domingo, 3 de julho de 2011

Estatuto de Igualdade Racial é tema de formação da COJIRA-AL

Outras atividades de formação sobre questões étnicorraciais serão realizadas para fortalecer os objetivos dos cojiranos, assim como, contribuirá para a formação de outros jornalistas


Por: Helciane Angélica – integrante da Cojira/AL


Na manhã deste sábado (02.07), na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), integrantes da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira) fizeram mais uma reunião de planejamento, que foi seguida de formação sobre o Estatuto da Igualdade Racial. A atividade contou com a colaboração do ativista Helcias Pereira, Coordenador Nacional de Formação dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs). Também estiveram presentes: o Mestre de Capoeira, Claudio Figueiredo, Representante do Escritório Estadual da Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura; e Filomena Felix, recém-eleita Presidenta do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô.

Para a Presidenta do Sindjornal, Valdice Gomes, nesse primeiro momento foi escolhido o Estatuto, já que, também tem demandas destinadas aos veículos de comunicação e precisa ser tirado do papel. “Não tem como defender temas, se a gente não conhece. Então, vamos aprofundar nossos conhecimentos por meio dessas atividades de formação. E a partir de agora, também vamos abrir esse espaço para outras pessoas, principalmente, os nossos parceiros para que contribuam com ideias e na discussão”, destacou.

O ativista Helcias Pereira informou que o Estatuto da Igualdade Racial foi uma iniciativa do Senador Paulo Paim, que sempre foi comprometido com a luta do movimento negro e fez a minuta do Projeto de Lei. Após dez anos em tramitação no Congresso Nacional, no dia 20 de julho de 2010, finalmente foi reconhecida como a Lei 12.288. “Foi aprovada para direcionar, provocar, fazer acontecer as políticas públicas destinadas às questões étnicorracias. Para mim, todo cidadão negro deve ter conhecimento do conteúdo desse Estatuto, para fazer valer seus direitos, porque é um instrumento concreto de combate ao racismo e outras formas de desigualdade racial em diversos segmentos”, exaltou Helcias.

Na ocasião, cada pessoa presente na formação pode expressar seu conhecimento e compartilhar exemplos sobre os temas: Ações afirmativas, Discriminação Racial, Políticas públicas, Desigualdade de Gênero e Raça, População Negra e Desigualdade Racial. O debate desencadeou na reflexão sobre “Como os jornalistas podem contribuir para a implementação do Estatuto da Igualdade Racial?”, uma ação simples seria: em todas as notícias que abordem a questão étnicorracial, fazer o link com os itens do Estatuto e ampliar a discussão.



Outras reflexões dos cojiranos:

Muita gente acha que o negro não pode ascender, ou seja, sempre tem a visão que o negro deve ser cozinheiro, empregada doméstica, jardineiro, gari... enfim, profissões consideradas ‘inferiores’. Eu acredito que somente com educação, conseguiremos ter a verdadeira mudança social
(Mônica Lima)

Temos que continuar refletindo que um dia iremos mudar essa página do preconceito racial! Infelizmente, eu vejo muitos negros de braços cruzados e não reivindicam seus direitos
(Domingos Intchalá)

Quando vem acontecer um Estatuto como esse é um grande avanço, e significa também que muita coisa mudou. Assim como é muito significativo a implantação da Seppir no Governo Federal, a criação das Cojiras e toda forma de organização que combate o racismo e outros preconceitos
(Gerônimo Vicente)

Outra coisa que temos que discutir é sobre as entidades que são contrárias a implantação do Estatuto da Igualdade Racial. Esse documento precisa ser conhecido pela população em geral, e saber a sua real importância, precisa ser popularizada! Assim como, foi com a Lei Maria da Penha
(Valdice Gomes)

Foi um sábado muito produtivo! Estudar o estatuto da igualdade racial é necessário, vamos fazer valer o que já é lei. Igualdade racial já!
(Emanuelle Vanderlei)

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