sábado, 30 de julho de 2011

Movimento Hip Hop vai à praça no domingo




Mais uma vez o programa 'Eu Quero Ver' da CUT-AL abre espaço para a cultura Hip-Hop alagoana entrevistando ZaZo, que fala sobre o 'Hip-Hop vai à Praça [O Retorno]' que será realizado dia 31/07 na Praça Santa Tereza. Além de falar sobre o evento, ZaZo fala sobre projetos futuros do movimento Hip-Hop Maceioense.

O Hip-Hop vai à Praça será o primeiro passo na via de execução do projeto premiado pelo Governo Federal com o Prêmio Hip-Hop Edição Preto Ghóes, no evento será gravado imagens para a produção do documentário sobre a Cultura Hip-Hop Alagoana.

Mais informações sobre o evento: 8843-6055 | 8891-3958 | zazoxmp@hotmail.com

Imagem em Alta Resolução (1080p)
Imagens: Pablo Gomes
Jornalista: Eliete Amâncio
Edição do Video: ZaZo


Fonte: www.hiphop-al.blogspot.com

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Casa de Iemanjá realiza mais um Cine Axé

A todos os amigos e parceiros

Convidamos a todos e todas para mais um momento de exibição do CINE AXÉ, ação que já realizamos a nove anos e sempre uma característica singular, juntar pessoas para a exibição de filmes com a temática afro-brasileira. Lembrando que a conversa e o ODOBORÙ ( pipoca) e por nossa conta.

Abraços a todos e todas e aguardamos vocês.

Casa de Iemanjá - Ponta da Terra - Maceió/AL







www.casadeiemanja.hpg.com.br

Faltam 22 dias para o encerramento das inscrições da primeira edição do Prêmio Abdias Nascimento

Jornalistas de todo Brasil que tiveram reportagens publicadas entre 1º de janeiro de 2009 e 30 de abril de 2011 podem concorrer ao Prêmio Jornalista Abdias Nascimento. Serão aceitos trabalhos veiculados em emissoras brasileiras de televisão ou rádio, na mídia impressa e na internet. As inscrições estão abertas até o dia 19 de agosto.
Em sua primeira edição, o prêmio distribuirá R$ 35 mil para as categorias Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Internet, Mídia Alternativa ou Comunitária, Fotografia e a Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros. O vencedor de cada categoria receberá a quantia de R$ 5 mil, conforme regulamento.
O objetivo da premiação é valorizar a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra. A ideia é estimular trabalhos que promovam a igualdade racial na mídia.
Condições para inscrição
Só podem participar jornalistas e repórteres da imagem, como os repórteres fotográficos ou cinematográficos, que possuam registro profissional ou diploma em nível superior, cursado em instituição reconhecida pelo MEC. Quem tem o registro profissional emitido após 17/06/2009 deve encaminhar cópia do registro e cópia do diploma em nível superior cursado em instituição reconhecida pelo MEC. A exceção é para repórteres fotográficos e cinematográficos. Veja o regulamento disponível em www.premioabdiasnascimento.org.br

O Prêmio Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ).  E conta com o apoio da Oi, da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e do Centro de Informações das Nações Unidas (ONU). O patrocínio é da Fundação Ford e Fundação W. K. Kellogg.

Informações:
Angélica Basthi (coordenação do Prêmio e Cojira-Rio)

Acompanhe o prêmio em nossas redes sociais:




Fonte: Cojira-RJ

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mulheres Negras lançam programa de TV


C  O  N  V  I  T  E

Convidamos V. Sa. para a  exibição pública do Programa REconhecer, uma realização do Núcleo Audiovisual de Mulheres Cinemina e ONG Estimativa, no dia 29 de julho, às 18h30 no CEDIM - Conselho Estadual de Direitos da Mulher – Rua Camerino, 51 Centro – RJ

Programação:
18h30 às 20h - Coquetel -> Coquetel de Abertura e recepção das pessoas convidadas.
20h às 20h30 - Mesa de abertura -> Apresentação do projeto e da Equipe realizadora.
20h30 às 20h45 - Exibição do Programa Reconhecer -> Tema O que é ser Mulher Negra no Brasil?
20h45 às 21h30 -> Conversa informal entre a equipe e pessoas presentes.



REconhecer
é descortinar o passado e redefinir
 o futuro
O programa de Internet REconhecer é um jeito diferente de valorizar as heranças africanas.
 
 
O objetivo do programa REconhecer é evidenciar a diversidade do universo feminino, geralmente apresentado de maneira reducionista e unilateral.
A partir do próximo dia 01/08 o público poderá assistir o programa pela internet.
O REconhecer é um jeito diferente de valorizar as heranças africanas: a partir da nossa voz, da nossa cara e da nossa escrita!
Favor confirmar presença através do e-mail programareconhecer@gmail.com até o dia 28 de julho de 2011.

Serviço:
O que? Exibição Programa RE-conhecer:

Quando? 29 de julho, às 18:30 h
Mais Informações:  21 2567-0011
Como chegar no CEDIM? Aqui

Realização: Estimativa

Apoio:
CEDIM - Conselho Estadual de Direitos da Mulher
Superintendência dos Direitos da Mulher
Ipiatti Restaurante
Ashanti Viagens
Ponto de Cultura - Cinemina Pontos de Visão
Atenciosamente,
Família Estimativa
Visite nosso blog: http://programareconhecer.blogspot.com

MEC começa a colher subsídios para a educação quilombola

Audiência pública


O Conselho Nacional de Educação (CNE) promove, no dia 5 de agosto, em Itapecuru-Mirim (MA), a primeira audiência pública com a finalidade de colher subsídios para a elaboração das diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola.

O objetivo é reunir o maior número possível de municípios das regiões Norte e Nordeste. Outras duas audiências sobre o tema serão realizadas este ano, em São Francisco do Conde (BA) e em Brasília. A de Brasília atenderá as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

A formulação das diretrizes está a cargo de uma comissão especial do CNE, criada em 2010 para atender às deliberações da Conferência Nacional de Educação (Conae).

A comissão especial é formada por quatro representantes indicados pela Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), uma pesquisadora de educação escolar quilombola e representantes da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC e da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Cerca de 200 convidados devem participar dos debates, entre eles gestores, docentes, estudantes, representantes de comunidades quilombolas, movimentos sociais, organizações não-governamentais, além de pesquisadores.

O texto-referência das audiências será distribuído gratuitamente para as comunidades quilombolas. Os interessados podem enviar contribuições por mensagem eletrônica.

Assessoria de Imprensa do CNE
Palavras-chave: CNE, quilombolas

terça-feira, 26 de julho de 2011

Mulheres negras e guerreiras


A data 25 de julho celebra o Dia Internacional da Mulher Afro-latina Americana e Caribenha, criado em 1992, durante o I Encontro de mulheres Afro-latino-Americana e Afro-Caribenha, em Santo Domingo, República Dominicana, a data tornou-se o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.

O Observatório Negro de Recife (PE) emitiu uma nota sobre a data conclamando toda a sociedade ao respeito: “Não somos comidas nem bebidas – somos mulheres. Não somos descartáveis como uma lata de cerveja – somos a presença contínua e renascente de nossas ancestrais, a reconstrução cotidiana de nossas experiências femininas. Não somos as Devassas, nem as Boas das cervejarias; não somos o “grande atoleiro de carne” de Gilberto Freyre; somos Mulheres. Nenhum rótulo. Mulheres indivíduos, mulheres coletivas, mulheres arquétipos. Desde nascidas, somos. Até o derradeiro instante, somos”.

Nos dias 22 e 23 de julho, aconteceu na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo o II Seminário Internacional da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha. O evento foi promovido pela Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena em parceria com a Coordenadoria Municipal de Assuntos da População Negra. Teve como objetivo ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras do Estado, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais formas desigualdades raciais e sociais.

E nesta sexta-feira (29.07) terá um importante debate sobre a importância da data e a realidade das mulheres negras, além da "Participação da mulher negra nas conferências nacionais", com representantes dos 27 Estados da Federação. A videoconferência será promovida pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR), a geração será iniciada às 10h, a partir da sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), parceiro da iniciativa responsável também pela rede receptora nas capitais brasileiras.

As mulheres representam 61% da população brasileira, mas é minoria nos espaços de poder. E quando se faz o recorte de gênero e etnia, a mulher negra é mais discriminada, possui os salários mais baixos e enfrentam inúmeras dificuldades para ascender politicamente-economicamente e socialmente. Axé para todas aquelas mulheres negras espalhadas por esse mundo afora, que se sacrificam todos os dias nas mais diversas áreas, por uma vida melhor, respeito e oportunidades de igualdade.


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente - nº160 (26.07.11)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Supermercado paga R$ 260 mil a criança alvo de racismo

Seguranças teriam desconfiado de furto e chamado menino de "negrinho sujo e fedido"


O garoto negro T., de 10 anos, que acusa seguranças do Hipermercado Extra da Penha, na zona leste de São Paulo, de tê-lo chamado de "negrinho sujo e fedido" e de ter sido obrigado a tirar a roupa, foi indenizado em R$ 260 mil pela empresa. Os seguranças suspeitavam de furto. A criança não havia levado nada.

O caso ocorreu em 13 de janeiro. Segundo depoimento da criança no 10.º Distrito Policial (Penha), ele foi abordado por três seguranças e levado para uma "sala reservada" com outros dois garotos, de 12 e 13 anos. Após as ofensas raciais, um segurança "japonês" (com feições orientais) o ameaçou com uma "faquinha de cabo azul", com um tubo de papelão - dizia que "era bom para bater" - e afirmou que ia "pegar um chicote".

O garoto foi obrigado a tirar a roupa e, só depois, os seguranças verificaram que T. levava nota fiscal de R$ 14,65, que comprovava a compra de dois pacotes de biscoito, dois pacotes de salgadinhos e um refrigerante. O documento foi anexado ao inquérito e é uma das principais provas contra os seguranças.

Apesar da indenização, o Grupo Pão de Açúcar afirma "não reconhecer" as alegações. Segundo o texto do acordo, a indenização foi concedida "por mera liberalidade e sem qualquer assunção de culpa nas esferas cível ou criminal". Os seguranças envolvidos, segundo a empresa, foram demitidos. O Grupo Pão de Açúcar ainda afirmou que "repudia qualquer ato discriminatório, pauta suas ações no respeito aos direitos humanos e esclarece que o assunto foi resolvido entre as partes".

"A investigação criminal não pode parar. Nesse tipo de caso, as punições têm de ser exemplares. São crimes muito graves, que podem marcar a pessoa para a vida toda. Especialmente quando a vítima é uma criança", disse o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ivan Seixas, que acompanhou o caso.


Fonte: www.r7.com.br

Fátima Santiago participa de formação étnicorracial em São Paulo

A parlamentar esteve na Escola de Formação dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) e, também, no II Seminário Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha


Por: Helciane Angélica 



A vereadora por Maceió, Fátima Santiago (PP), esteve nos dias 19 a 23 de julho na cidade de São Paulo para participar da Escola de Formação dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) – entidade do movimento negro brasileiro, que existe há 28 anos e está presente em 11 Estados – e também prestigiou o II Seminário Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha.

Na opinião da vereadora, o racismo é um fenômeno que muitas vezes consegue se camuflar e está presente em vários setores e, somente, com representações parlamentares comprometidos com a causa étnicorracial, teremos mudanças expressivas e leis exercidas.  “Se a gente não se conscientizar que podemos ser parlamentares e mostrar a nossa capacidade nas diversas profissões, não ascenderemos socialmente. E enquanto a gente ficar só no discurso, criar conselhos e esses não conseguirem adentrar nas periferias, não teremos poderes e não conseguiremos a transformação social. Somos negros e a maioria neste país, então, temos que reivindicar os nossos direitos. Aí sim, acreditarei na mudança!”, destacou. 

Dentre os temas discutidos na Escola de Formação estiveram: Globalização e as Questões Etnicorraciais; História dos APNs no Brasil; O Movimento Negro e o Estado; Negro, Política e poder; Racismo no Brasil; Política de Segurança Alimentar no Brasil; além de passeios étnicos, cine-fórum; oficina de teatro do oprimido e visitas em órgãos públicos que executam políticas afirmativas no combate do racismo e outras formas de discriminação.



Nessa escola pude obter mais informações sobre as ações afirmativas destinadas à população negra. Eu nunca fui militante e vim aqui para aprender mesmo e, com certeza, agora retornarei para minha cidade com uma bagagem inteira de ideias para o meu mandato”, exaltou Fátima Santiago, que também fez questão de oficializar a sua filiação nos APNs.


Seminário Internacional

Nos dias 22 e 23 de julho, a parlamentar também prestigiou o II Seminário Internacional da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha que aconteceu na Secretaria de Justiça de São Paulo. Ela também foi convidada para compor a mesa de honra e falar um pouco sobre a sua experiência na área profissional e política.



As mulheres representam 61% da população brasileira, mas é minoria nos espaços de poder. Fátima Santiago destacou que não entende o porquê das mulheres não votarem em mulheres para defender seus próprios interesses. Ela é a primeira vereadora negra eleita na capital alagoana e está no seu terceiro mandato e, atualmente, encontra-se entre as cinco mulheres no total de 21 vereadores na Câmara Municipal de Maceió e é a única negra. Tem formação em Medicina, é especialista em Ginecologia e Obstetrícia, tem pós-graduada em Medicina do Trabalho; além de formação em Vídeo-histeroscopia e Diagnóstico Cirúrgico.


sábado, 23 de julho de 2011

Videoconferência integrará mulheres negras em rede nacional


Debate alusivo ao 25 de julho - Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, acontece em 29/07, através de vidoconferência às 10h, com participantes nos 27 Estados da Federação

Para marcar o 25 de julho - Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR) realizará uma videoconferência em 29 deste mês, a partir das 10h. O debate envolverá mulheres negras das 27 capitais em torno do tema: "Participação da mulher negra nas conferências nacionais". A geração será iniciada às 10h, a partir da sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), parceiro da iniciativa responsável também pela rede receptora nas capitais brasileiras.

A ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, dirigirá o debate que será transmito ao vivo pela TV NBR e terá link para participação pela internet. Os pontos de recepção nas unidades das capitais também serão divulgados.


Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

A data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, República Dominicana, quando estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta as condições de opressão de gênero e étnico-raciais em que vivem estas mulheres.

O objetivo da comemoração do 25 de julho, portanto, é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.


Fonte: Seppir

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pesquisa do IBGE mostra que 63,7% dos entrevistados reconhecem influência da raça e da cor na vida

RIO - Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE mostra que 63,7% dos 15 mil entrevistados pelo instituto reconhecem que a raça e a cor influenciam a vida. As mulheres apresentam percentual maior do que os homens: 66,8% delas disseram que a cor ou raça influenciava, contra 60,2% deles. O estudo mostra ainda que, na opinião 71% dos entrevistados, o trabalho é a área mais influenciada pela cor ou pela raça. Em seguida, aparecem a relação com a Justiça e a polícia (68,3%), o convívio social (65%), a escola (59,3%) e as repartições públicas (51,3%).
A "Pesquisa das Características Étnico-Raciais da População: um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça" coletou informações em 2008, em uma amostra de cerca de 15 mil domicílios, no Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. Participaram da pesquisa pessoas acima de 15 anos.

O levantamento revela também que 96% dos entrevistados afirmaram que saberiam fazer sua autoclassificação. E, ao serem indagados sobre a cor ou raça (com resposta aberta), 65% utilizaram uma das cinco categorias de classificação do IBGE: branca (49,0%), preta (1,4%), parda (13,6%), amarela (1,5%) e indígena (0,4%). Outros usaram os termos "morena" (21,7%, incluindo variantes "morena clara" e "morena escura") e "negra" (7,8%).

Estudo mostra diferença entre a classificação da cor feito por entrevistados e entrevistadores
A pesquisa também identificou a diferença entre a forma como o entrevistado declara sua cor (autoclassificação) e a classificação feita pelo entrevistador (heteroclassificação). Por exemplo, 49% dos entrevistados se autodeclararam brancos e os entrevistadores declararam que o percentual de brancos entrevistados era de 56,2%. A maior diferença entre autoclassificação e heteroclassificação aconteceu com a cor morena: 21,7% se declararam morenos, enquanto para os entrevistadores, apenas 9,3% tinham efetivamente esta cor. Outros 7,8% se declararam negros, mas, para os entrevistadores, eles eram na verdade 8,4%.

TABELA : Veja as diferenças percentuais entre a cor declarada pelo entrevistado e pelo entrevistador

O IBGE lembra que a classificação da cor foi livre tanto para o entrevistado quanto para o entrevistador.

- A identificação da cor e da raça é um valor extremamente subjetivo e que foi construído socialmente - diz a gerente da área de identificadores sociais do IBGE, Ana Saboia.
Segundo ela, o instituto quer reformar o sistema de classificação, para fazer com que o brasileiro se identifique mais com a metodologia. Nos Estados Unidos, por exemplo, a classificação é múltipla. O entrevistado pode dizer sua cor e sua origem. Por exemplo, se é branco de origem hispânica. Ao todo, são 15 formas diferentes de classificação.

Outro ponto revelado na pesquisa é a forma utilizada pelas pessoas para classificar a própria raça. As mais utilizadas são a cor da pele (74%), a origem familiar (62%) e os traços físicos (54%). Na identificação das "pessoas em geral", o item mais citados foi também a cor da pele (82,3%), seguida de traços físicos (57,7%) e origem familiar (47,6%).

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Carta de Repúdio: A INSEGURANÇA PÚBLICA EM SC PARA OS NEGROS

Nós do NEN- Núcleo de Estudos Negros, entidade do movimento negro de Santa Catarina, vimos por meio desta manifestar nosso repúdio em relação à agressão policial ocorrida contra o ator mineiro Alexandre de Sena que participava do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (Fitub).

O ato de violência contra o jovem ator vem compor, com outros já praticados no estado, um cenário de permanente tensão, especialmente para negros catarinenses e visitantes! A gravidade de tal ato assume proporções imensuráveis, pois partiu daqueles que institucionalmente tem o dever de garantir o direito de (circulação nos espaços públicos de) todos os cidadãos.

Somos aproximadamente 800 mil negros e negras distribuídos pelos 293 municípios e participando ativamente da produção agrícola, industrial, cultural e comercial do estado, o que faz de Santa Catarina um estado pluriétnico, multicultural e com uma diversidade social inegável.

Mas, essa compreensão é todo o tempo contestada pela apologia europeia na construção do estado catarinense, que pode ser constatada na página oficial do governo do estado, onde se encontra entre outros textos, o que segue: “Na segunda metade do século passado chegaram os alemães, espalhando-se pelo vale do Rio Itajaí, adentrando ao interior em busca de melhores terras e oportunidades. Com trabalho e determinação, construíram a pujante face industrial de Santa Catarina. Joinville, Blumenau, Brusque e Pomerode são cidades que preservam esta forte herança germânica na arquitetura, na culinária, no sotaque e através de concorridas festas populares, como a Oktoberfest”.

A leitura monocultural contribui com a invisibilidade dos trabalhadores negros e negras em território catarinense, bem como, com a expressão do racismo tal como ocorrido com Alexandre Sena e outros tantos homens e mulheres negros.

Temos diferenças regionais e desigualdades sociais. Recente matéria veiculada em jornal local indica que os municípios mais pobre do estado integram regiões com grande expressão de população cabocla. Quando de observa as denúncias de uso de mão de obra escrava, também se identifica regiões com a mesma população, o que só nos faz acreditar da orquestração racista que ainda vigora por aqui.

Com esse entendimento, e em memória do militante negro Vicente Francisco do Espírito Santo, demitido da Eletrosul por racismo em 1992 e falecido recentemente, o Núcleo de Estudos Negros – NEN vem solicitar publicamente que a Polícia Militar do Estado: - apure rigorosamente os fatos e tome as medidas cabíveis aos crimes de violência e de racismo; - implemente ações formativas em relações raciais obrigatórias para todos os policiais; e que a PM se retrate publicamente pela agressão realizada por profissionais de sua corporação.

Atenciosamente,

Coordenação Executiva do Núcleo de Estudos Negros – NEN

Juventude APNs fortalecida

Por: Helciane Angélica 

Atuantes na história foi o lema do 1º Encontro Nacional da Juventude dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) de 14 a 17 de julho, na cidade de Campinas (SP). Estiveram presentes 40 representantes juvenis do meio rural e urbano, oriundas dos estados de Alagoas, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins e São Paulo.

A programação foi extensa, iniciando com um passeio étnico no dia do aniversário da cidade (237 anos), onde foram apresentados as sete maravilhas escolhidas pelos campineiros e outros pontos turísticos, além da explanação sobre ícones negros (Francisco Glicério, José Paulino, Bento Quirino, Antônio Cesariano e Carlos Gomes).

Teve uma caminhada e a entrega de um manifesto contra o genocídio e o extermínio da juventude negra brasileira, a ação foi parada várias vezes por policiais militares que tentaram impedir a liberdade de expressão; também foram realizadas oficinas culturais e grupos de trabalho.

De acordo com a Carta divulgada pelos participantes no site da entidade, www.apnsbrasil.org, foram destacadas como prioridades: Reivindicar dos gestores na área da educação a aplicabilidade da Lei 10.639/03, inclusive, todos os mocambos realizarão uma grande Mobilização Estudantil Nacional no Dia do Estudante para alertar a sociedade sobre o combate do racismo na escola e a necessidade de propagar as heranças africanas; participar efetivamente das Conferências da Juventude, Mulher, Saúde e Educação; na criação de espaços de discussão e formação; dentre outras ações.

Esse evento contribuiu para a formação de lideranças jovens, para que ajudem na mobilização de seus núcleos de base (mocambos) no combate do racismo e outras formas de preconceito, além de serem mais conscientes e lutarem por seus direitos. Axé!


Fonte: Coluna Axé - jornal Tribuna Independente - nº159 (20.07.11)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mandela comemora seus 93 anos na África do Sul


Com a saúde frágil, ex-presidente celebrou a data em família. 'Dia de Mandela' é consagrado a ajudar os semelhantes.


O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela celebra seus 93 anos, rodeado por familiares, nesta segunda-feira (18) em Qunu (Foto: AP/Peter Morey Photographic)



Da AFP

A África do Sul comemorou nesta segunda-feira (18) o 93º aniversário de Nelson Mandela. As crianças das escolas cantaram para o ex-presidente, e toda a população foi convidada a realizar boas ações em homenagem a sua luta política.

Por iniciativa de sua fundação, o 18 de julho foi declarado "Dia de Mandela", data reconhecida agora pela ONU como uma convocação mundial para que cada pessoa consagre 67 minutos de seu tempo a ajudar seus semelhantes, conforme os valores defendidos pelo ex-presidente sul-africano.

Estes 67 minutos representam os 67 anos que Mandela dedicou ao combate do apartheid e por uma democracia multirracial.

Em todas as escolas da África do Sul, às 8h05 (3h05 de Brasília), mais de 12 milhões de crianças cantaram um "parabéns para você" especial, africanizado para a ocasião por um compositor sul-africano.

Rádios e televisões transmitiram a canção e todos os moradores do país foram convidados a cantá-la ao mesmo tempo.

"Como primeiro presidente de uma sociedade livre e democrática na África do Sul, ele criou as bases de uma sociedade verdadeiramente não racista, não sexista, democrática e próspera", declarou o presidente Jacob Zuma em sua mensagem de felicitação.

No âmbito da operação do Dia de Mandela, os sul-africanos foram convidados a limpar ou pintar os colégios e orfanatos, a reparar as casas em mau estado em favelas pobres, a ajudar os necessitados, a doar sangue, etc.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ampliou a operação, exortando todos os cidadãos do mundo a consagrar também 67 minutos a fazer o bem.

Nelson Mandela, presidente de 1994 a 1999, se retirou da vida política em 2004. Dada a fragilidade de seu estado de saúde, comemorará o aniversário em família em sua cidade de Qunu, no sul do país.


Fonte: G1

CARTA DA JUVENTUDE APNs REUNIDA EM CAMPINAS (SP)

É melhor tentar e falhar, que preocupar-se em ver a vida passar...”

Martin Luther King

CARTA DE CAMPINAS – SP

14 a 17 de julho de 2011

Na cidade de Campinas (SP) aconteceu o 1º Encontro Nacional de Juventude dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) que contou com a presença de 40 protagonistas juvenis. A coordenação do mocambo local nos transmitiu um axé e uma inspiração de insistência para o acontecimento das atividades e a importância da atuação do jovem no processo de transformação social.

Sonhando com o dia em que todas as pessoas levantam-se e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos, iniciamos o primeiro dia de encontro com o Mushaká (momento de reflexão), o passeio étnico e o manifesto contra o genocídio e o extermínio da juventude negra brasileira, a marcha que foi um momento marcante destes jovens que vieram dos diversos estados brasileiros, dentre eles: Alagoas; Maranhão, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantis. No fim do dia, houve a abertura do encontro na Prefeitura desta cidade.

Nos demais dias, o trabalho se deu por meio de alguns conferencistas que fortaleceram nossa caminhada com seus dons intelectuais e serviços da luta na causa do povo negro. Todos os facilitadores contribuíram muito para disseminar seus saberes em prol de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna. Despertaram-nos para um protagonismo atuante na nossa história e no percurso desafiador para vencer os próprios medos e adversidades externas.

Outra atividade importante ocorreu na UniCampi, com uma caminhada para ressaltar que é possível ter uma educação acadêmica que preze pelo respeito e a igualdade racial. Logo após, visitamos a Fazenda Roseira para fazermos as oficinas que demonstraram o sentimento e a alegria dos nossos ancestrais, além da importância da cultura africana e afro-brasileira.

No penúltimo dia, para não ficarmos em silêncio, compartilhamos experiências nos grupos de trabalho (GTs) e organizamos nossas estratégias de atuação para serem executadas em nossos mocambos, e fazermos o melhor para que a situação da juventude, em especial, a juventude negra mude. Destacamos como prioridades: Reivindicar dos gestores na área da educação a aplicabilidade da Lei 10.639/03, inclusive, todos os mocambos realizarão uma grande Mobilização Estudantil Nacional no Dia do Estudante para alertar a sociedade sobre o combate do racismo na escola e a necessidade de propagar as heranças africanas; participar efetivamente das Conferências da Juventude, Mulher, Saúde e Educação; na criação de espaços de discussão e formação; dentre outras ações.

Então, no dia da despedida com o objetivo atingido, na certeza de que a caminhada continua e com a expectativa de se adentrar no cerrado caloroso do Estado do Tocantins para o 2º Encontro Nacional da Juventude APNs, o nosso até logo aos queridos malungos e malungas de fé e luta, onde juntos, estaremos contribuindo no fortalecimento da entidade nacional e para que a nossa luta não tenha sido em vão.

Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.

Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver

Martin Luther King

Axé para todos!

Campinas – SP, 17 de julho de 2011.



Fonte: http://www.apnsbrasil.org/

domingo, 17 de julho de 2011

Curso para jornalistas vai preparar profissionais para a cobertura de gênero, raça e etnia


Inscrições são gratuitas e começam no dia 20/7. Curso vai acontecer em oito cidades: Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo



Brasília, 14 de julho de 2011 - De 20 de julho a 3 de agosto, profissionais e estudantes de Jornalismo podem se inscrever no Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas, promovido pela FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas e a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, com apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e da Secretaria de Políticas para as Mulheres - SPM. O curso é gratuito, tem certificação da FENAJ e da ONU Mulheres e vai acontecer em oito cidades: Belém (PA), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Segundo a coordenação do curso, profissionais e estudantes de regiões metropolitanas, do interior e de regiões próximas aos oito estados podem fazer a inscrição diretamente no sindicato local de jornalistas ou solicitar informação por e-mail. Cada localidade terá o total de 50 vagas a serem preenchidas por jornalistas, repórteres, produtores, pauteiros, redatores, editores, fotógrafos, repórteres cinematográficos de veículos impresso, on-line e eletrônicos e estudantes de Jornalismo a partir do 6º período.

Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas será realizado no período de 8 de agosto a 1º de setembro de 2011, tendo carga horária de 8 horas/aula, das 18h às 22h. O programa está baseado em dois módulos e duas atividades pedagógicas: Gênero, Raça e Etnia em Sociedade; Jornalismo, Ética e Diversidade; Leitura Crítica da Mídia; e Experiências e Trajetórias Locais: Identificando Novas Fontes. O curso tem como objetivo preparar jornalistas, profissionais da imprensa e estudantes de Jornalismo para a cobertura de pautas relacionadas a gênero, raça e etnia.

Data
Localidade
Contato
8 e 9/8/11
Amazonas – Manaus
10 e 11/8/11
Pará – Belém
15 e 16/8/11
Ceará – Fortaleza
17 e 18/8/11
Pernambuco - Recife
22 e 23/8/11
Alagoas - Maceió
24 e 25/8/11
Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
29 e 30/8/11
São Paulo – São Paulo
31/8 e 1/9/11
Rio Grande do Sul - Porto Alegre

A iniciativa faz parte da cooperação estabelecida entre a FENAJ e a ONU Mulheres, celebrada no 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, para o pleno cumprimento dos princípios dos direitos humanos e marcos internacionais referentes ao gênero, raça e etnia no Brasil e no mundo à luz da liberdade de imprensa. Conta com o apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

O curso é desenvolvido com assessoria técnica e financeira do Programa Regional de Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia nos Programas de Combate à Pobreza da Bolívia, Brasil, Guatemala e Paraguai e do Programa Interagencial de Gênero, Raça e Etnia do Sistema ONU no Brasil, financiado pelo Fundo para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O curso ocorre no âmbito das atividades do Ano Internacional das e dos Afrodescendentes, estabelecido pelas Nações Unidas, e da Campanha do Secretário-Geral da ONU “Brasil: Una-se pelo fim da violência contra as mulheres”.

Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas
Inscrições: 20/7 a 3/8/2011.
Investimento: gratuito, com certificado de 8h/aula emitido pela FENAJ e ONU Mulheres.
Período do curso: 8/8 a 1/9/2011.
Locais: Belém (PA), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
Participe das redes sociais do Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas:twitter.com/grejornalistas e facebook.com/grejornalistas

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Alagoas participa de Encontro Nacional da Juventude APNs

Estarão presentes jovens, entre 15 a 29 anos, oriundos de várias partes do Brasil


De 14 a 17 de julho, acontecerá o 1º
Encontro Nacional da Juventude dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) na Casa do Lago UNICAMP em Campinas (SP). A atividade é voltada para jovens da entidade nacional, entre 15 e 29 anos, e já é considerada uma Conferência Livre, ou seja, todas as propostas aprovadas serão encaminhadas para as etapas da Conferência Nacional de políticas para a Juventude.

De acordo com Nuno Coelho, Coordenador Nacional, “o encontro tem como objetivo oferecer um espaço de reflexão e debate sobre as políticas públicas para juventude, a preparação da juventude APNs para o processo das Conferências que acontecem este ano. Também organizar um plano de ação da juventude dos APNs para os próximos anos, e assumir compromisso com a campanha nacional contra o extermínio da nossa juventude, em especial, a juventude negra que segundo dados é a que mais morre no país”.

A programação será iniciada com um Passeio Étnico seguido de uma Caminhada com o tema “APNs na Luta contra o Genocídio e Extermínio da Juventude Negra” pelas principais ruas da cidade, também, terão palestras diversas, oficinas (Comunicação e Mobilização, Biodança, Cultura Afro e Meio Ambiente, Capoeira e Hip Hop), grupos de trabalho (Militância e Protagonismo; Fé e Política; Relações de Gênero; Educação e Cultura).

Participará do encontro a Secretária Adjunta da Secretaria Nacional da Juventude da Presidência da República, Ângela Guimarães, representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República que estarão na abertura do evento, além de Helcias Pereira, Coordenador Nacional de Formação e membro do Conselho de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR/Seppir).

Nesse encontro, Alagoas terá três delegadas: Helciane Angélica e Fernanda Monteiro que representarão o Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô (Mocambo Anajô), respectivamente, Coordenadora Estadual dos APNs/AL e Representante Estadual da Juventude APNs/AL; além de Deysyanne Teixeira, Coordenadora do Mocambo Esperança.

Com toda certeza, essa atividade contribuirá ainda mais para o fortalecimento da entidade nacional e garantirá a organização dos jovens nos núcleos de base para o enfrentamento do racismo, no combate de outras formas de intolerância e opressão da população negra. Também é o momento de formação de lideranças, para ficarmos mais motivados e preparados na luta por uma nova história e um mundo justo”, ressaltou Helciane Angélica, integrante do Anajô e uma das mais jovens coordenadoras estaduais dos APNs.


Escola de Formação
Nos dias 18 a 24 de julho, terá em São Paulo (SP), a Escola Nacional de Formação dos APNs. As aulas serão ministradas por ativistas do movimento negro experientes em palestras, além de professores universitários comprometidos no combate do racismo e que se dedicam às pesquisas sobre a questão étnicorracial.

Os APNs são atuantes em 12 Estados espalhados pelas cinco regiões e tem como missão “Por meio da organização, fé e luta, os agentes propõem ao Estado brasileiro políticas públicas e ações afirmativas que garantam à população negra o acesso aos direitos e à cidadania”.


Mais informações:
www.apnsbrasil.org
Twitter: @APNs_Brasil @APNs_Alagoas
Contatos: (11) 8451-2467 / (19) 8222-3457 / (82) 8831.3231 e 8708-1568




Fonte: http://anajoalagoas.wordpress.com/

terça-feira, 12 de julho de 2011

Via sacra até à Serra da Barriga



Texto: Helciane Angélica
Vídeo: JMarcelo Fotos (União dos Palmares)


O dia 07 de julho, ficará na lembrança das pessoas que foram prestigiar a cerimônia interreligiosa em homenagem a Abdias Nascimento na Serra da Barriga em União dos Palmares, abertura do Ìgbà – IV Seminário Afro-Alagoano: “Igualdade Racial é Para Valer?".

Todo mundo sabe que nesse período chuvoso, a estrada de acesso torna-se um rio de lama, é difícil ir tanto pela entrada principal como pelo caminho da Usina Laginha, e o pior fica extremamente perigoso subir de ônibus, onde até mesmo com moto é possível ficar atolado. Mas, depois de escorregar várias vezes, desce do veículo, empurra, caminha um pouco e vários carros ficarem no caminho... finalmente, alguns participantes do encontro conseguiram chegar até o platô.

O mais absurdo dessa história, é que há vários anos as autoridades prometem que irão melhorar a estrada de acesso, dizem até que os recursos já foram liberados, mas o que falta para a ação ser concretizada? E a velha desculpa é utilizada, “deixa chegar o verão que as obras começarem!”

Bom, o fato é que a solenidade aconteceu e foi marcada por discursos emocionantes em memória a Abdias Nascimento, um dos maiores expoentes do movimento negro no Brasil, falecido no dia 27 de maio deste ano, aos 97 anos, no Rio de Janeiro – cujas cinzas serão depositadas na Serra da Barriga no dia 13 de novembro.

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira, prestigiou a atividade e ressaltou que Abdias deu uma contribuição extraordinária, como militante, agente público, político e cidadão por um mundo mais justo e mais igualitário. “O sonho que Abdias acalentou é o legado que ele nos deixou para dar continuidade”, enfatizou. Ele também afirmou que em sua gestão à frente da FCP, dará uma atenção especial à Serra da Barriga, e firmou o compromisso de no início de agosto voltar a Alagoas com mais tempo para se reunir com representantes do Movimento Negro Alagoano.

No dia anterior, a programação ocorreu no auditório da Prefeitura com várias palestras e a apresentação do “Diagnóstico para o Desenvolvimento Sustentável dos Remanescentes Quilombolas, em Alagoas”. Confira outras informações sobre o evento no blog http://cadaminuto.com.br/blog/raizes-da-africa e as imagens da situação calamitosa da estrada da Serra da Barriga no site http://www.jmarcelofotos.com.

Esse Monumento Nacional merece respeito, afinal, foram cem anos de resistência onde negros, índios e brancos pobres se uniram no Quilombo dos Palmares em busca de liberdade e justiça social.

Fonte: Coluna Axé - n°158 - jornal Tribuna Indepedente (12.07.11)

Sucesso de Tarsila

Estimulada pela irmã aos 14 anos, Tarsila Ferreira Marques, é autora de livro e uma professora de inglês requisitada pelo mercado nacional. Com apenas 24 anos, é formada em Português/ Inglês pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), começou a lecionar inglês aos 17 anos em escolas particulares e da rede estadual. Atualmente, leciona a língua estrangeira para 30 servidores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), depois que seu currículo foi aprovado pela empresa Imcompany, de Brasília, uma renovada instituição de ensino de inglês no país. Depois desta etapa, Tarsila pretende produzir novas publicações e fazer mestrado. Eis um grande exemplo!


Fonte: Coluna Axé - n°158 - jornal Tribuna Independente (12.07.11)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Abdias Nascimento é homenageado na Serra da Barriga



Lideranças do Movimento Negro alagoano ao lado do Presidente da FCP (de terno) - Foto: http://www.jmarcelofotos.com/ 

Por: Valdice Gomes/COJIRA-AL


Uma solenidade marcada por discursos emocionantes homenageou a memória e luta do jornalista, dramaturgo, poeta, artista plástico e ex-senador Abdias Nascimento, um dos maiores expoentes da cultura negra no Brasil, falecido no dia 27 de maio deste ano, aos 97 anos, no Rio de Janeiro, na manhã da quinta-feira, 07 de junho, Dia Nacional da Luta contra o Racismo, durante a abertura do Igbá IV Seminário Afro-Alagoano – Igualdade Racial é pra valer? , no alto da Serra da Barriga, em União dos Palmares.

O ato promovido pelo projeto Raízes de África, em parceria com gestores das três esferas de governo, teve início com um minuto de silêncio a Abdias, seguido da execução do Hino Nacional brasileiro pela Banda da Polícia Militar. A solenidade foi marcada por falas emocionadas reverenciando o homenageado. Arísia Barros, organizadora do Seminário, destacou a importância de Abdias Nascimento na luta contra o racismo, por liberdade, democracia, igualdade racial e justiça social no Brasil e no mundo.

Presente ao ato, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira, ressaltou que Abdias deu uma contribuição extraordinária, como militante, agente público, político e cidadão por um mundo mais justo e mais igualitário. “O sonho que Abdias acalentou é o legado que ele nos deixou para dar continuidade”, enfatizou. Eloi Ferreira disse ainda, que em sua gestão à frente da Fundação Cultural Palmares, vai dar uma atenção especial à Serra da Barriga, e firmou o compromisso de no início de agosto voltar a Alagoas com tempo para se reunir com representantes do Movimento Negro Alagoano.

Também estavam presentes na solenidade, o prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas; a gerente de programas da Secretaria de Políticas para as Comunidades Tradicionais/SEPPIR, Leonor Franco de Araújo; a secretária adjunta da Mulher, dos Direitos Humanos e da Cidadania, Nádja Lessa; além de gestores estaduais e municipais; convidados como o secretário da Reparação de Salvador, Ailton Ferreira e Gilberto Leal, da CONEN/Bahia; religiosos, ONGs e do movimento social negro.

Arísia Barros enfatizou as dificuldades de acesso à Serra da Barriga devido às péssimas condições das estradas. Ela cobrou providencias das autoridades competentes, lembrando que a estrada da Serra da Barriga não é só uma questão de Alagoas, mas também, do governo federal, que precisa dar as respostas necessárias para a solução do problema.

A situação da estrada foi motivo de reclamação e indignação de todos os participantes da solenidade. Os convidados só tinham como opção para chegar ao pé da serra pela Usina Laginha, pois o caminho normalmente utilizado, passando terras do ex-governador Manoel Gomes de Barros se encontra totalmente intransitável, segundo informações da Prefeitura de União dos Palmares. No entanto, mesmo pelo acesso da Usina Laginha, em alguns trechos é impossível a passagem de carros de pequeno porte, apenas veículos com tração nas quatro rodas.

Quem tentou chegar de carro até o pé da serra, teve que desistir. Vários veículos ficaram pelo caminho e os ocupantes só conseguiram chegar à solenidade em um ônibus da Prefeitura adaptado para enfrentar as condições adversas da estrada.

A presidenta do Instituto Magna Mater, Patrícia Mourão, foi portadora de uma carta enviada pela viúva de Abdias Nascimento, Elisa Nascimento, justificando a ausência na solenidade devido a uma enfermidade e saudando os presentes ao ato. Patrícia Mourão disse, ainda, que Elisa Nascimento está muito empenhada em concretizar o desejo de Abdias, expresso em vida, de que suas cinzas sejam depositadas na Serra da Barriga, ato que acontecerá no dia 13 de novembro.

domingo, 10 de julho de 2011

COJIRA-AL divulga ações nas redações



Valdice Gomes fala sobre as ações das Cojiras na Rádio Difusora


A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL) está passando nas redações para apresentar seus integrantes, divulgar as ferramentas de trabalho (coluna axé, blog, informes afros e twitter) e as ações importantes. Na última terça-feira (05.07), passamos na TV Pajuçara, site Tudo na Hora, TV Educativa, rádios Difusora e Educativa, além da Secretaria Estadual de Comunicação.

Foi divulgado o Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento promovido pela Cojira-RJ cujas as inscrições seguem até o dia 19 de agosto. Serão distribuídos R$ 35 mil reais em sete categorias: Mídia Impressa (jornais e revista com circulação regular em bancas); Televisão (desde que em emissoras legais, assim reconhecidas pelos organismos reguladores de televisão); Rádio (desde que em emissoras legais, assim reconhecidas pelos organismos reguladores de comunicação); Internet (sites jornalísticos, rádios, blogs e canais de televisão na Internet); Mídia alternativa ou comunitária (inclui jornais, Rádios e TV’s comunitárias); Fotografia (impressas em jornais, revistas ou veiculadas na Internet); Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros. Leia o regulamento no site www.premioabdiasnascimento.org.br.

Em agosto, também terá o curso Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas, uma parceria entre a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) com a ONU Mulheres. A atividade acontecerá em oito capitais, inclusive, no Estado de Alagoas nos dias 23 e 24.

Participaram dessa atividade, os jornalistas Valdice Gomes, Gerônimo Vicente e Helciane Angélica. O jornalista e radialista Marcos Vasconcelos, aproveitou a ocasião para entrevistar a Presidente do Sindjornal, Valdice Gomes, que passou mais detalhes sobre as atividades.

Outras visitas acontecerão na próxima semana, em breve, mais informações.

sábado, 9 de julho de 2011

Tororó do Rojão – o adeus a um artista completo



Texto e fotos: Keyler Simões - Produção Cultural e Assessoria de Comunicação



Alagoas perdeu um grande talento nesta última quinta (07) com o falecimento de Tororó do Rojão, cantor e compositor, um dos maiores forrozeiros do Brasil. Sua irreverência, bom humor, talento e algumas vezes, mal-criação, são qualidades que poucos reuniram tão bem quanto ele, que fora batizado como Manoel Apolinário da Silva, 75 anos de idade, e recebeu o apelido que lhe marcou a carreira durante os programas de Odete Pacheco na Rádio Difusora de Alagoas.


Mecânico aposentado da Petrobras, mais conhecido e carinhosamente chamado por Tororó do Rojão, sempre foi um homem de personalidade forte, mas com talento e despojamento artístico que lhe destacaram dentre a multidão, tanto que até o “Rei do Baião” rendeu-se a ele, primeiro ao talento do jovem motorista de sua “Rural”, e depois ao músico que tocava triângulo em alguns dos shows de Luiz Gonzaga.


Tororó do Rojão começou sua carreira no programa de Odete Pacheco, na antiga Rádio Difusora, quando situada onde hoje é o prédio do Centro de Belas Artes de Alagoas, na Rua Pedro Monteiro, no centro de Maceió. "Foi nessa época que um camarada começou a me apresentar como Tororó do Rojão e o pessoal começou a me chamar de Tororó... eu não gostei, mas aí pegou e o Lautenay, empresário, me registrou assim. Há pouco (2000), descobri que Tororó é um bairro de Salvador que tem um rio forte que passa por lá”, esclareceu.


Natural do povoado de Bateria, em Matriz do Camaragibe (AL), veio pra Maceió com 10 anos de idade: Quando uma senhora (Dona Nadir Pantaleão) o viu jogando bola, lhe perguntou se não queria vir pra Maceió trabalhar na casa dela. Sua mãe falou com ela e o jovem Manoel veio pra Maceió morar na Rua Barão de Penedo, 298, centro, próximo a Praça Deodoro. Nessa época trabalhava numa casa de família com sua mãe, e ia todas as tardes levar as cadelas da dona da casa para passear na praia da avenida. Por isso recebeu dos coleguinhas de peladas na Praça Deodoro, o apelido de “Mané das Cachorras”, apelido que odiava e era motivo até de brigas.

Tororó cantou por mais de 40 anos. O primeiro compacto gravou no final dos anos 60. Gravou com Osvaldinho (Segura Menino) e Nelson do Acordeom. Depois gravou e lançou o disco Segura Menino, lançado há 30 anos, em 1981, que tem a música título ainda é tocada até hoje nas rádios.


Em 2000 lançou o seu primeiro CD "O Povo Não Quis Acreditar", onde se destacou mais uma de suas músicas de duplo sentido: “Seu Cuca é eu”. Em 2006, lançou seu último registro fonográfico: “Sem Retoques”, CD lançado no Teatro Deodoro. Em 2009, o amigo e produtor de Tororó, Marcos Sal, deu-lhe um presente, que foi relançar o disco “Segura Menino” em CD.


Tororó do Rojão era um artista completo: compunha, cantava, auto-coreografava, além de ser possuidor de um carisma popular, que conquistava a todos por onde passava. Em 1993, durante uma apresentação especial dedicada aos músicos da Orquestra de Câmara de Moscou, ganhou uma denominação dos russos: Chaplin do Forró, devido a sua desenvoltura no palco, pois era um dos maiores forrozeiros autênticos do Brasil. Fazia de seu momento no palco a maior de suas diversões e ao mesmo tempo a maior de suas responsabilidades.

A radialista Graça Tenório falou que:”Estamos nos despedindo de um amigo, que por mais talentoso que fosse, não deixou um seguidor, nem tampouco um sucessor”, finalizou. Para o cantor e compositor Geraldo Cardoso, a perda de Tororó é irreparável, e completou: “Por mais que façamos por ele agora, não será suficiente para compensar sua perda. A música de Alagoas fica mais triste e previsível”, concluiu.


Tororó foi enterrado no Cemitério São José, no bairro do Trapiche, em Maceió, nesta sexta (08), e foi saudado por dezenas de amigos, artistas e admiradores, no mesmo cemitério onde há cinco anos despediu-se, cantando, do amigo e admirador Ranilson França.