sábado, 28 de novembro de 2009

Identidade negra e cultura popular na Educativa FM


Pai Célio, homenageado pelo Governo do Estado, fala de Zumbi e da contribuição do negro para o desenvolvimento do País


Por: Iranei Barreto


Dedicado ao resgate e a valorização das tradições folclóricas alagoana, o programa Balançando o Ganzá deste sábado (28) entrevista Célio Rodrigues dos Santos, historiador, coordenador do Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogum-té e sacerdote de matriz africana, que recebeu do governo do Estado, no último dia 20 de novembro, a comenda Zumbi dos Palmares. O programa vai ao ar todos os sábados, das 14h às 15h, pela Educativa FM, emissora integrante do Instituto Zumbi dos Palmares.

A entrevista gira em torno do Dia da Consciência Negra, pesquisas que vem sendo feitas pelo entrevistado sobre identidade negra e acerca do que é religião de matriz africana.

Em uma hora de programa o apresentador Ivan Barsand conversa também sobre a importância de Zumbi e o seu legado, sobretudo em relação aos primeiros grupos étnicos que chegaram ao Brasil, contextualizando a importância disso.

Sobre a participação do negro no desenvolvimento do país, o historiador ressalta que o negro não contribuiu ele fez a economia, a estrutura do Brasil. “Uma contribuição é ajudar e o negro não ajudou ele foi o elemento mais importante para o desenvolvimento da economia no período colonial, sobretudo os negros Bantos”, diz Pai Célio, ressaltando que os Bantos eram preferidos dentre os prisioneiros trazidos das diversas nações africanas por serem excelentes agricultores, com experiência no cultivo do café e da cana-de-açúcar.

Neste bate-papo o ouvinte vai conhecer também os folguedos alagoanos e sua formação; a identidade do povo alagoano na busca pelo resgate da cultura de matriz africana, além da diáspora do candomblé alagoano, após 02 de fevereiro de 1912, quando autoridades locais autorizam a invasão e destruição dos terreiros de religiões afro no Estado, num episodio violento de perseguição aos pais e mães de santo que entrou para a história.

O programa conta ainda com o depoimento emocionado da mestra Hilda, do pagode Comigo Ninguém Pode, que fala sobre a importância do folguedo em sua vida. Com o Congo de Saiote, do Rio grande do Norte; Cambinda, da Paraíba; Rogério Dias e Fagner Dubrown, com Essa Nêga Fulô, composição de Jorge de Lima, dentre outras atrações.

O programa Balançando o Ganzá é uma Criação do folclorista Ranilson França, falecido em 2006, tem produção musical de Gustavo Quintela, e atualmente está sob o comando de Ivan Barsand, que traz todos os sábados das 14 às 15 horas, uma mostra da música alagoana de raiz e entrevista com artistas populares e pessoas ligadas à cultura popular em nosso Estado e região.

Fonte: Ascom- IZP

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