos na época, era tão ingênua que não revidei as agressões com palavras, apenas chorei.
Como tudo começou?
Nesse mesmo concurso, onde enfrentei o preconceito com outra modelo, fui chamada para uma agência local que não durou muito tempo. Depois migrei para outra agência, até que resolvi trabalhar para mim mesma, pois as agências cobram percentagem e não vale muito à pena. Então, resolvi ir para São Paulo, fiz entrevista numa agência, fui aceita e trabalhei por um ano. Em seguida tive que voltar para Maceió, pois sou filha única e minha mãe sentia muito a minha falta.
Já enfrentou algum tipo de preconceito racial na família?
Sim, por parte dos meus avós. Minha mãe é branca e meu pai negro, por isso meus avós não aceitaram o namoro. Até que minha mãe engravidou e eu nasci negra. No dia em que minha mãe saiu da maternidade, voltando para a casa, minha avó falou para a minha mãe: “filho de negro não entra na minha casa”. Minha mãe guarda essa mágoa até hoje. O mais interessante dessa história é que minha avó também é negra, no caso é parda, mais pode ser considerada negra, somos descendentes de índios.
Como está a sua situação familiar atualmente?
Hoje em dia, eu me dou muito bem com a minha avó, ela ainda tem uma pouco de preconceito quando minhas tias se relacionam com negros. Minha tia mais nova era casada com um negro, minha avó infernizou tanto a vida dela, até que conseguiu separar o casal (risos). Não entendo o porquê disso, relevo.
Como está sua carreira atualmente?
Eu casei e engravidei, estou com um bebê de onze meses. Meu esposo é americano e eu vivo entre o Brasil e os Estados Unidos. Tenho planos de voltar a trabalhar brevemente.
Como está sendo sua experiência nos Estados Unidos?
Quando viajei, fui temerosa. Escutei muita gente dizendo que os Estados Unidos é um país com muito preconceito, que eu não me daria bem, que lá tem bairros somente para brancos e bairros somente para negros. Mas, onde eu estive fui muito bem recebida, tenho um empresário que cuida dos meus contatos e está esperando a minha volta. Vou fazer uma entrevista para a Next Model, uma ótima agência.
Fonte: Encarte Afro Especial "Axé!" - Tribuna Independente (20.11.10)
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