domingo, 29 de abril de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
CUT e sindicatos discutem combate ao racismo no mundo do trabalho
Por: Valdice Gomes
Fotos: Heloisa Ballarini / SVELA
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
ONU apoia políticas de cotas raciais em universidades públicas do Brasil
A Organização das Nações Unidas (ONU) reafirmou nesta quarta-feira (25), seu apoio à política de cotas raciais nas universidades brasileiras. Em nota, a organização disse reconhecer os esforços do Estado e da sociedade no País no combate às desigualdades e na implementação de políticas afirmativas
'O Sistema das Nações Unidas no Brasil reconhece a adoção de políticas que possibilitem a maior integração de grupos cujas oportunidades do exercício pleno de direitos têm sido historicamente restringidas, como as populações de afrodescendentes, indígenas, mulheres e pessoas com deficiências', diz a nota.
A constitucionalidade da reserva de vagas em universidades públicas, com base no sistema de cotas raciais da Universidade de Brasília (UnB), está sendo julgada hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação foi ajuizada pelo partido Democratas (DEM), em 2009.
De acordo com a ONU, o Brasil reduziu, nos últimos anos, as taxas de analfabetismo, pobreza, desnutrição infantil e aumentou a quantidade de anos de estudos de sua população. Ainda assim, o país ainda tem desigualdades de gênero, raça e etnia. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 70% da população considerada pobre é negra, enquanto entre os 10% mais ricos, apenas 24% são negros.
A organização destacou ainda os compromissos assumidos pela comunidade internacional em grandes conferências mundiais. O Brasil, membro das Nações Unidas desde sua criação, em 1945, é signatário de boa parte desses instrumentos de proteção, desde os mais gerais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, até os mais específicos, como a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (Cerd, sigla em inglês).
Fonte: Agência Brasil
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Fogo sob controle; Memorial não tem plano de combate a incêndio
Fonte: Tudo na Hora
terça-feira, 24 de abril de 2012
Visita da Ministra
Texto e foto: Helciane Angélica - Jornalista
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Ministra Luiza Bairros se reúne com lideranças afrodescendentes
domingo, 22 de abril de 2012
Professora da UFAL vem ao Programa Mesa Z e chora com homenagem de ex-alunos
Neste último programa, no dia 21, a convidada foi a Professora da Universidade Federal deAlagoas, Maria Aparecida Batista de Oliveira. Formada em Filosofia e tem seu mestrado em História, na UFAL. No estúdio a turma conversou sobre as questões que envolvem as mulheres na sociedade: violência, relações de trabalho e racismo.
Cida Batista, como muitos a chamam no meio acadêmico, iniciou o bate papo fazendo um comparativo entre a cidade de União dos Palmares de ontem e de hoje. Para ela, a cidade perdeu algumas características de cidade do interior. Ainda no início do programa falou sobre o tempo em que foi professora nas escolas Fernando Juazeiro e Santa Maria Madalena e de como foi se mudar para Maceió para estudar Filosofia e Direito.
Aparecida vem fazendo palestras sobre a violência em torno da mulher. Ela revela que a mulher negra sofre duas vezes, por ser mulher e negra, "para elas ficaram os papéis de doméstica e objeto sexual na sociedade". Em seus estudos ela descobriu que é dentro de casa que as mulheres estão mais sujeitas à violência. Os parceiros são responsáveis pela maioria dos crimes em casa.
Segundo a feminista, a sociedade perde com qualquer tipo de violência, que causa sériosprejuízos para a saúde mental de quem a vivencia. A professora disse que a Lei Maria da Penha (cidadã cearense vítima da violência doméstica causada por marido, um professor universitário) tem papel importante no combate a esse tipo de violência, que pode ser denunciada pela vítima e por outra pessoa que saiba de algum caso.
Para a professora, muitas mulheres não denunciam os companheiros por vários motivos, entre eles a vergonha de dizer que apanha e a dependência afetiva e financeira. Soma-se a isso o despreparo de alguns agentes da lei em atender esses casos. Há situações em que o agente pergunta à vítima "o que ela fez para apanhar". Cida Batista acredita que muitas dessas questões sobre violência estão no nosso subconciente, onde aprendemos que a mulher tem que ser submissa.
Outro aspecto relevante para a desvalorização da mulher está em músicas que tratam a mulher como um objeto. Em suas pesquisas a professora encontrou diversas músicas com teor pejorativo da imagem feminina. No entanto, a violência praticada contra as mulheres não é uma exclusividade brasileira e tem se tornado um problema mundial.
Defensora das cotas para negros, a professora foi uma das vozes, juntamente com colegas do movimentos negro e universitário, na luta pela aprovação do sistema, que tem mudado as universidades com a chegada de muitos que não conseguiram ter as mesmas oportunidades que outros alunos.
O momento mais emocionante da entrevista foi quando familiares e ex-alunas ligaram e falaram das lições de vida que a professora transmitiu na sala de aula e de sua luta pela espaço da mulher em todos os segmentos da sociedade. Aparecida Batista chorou ao ouvir de uma de suas primas que ela é um orgulho para todos os palmarinos.
Fonte: Blog JMarcelo Fotos
sábado, 21 de abril de 2012
Integrantes do Movimento Negro definem pauta para tratar com Ministra da Seppir
Na manhã dessa sexta-feira (20.04), no auditório da Secretaria Estadual da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos - localizado no antigo Hotel Beiriz, na Rua do Sol em Maceió - teve reunião de articulação para o fechamento da pauta que tratará com a Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, que virá a Alagoas para a sua primeira visita oficial.
A Comissão dos Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) acompanhou a reunião e participou das discussões em conjunto com gestoras e representantes das entidades do movimento negro, presentes: Federação Alagoana de Capoeira (Falc), Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô/APNs-AL, Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro, Unegro-AL, Projeto Raízes de África e os Neabs - Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). O advogado Alberto Jorge Ferreira (Betinho), Presidente da Comissão de Defesa das Minorias Étnicos e Sociais da OAB-AL, não pôde estar presente, mas encaminhou sua contribuição da pauta por email.
Na ocasião, foi informado que os conselheiros alagoanos no CNPIR/Seppir: Helcias Pereira, AGENTES DE PASTORAL NEGROS DO BRASIL (APNs) e Valdice Gomes, da COMISSÃO NACIONAL DE JORNALISTAS PELA IGUALDADE RACIAL / FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS (CONAJIRA-FENAJ) participarão da audiência. E também, foram escolhidas para participar, as entidades sócio-políticas e culturais do Movimento Negro:
- FEDERAÇÃO ALAGOANA DE CAPOEIRA (FALC): Mestre HeMan ou Denis
- FÓRUM PERMANENTE DE EDUCAÇÃO ÉTNICORRACIAL: Allex Sander Porífirio
- FÓRUM DE ENTIDADES NEGRAS DE ALAGOAS (FENAL): Paula Silva
- ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB-AL): Alberto Jorge Ferreira (Betinho)
- PROJETO RAÍZES DE ÁFRICA: Arísia Barros
- SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA: Ângela Bahia de Brito
- UNIÃO DE NEGROS PELA IGUALDADE (UNEGRO-AL): Danielli Romeiro
Nessa segunda-feira (23), terá o Ato de Assinatura do Acordo de Cooperação Técnica com o Governador do Estado de Alagoas Teotônio Vilela Filho, que ocorrerá às 9h30, no Palácio República dos Palmares. Logo após, às 11h, terá uma audiência entre a Ministra Luiza Bairros representações quilombolas, das religiões de matrizes africanas e do movimento negro urbano, que já foram escolhidas previamente.
Confira abaixo as propostas que serão apresentadas na audiência com a Ministra.
1.
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Abertura de editais específicos, para desenvolver linhas de pesquisas
e financiamento nas questões étnicos raciais, atendendo as propostas
existentes no Estatuto da Igualdade Racial voltando-as à realidade do Estado
de Alagoas.
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2.
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Garantir uma linha de crédito editorial para publicação de material
didático e de livros científicos (decorrentes das pesquisas).
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3.
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Garantir o apoio financeiro para cursos de capacitação aos
professores, contra-mestres e mestres de capoeira em consonância com as
diretrizes inclusas no Estatuto da Igualdade Racial, abrangendo também a
capoeira inclusiva.
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4.
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Garantir o financiamento para a promoção de pesquisa científica e o
mapeamento sobre a prática da capoeira no Estado de Alagoas com a devida publicação
e divulgação dos resultados.
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5.
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Garantir com recursos específicos e a partir de uma ampla articulação
com o Movimento Negro e órgãos locais e federais, o OBSERVATÓRIO NACIONAL
contra o extermínio da população negra, visibilizando os Estados com os maiores
fatores de risco a exemplo do Estado de Alagoas.
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6.
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Ampliar a campanha midiática na promoção da igualdade racial de forma
contínua (sobre saúde da população negra, combate da intolerância religiosa,
cultura afro, divulgação sobre as leis contra o racismo e preconceito), em
parceria com o Ministério da Comunicação, Conajira/Fenaj e a mídia étnica
alternativa.
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7.
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Criar uma Agenda Afro-Religiosa e Quilombola (calendário de
atividades) para ser aprofundada nos grupos sócio-político e culturais do
movimento negro, comunidades quilombolas, casas de axé, nas escolas,
associações, sindicatos, faculdades, dentre outros.
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8.
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Efetivar um Calendário Nacional de conscientização sobre a promoção
da saúde da população negra, em parceria, com os ministérios da Saúde e
Educação, além da sociedade civil.
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9.
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Articular junto ao Ministério da Cultura, a mobilidade e visibilidade
da Serra da Barriga, localizada no município de União dos Palmares (AL).
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10.
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Criar o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial em Alagoas,
considerando a transversalidade nas instâncias do governo e a presença da
sociedade civil.
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terça-feira, 17 de abril de 2012
Quilombolas da resistência
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Semana dos povos indígenas é realizada em Alagoas
domingo, 15 de abril de 2012
Decisão: Condenado por racismo, jornalista alagoano, tem pena fixada em dois anos de reclusão.
Pena de prisão será substituída por prestação de serviço à comunidade e pagamento de dez salários mínimos a entidades de apoio a cultura de matriz africana
por Josivaldo Ramos
O processo teve origem em 23 de outubro de 2003, quando o jornalista, fazendo uso da palavra no Programa Radiofônico de nome "Fogo Cruzado", transmitido pela rádio AG/FM, com sede em União dos Palmares, incitou a discriminação e o preconceito de raça e religião, ao afirmar que: "(...) reclamaram junto a outras entidadezinhas do movimento negro que não entendem de nada. Querendo colocar nos fundos da Igreja Católica, Exú Costa Ôca, Pomba Gira, Zé Pilintra,(...) isso é idéia do Cizino, um moreno que oxigena o cabelo, e da Nádia, aquela que mora no Sítio Coruja, com a Genizete, que vivem as duas juntas lá."
Por sua vez, a defesa do jornalista, afirmou, durante todo o trâmite processual, que Ivan Nunes não teceu comentários preconceituosos com relação a nenhum grupo social ou religioso, mas apenas tentou alertá-los de que a conduta por eles almejada era inadequada e provocaria reações sociais. Além disso, aduziu que agiu dentro dos limites da liberdade de imprensa, não podendo ser responsabilizado pelos comentários.
A defesa do jornalista, inconformada com a decisão condenatória, buscou reparação junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, tendo a apelação sido distribuída ao desembargador Edivaldo Bandeira Rios, a quem coube a relatoria do julgado, que por unanimidade de votos foi julgado, no último dia 21 de março, parcialmente procedente, reduzindo a pena de reclusão para 2 (dois) anos, a ser cumprida em regime aberto.
Precisamos ter consciência, somos todos iguais!
Estou no Twitter: @JosivaldoRamos
Fonte: Cada Minuto (02.04.12)