terça-feira, 24 de setembro de 2013

FACEAL: Moção de Repúdio

 

         
SENHORAS E SENHORES,


A capoeira patrimônio cultural imaterial brasileiro, tombada pelo IPHAN, INSTITUTO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL, SOB OS REGISTROS: Processo n° 01450.002863/2006-80 Parecer n° 031/08, Registro da Capoeira como Patrimônio Cultural do Brasil. É atualmente a maior divulgadora da língua portuguesa no mundo nos mais de 190 países onde ela é ensinada por brasileiros que ao longo de décadas saíram com seu berimbau na mão e se lançaram na aventura mundial de levar nossa cultura afro brasileira para o mundo, no Brasil, seu berço de nascimento tomou diversas dimensões desde simples forma de brincadeira em horas de folga, jogo, luta de sobrevivência e até mesmo forma de sustento desde os tempos mais remotos de nossa breve história brasileira.

Atualmente a capoeira tem sido objeto de estudo nas mais diversas áreas do conhecimento, onde pesquisadores se debruçam sobre ela buscando compreender as suas mais variadas formas de apresentação, que vai desde a simples ação de diversão a tratamento terapêutico, na busca de uma melhor qualidade de vida, formação de atletas, forma de inclusão social, sem distinção de cor de pele, poder financeiro, orientação religiosa ou sexual, tornando seus praticantes iguais perante o conhecimento cultural e princípios filosóficos do respeito pelo outro assim como ele é, proporcionado assim, uma vivência harmoniosa entre as pessoas seja qual for sua origem.

Em Maceió, a prática recente da capoeira se dar a partir dos anos setenta com a chegada de algumas pessoas na cidade entre elas os hoje mestres Jacaré, Claudio Figueiredo, Fernando Ventania, Tonico, Caveirinha, Celso Lacerda, me perdoem se esqueci algum, esses cidadãos abdicaram de infinitos momentos de suas vidas familiares e se dedicaram ao ensino da arte da capoeira para os jovens na cidade, tornado a pratica da capoeira se expandir atualmente nos cinquenta bairros da capital alagoana, sendo que ao longo destes anos o local onde mais se ensinou a capoeira foi nas escolas publicas aos finais de semana a pelo menos trinta anos essa prática é comum na cidade, ficaria horas aqui listando as escolas onde já aconteceram aulas de capoeira e ainda acontecem. 

        Atualmente o sistema legislativo brasileiro tem proporcionado aos cidadãos uma diversidade de direitos entre eles o direito a educação, garantido pela carta magna do país a jovem constituição de outubro de 1988, chamada de CIDADÃ, por garantir direitos amplos aos brasileiros estrangeiros naturalizados, esta lei garante a educação, esporte e a cultura como direitos inalienáveis, após ela em vem o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, que reafirma o que diz a CF/88, no ano 2003, é sancionada a lei 10639/03, que trata do ensino das culturas e história africana e afro brasileira nas escolas públicas do país, entre elas a CAPOEIRA, em Alagoas no aprovou-se a lei 6814/2007, que é a estadualização da lei federal 10639/03, em seguida o ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL, nos artigos 20,21 e 22, reafirma a capoeira como patrimônio cultural de matriz africana e designa ao Estado as atribuições de registro, proteção, o acesso pleno, bem como o reconhecimento do mestre como detentor do saber popular que é a capoeira bem como desporto preconizado no art. 217 da CF/88.

No entanto hoje dia 19 de setembro de 2013, a diretora da ESCOLA ESTADUAL AFRÂNIO LAGES, sob a jurisdição da 15ª Coordenadoria de Ensino localizada no Centro de Pesquisas Aplicadas,CEPA, no bairro do Farol, resolveu encerrar um trabalho de capoeira que vem sendo realizado a mais de dois anos com jovens crianças, adolescentes e adultos, em número aproximado de cem pessoas, pela Associação Cultural Capoeira Brasil, entidade legalmente constituída, inclusive com núcleos fora do Brasil, e atuava na escola nos dias de quita feira, sábados e domingos, sob a responsabilidade do senhor Rodrigo Pedrosa de Freitas, Formado em Educação Física, e professor de capoeira da referida instituição (Escola Brasil) foi informado pela diretora da Escola Afrânio Lages que não poderia continuar com seu trabalho de capoeira VOLUNTÁRIO, ao ser questionada o por que da decisão a gestora da unidade escolar eleita democraticamente pelo voto dos alunos, que inclusive são alunos da capoeira, simplesmente diz: São ordens superiores, e fica nossa pergunta que instancia superior ordenou esse ato de infrigir as leis acima citadas? nos causa espanto que pessoas "formada e esclarecidas" com a missão de educar tomem decisões dessa natureza, de DESRESPEITO, não só as leis, mas ao patrimônio nacional que é a CAPOEIRA, e nós por meio desta REPUDIAMOS a atitude da pessoa ou pessoas que tomaram essa decisão e deram essa ordem.

E informamos que esse é mais um dos tantos de casos de racismo, discriminação e preconceito institucional, e que não vai ser mais um impune, iremos tomar as providencia cabíveis para que os responsáveis por esse ato criminoso seja responsabilizado.
FEDERAÇÃO DE CAPOEIRA DO ESTADO DE ALAGOAS

José Carlos Pereira da Silva

Contra Mestre Carlos Liberdade.
Presidente - FECEAL

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Capoeiristas protestam contra racismo institucional

Nessa terça-feira (24.09), capoeiristas de Alagoas realizarão o "Protesto do berimbau contra o Racismo Institucional", às 8h, em frente ao CEPA no bairro do Farol em Maceió. A iniciativa demonstra o repúdio sobre o posicionamento da Diretora da Escola Afrânio Lages, que suspendeu sem qualquer justificativa, a prática da capoeira no espaço que era desenvolvida pelo Grupo Escola Brasil Capoeira, com o Professor Arapuá. CONTATOS: 82 - 8844-4838 (Carlos) e 8858-6771 (Denis).


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sine de Arapiraca contrata mulher negra para viver atriz de TV



Seleção está sendo feita para abertura de restaurante


O Serviço Nacional de Emprego (Sine) de Arapiraca divulgou nota, nesta quinta-feira (19), convocando mulheres negras para seleção de oferta de vaga em empresa de grande porte na cidade.
De acordo com a nota, a interessada deve ter como perfil principal altura e peso acima da média, uma vez que será selecionada para interpretar a personagem Tia Nastácia do Sítio do Pica Pau Amarelo, na obra literária criada pelo escritor Monteiro Lobato e que foi sucesso na Rede Globo de Televisão.
A mulher interessada deve procurar o Sine, na Rua Esperidião Rodrigues, 379, Centro de Arapiraca, ou pelos telefones (82) 3522-1902 ou (82) 8833-4354.

Fonte: Tribuna Hoje - com assessoria

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Violência contra a mulher

Na última sexta-feira (13.09), ocorreu uma sessão especial no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas, presidida pelo Deputado Estadual Fernando Toledo – Presidente da ALE – e que contou com a presença da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher. A Comissão esteve em Alagoas em junho de 2012 e foi constatado que as mulheres tinham várias dificuldades para ter acesso aos órgãos de amparo às vítimas de violência feminina. 

Na ocasião, a Deputada Federal Rosinha da Adefal (PTdoB) destacou a dupla vulnerabilidade das mulheres deficientes, na condição física ou sensorial, para se defenderem das agressões; além disso, existem casos de mulheres surdas que não conseguiram registrar a ocorrência porque não tinham profissionais capacitados para se comunicar através de Libras. Já o Deputado Federal Paulão (PT), também demonstrou sua preocupação com as mulheres de povos indígenas e quilombolas, cujas informações não chegam e seus direitos não são respeitados. E a vereadora Fátima Santiago (PP) reforçou a necessidade de um atendimento mais humanizado para as mulheres vítimas de violência sexual, na sua opinião, o Instituto Médico Legal (IML) é um ambiente invasivo e elas poderiam ser atendidas pelo(a) seu(a) próprio(a) ginecologista, ou ainda, por outro profissional de sua confiança e que se sentisse mais confortável. 

A Senadora Ana Rita (PT-ES) – relatora da CPMI – apresentou o relatório final que contém 1.040 páginas, constando o diagnóstico de toda a situação de violência no País e sugestões para melhorar as políticas públicas de enfrentamento aos índices criminais em 17 estados brasileiros. Ao todo foram 73 recomendações, mas, boa parte direcionada para órgãos estratégicos: 27 para o Estado, 10 para o Poder Executivo, cinco para o Poder Judiciário, oito para o Ministério Público e quatro para a Defensoria Pública. 

Atualmente, o Estado de Alagoas é o vice-líder com uma média de 8,3 homicídios a cada 100 mil mulheres. Obtenha mais informações sobre o relatório da CPMI da Violência contra a mulher no site www.anarita.com.br.


Fonte: Coluna Axé - 267ª edição – Jornal Tribuna Independente (17 a 23/09/2013) 
Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Oficinas qualificam comunicadores e atores sociais para o combate ao trabalho infantil no Nordeste


Comunicadores, formadores de opinião e atores sociais de cinco capitais do Nordeste (São Luís, Recife, Maceió, Aracaju e Salvador) serão capacitados para contribuir no combate ao trabalho infantil e proteção do trabalho adolescente, tendo a comunicação como estratégia. A ação é realizada pela ong baiana CIPÒ Comunicação Interativa e integra a campanha colaborativa nacional “É da Nossa Conta! Sem Trabalho Infantil e pelo Trabalho Adolescente Protegido”, encabeçada pela Fundação Telefônica Vivo e prevê um conjunto de estratégias para contribuir com a erradicação do trabalho infantil no país. As oficinas acontecem durante o período de 12 a 26 de setembro.

As capacitações visam sensibilizar tanto comunicadores quanto atores sociais, vinculados ao Sistema de Garantias dos Direitos das Crianças e Adolescentes, para a noção de que a comunicação é decisiva no combate às formas exploratórias de trabalho. Segundo dados do IBGE, no Brasil há 3,4 milhões de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos em situação de trabalho, alguns deles enquadrados nas piores formas. A situação é bastante crítica nas regiões Norte e Nordeste, onde vivem 1,4 milhão desses meninos e meninas.

As ações de mobilização visam contribuir diretamente para diminuição dos índices nas duas regiões brasileiras. Durante o mês de agosto as cidades de Rio Branco, Manaus, Porto Velho e Belém também receberam a capacitação, sensibilizando profissionais da área dos direitos das crianças e adolescentes,
além de jornalistas, assessores de imprensa e gestores. Para mobilizar a sociedade em torno do tema, a campanha pretende envolver diversos públicos, incluindo adolescentes, jovens, especialistas no assunto, comunicadores, operadores do sistema de garantia de direitos, pais e responsáveis.

Campanha – Esta é a segunda edição da Campanha É da nossa conta, lançada no dia 13 de junho, contando com a sensibilidade e apoio de artistas e formadores de opinião. Realizado em parceria com o UNICEF e a OIT, o projeto que mobilizou mais de 25 milhões de pessoas em 2012 inicia nova fase para garantir os direitos das crianças e adolescentes. Dessa vez, as ações de comunicação e mobilização social visam o enfrentamento do trabalho infantil e esclarecer as condições para a contratação legal de
adolescentes para o mercado de trabalho.

A estratégia é propor aos cidadãos tornarem-se agentes multiplicadores, produzindo e compartilhando informações nas redes sociais. Os atores Lázaro Ramos, que também é embaixador do UNICEF, Priscila Fantin, Ângelo Paes Leme e Francisco Cuoco apoiam a causa e gravaram vídeos
para a campanha.

“Este ano direcionaremos os esforços para o Norte e o Nordeste, áreas historicamente com os maiores índices de trabalho infantil. Por isso, escolhemos como palco para o lançamento da campanha a cidade de Salvador” diz Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica Vivo. “Queremos mobilizar a sociedade quanto ao tema do trabalho infantil e garantir aos adolescentes um trabalho protegido, de forma que possam aprender uma profissão sem correr riscos ou prejudicar os estudos.”
completa.

Estruturada a partir da Rede Promenino (portal de notícias e rede social da Fundação Telefônica focado na discussão do tema do trabalho infantil e adolescente), por meio de seus perfis nas redes sociais, plataforma e site, a campanha tem a internet como principal plataforma. O mote “É da Nossa Conta”, lançado na edição passada da campanha, foi mantido pela grande identificação e associação do público para com o projeto, além de chamar a atenção para o aspecto da corresponsabilização da sociedade civil e do Estado. “Destacamos um problema que se tornou opaco e culturalmente aceito, mas que de fato atinge milhares de crianças. É da minha conta, da sua e da conta de todos os brasileiros.” completa
Françoise.

“Essa campanha é muito importante e oportuna. Os governos e a sociedade precisam estar fortemente envolvidos no enfrentamento do trabalho infantil e percebê-lo como um obstáculo para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes, principalmente do direito à educação", diz Gary Stahl, representante do UNICEF no Brasil. "O trabalho infantil ainda é uma das causas que impedem a frequência escolar e a aprendizagem de milhares de meninas e meninos. Muitas crianças acabam deixando a escola para
trabalhar e ajudar na renda familiar ou mesmo para cuidar dos serviços domésticos.” finaliza.

Sobre o Trabalho Infantil 
No período de 2000 a 2010, a região Nordeste foi a única que registrou redução em todos os Estados do número de crianças de 10 a 13 anos trabalhando (14,96%) e também de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos trabalhando (23,28%), segundo dados do IBGE (mais informações na matéria do Repórter Brasil:). Até então considerada uma das regiões mais críticas do país, deve esse resultado tanto a campanhas realizadas pelo Sistema de Garantia de Direitos quanto à eficácia da política pública de transferência de renda – a Bolsa Família.

Já o Norte do Brasil teve um aumento de 12,7 mil crianças e adolescentes de 10 a 17 anos trabalhando no mesmo período. Segundo Renato Mendes, ex-coordenador do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil da OIT no Brasil, o novo índice da região se deve à dificuldade de acesso dos instrumentos da política pública federal, aos municípios longínquos, à distância entre escolas e domicílios, e também aos períodos de chuva e transporte difícil.

CALENDÁRIO DE CAPACITAÇÕES
São Luís - 12 de Setembro (quinta-feira)- Auditório da Pousada Portas da Amazônia, Rua Giz,129. Centro. São Luis
Recife - 16 de Setembro (segunda-feira)- Auditório do Recife Plaza Hotel - Rua da
Aurora, 225. (esquina com a Av. Conde da Boa Vista). Recife
Maceió - 18 de setembro (quarta-feira) - Auditório do Hotel Ponta Verde- Av. Álvaro 
Otacílio, 2933 – Ponta Verde – Maceió. 
Aracaju - 20 de setembro (sexta-feira) - Auditório do Jatobá Praia Hotel - Av. Santos
Dumont, 478. Jardim Atalaia. Aracaju
Salvador - 25 de setembro (quarta-feira) - Auditório da Cipó - Rua da Paciência, 3784.
Rio Vermelho.

MAIS INFORMAÇÕES:
CIPÓ – Comunicação Interativa
Contato: Nilton Lopes, Coordenador do Núcleo de Incidência Política (71 8181-7331)
Fundação Telefônica Vivo
Contato: Aline Boniolo, Assessoria de Imprensa – Máquina Public Relations (11 3430-5955 / 9 9650-4757) aline.boniolo@grupomaquina.com
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
Contato: Estela Caparelli, Assessoria de Comunicação (61 3035 1963 / 61 8166 1648) mecaparelli@unicef.org


Fonte: Divulgação

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ESCOLAS DO DISTRITO FEDERAL LEVAM OS DIREITOS DA MULHER ÀS SALAS DE AULAS!!!


Conteúdo sobre direitos da mulher agora é obrigatório nas escolas do DF 
Medida estimula crianças a contar o que sofrem em casa.

O Conselho de Educação do DF (CEDF) estipulou a inclusão do conteúdo no currículo dos ensinos fundamental e médio, por meio da Resolução nº 01/2012.

Aluna do 6º ano do CEF 1, de Planaltina, Lorena de Araújo Calmo sabe dizer quem é Maria da Penha

A expectativa de mais segurança e de um ponto final para o sofrimento de crianças abusadas dentro de casa está exposta na redação de uma menina de 11 anos. Ela escreveu o texto impulsionada pelo sentimento de justiça, após conhecer o nome da mulher em que deposita todas os projetos de mudança: Maria da Penha. O despertar para o conhecimento da lei não ocorreu com interferências ou por meio de amigos. Veio da escola. Joana (nome fictício) aprendeu na sala de aula que não precisava aceitar a violência doméstica contra ela e a mãe. Resolveu desabafar na aula de redação. “Fui estuprada e ainda sinto medo. Já sofri muito e minha mãe também, mas agora existe essa lei. Temos que ter a confiança de que tudo vai mudar”, relatou.

A educação sobre os direitos da mulher e outros assuntos com o recorte de gênero passou a ser obrigatória no fim do ano passado. O Conselho de Educação do DF (CEDF) estipulou a inclusão do conteúdo no currículo dos ensinos fundamental e médio, por meio da Resolução nº 01/2012. No fim do mês passado, uma recomendação inédita no país, formulada pelo CEDF, em parceria com a Secretaria da Mulher, orienta a atuação dos professores nas salas de aula. Segundo o documento, os docentes devem trabalhar a Lei Maria da Penha de forma interdisciplinar, além de usar documentos como as convenções de direitos humanos nacionais e internacionais. O objetivo: eliminar todas as formas de preconceito e de violência contra as mulheres.

Fonte: Correio Braziliense

domingo, 15 de setembro de 2013

Nova imortal tem gosto literário que abrange vários gêneros


Texto: Cleidiana Ramos
Foto: Margarida Neide

A Academia de Letras da Bahia (ALB) vai ganhar com mãe Stella uma integrante fascinada por literatura. Na adolescência, tornou-se fã de Érico Verissimo e Jorge Amado. "Sempre gostei de ler, pois leitura sempre traz conhecimento", afirma.
Além dos clássicos, ela gostava de romances e gibis, de forma que não possui um gênero favorito. "Sempre gostei de história, até por conta da nossa religião. Também gosto de simbologia", relata mãe Stella.
Diferentemente de quando recebeu o título de doutora honoris causa na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), quando foi aberto um precedente para que ela usasse uma beca azul-turquesa - cor de seu orixá, Oxóssi -, desta vez não haverá surpresas em relação à vestimenta.

"A ALB não tem fardão. É um colar. Acho bem interessante. Afinal, nós usamos no candomblé as contas, um tipo de colar como símbolo do orixá", diz mãe Stella.
Segundo ela, em seus sete livros - incluindo a coletânea de artigos publicados em A TARDE - está um tipo de literatura que transborda o que  sente. "É a fé que sigo e abraço em meu coração", acrescenta mãe Stella.
Produção - Mãe Stella é autora dos livros E assim aconteceu o encanto, escrito em parceria com Cléo Martins (1988); Meu tempo é agora (1992); Òsósi - O Caçador de Alegrias (2006); Owé - Provérbios(2007); Epé Laiyé - terra viva (2009);  além deOpinião (2012), coletânea de artigos publicados, quinzenalmente, em A TARDE.
São obras onde estão presentes suas experiências e reflexões sobre o candomblé.
"Mãe Stella sistematiza um corpus literário da tradição africana em uma linguagem de fácil acesso, sem invadir o âmbito do sagrado e do segredo", analisa o doutor em antropologia Fábio Lima.
Autor da dissertação intitulada Oyá-Bethãnia - os mitos de um orixá nos ritos de uma estrela, o antropólogo Marlon Marcos destaca que a posse de  mãe Stella significa  ruptura em uma ordem racista e sexista que predomina há séculos.
"Mulher, negra, baiana, culta, sacerdotisa que, ao se sentar em sua cátedra destinada aos letrados, dá assento às nossas ancestrais, muitas que não dominavam o código escrito vigente, mas que de outra forma também  exerceram suas lideranças sociais e intelectuais", diz.

Fonte: Portal A Tarde

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Nesse sábado tem espetáculo afro “Natividade – entre cantos e contos”

O projeto Inaê do Grupo União Espírita Santa Bárbara (GUESB) estará pela primeira vez no Teatro Deodoro, nesse sábado (14.09) às 19h, com o espetáculo afro “Natividade – entre cantos e contos” que divulga a ascendência indígena sul-americana e africana através dos seus ritos, cânticos e expressões corporais. Tem o apoio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Restaurante Bóia Fina e Rio’s. A entrada será um 1kg de alimento não perecível. Prestigie!


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Documentário Mwany é lançado em Maceió no dia 12/09

O retrato poético de uma mulher e seus pais em uma terra estrangeira é o tema do documentário do alagoano Nivaldo Vasconcelos. A primeira exibição do Mwany (lê-se Muâni) acontece às 19h30 do dia 12 de setembro, no Cineteatro Jofre Soares, no Sesc Centro. A entrada é gratuita.

O tema central do documentário foi pensado a partir da convivência do diretor com alguns africanos que moram em Maceió, porém só começou a desenvolver a temática após um encontro com Sônia, personagem principal, que segundo Nivaldo “lhe chamou a atenção por sua motivação, autenticidade e preservação das raízes africanas”.
O documentário, que é uma produção audiovisual independente conta com a parceria do Sesc Alagoas em seu lançamento em Maceió e será exibido também simultaneamente no Rio de Janeiro. A apresentação na capital carioca será no Cine Clube Atlântico Negro (Cineclube que trabalha temáticas africanas e a cultura afro brasileira). A obra está inscrita em alguns festivais e já foi selecionada para o Festival de Cinema de Penedo – AL, que acontece em novembro de 2013.


Sinopse: Todo coração é uma nação. Sónia André, moçambicana, nascida em Zavala, criada no distrito de Matutuíne, com uma filha de seis meses de idade vem ao Brasil, mais especificamente para Maceió, no estado de Alagoas, para fazer faculdade de música. A Moçambique contada por Sónia é quase um sonho com a textura das capulanas, e com a espiritualidade traduzida no som da Timbila. Este filme é um recorte desta "Moçambique”, desta mulher e da incrível e (de início) improvável ponte entre este canto da África com Maceió, cidade do nordeste brasileiro. É um filme sobre o sentimento de pertença, inclusive o de não pertencer.

SERVIÇO
Lançamento do documentário Mwany
Classificação: Livre
Duração: 18’40”

Data: 12 de setembro de 2013
Local: Teatro Jofre Soares – Unidade Sesc Centro
Horário: 19h30
Entrada Franca
Informações: (82) 3326-3133


Fonte: Divulgação

Cultura afroalagoana

Na última sexta-feira (06.09), no auditório da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) localizado no bairro histórico do Jaraguá – ocorreu uma expressiva reunião com segmentos da cultura afroalagoana. A convocatória partiu do Presidente da FMAC, Vinícius Palmeira, em conjunto com o seu corpo técnico. Teve como objetivo destacar a importância dos editais públicos, que são ferramentas mais justas e democráticas para efetivar o patrocínio cultural e o repasse de recursos públicos. 

Outro ponto expressivo foi a leitura da carta emitida por Jairo Campos, Reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), que transfere a seção do projeto “Xangô Rezado Alto” para o órgão municipal vinculado à Prefeitura de Maceió. “Há três anos, existe um esforço grande para consolidar o dia 02 de fevereiro e marcar a face negra e a valorização da negritude. Esse projeto já tem um convênio firmado com o Ministério da Cultura e queremos ampliar as atividades”, afirmou Vinícius Palmeira. 

Também foi repassada a informação que o governo municipal pretende executar uma programação especial na semana da consciência negra, com: apresentações, exposição, feira de artesanato, oficinas e ações de estética. 

No debate, foi ampliada a discussão sobre a revitalização das praças públicas que tem nomes de personalidades negras e exaltam a história afroalagoana; além definir um calendário afro-permanente com ações sócio-culturais e de formação durante o ano todo: Lavagem do Bomfim (janeiro); Quebra de Xangô (fevereiro); 21 de março – Dia Internacional de Combate ao racismo; 13 de maio – Dia Nacional de luta contra o racismo; Agosto popular; Mobilização pró Saúde da População Negra (outubro); 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares; e o Dia de Iemanjá e Festa das Águas (dezembro).

No encerramento, ocorreu a composição de comitês para aprofundar as demandas do projeto Xangô Rezado Alto, e, outro grupo para refletir sobre a cadeia produtiva nas ações afro-culturais em Maceió. Estiveram presentes representantes de grupos afro-culturais (dança-afro, maracatu, afoxé), capoeiristas, religiosos de matrizes africanas e lideranças de organizações não-governamentais; além da representação do escritório estadual da Fundação Cultural Palmares/Minc em Alagoas. 

Que o diálogo e a valorização da cultura afrobrasileira seja uma Política de Estado! Axé! 


Fonte: Coluna Axé - 266ª edição – Jornal Tribuna Independente (10 a 16/09/2013).
Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

NOTA: Em defesa dos jornalistas e da liberdade de expressão










O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas e a Federação Nacional dos Jornalistas, em nome de todos os seus associados, vem a público manifestar seu veemente repúdio ante a sucessão de fatos que culminaram na condenação do jornalista Ricardo Mota, exemplo de profissional íntegro, aguerrido e comprometido com as lutas sociais do Estado e do país. Ainda mais porque tal condenação foi motivada pela divulgação de informação (documentada e confirmada, como é dever de todo profissional de comunicação), envolvendo um conceituado juiz alagoano. 

Infelizmente, esta tem sido uma prática comum contra profissionais da imprensa nos últimos anos, alguns dos quais respondendo a inúmeros processos em Alagoas. Entende o Sindjornal que tal atitude constitui um flagrante desrespeito ao exercício profissional do jornalista, à liberdade de expressão e ao direito à informação, princípios constitucionais inseridos entre os direitos fundamentais do cidadão. Entende, ainda, esta entidade, que entre as funções sociais do jornalismo e do jornalista está a efetivação do direito de informar e de ser informado, facultado a toda a sociedade, e que a publicidade e a transparência são princípios básicos no Estado Democrático de Direito.

Lamentamos, portanto, tal atitude que culminou na condenação de Ricardo Mota, ao mesmo tempo em que parabenizamos o profissional por sua postura, sempre coerente com os princípios do bom e ético exercício do jornalismo, e por se manter altivo e determinado na trincheira onde nos alinhamos, contra a censura corporativista e intimidadora de quem quer que seja.

Porquanto, o Sindjornal e a Fenaj conclamam a categoria para um ato de desagravo a Ricardo Mota e outros profissionais processados, que acontecerá às 14 horas do dia 11 do corrente mês, em frente à TV Pajuçara, ao tempo em que reafirmam sua defesa pelos ideais de democracia, liberdade de imprensa, ética e justiça social. 


SINDICATO DOS JORNALISTAS DE ALAGOAS - SINDJORNAL 

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS - FENAJ

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Agosto Popular

A Praça Santa Tereza no bairro da Ponta Grossa em Maceió, no último sábado (31.08), foi o palco da terceira edição do projeto “Agosto Popular - Celebrando Cultura Popular”, uma realização da Articulação pela Cultura Popular e Afro-alagoana, em parceria com o Cepa Quilombo, Quintal Cultural, Coletivo AfroCaeté, Maracatu Raízes da Tradição (Abassá de Angola de Oyá Igbalé) e a Associação dos Folguedos Populares da Zona Sul. Também recebeu o apoio da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac) da Prefeitura de Maceió); Secretaria Estadual de Comunicação (Secom); Superintendência de Juventude da Secretaria Estadual da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos; Diretoria de Teatros de Alagoas (Diteal); Afoxé Ofá Omin (Ponta Grossa); e o Unicompra.

A programação foi composta pelo melhor da cultura alagoana, com: roda aberta de capoeira; Mamulengo das Alagoas; Fandango do Pontal da Barra; Nega da Costa; Boi Águia; Cambinda; Guerreiro Vencedor Alagoano; Quilombo; Boi Anaconda; Reisado do Mestre Duda; Ginga Terapia (capoeira inclusiva); Fanfarra da Escola Júlio Alto; Coletivo AfroCaeté; Maculelê; Mestre Jorge Calheiros; Demis Santana e Fagner Dubrown; Hip Hop Zona Sul; Rogério Dias e banda; Arê Yorubá; Banda Afro Mandela; dentre outros. 

Também foi o momento especial para realizar uma justa homenagem para mestres de saberes/grupos que desenvolvem um trabalho de valorização da cultura e expressões folclóricas, foram eles: Mestre Anísio (Guerreiro Mensageiro de Padre Cícero); José Carlos (Arê Yorubá/Escola de Samba Girassol); Paulinha (Malungos do Ilê); Enaura (Vila dos Pescadores de Jaraguá); Doté Elias (Maracatu A Corte de Airá); Demis Santana (cantor, poeta e cordelista); Dirceu Lindoso (escritor); Banda Afro Mandela; e o Afoxé Oju Omin Omorewá. 

Parabéns a todos pelo trabalho, resistência e contribuição para a transformação social. Que as nossas heranças culturais sejam fortalecidas! Axé!



Fonte: Coluna Axé - 265ª edição – Jornal Tribuna Independente (03 a 09/09/2013)
Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Tese de Mestrado aborda a matemática no contexto da Lei 10.639/03




O ativista Allex Sander Porfírio – formado em Economia; professor de matemática; e Coordenador do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnicorracial no Estado de Alagoas– defendeu sua dissertação de mestrado intitulada: “A prática pedagógica dos professores/as de matemática a partir da implementação da Lei 10.639/03: um estudo de caso na 1ª coordenadoria regional de ensino do Estado de Alagoas”.  

Dentre os assuntos aprofundados estiveram: reflexões sobre as relações raciais no contexto escolar; a matemática dos povos africanos; o que é etnomatemática?; Educação Matemática x Ensino da História e cultura africana e afrobrasileira no currículo escolar; racismo, preconceito e discriminação racial; a prática pedagógica dos docentes de matemática. 

O trabalho foi orientado pela Profª Drª Nanci Helena Rebouças Franco. Confira abaixo o resumo acadêmico:


A Dissertação teve como objetivo geral investigar se os/as professores/as de Matemática da 1ª Coordenadoria Regional de Ensino do Estado de Alagoas (1ªCRE) vêm utilizando elementos da cultura afro-brasileira em suas práticas pedagógicas em sala de aula com seus alunos, conforme explicitado na Lei 10.639/03. Diante disso, a pesquisa está ancorada  na referida Lei que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares espalhados em todo o Brasil e que está em vigor desde 09 de janeiro de 2003; sendo que, a mesma chegou ao Estado Brasileiro no bojo do debate da implantação das políticas de ações afirmativas para a população negra reivindicada pelo movimento negro organizado. Do ponto de vista teórico-metodológico partiu-se de uma abordagem qualitativa, tendo como método de procedimento o estudo de caso como técnicas de coleta de dados a pesquisa bibliográfica, o questionário e a análise documental.  A partir da análise dos dados coletados, pôde-se perceber a necessidade de implementação da Lei 10.639 por parte da 1ª Coordenadoria de Ensino através de investimento na formação político-pedagógica dos seus atores; além disso, percebe-se a necessidade de  que a prática pedagógica do/a professor/a, especialmente de Matemática, seja respaldada nas diversidades das vidas e culturas dos sujeitos que fazem parte do cotidiano das escolas. Espera-se que essa pesquisa traga novas reflexões a respeito da problemática educação e diversidade étnico-racial, a partir da experiência dos/das professores/as de Matemática da 1ª Coordenadoria de Ensino, suscitando praticas pedagógicas de inclusão que contribuam para a construção de escolas que valorizem a identidade de seus alunos e por consequência produza uma educação de qualidade, contribuindo para a construção de uma  sociedade mais  igualitária. 


Palavras-chave: Cultura. Educação. Matemática. Formação de Professores. Lei 10639/03.