terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Repúdio da Juventude Negra

A cerimônia de posse do Comitê Gestor Estadual do Plano Nacional Juventude Viva, ocorrida na quarta-feira da semana passada, na sala dos Conselhos do Palácio República dos Palmares, com a presença do governador Teotonio Vilela Filho, representantes do governo federal e do ator Darlan Cunha, o “Laranjinha” da série Cidade dos Homens, foi marcada por um ato de repúdio da juventude negra alagoana contra a negligência do Estado diante do genocídio de jovens negros e negras em Alagoas.

Durante a solenidade, o representante do Movimento Negro no comitê, Denivan Costa de Lima (Dênis Angola), emocionou a plateia, com a leitura da Moção de Repúdio Por uma juventude negra alagoana viva (em memória de Guto Bandeira). A nota foi uma demonstração da revolta e indignação da comunidade negra alagoana, especialmente, a juventude negra, com a morte brutal de Gutemberg Cassimiro Bandeira, o Guto, um jovem negro, músico, dançarino, capoeirista e educador, assassinado no Cruzeiro do Sul, no último dia 05, com seis tiros na cabeça.

Com palavras fortes, a Moção apontava que a juventude negra de Alagoas está em luto, não apenas por Guto Bandeira mas, também, “pela negligência dos gestores, e ao que podemos chamar de incentivo ao genocídio de jovens negras e negros”. Prossegue o texto: “Quando se mata jovens negros em Alagoas, quase nunca pensamos que foi o extremo da violência, quase nunca pensamos que existem níveis de violência e que estes níveis tem cor, gênero, classe social e idade”. Cita casos de atuação desastrosa e preconceituosa da polícia, e apresenta fatos históricos de como sempre foram tratados os negros em Alagoas: “em 1655 o genocídio no Quilombo dos Palmares (União dos Palmares); 1832, a insurreição com os mucambeiros Papa-méis, na região do litoral (Maragogi); 28 de Abril de 1876 a última pena de morte no Brasil, escravo Francisco (Pilar) e em 1912, a operação chamada de “Quebra de Xangô” (Maceió), todos estes fatos marcados historicamente pela violência à cultura negra”.

A moção cobra investigação da morte de Guto Bandeira. Mais que isso, exige ações concretas contra o genocídio da juventude negra em Alagoas. “Não podemos tratar Guto Bandeira como mais um, nem tampouco justificar seu assassinato como comum, assim como outros assassinatos se tornaram comuns aos olhos de nossa sociedade e justificáveis até pelos atos extremos”. Por fim, questiona o comportamento da mídia. “O que nos causa espanto é o silêncio da imprensa alagoana, o que nos causa espanto é a mídia simplesmente tratar como comum.

Para esta imprensa e para esta sociedade deixamos algumas perguntas: e se fosse no bairro da Ponta Verde? E se o jovem morto fosse filho do governador, filho de um Juiz, filho de um delegado, um médico?”. Esperamos que a Moção de repúdio, autêntica representação do sentimento da população negra alagoana diante da indiferença, do descaso e do preconceito, sirva de reflexão para os setores questionados.


Fonte: Coluna Axé - nº239 - Jornal Tribuna Independente (26.02.13)
Editora interina: Valdice Gomes

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Câmara de Maceio: Parlamentar negra apresenta moção de louvor à Fapir

A Frente Alagoana de Apoio à Promoção da Igualdade Racial (Fapir) foi oficialmente lançada no dia 1º de fevereiro de 2013


Na última terça-feira (20.02.13), foi aprovada na sessão ordinária da Câmara Municipal de Maceió, uma moção de louvor que parabeniza a constituição da Frente Alagoana de Apoio à Promoção da Igualdade Racial (Fapir). O documento foi defendido pela vereadora Fátima Santiago (PP), que é a única parlamentar negra na Casa Legislativa, e foi aprovado por unanimidade.

A vereadora tem se destacado na Câmara pela defesa da igualdade racial nos mais diversos setores, já participou de reuniões com segmentos afros e atividades de formação, além de promover sessões públicas sobre o combate ao racismo e da intolerância religiosa. No âmbito de projetos de lei, instituiu a Comenda Dandara concedida a instituições públicas e privadas, nacionais e locais, além de personalidades em reconhecimento à sua significativa contribuição nas ações relativas à luta pela diversidade étnicorracial no âmbito do município de Maceió. Também indicou ao Chefe do Executivo, a instituição da Semana da Consciência Negra no município de Maceió e a criação do Museu da Resistência (História e Cultura Africana e dos Afro-Brasileiros).

Confira abaixo a moção de louvor na íntegra, e, a cópia com o carimbo da aprovação e a assinatura da vereadora Tereza Nelma (PSDB) que subscreveu o documento.


MOÇÃO DE LOUVOR 

A presente moção tem por objetivo parabenizar a dedicação e a implantação da Frente Alagoana de Apoio à Promoção da Igualdade Racial (Fapir). 

Idealizada durante festividades do “20” de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares) na Serra da Barriga em 2011, tiveram várias reuniões de articulação e foi oficialmente lançada no dia 1º de fevereiro na Praça Dois Leões, no histórico bairro do Jaraguá em Maceió(AL), durante a festa dos grupos afro-culturais no Jaraguá Folia 2013.

Trata-se de um espaço de organização do Movimento Negro que busca articular e apoiar todas as políticas públicas em favor da Igualdade Racial e de Combate ao Racismo e toda forma de discriminação; lutar pela implementação dos Conselhos Estadual e Municipais de Promoção a Igualdade Racial; acompanhamento, participação e apoio ao Plano Juventude Viva (de Enfrentamento a Violência Contra a Juventude Negra); fortalecer a comunidade negra periférica; realizar ações em favor da formação política das lideranças afro-culturais ameríndias e membros em geral dos grupos filiados, através de debates, seminários, simpósios e cursos de formação sobre o pertencimento étnico, políticas públicas e ações afirmativas, entre outras. 

A Fapir é formada por artistas, ativistas negros, pesquisadores, educadores, capoeiristas, remanescentes de quilombo agentes afro-culturais, ritmistas das bandas afros, maracatus, afoxés, babalorixás, ialorixás, além de aproximadamente 20 entidades negras.

Desejamos sucesso nos trabalhos e que os ideais dos guerreiros quilombolas do Quilombo dos Palmares ecoem e fortaleçam a luta pela igualdade racial nos mais diversos setores.

SALA DAS SESSÕES, 14 de fevereiro de 2012.


FÁTIMA SANTIAGO
Vereadora – PP




Fonte: Ascom - Vereadora Fátima Santiago

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ato contra o genocídio da juventude negra em Alagoas

 
Nessa quarta-feira (20.02), ocorreu o ato intitutlado "Em Nome da Vida..." dentro do Palácio do Governo de Alagoas localizado no centro de Maceió, durante a posse dos representantes Denis Angola e Carlos Pereira (Movimento Negro) e Fernanda Monteiro e Daniel Araújo (Juventude Negra) no Comitê Gestor do Plano Juventude Viva em Alagoas. A ação serviu para cobrar explicação sobre a assassinato de Gutemberg Bandeira, e de tantos outros jovens que são assassinados a todo instante nas periferias do nosso estado.
 
Confira na íntegra, a MOÇÃO DE REPÚDIO lida na atividade:
 
 
 
Em memória de um marco negro em Alagoas, em memória de um artista negro em Alagoas, em memória de um jovem negro em Alagoas, em memória de um guerreiro negro em Alagoas, em memória de uma criança negra em Alagoas, em memória de uma mulher negra em Alagoas, em memórias imemoráveis corpos de negros e negras em alagoas.  
Dificilmente eu possa explicar tão grande é nossa revolta, dificilmente eu possa expor meus sentimentos quanto à quantidade de jovens negros e negras que violentamente ceifou-se a vida em Alagoas.  
A juventude Negra de Alagoas esta em luto, não apenas pelo jovem negro, artista, músico, dançarino, capoeirista e educador Gutembuergue, mais também ao que podemos hoje chamar da negligência de nossos gestores, e também o que podemos chamar de incentivo ao Genocídio de jovens negras e negros.  
O plano juventude viva, não pode ser um engodo, o plano juventude viva não pode ser um espaço do silêncio, o plano juventude viva é um plano para juventude negra de periferia, o plano juventude negra viva era assim que todos os gestores ao tratar deste plano deveria se referir, pois nós nas trincheiras periféricas estamos morrendo e estamos morrendo não por não ter poder em nossa comunidade, mais sim por ter.  
Gutembergue Bandeira, foi um líder que não curvou-se as mazelas que nossa falta de políticas públicas gerou com nosso lideres governantes, em nossas trincheiras não iremos nos curvar, estaremos sempre lá, resistindo a tudo e a todos.  
Quando se mata jovens negros em Alagoas quase nunca pensamos que foi o extremo da violência, quase nunca pensamos que existem níveis de violência e que estes níveis tem cor, gênero, classe social e idade. Outro dia vi um vídeo onde uma criança negra, em Maceió tinha sido capturado no bairro do Reginaldo por estar assaltando, uma criança de 12 anos, criança esta que era tratada como adulto, criança esta que ao ser perguntada por que fazia aquilo ela respondeu; Eu meto bala mesmo, quem vir eu mato e é assim mesmo, se virem me pegar eu meto bronca, e quando feito outra pergunta a ele, onde esta seu pai e sua mãe? A criança responde, estão mortos, meu pai matou minha mãe e os caras mataram meu pai.  
Num outro vídeo que teve repercussão nacional, policiais da força nacional, trazidos pelo plano Brasil Mais seguro estavam na periferia torturando a comunidade com a justificativa de que eram suspeitos, ai eu pergunto quem não é suspeito na periferia? Qual negro não é suspeito quando vive na condição marginalizada? Quantos de nós jovens negras e negros não fomos abordados pela policia porque somos suspeitos? 
Nossos exemplos históricos de como são tratados os negros em Alagoas tem um fato em comum e cito exemplos: em 1655, o genocídio no Quilombo dos palmares (União dos Palmares), 1832, insurreição com os mucambeiros Papa-méis, na região litoral (Maragogi), 28 de Abril de1876, a última pena de morte no Brasil, escravo Francisco, (Pilar) e em 1912 operação chamado de “Quebra de Xangô” (Maceió), todos estes fatos marcados historicamente pela violência à cultura negra.  
Hoje somos nós, jovens negras e negros, hoje estamos no centro das atenções, hoje o plano é Juventude Negra Morta no fronte de batalha, hoje estamos sendo exterminados, com a violência extrema, a fogo e ainda sim hoje não choramos o leite derramado, pois não é só o leite derramado nas periferias, mas sim o sangue de jovens promissores, jovens que poderiam está com um berimbau na mão ao invés de uma arma.
Gutembuergue Bandeira não pode ser apenas uma estatística, não podemos tratar Guto Bandeira como mais um, nem tampouco justificar seu assassinato como comum, assim como outros assassinatos se tornaram comuns aos olhos de nossa sociedade e justificável até pelos atos extremos.
O que nos causa espanto é o silêncio da imprensa alagoana, o que nos causa espanto é as mídias simplesmente tratar como comum, para está imprensa e para está sociedade justificável deixamos a pergunta, e se fosse no bairro da Ponta Verde? E se o jovem morte fosse filho do Governador, filho de um Juiz, filho de um Delegado, um Médico?
 A revolta não ofusca o sentimento de impunidade e o sentimento de impunidade não ofusca a necessidade de justiça para todas e todos os negros mortos em nosso Estado, pois a cada dia em nosso estado morre um Gutembergue, a cada momento uma bandeira negra é arriada nas periferias.
 A juventude Negra Alagoana quer respostas, a juventude negra alagoana quer justiça, a juventude negra alagoana não quer mais crimes a humanidades impunes, nem o genocídio aos jovens negros alagoanos, a juventude negra é a principal vítima da falta de gestão pública. Acabou-se um legado com a morte do Guto. Tudo ele herdou do pai, mais não acabou nossa necessidade de justiça, nossa necessidade de respostas.
Nesse sentido, é propício o momento para repudiar e reivindicar políticas públicas voltadas à juventude negra, em específico à juventude negra de Periferia, a juventude que resiste e é hoje o pilar e o futuro deste Estado.
 
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Governador de AL empossa representantes do Comitê Gestor do Juventude Viva

Teotonio defende a participação das comunidades, dos movimentos sociais e das instituições públicas para a redução da violência . Governador diz que ações envolvendo a juventude contribuem para a reversão da criminalidade.
 
21.02.2013 - Governador de AL empossa representantes do Comitê Gestor do Juventude Viva

O governador Teotonio Vilela Filho participou, nesta quarta-feira, da reunião de posse do Comitê Gestor do Plano Nacional Juventude Viva. O Comitê vai gerenciar as ações compartilhadas entre os órgãos e entidades privadas bem promover debates, monitorar e avaliar os mecanismos que possibilitem a aquisição de recursos para a execução do plano.
 
 
De acordo com a secretária Nacional da Juventude, Severine Macedo, o plano teve início em Alagoas em virtude da solicitação do governador com relação à inserção de novas políticas públicas para modificar o cenário da violência no Estado. Segundo ela, o governo federal pretende expandir esse projeto para mais sete Estados do Brasil. “Estamos apostando em Alagoas, a nossa expectativa é que tenhamos aqui uma referência para construirmos outro padrão civilizatório no país, superando preconceitos como racismo, homofobia, machismo, entre outros”, ressaltou a secretária. “Temos que agradecer o empenho do governo do Estado que abraçou essa causa com o governo federal e, juntos, vamos realizar um trabalho de prevenção à violência, redução da vulnerabilidade dos jovens”, frisou Severine.
 
 
Teotonio Vilela defendeu a participação das comunidades, dos movimentos sociais, das instituições públicas para garantia de resultados exitosos, utilizando o Programa Juventude Viva. Para o governador, a redução da criminalidade em Alagoas depende também de ações que priorizem a juventude com a oferta de projetos na Educação, Cultura, Esporte e com a geração de mais oportunidades. “Governar o Estado com o mais baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país não é uma tarefa somente do Executivo; todos precisam estar juntos, expondo demandas, dando sugestões, participando desse processo construtivo”, destacou Teotonio.
 
O representante do Movimento Social Negro, Denivam da Costa, integrante do Comitê, disse que o momento do Programa é propício para atender as demandas da comunidade da juventude negra, entre elas, o combate ao preconceito. “Queremos o compromisso dos governos para a valorização dos jovens negros e a assistência social nas periferias; a participação do Movimento será para reivindicar melhorias e mais políticas públicas”, destacou o representante. Além do Movimento Social Negro, faz parte do Comitê um representante das instituições do Movimento da Juventude e dez secretarias estaduais.
 
 
Fonte: Site- Plano Juventude Viva

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ator Darlan Cunha visita Alagoas com Plano Juventude Viva

De terça a sexta-feira (19 a 22/02), os coordenadores do Plano de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra, o Juventude Viva, farão uma visita de monitoramento das ações que estão em andamento nas cidades de Maceió, Arapiraca, Marechal Deodoro e União dos Palmares, em Alagoas. Entre as várias atividades agendadas, destaca-se a reunião de instalação do Comitê Gestor Estadual do Juventude Viva, que acontece na quarta-feira (20/02), com a presença do governador Teotônio Vilela Filho, da secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, e outras autoridades dos municípios onde o Plano está sendo implementado. Durante a visita, o ator Darlan Cunha, o “Laranjinha “, da série Cidade dos Homens, participará de atividades da campanha Juventude Viva, da qual é protagonista (vídeo da campanha). O ator visitará bairros priorizados pelo Juventude Viva nas quatro cidades para dialogas com os jovens dessas localidades sobre o seu papel na superação da violência e promoção da cultura de paz.

A instalação do Comitê Gestor contará com a presença de autoridades, gestores e representantes da sociedade civil. O Comitê servirá de instância gerencial, com a participação das secretarias estaduais envolvidas no Plano e representantes da sociedade civil.

Um dos objetivos da visita é realizar um primeiro balanço da execução do Juventude Viva no estado alagoano. A iniciativa faz parte da estratégia de expansão do Plano, que em 2013 será implementado em pelo menos mais cinco estados. O Juventude Viva é coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade (Seppir). Compõe a delegação, a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, a coordenadora do Juventude Viva na SNJ, Fernanda Papa, o coordenador do Juventude Viva na Seppir, Felipe Freitas, além da diretora de programas da Seppir, Mônica Oliveira, entre outros assessores.

Para Severine Macedo, a visita acontece em um momento fundamental, pois celebra a parceria e o compromisso da nova gestão de prefeitos com o Plano. “A sinergia e o comprometimento dos municípios com os estados e o governo federal serão fundamentais para o êxito das ações do Juventude Viva. Estamos, enquanto governo federal, fazendo esse contato mais próximo para darmos os esclarecimentos e a assistência necessária aos gestores dos municípios prioritários do Plano”, disse a secretária nacional de Juventude.

Já o coordenador do Juventude Viva na Seppir, Felipe Freitas, destaca que a visita proporcionará um melhor acompanhamento do Plano nesses territórios. “Essa visita é muito importante para o desenvolvimento do Plano Juventude Viva por ser o primeiro encontro com os novos prefeitos dessas quatro cidades. Durante esses dias realizaremos atividades da campanha do juventude viva em Alagoas, com a visita do ator Darlan Cunha, que é uma referência positiva para a nossa juventude”,compartilha Felipe Freitas.

Sobre o Juventude Viva - O Juventude Viva é resultado da parceria entre dez Ministérios, sua implementação é feita em conjunto com os estados, municípios, a sociedade civil, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública, entre outros parceiros. O Plano foi construído por meio de um processo participativo, com o envolvimento dos movimentos juvenis, do movimento negro, de representantes do hip hop, de especialistas em segurança pública e por meio de diálogos com atores governamentais, nas esferas federal, estaduais e municipais.

-> Confira a agenda da visita.

-> Acesse o site do Plano
www.juventude.gov.br/juventudeviva


Fonte: Luciane Reis - Comunicóloga

Negros na política

Finalmente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou a iniciativa de adotar providências no sentido de garantir estatísticas sobre o número de negros na política brasileira. De acordo com reportagem da Agência Brasil, publicada em 20 de janeiro deste ano, o TSE informou que a sugestão de agregar ao sistema de registro de candidaturas a opção para o candidato declarar a sua cor foi encaminhada ao grupo de estatística, que está analisando a viabilidade e o formato da produção desses dados para as Eleições de 2014.

Atualmente, a autodeclaração de raça/cor, já incluída pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio não entra na ficha de registro das candidaturas, o que dificulta o levantamento dos dados, mas, segundo a assessoria de imprensa do tribunal, o grupo responsável pela avaliação das últimas eleições passou a considerar a inclusão do item raça/cor no processo eleitoral.
 
Para o coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Sociais (Laeser) do Instituto de Economia (IE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Paixão, conhecer a atual situação dos negros na política é fundamental para aumentar a participação deles nas esferas decisórias do país. “É necessário mapear não apenas quem são os eleitos, mas quem não foi eleito, quem está disputando, desde o partido nanico até o partido grandão”, enfatizou. Paixão acredita que seria necessário cruzar a cor das pessoas com a sua condição econômica, para saber de que forma isso tem peso na possibilidade de eleger-se. Paixão é um dos organizadores do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil, que fez um levantamento em 2007 sobre o número de negros no Congresso Nacional, com base no registro fotográfico.
 
Apesar da pretensão do tribunal, a inclusão do item raça/cor no registro das candidaturas pode enfrentar resistência. Segundo a reportagem, a assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Eliana Graça, diz que a entidade tentou implantar a medida por meio de articulação no Congresso Nacional, mas não obteve sucesso. A intenção era convencer os parlamentares de que a autodeclaração étnicorracial tinha que entrar na minirreforma política de 2009. No entanto, os parlamentares não aceitaram. Para a assessora, a negativa demonstra o preconceito existente no parlamento brasileiro.
 
Diante de fatos como este, esperamos do TSE firmeza na decisão de incluir o item raça/cor no registro de candidatos às eleições de 2014.
 

Fonte: Coluna Axé no jornal Tribuna Independente - 238ª edição – 19 a 25/02/2013.
Editora interina: Valdice Gomes

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Movimentos negros e culturais querem intervenção em Alagoas e mandam carta a Roberto Gurgel

Um abaixo-assinado está sendo iniciado e os grupos querem respostas para a morte do músico Gutemberg



Foto: Arquivo pessoal
Morte de músio negro ass,assinado no fim de semana , provoca movimentos em Alagoas
Movimentos culturais e negros se reúnem no próximo dia 15, às 16h, no Quintal Cultural, no bairro da Cambona, em Maceió, para discussão sobre os problemas de violência que atingem os negros em nosso Estado. A morte brutal do músico, dançarino e capoeirista Gutemberg Cassimiro Bandeira, o Guto, no Cruzeiro do Sul, no último dia 05, com seis tiros na cabeça, provocou reação na capital e no interior. Os grupos começaram a confeccionar uma carta que será destinada ao procurador –geral da República, Roberto Gurgel, pedindo intervenção em Alagoas.

Todos os grupos culturais de Maceió, principalmente os da periferia, segundo o artista multimídia Rogério Dias, estão se mobilizando. A pressão em repúdio a mais um assassinato cuja vitima é negra e pobre será grande, assegura.

“A morte dele, o Guto, é uma constatação do racismo inconstitucional em nosso Estado. Matam pobre e não dá cadeia e negro é que não dá mesmo. Estamos encurralados. O Plano Brasil Mais Seguro não funciona porque não há interesse e não é ninguém da classe deles que morre. O Estado está negligente e negligência é crime, o estado logo é genocida”, ressalta Rogério.

Em tom de revolta, o artista alagoano que trabalha há cinco anos com o projeto Quintal Cultura na região da Cambona, afirma que “o Estado não tem condições de cuidar do seu povo”. E continua a falar de Guto Bandeira com muita admiração. “Morreu uma liderança, um jovem que estava na periferia fazendo trabalho para crianças carentes. Vamos pedir intervenção porque não há condições de viver em nosso estado. Desde o genocídio ao caos nas maternidades, mortes de taxistas, motoristas de ônibus. Falta apuração e punição”.

O capoeirista Denivan Costa, que representa o Comitê Gestor do Projeto Juventude Viva, do Governo Federal e que ainda não foi implantado em Alagoas, também está envolvido com os demais membros dos movimentos culturais e negros e enxerga o processo em Alagoas como complicado, principalmente a forma como a juventude negra, segundo ele, é mostrada.

“Quando morre um negro, geralmente é mostrado como bandido. O movimento não se calará. Fazemos nossa parte na periferia, enquanto o governo não faz a dele. Precisamos de respostas não somente pela morte do Guto, mas porque era representante da comunidade negra, tinha um nome, um papel importante na comunidade e que foi retirado à bala”, desabafa Denivan.

Pelas estatísticas do Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento da Capoeira (Nadec), o qual ele coordena, de 2008 para cá, somente dos quatro grupos que o compõem foram assassinados mais de 50 capoeiristas.

“Perdi muitos alunos e amigos e isso não pode continuar. O movimento negro vai cobrar incansavelmente posicionamento do governo”, conclui.

Costa informou ao Correio de Alagoas que Guto arrecadava, no momento, dinheiro para garantir o carnaval de rua para as crianças carentes da comunidade onde morava, no Cruzeiro do Sul. “Acabou-se um legado com a morte do Guto. Tudo ele herdou do pai, o seu João Dudu, uma das pessoas mais queridas da região e fundador do grupo Sururu é arte, também para crianças carentes. Provavelmente ele não resista à morte do filho que era um exemplo para ele. Queremos saber quem matou nosso amigo. Porque ele não era envolvido em nada ilícito. Sabemos que as pessoas que se tornam queridas fazendo trabalhos comunitários são visadas, causam inveja, mas a polícia está aí para cumprir com seu papel”, declara Denivan que faz questão de falar da sua origem.

“Sempre morei no bairro do Jacintinho, considerado um dos mais violentos e nunca me curvei à violência. Guto também não. Tive oportunidade, cursei a faculdade e uso o que aprendi para defender a minha comunidade”, enfoca. Ele ainda ignora a política do Governo de Alagoas. “Ela não funciona e quando ele traz o plano para cá comprova que é péssimo administrador”

Na carta a ser enviada pelos movimentos culturais e negros de Alagoas ao procurador-geral da República, vários itens já foram pontuados conforme mostra com exclusividade o Correio de Alagoas.

Estas seriam as razões pelas quais os movimentos pedem intervenção:
- descaso com parturientes na maternidade Santa Mônica,
- com os profissionais da saúde,
- com a juventude; a maioria das escolas em reforma e até hoje as aulas não voltaram à normalidade
- preconceito de classe, de orientação sexual, de cor, de credo, etc... Reputamos verdadeiro genocídio os índices de violência em Alagoas, todas as estatísticas mensagem subliminar que matar pobre não da em nada ecoa com força, principalmente se for pobre e negro.
- genocídio praticado contra moradores de rua
- impunidade em mais de 90% dos casos de homicídio
- envolvimento de grande parte dos políticos alagoanos em crimes de corrupção investigados pela polícia federal e que seguem impunes
-imunidades tributárias concedidas a usineiros o que arruína as finanças públicas
- Repetidas tentativas de cerceamento do exercício do direito de greve a médicos, professores e policiais civis.
- Violência e assassinatos contra representantes do movimentos sociais
- Assassinato de taxistas e motoristas de ônibus;
- O assassinato de Gutemberg Bandeira, militante do movimento cultural de Maceió, dançarino do coco de roda Pau de Arara, músico, saxofonista, criador do projeto Sururu é Arte, ação comunitária voltada para jovens e crianças pobres da periferia do Cruzeiro do Sul, no loteamento Chico Mendes onde residia.

Projeto Juventude Viva

O Plano Juventude Viva foi lançado no Centro de Convenções de Maceió, dia 27 de setembro do ano passado e consiste num conjunto de ações planejadas por vários ministérios do Governo Federal voltadas ao combate à violência contra a juventude negra. A previsão de investimentos é de R$ 88 milhões.

No dia 30 de outubro ele foi apresentado aos prefeitos eleitos de Arapiraca, Maceió e Marechal Deodoro . Estiveram no encontro assessores da Secretaria Nacional de Juventude e Secretaria Executiva, da Secretaria-Geral da Presidência da República; da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir); e dos Ministérios da Saúde, da Cultura, do Trabalho e Emprego e da Justiça.

À época, a assessora da Secretaria-Geral da Presidência, Fernanda Machiavelli, e a coordenadora de políticas setoriais da Secretaria Nacional de Juventude, Fernanda Papa, esclareceram as dúvidas sobre o Plano que tem como principal objetivo diminuir a vulnerabilidade da juventude negra , principalmente entre 15 e 29 anos, e evitar que terminem da forma de Gutemberg Bandeira.

No encontro, a secretária de Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos, Kátia Born, que é a coordenadora do Plano Juventude Viva, fez questão de se manifestar e dizer todos estavam empenhados “ em dar oportunidade para essa juventude”.


Fonte: Correio de Alagoas

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ativistas discutem a ausência do carnaval de rua em Maceió


Representantes de entidades da sociedade civil que integram o movimento “A Maceió que queremos”, realizam nesta quinta-feira, 07 de fevereiro, às 11h, no auditório do Teatro Linda Mascarenhas, na avenida Fernandes Lima, Farol, um debate intitulado “Quinta-feira de Cinzas”.  Também estão sendo convidados para participar do ato, representantes de grupos culturais como bumba-meu-boi e escolas de samba; sindicatos, CUT, DCE\Ufal e Movimentos Sociais. O objetivo é abrir um campo de discussão sobre as causas e consequências de não ter Carnaval de rua em Maceió.



SERVIÇO:
O QUE: Debate “Quinta-feira de Cinzas”
QUANDO: Quinta-feira, 07 de fevereiro de 2013, às 11hs.
ONDE: Teatro Linda Mascarenhas (Av. Fernandes Lima – Farol).
Contato: Edson Beserra (8701-6794).

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Enfim, a Fapir!

Entidades do Movimento Negro alagoano, militantes e ativistas estão de parabéns! A leitura de uma Carta Aberta à sociedade, por Igbonan Rocha, na noite da última sexta-feira, 1º de fevereiro, na praça Dois Leões, em Jaraguá, durante a festa dos grupos afro-culturais que antecedeu o Cortejo Tia Marcelina, marcou o lançamento oficial da Frente Alagoana de Apoio à Promoção da Igualdade Racial (Fapir). Um espaço de articulação e organização do Movimento Negro frente a demandas da atual conjuntura, sobretudo, em relação à luta pela igualdade racial e o acompanhamento com intervenções, do Plano Nacional Juventude Viva em Alagoas. 

Diz a Carta Aberta que, desde a década de 80, o Movimento Negro Alagoano marcou presença denunciando casos de racismo, sendo responsável pelo resgate e para que fosse feito o tombamento da Serra da Barriga enquanto solo sagrado agregador do maior e mais importante quilombo do mundo, que foi o Mukambu de Palmares. As lideranças também reconhecem que, nas últimas décadas, Zumbi dos Palmares e seus malungos são devidamente homenageados por milhares de ativistas dos mais diversos segmentos. No entanto, querem uma articulação mais política e orgânica no sentido de fortalecer sua eficácia mediante os avanços e desafios da contemporaneidade.

A Fapir começou a ser idealizada durante as festividades do “20” de novembro, na Serra da Barriga, e teve sua articulação anunciada em 05 de setembro de 2012, quando  representantes do Governo Federal durante apresentação do Plano Nacional Juventude Viva para Alagoas, solicitaram ao movimento negro, empenho no sentido de acompanhar e monitorar a sua execução, para garantir a efetivação das ações. Desde então, foram feitas reuniões de articulação e organização da Frente, que pretende reunir representações étnicas, culturais e religiosas, bem como ativistas referendados por sua comissão executiva. 

Já se vê resultados positivos, como a aprovação do Projeto de Lei que cria o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, e a eleição dos representantes do Movimento Negro e de Juventude para o Comitê Gestor do Plano Nacional Juventude Viva em Alagoas. A Fapir é reflexo da maturidade da sociedade civil frente à urgência de políticas públicas para a população afro-alagoana, considerando que Alagoas amarga os primeiros lugares no extermínio da juventude negra, com a dolorosa constatação de ter para cada 100 jovens assassinados, um total de 84 negros. Mais do que nunca, artistas, ativistas negros, pesquisadores, educadores, capoeiristas, remanescentes de quilombo, agentes afro-culturais, ritmistas das bandas afros, maracatus e afoxés; babalorixás, ialorixás e filhos de santo devem unir forças para fortalecer a luta através da Fapir.


Fonte: Coluna Axé - nº237 - Jornal Tribuna Independente (05.02.13)
Editora interina: Valdice Gomes - Jornalista

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Alagoas: I Seminário Estadual de Povos Tradicionais de Matrizes Africanas


PROGRAMAÇÃO

04 Fev – (Segunda-feira)

09h – Cânticos de louvor à vida e à natureza

Ministério da Saúde;
Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas
Secretaria Municipal de Saúde de Maceió
Departamento de Atenção à Saúde do Estado de Alagoas - SESAU
Coord. da Equipe Saúde da família do Estado De Alagoas - SESAU
Fundação Cultural Palmares – Brasília
Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR-PR
Ministério da Cultura;
Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas;
Representante dos Religiosos de Matriz Africana;
Representante da Juventude de Terreiro
Universidade Federal de Alagoas;
Universidade Estadual de Alagoas

09h40min – Religiões Afro-Brasileiras e Saúde: desafios e perspectivas

Expositor: José Marmo da Silva - Coordenador da Rede Nacional de Religiões

10h – Racismo como determinante das condições de saúde

Expositora: Lia Maria dos Santos – SEGEP/Ministério da Saúde


10h30min – A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra

Rui Silva – SEGEP/Ministério da Saúde


11h – Mulher Negra e o Sistema Único de Saúde: equidade, transversalidade e
paridade nos serviços de saúde.

Expositora: Profa. Angela Bahia – Universidade Federal de Alagoas(UFAL)


14h00min – Saúde e Meio Ambiente

Expositores: Prof. Mestranda Edna Bezerra - A Saúde em sua atenção básica

Fernando Veras – Instituto do Meio Ambiente - IMA Alagoas - Meio Ambiente e Religiões Afro Brasileiras.


15:30h – Plenária 1 – Propostas e recomendações


16:30h - Video SENAD – Casa das Janaínas - Projeto Inaê

Apresentação de Mãe Neide – Alagoas



05. Fev – (terça-feira)

08:30h - Painel: Cultura, Mídia e Terreiro.

Larissa Fontes - A importância do registro para a preservação da memória (20’)

Keyler Simões - Os mecanismos midiáticos: os limites do sagrado (20’)

Helciane Angélica – ANAJÔ/APNs; Mídia e intolerância religiosa (20’)

Mediador: Valdice Gomes - COJIRA/Sindjornal


10h30min – Políticas Afirmativas: Fundação Cultural Palmares

Expositor: Vera Gomes FCP/Minc

11h30min – Apresentação Cultural


14h00min – Painel: Religiões de Matriz Africana e Ancestralidade

Mãe Miriam – Maceió- Alagoas - Jejê

Pai Maciel – Maceió – Alagoas - Umbanda

Pai Alex – Arapiraca – Alagoas - Xambá

Mediador: Claudia Cristina Puentes


16h30min - Plenária 2 – Propostas e recomendações

17:30h – Vídeo “ O Cuidar nos Terreiros”

José Marmo – Rede Nacional de Religiões Afro Brasileiras e Saúde

IGUALDADE RACIAL NO SUS É PARA VALER!



06 Fev – (Quarta-feira)

De volta à Angola-Janga – II Edição

(Atividade realizada pela Fundação Cultural Palmares e Secretaria Municipal de
Cultura de União dos Palmares)

00h –Concentração- 1ª Estacionamento – Saudação aos Ancestrais - Ialorixás e

01h30min - 1ª Parada – Jaqueira – Subverso: Grupo de Estudos e Experimentação em Identidades.

03h00min – 2ª Parada –– Platô da Serra da Barriga Quilombolas, de volta ao verdadeiro solo, reflexões sobre o cotidiano;

04h00min – 3ª Parada - Platô da Serra da Barriga, Ritual Religioso;

05h00min – Banquete dos Ancestrais - Restaurante Kùuku- Wàana.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Xangô Rezado Alto - A Memória Contra a Discriminação Racial




O episódio conhecido como Quebra de Xangô foi um ato de violência praticado na madrugada do dia 1º para o dia 02 de fevereiro de 1912 contra as casas de culto afro-brasileiras de Maceió, se estendeu também pelo interior de Alagoas. Naquele dia, babalorixás e yalorixás tiveram seus terreiros invadidos por uma milícia armada, denominada Liga dos Republicanos Combatentes, seguida por uma multidão enfurecida, assistiram a retirada à força dos templos de seus paramentos e objetos de culto sagrados, que foram expostos e queimados em praça pública, numa demonstração flagrante de preconceito e intolerância religiosa, para com as nossas manifestações culturais de matriz africana. 


Esse evento, que intimidou o povo de santo e suas práticas nas décadas subsequentes proporcionou o surgimento de uma manifestação religiosa intimidada, denominada Xangô Rezado Baixo, uma modalidade de culto praticada em segredo, alimentada pelo medo, sem o uso de atabaques, animada apenas por palmas. Essa violenta ação contra o povo de santo tem repercussões contemporâneas e pode ser apontada como uma das fortes causas da invisibilidade de uma prática religiosa que é extremamente expressiva na capital e no interior de Alagoas, pois as pesquisas de estudiosos do tema apontam para a existência de cerca de 2 mil terreiros em todo o Estado.

O projeto Xangô Rezado Alto, realizado pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), pelo segundo ano consecutivo, vem recuperando esse passado e reivindica da população alagoana e dos poderes públicos constituídos, atenção e compromisso para com as causa das populações afrodescendentes. 
O projeto Xangô Rezado Alto, realizado pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), pelo segundo ano consecutivo, vem recuperando esse passado e reivindica da população alagoana e dos poderes públicos constituídos, atenção e compromisso para com as causa das populações afrodescendentes. 



Este ano o projeto iniciará suas ações com um Cortejo Cultural e Religioso, com as casas de matriz africana, em 21 de março, Dia Internacional Contra a Discriminação Racial. “Deslocamos as ações previstas para o dia dois de fevereiro, por questões administrativas e pela proximidade com as prévias carnavalescas, o que tiraria o foco do evento, e em comum acordo com os religiosos decidimos transferir a celebração da memória do ‘Quebra’ para o dia vinte e um de março, que outra data significativa e contextualizada com o projeto Xangô Rezado Alto", explicou o reitor da UNEAL, Jairo Campos.

No ano passado, o ano do centenário do 'Quebra', o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, assinou um pedido oficial de perdão do Governo de Alagoas às comunidades de terreiros e a todo o povo de Alagoas pelas atrocidades cometidas em 1º de fevereiro de 1912.

Neste ano, mesmo em uma nova data, haverá o Cortejo sairá pelas ruas do Centro de Maceió, bem como as apresentações artísticas em praça pública. mas também Haverá  ainda o lançamento do edital  2º Prêmio de Incentivo Cultural para Comunidades de Terreiros, além do 1º Encontro da Juventude de Comunidades de Terreiro, que acontecerá em Arapiraca (AL), na sede da UNEAL.

Nesta sexta-feira (01) o governo de Alagoas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), lançará a décima 10ª edição de seu calendário, em uma parceria inédita com a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), o tema escolhido para 2013 foi “O Centenário do Quebra e a Presença Negra em Alagoas”. Este projeto é fruto de dez meses de pesquisa histórica e iconográfica de uma equipe composta por quatro pesquisadores do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) e da UNEAL. 

O evento de lançamento será realizado nesta sexta-feira (01), às 9h, na sede da FAPEAL, localizada no Centro de Maceió.



Texto: Keyler Simões, com colaboração de Rachel Rocha
Fotos: Keyler Simões


Keyler Simões
Jornalista e Produtor Cultural
Tudomais Produções
www.balaiodefatos.com
(82) 3032-0489 / 9971-4281

Frente Alagoana de apoio a promoção da igualdade racial é oficialmente lançada


Segue abaixo a carta que foi lida nessa sexta-feira (01.02.13), na Praça dois Leões, no histórico bairro do Jaraguá em Maceió(AL), durante a festa dos grupos afro-culturais no Jaraguá Folia 2013.


CARTA ABERTA A SOCIEDADE SOBRE A CRIAÇÃO DA FRENTE ALAGOANA DE APOIO A PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL



Desde a década de 1980, o Movimento Negro Alagoano marcou sua presença denunciando vários casos de racismo e preconceitos raciais em Alagoas; resgatou e fez ser tombada a Serra da Barriga enquanto solo sagrado agregador do maior e mais importante quilombo do mundo que foi o MUKAMBU DE PALMARES.

Nas últimas décadas, Zumbi dos Palmares e seus malungos são devidamente homenageados por milhares de ativitas dos mais diversos segmentos. No entanto, o Movimento Negro Alagoano que tem se mostrado forte nas suas bases afro-culturais e religiosas, vem demonstrado nos últimos anos a necessidade de uma articulação mais política e orgânica no sentido de fortalecer sua eficácia mediante os avanços e desafios da contemporaneidade.

As datas emblemáticas como: 21 de janeiro - Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa; 01 e 02 de fevereiro – que retratam o dia do “Quebra” e o desenvolvimento do projeto Xangô rezado alto; 06 de fevereiro – dia de vigília na Serra da Barriga em memória da última batalha da Cerca Real dos Macacos, refletindo o morticínio dos guerreiros quilombolas palmarinos enquanto heróis anônimos do povo negro brasileiro; 08 de março - Dia Internacional da Mulher, bem como, o dia 21 de março – Dia Internacional pela Eliminação do Racismo, cuja data também comemora-se a criação do Ministério de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e ainda, dia em que Zumbi dos Palmares é inscrito no livro do Tombo enquanto Herói Nacional do Povo Brasileiro; 25 de julho que se comemora o Dia Internacional da Mulher Afro-latino Americana e Caribenha, além é claro, de todas as dadas e vitórias como a criação do Estatuto da Igualdade Racial, da Lei Caó que acusa os crimes de racismo, da lei 10639 que ainda precisa ser efetivada neste Estado e principalmente o 20 de novembro enquanto Dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares que em muitos Estados da Nação têm sido organizado e politicamente festejado durante todo mês.

Portanto:

Considerando que Alagoas tem sido um Estado que amarga os primeiros lugares no extermínio da juventude negra, chegando a dolorosa constatação de ter de cada 100 jovens assinados, um total 84 negros.
Considerando que o Plano Juventude Viva, instalado pelo Governo Federal em Alagoas é de suma importância para a promoção políticas públicas, faz-se necessário que a população, sobretudo, a juventude negra seja de fato contemplada por essas políticas;

Considerando como uma vitória a aprovação do projeto de Lei que constitui o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial em Alagoas: Entendemos que é de suma importância que todos nós, artistas, ativistas negros, pesquisadores, educadores, capoeiristas, remanescentes de quilombo, agentes afro-culturais, ritmistas das bandas afros, maracatus e afoxés, babalorixás, ialorixás e outros afins, devemos unir nossas forças para fortalecer a luta através da FRENTE ALAGOANA DE APOIO A PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL - FAPIR, e assim podermos de forma macro representativa: Articular e apoiar todas as políticas públicas em favor da Igualdade Racial e de Combate ao Racismo e toda forma de discriminação; Acompanhar, orientar e apoiar a participação dos grupos e entidades nos Conselhos Estadual e Municipais de Promoção a Igualdade Racial e outros correlatos; Acompanhar, participar e apoiar o PLANO JUVENTUDE VIVA (de Enfrentamento a Violência Contra a Juventude Negra), visando à execução plena do mesmo, favorecendo a comunidade negra periférica e seus agentes afro-culturais, a exemplo da capoeira, dança afro, maculêle, coco de roda, maracatu, afoxé, bumba-meu-boi, Afro ONGs e outros devidamente comprometidos com a causa; Realizar ações em favor da FORMAÇÃO POLÍTICA das lideranças afro-culturais ameríndias e membros em geral dos grupos filiados, através de debates, seminários, simpósios e cursos de formação sobre o pertencimento étnico, políticas públicas e ações afirmativas, entre outras. 

A FAPIR que começou a ser idealizada durante festividades no “20” de novembro na Serra da Barriga, teve sua articulação anunciada em 05 de setembro de 2012 em reunião informal com representantes do Governo Federal durante momento de  apresentação da proposta do Plano Juventude Viva para Alagoas. Assim sendo, foram realizadas várias reuniões de articulação para adesão e organização da FAPIR, a qual deverá ser composta por todas as representações étnicas, culturais e religiosas, bem como ativistas devidamente referendados por sua comissão executiva.
A FAPIR será um instrumento de articulação, macro-organização em defesa do povo afro alagoano, no sentido de juntos defendermos os reais direitos, combater a marginalidade política e promover a comunidade negra mediante as ações afirmativas, inclusive valorando sua ascensão nos organismos públicos e privados.

Nesse sentido, e diante de tantos malungos e malungas, neste momento de união e integração afro-cultural, DECLARAMOS o 01 de fevereiro de 2013 como o dia de criação da FRENTE ALAGOANA DE APOIO A PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL - FAPIR. 

Olorum Kolofé Axé.

Maceió-Alagoas, 01 de fevereiro de 2013.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Hoje tem Nosso Samba no Jaraguá Folia 2013


Marta pede cargo a Elói. Cobrinha assumirá Palmares


Brasília – Elói Ferreira de Araújo, o presidente da Fundação Cultural Palmares, está demissionário da autarquia vinculada ao Ministério da Cultura. A decisão já foi tomada pela ministra Marta Suplicy que, ontem, no final da tarde, chamou Elói para uma reunião e lhe pediu o cargo, alegando que terá de fazer novas composições no Ministério.

O novo presidente será o produtor cultural carioca, Hilton Cobra, o Cobrinha, segundo anunciou a própria Marta ao pedir o cargo. Marta disse lamentar a saída de Elói como colaborador, "mas que estava diante de uma realidade a que não podia resistir".

Nos bastidores da Esplanada, porém, Afropress apurou que a demissão de Elói teria sido motivada por articulações do grupo da ministra chefe da SEPPIR, Luiza Bairros, com quem o agora ex-presidente da Fundação Palmares e o grupo petista que o assessorava entrou em rota de colisão.

Elói foi antecessor de Bairros na SEPPIR e foi designado para a Palmares pela ministra Ana de Hollanda, que o prestigiou durante o período em que esteve à frente do MINC.

Atritos

Desde o início da gestão na Palmares os atritos vinham sendo mantidos sob controle, embora fossem praticamente públicos, como ocorreu na abertura do I Encontro Ibero Americano em Salvador, em que o presidente da Fundação Palmares, sequer foi convidado. Por sua vez, a presença da ministra da SEPPIR nas mesas de eventos promovidos pela Palmares, tinham caráter exclusivamente protocolar.

O grupo que acompanhou o ex-ministro, mais ligado ao PT, nunca entendeu iniciativas da nova titular da SEPPIR, que teriam o propósito de desmoralizar as gestões que a antecederam, como a dos ex-ministros Matilde Ribeiro, Edson Santos e do próprio Elói.

As evidências da ligação do grupo da SEPPIR com as mudanças estariam, segundo apontam observadores, no fato de Cobrinha ser muito próximo de Luiza Bairros, a quem teria acompanhado, inclusive na audiência em que a ministra tratou com Marta do lançamento dos editais para produtores.

A publicação da exoneração no Diário Oficial e a posse do novo titular acontecerão após o carnaval.

Surpresa

Elói disse a Afropress ter sido pego de supresa com o pedido do cargo. “Agente sabe que o nosso cargo é passageiro, mas sinceramente, não estava esperando. Toda a equipe estava animada. Estávamos preparando a mudança para a sede nova na L2 Norte, o que representaria uma economia de cerca de R$ 3 milhões por ano para a Fundação”, afirmou.

Ele se reuniu pela manhã desta quinta-feira (31/01) com toda a equipe de direção, incluindo o diretor de Fomento Martvs Chagas – que é quadro dirigente do Partido  dos Trabalhadores e chegou a ocupar interinamente a SEPPIR, quando do afastamento da ex-ministra Matilde Ribeiro da SEPPIR.

Elói não quis adiantar qual será a atitude a ser adotada pelos ocupantes dos cargos de direção, que o assessoram. “O novo dirigente sempre tem outros nomes que ele quer trazer, idéias que ele quer colocar em prática. Me reuni hoje de manhã com os dirigentes para colocar prá eles o que está acontecendo”, afirmou.

Também negou os rumores sob possível influência do grupo da SEPPIR na sua exoneração. “Acho que a ministra da SEPPIR não influenciou em nada. Não existe influências de ministérios sobre outros”, acrescentou.

Elói permaneceu cerca de dois anos na Palmares e destaca como principal marca da gestão, as articulações para a nova sede do órgão na L2 Norte, que representará, segundo ele, economia de recursos, as obras de reforma no Parque Nacional Zumbi dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas, e o trabalho de formação de jovens nos núcleos de cultura da juventude.

Ele ainda não sabe se volta ao Rio, que é sua base, se permanece em Brasília, nem o que fará. “Estou na pista, aceitando convites”, brincou.


Fonte: Afropress

Entidades do Movimento Negro criam Frente Alagoana de apoio à Promoção da Igualdade Racial



Por: Valdice Gomes (MTE/AL 288)


Várias entidades do movimento social negro de Alagoas lançam nesta sexta- feira (1º de fevereiro) a Frente Alagoana de apoio à Promoção da Igualdade Racial (Fapir), a partir das 19h, na Praça 2 Leões no bairro histórico de Jaraguá em Maceió. O objetivo é possibilitar um espaço de articulação e organização do Movimento Negro Alagoano frente a demandas da atual conjuntura, sobretudo, em relação à luta pela igualdade racial, formação política dos segmentos e lideranças, bem como, o acompanhamento com intervenções do Plano Nacional Juventude Viva em Alagoas.

Segundo informa Helcias Pereira, membro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) e um dos articuladores da Fapir, há cerca de dois meses representantes de várias entidades do movimento negro, incluindo casas de axé e grupos de capoeira, vem participando de reuniões de mobilização e discussão sobre a necessidade de uma frente de articulação dos vários segmentos, onde possam discutir pautas de interesse comum. A finalidade é o fortalecimento da luta em defesa de políticas públicas de promoção da igualdade racial no Estado, combate ao racismo, à intolerância religiosa e todo tipo de preconceito.

Para a yawó da Comunidade Legioniré Nitó Xoroquê, Mônica Carvalho, “a Fapir tem uma missão central que é estimular o empoderamento, onde possamos interagir, articular ações e trabalhar em prol do desenvolvimento de políticas públicas. E para a comunidade religiosa de matriz africana é um espaço novo e de grande importância, já que a gente nunca teve um espaço legítimo de fala para expor nossa realidade”.   

Mesmo antes do lançamento oficial da Fapir, a articulação dos segmentos já vem obtendo resultados positivos, a exemplo da aprovação do Projeto de Lei que cria o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial na Assembleia Legislativa, e a eleição dos representantes do Movimento Negro e de Juventude para integrar o Comitê Gestor do Plano Nacional Juventude Viva em Alagoas.  

O ato de lançamento da Fapir acontecerá durante a concentração do Cortejo Afro Tia Marcelina, no palco AfroCaeté, onde haverá apresentações dos grupos Arê Yorubá, Afro Mandela, AfroGurungumba (de Viçosa) e o Coletivo Afro Caeté, com participação de Demis Santana e Fagner Dubrown. O Cortejo sairá às 22h, passando pela Rua Barão de Jaraguá, em direção às praças Rayol e Marcílio Dias, entrando pela Avenida Sá e Albuquerque. Após a saída do Cortejo o comando da festa na praça 2 Leões ficará com Igbonan Rocha e Wilma Araújo, com o show Nosso Samba.

O Cortejo Afro Tia Marcelina também será fortalecido com a participação do Afoxé Povo de Exu (Ilê Axé Legionirê/Benedito Bentes), do Afoxé Oju Omin Omorewá (Jacintinho), do Afoxé Ofaomin (Ilê Axé Ofaomin/Ponta Grossa), do Núcleo Cultural da Zona Sul, do CEPA Quilombo (Jacintinho) e da Articulação dos grupos da Cultura Popular e Afro-Alagoana.



Fonte: Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL)
(82) 8878-7484 / 9999-1301



Calendário 2013 da FAPEAL, organizado pela UNEAL, é lançado nesta sexta (01)


O Governo de Alagoas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), lança a décima edição de seu calendário. O evento de lançamento será realizado nesta sexta-feira (01), às 9h, na sede da Fapeal, localizada no Centro de Maceió. 

Em uma parceria inédita com a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), o tema escolhido para 2013 foi “O Centenário do Quebra e a Presença Negra em Alagoas”. Este projeto é fruto de dez meses de pesquisa histórica e iconográfica de uma equipe composta por quatro pesquisadores do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Ihgal) e da Uneal.

A Fapeal investiu R$29 mil reais nesta iniciativa que, além de pesquisa de campo em todo o Estado, inclui projeto gráfico, impressão de mil exemplares nas versões de mesa e parede e um livro previsto para o segundo semestre deste ano.

Os colaboradores da Fapeal e da Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) convivem com o calendário em seu ambiente de trabalho desde 2003, mas ele já virou item de colecionador para o público que frequenta os lançamentos. A distribuição é gratuita e este ano deverá ser entregue também a professores e alunos da Uneal.

“O Calendário da Fapeal é uma forma estética de levar o conhecimento sobre a riqueza da cultura e da ciência de Alagoas para o grande público”, falou o professor Douglas Apratto, que coordena o projeto desde o início. 

A presidente da Fapeal, Janesmar Cavalcanti, destacou a o trabalho de pesquisa realizado neste projeto. “O calendário é uma forma de preservar a memória de nossa instituição, e a Fapeal acaba de organizar uma pequena galeria que mostra as 10 edições em destaque. Todos nossos visitantes poderão se deliciar com nosso prédio histórico e com lindas imagens e excelentes trabalhos de pesquisa e arte. Estão todos convidados!”, declara. 



Fonte: ASCOM FAPEAL



IZP na Folia tem edição especial sobre prévias de Maceió no Linda Mascarenhas




O programa desta sexta-feira, dia1º, será transmitido ao vivo simultaneamente pelas rádios Difusora e Educativa FM, aberto ao público e com participação da Banda Filarmônica Raul Ramos e Seresteiros da Pitanguinha.


Por: Iranei Barreto


A Folia toma conta das emissoras do Instituto Zumbi dos Palmares neste final de semana com o programa IZP na Folia sendo transmitido nesta sexta-feira, dia 1º, diretamente do Espaço Cultural Linda Mascarenhas, a partir das 08 horas da manhã, simultaneamente pelas rádios Difusora de Alagoas e Rede de Rádios Educativa de Arapiraca, Porto Calvo e Maceió. O programa terá apresentação de Marcos Guimarães e participação especial de Emmanuel Fortes.

O programa é aberto ao público e vai contar com a participação especial dos Seresteiros da Pitanguinha e da Orquestra Filarmônica Raul Ramos do município de Pilar. O IZP na Folia também terá participação de outros artistas, dos servidores do Instituto, dos coordenadores de blocos e foliões que desfilarão nas prévias carnavalesca neste final de semana. Está é a segunda vez que o IZP na Folia realiza um programa de auditório com participação de artistas e público em um mesmo local.  

IZP na Folia 2013- O programa IZP Na Folia está em sua 3ª edição e tem como principal objetivo incentivar e dar visibilidade às manifestações carnavalescas que ocorrem em nosso Estado, a exemplo das prévias e dos bailes de carnaval, apoiando assim os grupos, blocos, idealizadores, artistas e organizadores responsáveis por essas e outras iniciativas culturais.

O programa conta com 15 edições, cada uma tratando de um tema específico, indo ao ar no período de 21 de janeiro a 08 de fevereiro de 2013. A apresentação é do jornalista Marcos Guimarães, produção da Ascom/IZP, produção musical de Givaldo Kleber, trabalhos técnicos de Edson Silva, colaboração de Isaac Neves. O IZP na Folia tem o apoio da Secretaria de Estado da Comunicação, bloco Turma da Rolinha e da Ornato. Toda a cobertura fotográfica e audiovisual de todas as edições do IZP na Folia estarão disponível no blog http://izpnafolia.blogspot.com.br/



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