quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Jaraguá Folia 2013 terá cortejo afro



Saindo as ruas do Jaraguá pelo quarto ano, o Cortejo Afro Tia Marcelina terá sua concentração a partir das 19h na Praça 2 Leões. Na concentração, palco AfroCaeté da Praça 2 Leões, teremos apresentações dos grupos Arê Yorubá, Afro Mandela, Afro Gurungumba (Viçosa-AL) e o Coletivo AfroCaeté (com as participações Demis Santana e Fagner Dubrown). O cortejo seguirá pelas ruas às 22 horas, passando pela Barão de Jaraguá em direção as praças Rayol e Marcílio Dias, entrará pela Avenida Sá e Albuquerque. Após a saída do cortejo o comando da festa na Praça 2 Leões ficará nas mãos de Igbonan Rocha e Wilma Araújo (Show Nosso Samba).

 O cortejo será guiado pelo mestre Sandro Santana. As vocalistas do AfroCaeté (Luana Costa, Isabela Barbosa e Janaína Martins) e dos outros grupos participantes se revezarão durante o cortejo. O Cortejo Afro Tia Marcelina também será fortalecido com a participação do Afoxé Povo de Exu (Ilê Axé Legionirê/Benedito Bentes), do Afoxé Oju Omin Omorewá (Jacintinho), do Afoxé Ofaomin (Ilê Axé Ofaomin/Ponta Grossa), do Núcleo Cultural da Zona Sul, do CEPA Quilombo (Jacintinho) e da Articulação dos grupos da Cultura Popular e Afro-Alagoana.

 A atividade conta com o apoio da Articulação dos grupos da Cultura Popular e Afro-Alagoana, do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (SINDPREV-AL), da Secretaria de Educação de Viçosa e do Jaraguá Folia.

Venha e traga seu axé!



Cortejo Afro Tia Marcelina: cortejo pelas ruas de Jaraguá

Com os grupos: Coletivo AfroCaeté, Arê Yorubá, AfroMandela, Afro Gurungumba (Viçosa-AL), Afoxé Povo de Exu (Ilê Axé Legionirê/Benedito Bentes) e Afoxé Oju Omin Omorewá (Jacintinho)

Dia: Sexta, 1º de fevereiro de 2013, concentração às 19h, saída às 22h.

Concentração: Praça 2 Leões

Aberto ao público 

Informações: 8845-4068/ 8856-2597 / coletivoafrocaete.blogspot.com 


Fonte: Divulgação

Após atraso de dois meses, começa obra no Parque Zumbi dos Palmares


Administradores alegam que falta de água atrapalhou prazo da reforma.
Mesmo com a manutenção, espaço cultural continua aberto para visitação.




Após dois meses de atraso, as obras no Parque Zumbi dos Palmares começaram neste mês. Essa é a primeira reforma no espaço que foi inaugurado em 2007. As coberturas das ocas já foram retiradas e uma fossa está sendo construída na área do quilombola. O reparo no restaurante que funciona no local começa no 6 de fevereiro, segundo os administradores do Parque.
De acordo com a construtora responsável , a atraso para o início das obras se deu pela falta de água na região, pois a Lagoa dos Negros, que abastece o local, está com o nível muito baixo. Já que o parque está sem água, o abastecimento é feito de maneira improvisada, com caminhões pipa.
Autoridades federais estão estudando as melhores soluções para a falta de água no parque.“Estamos pensando na possibilidade de escavar um poço artesiano para abastecer por mais tempo a região”, explicou a fiscal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Joelma Farias.
A reforma na estrutura do parque não fará com que as visitas parem. “Às vezes as pessoas vêm com uma programação de até de outro país, por isso o espaço não pode ser fechado. A reforma não impede a visitação”, explicou a representante da Fundação Cultural Palmares, Maria José da Silva. Segundo o Iphan, as obras no parque devem ser entregues até o mês de maio.
Fonte: G1-Alagoas


Observação: O nome correto do complexo arquitetônico é Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Preconceito racial não é mal-entendido


Dois casos envolvendo denúncia de racismo, divulgados pela imprensa brasileira, esta semana, mostram bem que as entidades que defendem a igualdade racial no País não podem se descuidar em nenhum momento. E mais, que as autoridades precisam fazer cumprir as leis que qualificam e punem a prática de crime de racismo no Brasil. 

No primeiro caso, ocorrido no dia 12 deste mês, mas somente divulgado recentemente, o casal Priscilla Celeste e Ronald Munk, foi com seu filho de sete anos, que é adotado e negro, a uma concessionária da BMW, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Enquanto o casal Conversava com um vendedor, o menino ficou vendo TV na própria loja. Quando o garoto se aproximou dos pais, segundo o casal, o vendedor se dirigiu à criança e disse: “Você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar pra você. Saia da loja”. Quando Ronald Munk disse que o menino era seu filho, o vendedor ficou desconcertado e pediu desculpas. O casal reclamou à fabricante de veículos.

Sete dias depois do ocorrido, a concessionária mandou e-mail ao casal dizendo que tudo não passou de mal-entendido. Nesse caso, é louvável a iniciativa do casal Ronald Munk e Celeste Priscilla, que indignados com a resposta da loja iniciou a campanha “Preconceito Racial Não é Mal-Entendido” nas redes sociais. O outro episódio aconteceu em Campinas, São Paulo. O comandante da 2ª Companhia do 8º Batalhão da Polícia Militar no município, capitão Ubiratan Beneducci ordenou a seus comandados a abordagem de suspeitos “de cor parda e negra”, acusados de praticarem assaltos em residências de um bairro nobre da cidade. A ordem provocou reação de entidades de direitos humanos que denunciaram a PM por discriminação. 

De acordo com o presidente da ONG Educafro, Frei David Santos, a ordem leva a entender que se os policiais cruzarem com suspeitos brancos não devem desconfiar deles. Se forem pardos e negros a abordagem deve ser imediata. “É assustador saber que ainda pode existir racismo dentro da polícia”, disse. O frei enviou uma carta de repúdio ao governador Alckmin e à Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, inclusive cobrando explicações sobre a ordem da PM de Campinas e solicitando dados estatísticos das abordagens, com ou sem mortes, realizadas pelo 8º batalhão, para verificar se há prática de racismo nas operações policiais. 

Nos dois casos, foi muito importante a reação da sociedade. Que o exemplo seja seguido também em nosso Estado, sempre que for preciso!  


Fonte: Coluna Axé - nº236 - Jornal Tribuna Independente (29.01.13)
Editora Interina: Valdice Gomes

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Qual mal-entendido?


O casal, branco, queria comprar uma BMW no Rio; o gerente da loja, expulsar um menino negro de 7 anos. Era o filho deles


Por: Debora Diniz*
26 de janeiro de 2013 | 17h 40



Em nenhum momento, ele olhou para o nosso filho." Priscilla Celeste Munk é mãe de uma criança negra de sete anos. No catálogo racial brasileiro, ela é uma mulher branca. Sua branquidade se anuncia pela cor da pele, mas também pela classe social. Foi como uma mulher branca, acompanhada de seu marido também branco, Ronald Munk, que vivenciou o racismo contra seu filho adotivo em um dos templos do consumo de luxo no país - uma concessionária de carros BMW no Rio de Janeiro. A cena foi prosaica: a família foi à concessionária e o filho se entreteve com uma televisão. O gerente os atendeu como um casal desacompanhado. Quando a criança se aproximou, a cor de sua pele resumiu a impertinência de sua presença em um lugar onde somente brancos e ricos seriam bem-vindos. Sem se dirigir ao casal, o gerente ordenou que a criança saísse da loja: "Você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar para você. Saia da loja. Eles pedem dinheiro e incomodam os clientes".

Imagino que o monólogo do gerente com a criança sem nome nem rosto, mas rejeitada pela cor, tenha sido adequadamente reproduzido pela mãe. A combinação entre um "você" que olha, mas ignora a criança, e um abstrato "eles", que não olha, mas registra a desigualdade, é poderosa para resumir a racialização de classe da sociedade brasileira. Em poucas palavras, o gerente oscilou entre dois universos, ambos movidos pela mesma inquietação moral: como proteger os ricos dos pobres, os brancos dos negros. O gerente não cogitou estar diante de uma família multirracial, mas de clientes brancos e de um menino negro pedinte que perturbaria a tranquilidade do consumo.

Até aqui, não haveria nada de novo para a realidade da desigualdade social que organiza o espaço do consumo - engana-se quem pensa que os shoppings centers são locais de livre trânsito: as regras sobre como se vestir e se portar não permitem que todos igualmente ali transitem. A impertinência do caso é, exatamente, estremecer essa ordem silenciosa da desigualdade racial e de classe da sociedade brasileira. Por isso, com a devida sensibilidade do capitalismo global, a concessionária da BMW optou por descrever o caso como um "mal-entendido".

"Preconceito racial não é mal-entendido", disse a família em uma campanha aberta sobre o caso, porém com cautela sobre a identidade do filho que se vê resumido à cor. Não tenho dúvidas de que esse é um caso de discriminação racial - a cor da pele importa para o reconhecimento do outro como um semelhante. É isso que chamamos racismo: descrição do outro como um dessemelhante e abjeto pela cor de seu corpo. A criança de 7 anos, antes mesmo de entender o sentido político do racismo na cena vivida, foi alvo de uma rejeição que resume sua existência. Assim será sua vida. O consolo familiar é que o garoto redescreveu para si que "crianças não eram bem-vindas à loja" e não se personalizou na rejeição pelo corpo. A ingenuidade infantil em breve será vencida pela observação cotidiana de práticas racistas. Com a perda da ingenuidade, a criança sem nome e com somente cor encontrará outro grupo para traduzir sua experiência de sentir-se abjeta - não será mais porque é uma criança em um ambiente de adultos, mas um adolescente, um homem ou um velho negro em um mundo cuja ordem do consumo e da lei é, ainda, branca.

Por isso, desejo explorar o argumento do "mal-entendido" para além de uma estratégia infeliz de marketing. De fato, há um mal-entendido ético que costurou o roteiro desse desencontro racial. Para ser reconhecido como um futuro adulto rico e potencial amigo da concessionária para a compra de carros de luxo, o garoto de 7 anos precisaria habitar um corpo inteligível para a casta dos ricos. Sua cor o torna um sujeito inimaginável. Para ser reconhecido, é preciso antes ser inteligível à ordem dominante.

Crianças negras são ainda invisíveis ao universo do consumo, o que pode parecer óbvio dada a sobreposição da desigualdade de classe à desigualdade racial no País: negros são mais pobres que brancos, um fato que alimenta intermináveis controvérsias sobre as causas da desigualdade, se seriam elas de renda ou raciais. A verdade é que as crianças negras não são invisíveis apenas na concessionária da BMW, mas em escolas, hospitais ou espaços de lazer, isto é, como futuros cidadãos à espera da proteção de uma sociedade que se define como livre do racismo.

Como em um experimento sociológico, o caso da família multirracial mostrou que a renda não é capaz de silenciar a rejeição racial: a criança se converteu em um ser abstrato, parte de uma massa de pedintes que incomodam os clientes ricos. Ao contrário do que imagina a loja da BMW, o mal-entendido não se resumiu ao diálogo entre o gerente e a família, mas entre quem imaginamos que somos como uma democracia racial e o que efetivamente fazemos com nossa diversidade racial.


* Debora Diniz é antropóloga, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da ANIS - Instituto de Bioética, Direitos humanos e Gênero


Fonte: Estadão

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

IZP promove exposição inédita sobre carnaval alagoano


Os admiradores das manifestações carnavalescas terão agora oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o que é produzido e realizado nesse sentido em nosso estado através da Exposição Alagoas de Tradições e Ritmos, que reúne fotografias, máscaras, fantasias, telas, dentre outras obras. A exposição ficará aberta à visitação, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas, até o dia 28 de Fevereiro, de segunda a sexta, das 8h às 16h. A curadoria é de Persivaldo Figueirôa.
A abertura da mostra acontece às 8 horas desta segunda-feira (21), no Espaço Cultural Linda Mascarenhas (Av. Fernandes Lima, nº 1047, Farol, ao lado do CEPA), com a presença de representantes da iniciativa pública e privada, carnavalescos, coordenadores de blocos, expositores e artistas. No mesmo horário, o programa IZP na Folia fará sua estreia pelas rádios Educativa FM e Difusora AM, com transmissão ao vivo a partir do local da exposição.
O bumba-meu-boi Gavião, do Vale do Reginaldo e O Bicho do Jaraguá  também estarão expostos. O ambiente contará com fundo musical com marchinhas, frevos, hinos e canções de compositores alagoanos. A iniciativa inédita é parte integrante do Projeto IZP na Folia, que inclui programação especial voltada ao tema através das emissoras do Instituto – Difusora AM, Educativa FM e TV Educativa de Alagoas.
Participam da mostra os artistas plásticos Achiles Escobar, Salles Tenório, Gil Lopes, Lula Nogueira, Gustavo Lima, Beta Bastos, Persivaldo Figueirôa, Acioli Júnior, Adriana Jardim, Rosivaldo Reis, Gorete Brandão, Gilberto de Tatuamunha, além de uma obra dos artistas falecidos Rosival Lemos e Edgar Bastos, e um quadro de autor desconhecido encontrado pelo carnavalesco Gil Lopes.
A mostra conta ainda com exposição fotográfica dos blocos carnavalescos Já Fui Bom Nisso e Ainda Sou, do SESC-AL, Turma da Rolinha, Maracatu Baque Alagoano, Filhinhos da Mamãe, Giz e Pó: Alegria Só, da Seresta da Pitanguinha e do Jaraguá Folia e da Liga dos Bumba- Meu-Boi de Alagoas. 

Fonte: Ascom/IZP

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Em defesa da ancestralidade africana

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado ontem, 21 de janeiro, foi oficializado pela Lei nº 11.635, em 2007. A data homenageia a sacerdotisa Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, Ialorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador.

Mãe Gilda era hipertensa e morreu de enfarto, na mesma data, em 2000, após ver sua foto utilizada sem autorização, em uma matéria do jornal evangélico Folha Universal, edição 39, sob o título “Macumbeiros Charlatães lesam o bolso e a vida dos clientes”. O texto agredia as tradições de matriz africana, das quais Gildásia era representante. 

Diante de um ato tão brutal de desrespeito à diversidade religiosa, é muito justa a iniciativa de Silvany Euclênio,  secretária de Políticas para as Comunidades Tradicionais, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em propor que o 21 de janeiro seja sempre um dia de reflexão contra o racismo e em defesa da ancestralidade africana no Brasil. Silvany entende que o enfrentamento ao racismo passa, necessariamente, pelo combate à violência contra a ancestralidade africana e vice-versa. Para ela, falar em tolerância não vai resolver a negação e a coisificação que recai sobre a população negra brasileira, e defende que já está na hora de se garantir o direito constitucional das pessoas vivenciarem livremente a sua cultura. O que aconteceu com Mãe Gilda mostra o desrespeito com que essas tradições são vistas ou recebidas. 

Por isso, o Brasil tem a obrigação de desenvolver políticas e ações que promovam a desconstrução dessa perversidade histórica cometida contra a cultura, as tradições e a vida da população afrodescendente no país. E Alagoas em especial. Nosso estado carrega ainda a marca de ter sido palco de um dos mais violentos atos de intolerância religiosa, com o episódio que ficou conhecido como “Quebra de Xangô”, ocorrido em 1º de fevereiro de 1912. 

Não basta o pedido de perdão do governador. Alagoas deve ações concretas em defesa da ancestralidade africana. Nesse sentido, algumas ações são louváveis, como o Projeto Xangô Rezado Alto, da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), e a iniciativa do Ministério Público Estadual, ao criar a 61ª Promotoria de Justiça da Capital, em dezembro de 2012. Com atribuições judiciais e extrajudiciais, a Promotoria será responsável pela defesa da cidadania, dos direitos humanos, igualdade de gêneros e racial; liberdade religiosa, direito à livre orientação sexual e concretização da assistência social em Maceió. Porém, é preciso muito mais.


Fonte: Coluna Axé - nº235 - Jornal Tribuna Independente (22.01.13)
Editora Interina: Valdice Gomes


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Pesquisa indica racismo entre principais crimes nas redes sociais


Ouvidoria da SEPPIR recebeu 37 denúncias formais de ataques semelhantes em ambiente virtual durante o ano de 2012


O Facebook deve se tornar em 2013 a rede social com maior número de denúncias de crimes e violações a Direitos Humanos na Internet brasileira, segundo pesquisa divulgada pela Safernet Brasil, instituição com atuação nacional formada por um grupo de cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em Direito. O estudo mostra que, somente no ano passado, 11.305 endereços hospedados pela rede social foram denunciados à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (CND).

Entre 2011 e 2012, cresceu em 264,5% a quantidade de denúncias que relacionam o Facebook a violações dos direitos humanos e outros crimes, no Brasil. A maior parte dos links foi apontado por manter conteúdo racista (5.021), seguidos de pornografia infantil (1.969) e apologia a crimes contra a vida (1.513). Maus tratos contra animais (697), homofobia (635), intolerância religiosa (494), xenofobia (376), tráfico de pessoas (233), neonazismo (186) e genocídio (181) completam a lista.

As denúncias podem ser feitas no portal da Safernet (http://www.safernet.org.br/). O trabalho da CND reúne informações de sete entidades responsáveis por receber denúncias sobre crimes virtuais – o que inclui Polícia Federal e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

O Ouvidor da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Carlos Alberto Silva Junior, destaca que as denúncias de crimes de racismo cometidos em redes sociais e/ou na Internet também aumentaram no período 2011/2012. Desde o início deste ano, um Grupo de Trabalho formado por advogados negros tem trabalhado para fazer alterações no Código Penal.

“De 2011 para 2012, o número de denúncias dessa natureza pulou de 21 para 37. Nossa intenção é colaborar com a mudança do anteprojeto do novo Código Penal, com a atualização do artigo 20 da Lei 7.716, que trata de crimes de racismo, para que ela possa ser incorporada a partir da inclusão dos crimes cometidos na Internet e redes sociais”, explicou.

Fonte: Seppir

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Oficina vai difundir conhecimentos sobre editais para comunidade afrodescendente


A Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), em parceria com a Fundação Nacional de Artes (Funarte), realiza no dia 22 de janeiro, das 8h às 17h, no auditório da Casa da Indústria, no Farol, uma oficina para apresentação de cinco editais, cujas inscrições estão abertas, voltados para a comunidade afrodescendente. 


Durante todo o dia os interessados em desenvolver ações nessa área terão a oportunidade de elucidar suas dúvidas e ouvir dicas para a construção dos projetos.A oficina será ministrada pelo técnico do Ministério da Cultura (MinC), Nilton Valença, e pelo representante de Alagoas na Regional Nordeste da Funarte, Naldinho Freire.



Os interessados devem procurar Filomena Félix – a Filó – na sede da FMAC, na Avenida da Paz, 900, em Jaraguá. As inscrições também poderão ser feitas pelo telefone 8862-3942 ou pelo email: filofelix@hotmail.com . Para as solicitações de inscrição via email, o candidato deverá enviar os seguintes dados: nome completo, nome da instituição a qual está vinculado, ou ocupação – caso não represente nenhuma instituição – e número de telefone para contato.



As discussões serão acerca dos seguintes editais: *



Curta-Afirmativo
Lançado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (Sav/MinC), vai apoiar seis produções audiovisuais em curta-metragem (10 a 15 minutos), no valor de R$ 100 mil cada, que sejam dirigidos ou produzidos por jovens negros com idade entre 18 e 29 anos.

A temática e o formato (documentário ou ficção) são livres, podendo ser ficção ou documentário. As inscrições vão até o dia 25 de março.

O edital está disponível em:

http://www.cultura.gov.br/audiovisual/fomento/blog/edital-no-3-curta-metragem-curta-afirmativo-protagonismo-da-juventude-negra-na-producao-audiovisual/



Prêmio Funarte de Arte Negra
Sob a responsabilidade da Funarte, o prêmio vai financiar 33 projetos nas áreas de artes visuais, circo, dança, música, teatro e preservação da memória, totalizando R$ 4,3 milhões. As premiações variam de R$ 100 mil a R$ 200 mil para cada ação selecionada.

Até o dia 25 de março, a ficha de inscrição pode ser acessada na página da Funarte.

O edital está disponível em:

http://www.funarte.gov.br/wp-content/uploads/2012/11/EDITAL-PREMIO-FUNARTE-DE-ARTE-NEGRA.pdf



Pontos de Leitura
Desenvolvido pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN), o edital vai selecionar um projeto que implante 27 pontos de leitura e desenvolva atividades de mediação de leitura, criação literária, publicação, seleção de acervo e pesquisa que tratem de ações voltadas para a preservação da Cultura Negra e ações afirmativas de combate ao racismos. As inscrições vão até 25 de março.

O edital está disponível em:

http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/Edital%20Pontos%20de%20Leitura%20Cultura%20Negra.pdf



Concessão de bolsas para pesquisadoresTambém lançado pela FBN, esse segundo edital selecionará até 23 projetos para concessão de bolsas, propostos por pesquisadores e pesquisadoras negras, visando incentivar a produção de trabalhos originais, em território brasileiro, em qualquer uma das áreas e subáreas do conhecimento definidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As inscrições podem ser feitas até 25 de março.

O edital está disponível em:

http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/Edital%20de%20Apoio%20a%20Pesquisadores%20Negros.pdf



Projetos editoriais
O terceiro edital da FBN visa à formação de parcerias para o desenvolvimento de projetos editoriais sob a forma de coedição, a fim de produzir publicações de autores brasileiros negros, na forma de livros, em meio impresso e/ou digital, com o propósito de divulgar, valorizar, apoiar e ampliar a cultura brasileira dos afrodescendentes. As inscrições vão até 30 de abril.

O edital está disponível em:

http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/Edital%20apoio%20a%20coedicao%20de%20livros%20de%20autores%20negros.pdf





(*) A descrição dos editais foi retirada das seguintes fontes:

(http://www.seppir.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2013/01/prorrogadas-inscricoes-em-editais-de-fomento-a-cultura-negra)

(http://www.cultura.gov.br/audiovisual/blog/estao-abertos-editais-para-criadores-e-produtores-negros/)


Fonte: Keyler Simões - Jornalista (Facebook)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Funcionários da Record estão com vergonha da matéria contra “O Canto da Sereia” exibida no “Domingo Espetacular”


Foto: Divulgação
A exibição de uma matéria que criticou a Globo por dar espaço ao candomblé em "O Canto da Sereia"no "Domingo Espetacular" (Record), no último final de semana, envergonhou muitos funcionários da emissora _que deixaram de enxergar um futuro promissor no canal. Já tem gente até procurando emprego. Para muitos, a emissora nunca poderá ser levada a sério se continuar pegando no pé de outras religiões e de outros canais. Fora que quem quer ser líder não procura intrigas. Faz um bom trabalho e pronto. A decepção é grande, principalmente para aqueles que têm de obedecer e se sujeitar a produzir um trabalho desses. Dizem que a matéria foi cobrada pelos fiéis da Igreja Universal. Será ?
Na semana passada, o blog divulgou uma tentativa de campanha contra a série da Globo. O "protesto" criado por um pastor, que nem vale a pena citar o nome, foi criado em dezembro, quase um mês antes da série estrear. Segundo o tal rapaz (que fez parte da matéria), a campanha contra a produção era justificada porque ela abordava bissexualidade, o espiritismo e uso de drogas. Tem gente que vive realmente em outro planeta.
Siga-me no Twitter: @janaina_nunes

Fonte: Yahoo Notícias

Galera se revolta com Boninho no Twitter e pede Aline de volta para o 'BBB 13'



Muita gente não gostou da eliminação da Aline ontem à noite no BBB 13!
Todos que estavam torcendo pela permanência da musa da #MáfiaBrindada foi ao Twitter reclamar com Boninho, o diretor do programa. Aline saiu da casa com 77% dos votos, e o mala do Ivan ficou.
O assunto #VoltaAline foi parar no primeiro lugar do ranking dos assuntos mais comentados no Twitter.

O que será do BBB 13?

Obviamente, essa revolta no Twitter com o Boninho acontece na eliminação de qualquer pessoa do BBB, mas a saída da Aline foi mais sentida porque representa mais uma baixa de atração no programa.
A barraqueira carioca poderia ter assumido o papel de “protagonista” do programa após a saída do grande destaque do BBB, o Kléber Bambam.
Com a saída da Aline, já são duas bombas nessa edição. A primeira foi a desistência de Kléber Bambam.
Os rumores sobre a saída dele abalaram a estratégia e o humor do diretor Boninho.
Como conta a Folha, o diretor teria gritado com Kleber dentro da casa e também após sua saída, do lado de fora. E isso foi o que fez Bambam desistir por achar que não precisava daquilo.

Vamos ver os tuítes de ontem à noite endereçados ao Boninho:

Você também quer a volta da Aline?
Ou ela chega a ser tão chata que prefere ela longe do BBB 13?

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Maceió: Nessa quarta-feira tem reunião da Fapir


A articulação da Frente Alagoana de Apoio a Promoção da Igualdade Racial (Fapir) volta a fazer reunião ampliada, nesta quarta-feira (16.01), às 16h, desta vez no auditório da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), situada em frente à praça Marcílio Dias, no bairro do Jaraguá em Maceió.

Dentre os pontos principais de discussão estão: 1º Indicação e referendo da representação do movimento negro para compor o COMITÊ GESTOR no Plano Nacional Juventude Viva em Alagoas; 2º Encaminhamentos para o lançamento oficial da Fapir.

É importante sua presença e participação na construção e transformação dessa história. 

Comitê Gestor


Após três meses do lançamento do Plano Nacional Juventude Viva em Alagoas, uma iniciativa do governo federal, de prevenção à violência contra a juventude negra, o governador Teotônio Vilela Filho, finalmente, assinou o decreto-lei que institui o Comitê Gestor do Plano, no âmbito da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos. 

De acordo com o decreto 24.128, de 27 de dezembro de 2012, o Comitê Gestor tem função consultiva, e entre suas atribuições estão: propor, articular, coordenar, fiscalizar, monitorar e avaliar ações do Plano Juventude Viva, por meio da atuação compartilhada entre órgãos e entidades públicas e privadas; promover articulações para identificação de mecanismos que possibilitem a obtenção de recursos e demais meios para a execução das ações do Plano Juventude Viva e divulgar informações sobre o desenvolvimento das ações do Plano. 

Mas, as decisões propositivas do Comitê Gestor, que envolvam suplementações orçamentárias, antecipações de cotas orçamentárias e remanejamento de recursos, ficam sujeitas à aprovação das Secretarias de Estado da Fazenda e de Planejamento e do Desenvolvimento Econômico. Não podemos esquecer porque o Estado foi escolhido para dar início ao plano. Alagoas apresenta hoje a maior taxa de homicídio do país, com 67 vítimas por 100 mil habitantes, sendo também o primeiro estado em taxas de homicídio contra negros (84,9). 

Serão investidos cerca de R$ 70 milhões do governo federal. Além da Capital, também serão contemplados os municípios de Marechal Deodoro, União dos Palmares e Arapiraca. O Comitê será integrado pelos titulares das 10 Secretarias de Estado ligadas diretamente às ações do plano, e por dois representantes da sociedade civil, sendo um do movimento social negro e um do movimento da juventude. Uma participação social muito reduzida com relação à representação do governo. O que torna a responsabilidade desses segmentos ainda maior quanto à escolha dos seus representantes. 

Vale lembrar, que as assembleias para escolha do titular e suplente dos dois segmentos vão acontecer dia 28 de janeiro (movimento negro) e dia 29 (juventude). Ambas na sala dos conselhos do Palácio República dos Palmares, às 9hs.


Fonte: Coluna Axé - nº234 - Jornal Tribuna Independente (15.01.13)
Editora interina: Valdice Gomes 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Barco da liberdade: Comendadores e comendadeiras realizam passeio na Lagoa Mundaú




Um encontro mais que especial aconteceu no último sábado (12.01), reunindo militantes da luta pela igualdade racial em Alagoas que receberam as comendas Dandara e Zumbi dos Palmares na Câmara Municipal de Maceió.

O passeio das nove ilhas, na Lagoa Mundaú, carinhosamente chamado de barco da liberdade, foi inspirador para compartilhar energias positivas e fortalecer o compromisso com o combate ao racismo, à intolerância religiosa e todo tipo de discriminação. 

Estiveram presentes os comendadores e comendadeiras: Allex Sander Porfírio, Ângela Brito, Clara Suassuna, Clébio Araújo, Clemente Soares, Professora Cida, Helcias Pereira, Igbonan Rocha, Josélia Monteiro, Mestre Claudio, Mãe Mirian, Mãe Vera e as cojiranas Helciane Angélica e Valdice Gomes. Outros encontros serão articulados para reunir todos os homenageados(as).

Também compareceram as vereadoras Fátima Santiago e Heloisa Helena - autoras de indicações. Já a vereadora Tereza Nelma não pode comparecer devido a outro compromisso agendado com antecedência. 

Grande momento de descontração, contato com a natureza e muito axé!!!



Confira outras imagens na página do Google+, da jornalista cojirana Helciane Angélica, clique aqui.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Hoje tem reunião da FAPIR

A articulação para a criação da Frente Alagoana de Apoio a Promoção da Igualdade Racial (Fapir) tem importante reunião hoje (9 de janeiro), às 15h, na Igreja Batista do Pinheiro em Maceió-AL. Entre os pontos de pauta, discussão sobre a escolha da representação do Movimento Negro alagoano para integrar o Comitê Gestor do Plano Nacional Juventude Viva do Estado de Alagoas, conforme Decreto governamental Nº 24.128 de 27 de dezembro de 2012. O Decreto prevê a participação de dois (02) representantes da sociedade civil, sendo um do Movimento Social Negro e outro da Juventude. As assembleias desses segmentos vão acontecer, respectivamente, nos dias 28 e 29 de janeiro, às 9h, na sala dos conselhos do Palácio República dos Palmares. 



 Fonte: Coluna Axé (08.01.13) - Jornal Tribuna Independente

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ONU investe no combate ao racismo no mundo virtual‏


Dos 7 bilhões de habitantes do planeta, 2,4 bilhões usam a internet

 
As Nações Unidas querem combater o racismo no mundo virtual. De acordo com um relatório da União Internacional das Telecomunicações, UIT, dos 7 bilhões de habitantes do planeta, 2,4 bilhões usam a internet.
 
do Escritório para os Direitos Humanos mostra que apesar de a internet ser uma ferramenta positiva, ela também pode ser usada por grupos radicais para espalhar mensagens de ódio e discriminação racial.
 
Segundo estudo preparado pelo relator especial do Escritório para os Direitos Humanos da ONU, Matuma Ruteere, a internet pode ser usada por grupos radicais para divulgar mensagens de racismo e ódio.
 
Tecnologia
Ruteere disse que com o avanço tecnológico, os websites extremistas continuam aumentando, não só em tamanho, mas também na capacidade tecnológica. Segundo o relator, esses grupos usam a internet para provocar violência racial, abusar de minorias e para recrutar novos membros.
 
Intimidação
Ruteere afirmou que a ONU está preocupada com a intimidação aberta feita por grupos radicais neonazistas pregando violência contra ativistas que combatem o racismo.
O relator reconheceu que é difícil aplicar leis e regulações contra conteúdos ilegais ou inapropriados, porque os países têm legislações diferentes para lidar com esse tipo de problema.
 
Recomendações
O relatório inclui várias recomendações para reduzir a influência de grupos extremistas na internet.
Ruteere alerta, porém, que os estados não devem adotar medidas que possam restringir o direito de liberdade de expressão de qualquer cidadão.
 
Rádio ONU Edgard Júnior
fonte http://www.jb.com.br

Lavagem do Bomfim


A tarde do último domingo (06.01) foi marcada pela realização da XI Lavagem do Bomfim, no bairro do Poço, em Maceió, que reuniu centenas de religiosos de matriz africana de várias Casas de Axé de Alagoas, grupos afroculturais, adeptos e simpatizantes dessa celebração que vem se consolidando a cada ano. A ação religiosa segue as tradições dos ancestrais africanos, utilizando o elemento água como símbolo de purificação para a conquista de novas realizações. 

Como de costume, a atividade teve início com a concentração dos religiosos no Largo São João, situado na Ladeira do Jacintinho. De lá, o cortejo saiu em direção à Igreja do Bomfim, todos vestindo branco, que é a cor de Oxalá, o deus Yorubá sincretizado com Senhor do Bomfim, acompanhados de batuques de vários grupos afro. À frente do cortejo, a imagem do Senhor do Bomfim seguiu em um veículo ornamentado com flores brancas. 

A cerimônia no pátio da Igreja começou com um ato de celebração a Oxalá, com revoada de pombos e queima de fogos. Em seguida, os participantes carregando vasos com flores e água de cheiro fizeram a lavagem simbólica do pátio da igreja. Logo após, todos participaram de uma grande caminhada de aclamação à paz, dizendo não à intolerância religiosa, passando por várias ruas do bairro até a Ponta da Terra, onde aconteceu a cerimônia de acolhimento dos participantes, na Casa de Iemanjá, dirigida pelo babalorixá Célio Rodrigues. 

O ritual vem conquistando o respeito e admiração da sociedade alagoana a cada ano, aumentando o número de pessoas que comparecem ao local para prestigiar o evento. Antes mesmo do cortejo chegar à Praça Senhor do Bomfim, dezenas de pessoas já aguardavam a cerimônia, entre elas o presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural, Vinícius Palmeira, militantes do movimento negro, artistas, entre outros.

O evento é uma realização da Casa de Iemanjá e tem o objetivo de promover a integração das Casas de Axé do Estado, grupos praticantes e simpatizantes. Uma demonstração de exercício pleno do direito à liberdade de expressão religiosa, garantido na Constituição brasileira. Axé! 



Fonte: Coluna Axé - nº233 - Jornal Tribuna Independente (08.01.13)
Editora interina: Valdice Gomes   

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Águas de Oxalá

Muitas casas de axé realizam no mês de janeiro o toque de Oxalá, para celebrar o novo ano e preparar energeticamente os adeptos e simpatizantes com limpeza, renovação e força. 

Nesse sábado (05.01) às 14h, no Ilé Axé Legioniré Nitó do Xoroque localizado no Benedito Bentes II em Maceió, inicia seus trabalhos de 2013, com a cerimônia as “Águas de Oxalá”. 

Esse é o orixá associado à criação do mundo e da espécie humana, apresenta-se de duas maneiras: moço (chamado Oxaguian, identificado no jogo do merindilogun pelo odu ejionile) e velho (chamado Oxalufan e identificado pelo odu ofun e ejiokô). 

Considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os orixás do panteão africano, simboliza a paz, é o pai maior nas nações das religiões de tradição africana. Que 2013 seja de muita união! 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Conselho da Igualdade Racial


Vitória é a palavra que no momento representa a alegria e a luta do movimento negro alagoano. Finalmente, na última quarta-feira (26.12.12) na Assembleia Legislativa de Alagoas, foi aprovado o projeto de Lei 381/2012, apresentado pelo Executivo, referente ao Conselho Estadual da Igualdade Racial em Alagoas. Estiveram presentes 20 parlamentares na sessão, que também foi acompanhada por ativistas. 

O Deputado Judson Cabral (PT), foi o parlamentar que defendeu por meio de requerimento a urgência da aprovação do projeto e destacou a importância do PL. “Trata-se de um conselho de Direito que destacará a atuação do movimento social negro, e foi graças ao empenho dessas lideranças e o acolhimento da Casa de Tavares Bastos que estar sendo posto em votação. É importante que esse Conselho venha trazer ações que visam combater a discriminação racial e motivar a cidadania através de diretrizes, além de atuar em consonância com o Governo Federal”, destacou. O deputado Jeferson Morais (DEM) foi o relator especial que emitiu o parecer favorável, e, o deputado João Henrique Caldas (PTN) sugeriu que a ALE tenha uma vaga garantida no conselho estadual. 

O Conepir será um órgão colegiado paritário, com representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais, de caráter deliberativo, que integrará a estrutura básica da Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos. Composto por 22 membros titulares e respectivos suplentes, que terão a missão de propor, em âmbito estadual, políticas de promoção da igualdade racial com ênfase na população negra, comunidades quilombolas, indígenas, das religiões de matriz africana e outros segmentos étnicos da população alagoana. 

Atualmente, existem 43 conselhos municipais de igualdade racial e conselhos estaduais no Distrito Federal e em 13 estados brasileiros. Na região Nordeste apenas os estados de Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará encontram-se em processo de articulação. Todos atuam de forma independente, mas, podem encaminhar suas demandas para o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) que existe desde a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), implantada no Governo Lula em 2003. 

A criação do Conepir representa uma grande conquista para a terra de Zumbi, que infelizmente é um Estado marcado pelo racismo, intolerância e opressão. Queremos agora, uma Alagoas mais justa e igual, onda promova a igualdade racial nos aspectos econômico e financeiro, educacional, histórico-cultural, social e político. Enfim, queremos que os clamores da população afro-ameríndia sejam realmente ouvidos e tenhamos mais avanços! Axé!


Fonte: Coluna Axé - nº232 - Jornal Tribuna Independente (01.01.13)