Fonte:UOL
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Estudo parcial diz que negros e hispânicos sofrem mais com gripe
Fonte:UOL
Somos racistas - artigo de Leandro Fortes
Corta a cota!
Enquanto interessava às elites brasileiras que a negrada se esfolasse nos canaviais e, tempos depois, fosse relegada ao elevador de serviço, o conceito de raça era, por assim dizer, claríssimo no Brasil. Tudo que era ruim, cafona, sujo ou desbocado era "coisa de preto". Nos anos 1970 e 1980, na Bahia, quando eu era menino grande, as mulheres negras só entravam nos clubes sociais de Salvador caso se sujeitassem a usar uniforme de babá. Duvido que isso tenha mudado muito por lá. Na cidade mais negra do país, na faculdade onde me formei, pública e federal, era possível contar a quantidade de estudantes e professores negros na palma de uma única mão.
Pois bem, bastou o governo Lula arriscar-se numa política de ações afirmativas para a high society tupiniquim berrar para o mundo que no Brasil não há racismo, a escrever que não somos racistas. Pior: a dizer que no Brasil, na verdade, não há negros.
Antes de continuar, é preciso dizer que muita gente boa, e de boa fé, acha que cota de negros nas universidades é um equívoco político e uma disfunção de política pública de inserção social. O melhor seria, dizem, que as cotas fossem para pobres de todas as raças. Bom, primeiro vamos combinar o seguinte: isso é uma falácia que os de boa fé replicam baseados num raciocínio perigosamente simplista. Na outra ponta, é um discurso adotado por quem tem vergonha de ter o próprio racismo exposto e colocado em discussão. Ninguém vê isso escrito em lugar nenhum, mas duvido que não tenha ouvido falar – no trabalho, na rua, em casa ou em mesas de bares – da tese do perigo do rebaixamento do nível acadêmico por conta da presença dos negros nos redutos antes destinados quase que exclusivamente aos brancos da classe média para cima – paradoxalmente, os bancos das universidades públicas.
Há duas razões essenciais que me fazem apoiar, sem restrições, as cotas exclusivamente para negros. A primeira delas, e mais simples de ser defendida, é a de que há um resgate histórico, sim, a ser feito em relação aos quatro milhões de negros escravizados no Brasil, entre os séculos XVI e XIX , e seus descendentes. A escravidão gerou um trauma social jamais sequer tocado pelo poder público, até que veio essa decisão, do governo do PT, de lançar mão de ações afirmativas relacionadas à questão racial brasileira – que existe e é seríssima. Essa preocupação tardia das elites e dos "formadores de opinião" (que não formam nada, muito menos opinião) com os pobres, justamente quando são os negros a entrar nas faculdades (e lá estão a tirar boas notas) é mais um traço da boçalidade com a qual os crimes sociais são minimizados pela hipocrisia nativa.
A segunda razão que me leva a apoiar o sistema de cotas raciais é vinculado diretamente à nossa realidade política, cínica, nepotista e fisiológica. Caso consigam transformar a cota racial em cota "para pobres", as transações eleitoreiras realizadas em torno dos bens públicos irão ganhar um novo componente. Porque, como se sabe, para fazer parte do sistema, é preciso se reconhecer como negro. É preciso dizer, na cara da autoridade: eu sou negro. Alguém consegue imaginar esses filhinhos de papai da caricata aristocracia nacional, mesmo os mulatinhos disfarçados, assumindo o papel de negro, formalmente? Nunca. Preferem a morte. Mas se a cota for para "pobres", vai ter muito vagabundo botando roupa velha para se matricular. Basta fraudar o sistema burocrático e encher as faculdades públicas de falsos pobrezinhos. Ou de pobrezinhos de verdade, mas selecionados nas fileiras de cabos eleitorais. Ou pobrezinhos apadrinhados por reitores. Pobrezinhos brancos, de preferência.
Só um idiota não percebe a diferença entre ser pobre branco e pobre negro no Brasil. Ou como os negros são pressionados e adotam um discurso branco, assim que assumem melhores posições na escala social. Lembro do jogador Ronaldo, dito "Fenômeno", ao comentar sobre as reações racistas das torcidas nos estádios europeus. Questionado sobre o tema, saiu-se com essa: "Eu, que sou branco, sofro com tamanha ignorância". Fosse um perna-de-pau e tivesse que estudar, tenho dúvidas se essa seria a impressão que Ronaldo teria da própria cor, embora seja fácil compreender os fundamentos de tal raciocínio em um país onde o negro não se vê como elemento positivo, seja na televisão, seja na publicidade – muito menos nas universidades.
O fato é que somos um país cheio de racistas. Até eu, que sou branco, sou capaz de perceber.
Fonte: Blog Brasília eu vi
Mirante Cultural nesta sexta-feira
O C.E.P.A.A Quilombo vem lutando pela requalificação do Mirante com o objetivo de transformá-lo em um espaço de fomentação de cultura e lazer. Dentro dessa requalificação visa trabalhar também a mudança do nome de mirante Kátia Assunção para um ícone da luta quilombola, homenageando assim, um símbolo da resistência negra.
O Mirante Cultural continuará defendendo a integração entre educação e arte, buscando sempre impulsionar os artistas locais, trabalhando a geração de renda e valorizando a cultura popular e afro-alagoana.
PROGRAMAÇÃO:
PROJETO CINE VIVA A CULTURA - Exibição de quatro curtas-metragens
GRUPO DE ARTES DO PONTAL - Coco de roda
GRUPO NA HUMILDE - Hip Hop
JAILTON OLIVEIRA e SIRLENE GOMES - Perfomace de dança afro Essência Negra
GRUPO DE DANÇA DA GROTA DO MOREIRA - Dança
NÚCLEO DE CAPOEIRA - Capoeira
APRESENTAÇÃO TEATRAL
GRUPOS PARCEIROS DO C.E.P.A.A. QUILOMBO:
Escola de Samba Arco-Íris
Assoc. Comunitária Cultural e Esportiva Juventude
Grupo de Hip Hop Fênix Negra
Núcleo de Capoeira
Grupo Lésbico Dandara
Bumba-meu-boi Excalibur
Grupo de Teatro Máscaras sobre Máscaras
Fonte: Viviane Rodrigues - Relações Públicas do C.E.P.A.A. Quilombo
Contatos: vi_magnifica@hotmail.com /(82) 8843-9311
DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE LÉSBICA
Sociedade civil e militares discutem segurança pública
Ministro da Igualdade Racial diz que falta de punição estimula casos de racismo
"Há por parte dos organismos públicos uma certa resistência em aplicar a lei que criminaliza o racismo, o que é um grande equívoco e acaba incentivando fatos como esse de Osasco", afirmou o ministro.
Criada há 20 anos, lei que criminaliza racismo é ignorada, dizem especialistas
"O que ocorre é que o agente, o funcionário de segurança, quando faz o registro da ocorrência, ele acaba recorrendo ao ato de injúria, quando na verdade a qualificação como racismo tem uma penalidade mais dura. Então o que falta, a meu ver, é uma qualificação dos agentes públicos para tratar de atos de racismo." Para o ministro, isso "estimula" casos de preconceito.
Ajuste de conduta
Trabalho
Como denunciar
domingo, 23 de agosto de 2009
STJ manda Universal indenizar herdeiros de mãe de santo
A decisão mantida foi proferida pela turma em julgamento ocorrido no dia 16 de setembro do ano passado. Na ocasião, os integrantes do colegiado seguiram integralmente o voto do juiz convocado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Carlos Fernando Mathias, que reduziu o valor a ser pago aos herdeiros. Em 1999, a Folha Universal publicou uma matéria com o título "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes" e utilizou uma foto da ialorixá como ilustração.
Gildásia morreu, mas seus herdeiros e espólio ingressaram com uma ação de indenização por danos morais. Seguindo o entendimento do relator do caso no STJ, desembargador convocado Honildo de Mello Castro, os ministros rejeitaram por unanimidade o recurso dos herdeiros da mãe de santo.
A 17ª Vara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) condenou a Igreja Universal ao pagamento de R$ 1,4 milhão como indenização, com base na ofensa da proteção à honra, vida privada e imagem. Além disso, a Folha Universal também foi condenada a publicar, em dois dos seus números, uma retratação à mãe de santo.
No recurso da Universal ao STJ, alegou-se que a decisão da Justiça baiana ofenderia os artigos 3º e 6º do Código de Processo Civil (CPC) por não haver interesse de agir dos herdeiros e que apenas a própria mãe de santo poderia ter movido a ação.Na mesma linha de raciocínio, alegou que o espólio não poderia entrar com a ação. Afirmou, ainda, que a decisão teria ido além do pedido formulado no processo, já que condenou o periódico a publicar duas retratações, quando a ofensa teria ocorrido apenas uma vez, violando, com isso, os artigos 128 e 460 do CPC.
Por fim, afirmou ser exorbitante o valor da indenização e propiciar enriquecimento sem causa. Informou que o jornal não teria fins lucrativos, tornando o valor ainda mais desproporcional.
Quanto ao valor, ele entendeu que o fixado pela Justiça baiana era realmente alto, o equivalente a 400 salários mínimos para cada um dos herdeiros. Assim, pelas peculiaridades do caso, reduziu a indenização para um valor total de R$ 145.250 ficando R$ 20.750 para cada herdeiro.
Fonte: Redação Terra
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Setur apoia segmento étnico e promove visita técnica com empresas de receptivo
Mais informações: (82) 3315.3683/ 8833.9510
Alagoas terá pós inédita em Diversidade Étnica e de Gênero na Comunicação Social
Maracatu Baque Alagoano festeja Dia do Folclore
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
IV Encontro Etnicidades Brasil discute educação, segurança pública, religiosidade e mídia
Os Direitos Étnico-Humanos
A discussão sobre segurança pública, pensada a partir das Conferências Livres, objetos de diálogo para a 1º Conferência Nacional de Segurança Pública,que ocorerrá em Brasília de 27 a 30 de agosto, busca aprofundar a questão dos direitos étnico-humanos visando a construção de um a segurança pública que observe a diversidade,o combate ao racismo e ao machismo institucional. Uma segurança que estimule espaços participativos de diálogos em sua formação profissional, apostando na construção das competências permeada pela igualdade e pelo cumprimento dos direitos humanos.
Parcerias
Considerando o novo olhar para a implementação da política de diversidade étnica, que inclui a construção de uma rede de parcerias e a criação de novas estratégias capazes de impulsionar o rompimento de antigos paradigmas e incentivar a construção de um novo modelo de desenvolvimento que tenha como meta conviver em harmonia, a realização do IV Encontro Etnicidades Brasil contou com o apoio da Secretaria de Educação Continuada Alfabetização e Diversidade/SECAD/MEC,Secretaria Especial de Promoção das Políticas da Igualdade Racial/SECAD,Vice Governadoria, Secretaria de Turismo de Maceió, Secretaria de Educação de Maceió,Comando da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, 59º Batalhão de Infantaria Motorizada, Academia da Polícia Militar, Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Vereadora Heloísa Helena, vereadora Fátima Santiago, Deputado Judson Cabral, Coca Cola, Braskem, Embaixada da República de Cabo Verde, Grupo das Embaixatrizes em Brasília e Prefeitura de Viçosa.
Serviço: IV Encontro Etnicidades Brasil
Local: Auditório Gilberto Mendes Federação das Indústrias-Farol
Horário: 08 às 17 horas
Local: Academia da Polícia Militar- Trapiche da Barra
Horário: 08 às 17 horas
Informações: (82)8815-5794
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
NOTA DE ESLARECIMENTO: MULHER DISCRIMINDA EM CURSO DE FORMAÇÃO
Vem publicamente fazer alguns esclarecimentos considerados pertinentes diante de fatos ocorridos recentemente envolvendo suas ações junto ao Curso de Extensão Universitária “Ações Afirmativas e Capoeira na Promoção à Saúde”, realizado pelo Laboratório da Cidade e do Contemporâneo-LACC do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas, pela Pró-reitoria de Extensão-PROEX, pelo CEMCAL com o apoio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros-NEAB e da Secretaria Estadual de Saúde.
O referido curso teve suas inscrições abertas desde o dia 20 de julho de 2009, sendo encerradas as inscrições no dia 03 de agosto com número de vagas ilimitado para mestres de capoeira residentes em Alagoas e um número reduzido de vagas para monitores e instrutores. A própria ficha de inscrição disponibilizada na internet e no NEAB esclarecia que monitores e instrutores passariam por uma seleção.
Os critérios utilizados pelo CEMCAL para a seleção dos ocupantes das referidas vagas foram os seguintes:
Contemplar monitores(as) e instrutores(as) indicados por mestres e/ou entidades;
Ser residente no interior do Estado, para contemplar o processo de interiorização das ações de extensão do projeto Ações Afirmativas Através da Capoeira, que deu origem ao curso e do qual o CEMCAL é parceiro, fazendo inclusive com que a maioria dos mestres abdicasse da indicação de alunos dos seus respectivos grupos para selecionar inscritos de outros grupos;
Garantir representação feminina no curso, considerando um dos objetivos do projeto, que além da valorização da cultura popular e da capoeira, trabalha a questão de gênero incentivando a participação feminina na capoeira e na sociedade como um todo.
E estar dando aulas, conforme solicitava a ficha de inscrição.
Dentre os alunos selecionados para essa participação no curso elaborado com e para os mestres de capoeira, a postulante Maria Sandra conhecida como Monitora Loba, não foi selecionada, assim como muitos outros inscritos. Pois o número de vagas para instrutores e monitores estava condicionado ao número de mestres inscritos, não podendo ultrapassar o número de mestres considerando que inicialmente o curso tinha sido construindo apenas para os mestres, numa primeira etapa. A pedido de capoeiristas que inclusive vieram em reunião do CEMCAL, solicitar a inclusão de outras graduações, o mesmo se reuniu após entendimento com a coordenação geral do Curso, realizada pela professora Rachel Rocha, para disponibilizar as referidas vagas para instrutores e monitores.
Achamos que todos devem saber que um curso tem vagas limitadas, não é o fato de ser extensão, que é possível atender a todos os interessados, principalmente porque este curso é uma experiência piloto, e tem como principal objetivo o fortalecimento e valorização dos mestres de capoeira em geral e dos alagoanos, em especial.
O CEMCAL foi criado para esse objetivo, considerando em seu estatuto o apoio a todas as lutas pela garantia da diversidade cultural e contra toda forma de discriminação, seja de gênero, étnica, religiosa ou de opção sexual.
E foi considerando a possibilidade de ampliação da participação feminina que o CEMCAL aceitou que a referida postulante a vaga fosse conversar com os mestres no segundo dia de aula, para estudarem a possibilidade de ampliar mais uma vaga para atender ao anseio de mais uma mulher participando do curso. Pois a mesma já tinha sido comunicada anteriormente que não tinha sido selecionada. No entanto, a referida aluna não aceitou o resultado da seleção, dizendo inclusive que outra aluna, esposa de um mestre alagoano, que não faz parte do CEMCAL, tinha sido selecionada e não dava aula, inferindo que o mestre estaria mentindo. Mesmo com a atitude intempestiva dela e de desrespeito a um mestre perante outros, mesmo assim, o CEMCAL estava disposto a ouvi-la e esclarecê-la e até a reconsiderar a sua participação com a ampliação de uma vaga.
Mas, a aluna convidada a chegar antes das 8 horas para esses entendimentos chegou as 8h50, não conversou com os mestres, alegou que estava sendo discriminada e sendo impedida de assistir uma aula, para a qual ela não tinha sido selecionada, levando consigo um aluno que além de ser capoeirista é aluno da universidade, conhecedor certamente de que não se entrar numa sala de aula sem pedir licença à professora regente da classe ou sem estar devidamente matriculado. Ao mesmo foi solicitado mais uma vez que se retirasse, pois na aula anterior ele já tinha vindo e sido avisado que não poderia entrar.
A referida aluna, depois de uma discussão acalorada e ataques pessoais aos mestres e integrantes da equipe organizadora do curso não aceitou o fato do CEMCAL ter a atribuição de selecionar os demais participantes, a professora Rachel esclareceu que ela como capoeirista deveria saber mais que ela própria sobre a existência da soberania e autoridade dos mestres em assuntos pertinentes à capoeira. No entanto, a mesma respondeu que isso só valia na roda e nas academias e que na universidade as regras deveriam ser outras, se negando inclusive a falar com o coordenador geral do CEMCAL. A professora Rachel sugeriu inclusive que ela se desculpasse perante o Conselho pela intempestividade e por ter ultrapassado os limites, mas ela não aceitou a sugestão, preferindo outros caminhos .
É lamentável fatos como estes, enquanto clara demonstração de que o respeito aos mestres ainda não ocorre dentro da própria comunidade capoeirística, mas, foi para isto que o CEMCAL foi criado e são através das dificuldades que todos nós aprendemos. A humildade ainda é uma qualidade que precisa ser mais cultivada.
O CEMCAL enviou uma correspondência ao contra mestre Marco Baiano, representante da Associação Palmares e presidente da Federação Alagoana de Capoeira-FALC esclarecendo os fatos como realmente aconteceram e solicitando as providências cabíveis em tal fato lastimável de uma aluna de seu grupo, até porque, o mesmo foi comunicado das inscrições para monitores e instrutores, prestigiou a aula inaugural e em momento nenhum apresentou a indicação desta referida aluna para representar a Federação ou a Palmares. Pois, considerando os critérios anteriormente citados de indicação de mestres ou entidades, ela teria sido selecionada, pois nem mesmo a entidade que saiu em sua defesa, sem ao menos procurar ouvir a outra versão (até porque trata-se inclusive de uma capoeirista e poderia ter tido a delicadeza ética de ouvir o CEMCAL), em momento algum apresentou o nome de sua integrante para participar do curso.
Agradecemos a atenção e lamentamos que alguns integrantes da comunidade capoeirística ao invés de se alegrarem com a valorização dos mestres, não aceitem sua autoridade e hierarquia próprios da cultura afro-brasileira e faça tanta questão de assistir aulas ministradas pelos próprios mestres com os quais ela se nega a falar e aceitar a atribuição de seleção. Muito nos estranha ela não ter sido indicada por nenhuma das entidades que ela usou para construir um discurso desrespeitoso colocando em dúvida a seriedade do CEMCAL e da própria Universidade que foi a primeira a abrir suas portas para um projeto tão inovador que está sendo elogiado por mestres, capoeiristas e pesquisadores de todo o Brasil.
Atenciosamente o CEMCAL
terça-feira, 18 de agosto de 2009
MV Bill vem a Maceió proferir palestra sobre drogas
O evento conta com a participação do governo do Estado e outras instituições. Para participar deve ser adquirido o ingresso de adesão R$ 20, no estande Viva Alagoas, no shopping Iguatemi. Mais informações pelo telefone: 3035-0798.
MOÇÃO DE REPÚDIO - MULHER DESCRIMINADA EM CURSO DE FORMAÇÃO
- QUAIS FORAM DE FATO OS CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO NO CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIOS?
- EXISTE RECORTE DE GÊNERO? QUANTAS MULHERES ESTÃO PARTICIPANDO?
- SE O PROGRAMA ODÉ AYÉ – SIGNIFICA “O MUNDO TODO” E SE UM PROJETO DE EXTENSÃO DEVE ESTÁ ABERTO POR DIREITO Á COMUNIDADE, PORQUE UNS FICAM DE FORA?
- QUE SOCIEDADE QUEREMOS CONSTRUIR, SE NO DISCURSO PREGAMOS IGUALDADE DE DIREITOS E OPORTUNIDADES, MAS NA PRÁTICA ESSA REALIDADE NÃO VEM ACONTECENDO PRINCIPALMENTE NO TOCANTE A MULHER?
- QUEM VAI ASSUMIR A RESPONSABILIDADE POR ESSAS EXCLUSOES, O CONSELHO DE MESTRE OU A UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS?
No aguardo de respostas,
COLETIVO FEMINISTA DE CAPOEIRA /AL
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
21 anos da Fundação Cultural Palmares
Grupos folclóricos do Brasil e da Colômbia se encontram para celebrar os 21 anos da FCP. Tem ainda Luiz Melodia e Lazzo Matumbi
Tem ainda a exposição fotográfica Negrice Cristal, de Januário Garcia; Cortejo da Lavagem – Terreiro Ilê Ase Ode Onisegum; e degustação de comida afro-brasileira.
Conheça um pouco mais das atrações:
Contos do Congo: o Congado é uma manifestação cultural e religiosa de influência africana que em algumas regiões do Brasil desenvolve seu enredo sob o tema da vida de São Benedito, o encontro de Nossa Senhora do Rosário submergida nas águas e, em outras regiões, a representação da luta de Carlos Magno contra as invasões mouras. O grupo Contos do Congo surgiu em 2006 e vem mantendo as tradições e divulgando a arte e as origens do Congado mineiro, remetendo o público à mais pura expressão conga, fazendo com se vivencie a verdadeira Folia de Reis. O grupo nasceu da necessidade das pessoas preocupadas em se resgatar e preservar o congo nas suas mais diversas formas de manifestação cultural.
O Jongo da Serrinha: é uma manifestação cultural essencialmente rural diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do Samba carioca.
Tambor de Crioula: é uma dança com raízes africanas, praticada no Maranhão, tanto no meio rural como no urbano, tendo como característica marcante a punga (espécie de samba de roda), evidenciada no toque dos tambores e na coreografia das mulheres. O grupo Tambor de Crioula é uma das maiores referências culturais nesse estilo musical.
9 às 17h - Oficina de Percussão - Mário Pam - Galpão FUNARTE
9 às 10h - Abertura Solene do Aniversário da Fundação Cultural Palmares - Auditório FCP
10 às 12h - Abertura da Exposição: Negrice Cristal, do fotógrafo Januário Garcia e Café da manhã - Espaço Cultural Palmares
10 às 12h - Oficina Chula – Roberto Mendes - Auditório FCP
18 às 20h -Mostra Cultural – Jongo da Serrinha–Rio de Janeiro, Grupo Benkos Kusuto de la comunidad del Palenque de San Basílio (Colômbia) - Platô da FCP
9h às 11h - Oficina de Percussão Mário Pam - Galpão FUNARTE
9h às 11h - Oficina Chula – Roberto Mendes - Auditório FCP
18 às 20h -Mostra Cultural – Maracatu do baque solto–Pernambuco e “Entre dos mares: ensamble musical de Colombia, Ecuador y Panamá” - Platô da FCP
19/08
9 às 18h - Oficina de Percussão – Mário Pam - Galpão FUNARTE
18 às 20h -Mostra Cultural – Tambor de Crioula, Grupo Bahía Trio (Colômbia) e cantora convidada. - Platô da FCP
20/08
9 às 18h - Encontro de Mestres de Capoeira - Auditório FCP
9 às 17h - Oficina de Percussão Mário Pam - Galpão FUNARTE
18 às 19h -Mostra Cultural – Roda de Capoeira – Mestre Cláudio - Platô da FCP
21/08
10h - Cortejo da Lavagem – Terreiro Ilê Ase Ode Onisegum – Pai Ribamar - Platô da DEP
11h - Resultado da Oficina de Percussão - Platô da FCP
12h - Degustação de Comida Afro-Brasileira - Platô da FCP
13h - Mostra Cultural – Samba de Roda Suerdick–Bahia, Congada Contos do Congo–Minas Gerais - Platô da FCP
22/08
9 às 12h - Oficina de Ritmos Afro del Caribe y el Pacífico - Galpão da Funarte
21h
Desfile de Moda – Estilista Rodinei SP Abertura: “Entre dos mares: ensamble musical de Colombia, Ecuador y Panamá”
Entrega do Troféu Palmares
Homem negro espancado, suspeito de roubar o próprio carro
domingo, 16 de agosto de 2009
Leci Brandão ressalta honra de fazer parte do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR)
"Eu me sinto honrada", disse a cantora Leci Brandão ao tomar posse nesta terça-feira (11 de agosto) como integrante do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR). Ela ocupou uma das três vagas destinadas a cidadãos de notório reconhecimento das relações raciais. É a segunda vez que a cantora ocupa a vaga de conselheira do CNPIR. Leci Brandão aproveitou a ocasião para ressaltar que sempre lutou em favor das populações historicamente excluídas. "Canto por todas as encrencas brasileiras", completou sorrindo.
Também tomaram posse nesta terça-feira, como suplente ou titular, outros 12 conselheiros. São eles: Ualiid Hussen Ali Mohd Rabah, da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal); Carlos Roberto de Oliveira e Marcelo Braga Edmundo, da Central de Movimentos Populares (CMP); Eduardo Zylberstajn, da Confederação Israelita do Brasil (Conib); Ieda Leal de Souza, da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Rui Leandro dos Santos e Givânia Maria Da Silva, ambos do Ministério do Desenvolvimento Agrário; Jorge Luiz Quadros, do Ministério da Justiça; Gláucia Silveira Gauch, do Ministério das Relações Exteriores; Andréa Costa Magnavita e Rafael Luiz Giacomin, do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, e Maria do Carmo Rebouças da Cruz, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Presidência da República.
No total, o CNPIR possui 44 integrantes: 22 representantes de órgãos públicos, 19 da sociedade civil e três cidadãos de notório conhecimento. A composição atual do Conselho é a primeira formada por meio de chamada pública, o que garante transparência ao processo. A principal missão do CNPIR, órgão integrante da estrutura básica da SEPPIR, é elaborar propostas de políticas de promoção da igualdade racial, com ênfase na população negra, e combater o racismo, o preconceito e a discriminação, por meio de ações para reduzir as desigualdades raciais.
Moções - A posse ocorreu em Brasília durante a 21ª Reunião Ordinária do CNPIR. Antes, o CNPIR analisou todas as 84 moções apresentadas durante a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (II CONAPIR). O ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, que presidiu o encontro, destacou que os participantes da II CONAPIR, realizada no fim de junho, discutiram e votaram todas as propostas apresentadas. As moções, lembrou Edson Santos, tratam de assuntos que vão além da pauta da Conferência. A tarefa conferida aos conselheiros foi dada pela plenária final da II CONAPIR. Das 84 moções, apenas oito receberam destaques.
O Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Planapir) e o Estatuto da Igualdade Racial estão na pauta do segundo dia do encontro, que termina nesta quarta-feira. O Plano foi aprovado por meio do Decreto nº 6.872, de 4 de junho deste ano. A proposta de criação do Estatuto tramita no Congresso Nacional, com previsão de ser votada no dia 19 de agosto. Ainda durante o evento serão apresentados uma pesquisa sobre diversidade nas escolas e um balanço da II CONAPIR.
Fóruns de Educação e Diversidade Etnicorracial se encontram em Natal
Prêmio da Igualdade Racial elege os melhores projetos
domingo, 9 de agosto de 2009
Últimos dias de inscrição para o curso de Gênero e Diversidade na Escola
A Cied lembra ainda que, ao terminar de preencher o formulário e enviá-lo, o cursista deve ainda enviar seu currículo para o e-mail: gedntmc@gmail.com, pois somente dessa forma a inscrição poderá ser validada com sucesso, caso contrário ele não poderá participar da seleção.
São ofertadas 60 vagas para o pólo UAB de Maceió e 60 para o pólo UAB de São José da Laje. O resultado da seleção será divulgado no dia 20 de agosto. O curso vai refletir sobre uma cultura que valorize a diversidade étnico-racial, a equidade de gênero e que rechace qualquer forma de discriminação social.
As aulas serão presenciais e a distância, com carga horária de 200 horas, e a inscrição está sendo feita apenas pelo site. Para mais esclarecimentos é só acessar o edital Nº 01/2009 ou ligar para (82) 3214-1039.
Com quantas cervejas se desfaz o racismo?
Por Ana Claudia Mielki(*)
A “cervejada dos brigões”, como alguns veículos de comunicação denominaram o encontro promovido pelo presidente Barack Obama entre o policial e o professor preso ao tentar entrar na sua própria casa na última semana, na cidade de Cambridge, Massachussets, foi realizada nesta quinta-feira, dia 30.
No dia 16 de julho, o professor de Havard Henry Louis Gates Jr. foi preso, segundo informações que circularam nos jornais, dentro da própria residência, depois que uma vizinha, ao vê-lo tentando forçar a porta da casa, chamou a polícia. Gates teria voltado de uma viagem de uma semana à China e teria encontrado dificuldades para entrar em sua casa. Gates, além de ser um importante professor de Havard, apresenta uma “aparentemente sem importância” peculiaridade: é negro.
Os argumentos dados pela polícia foram inúmeros, inclusive de que a prisão teria sido ocasionada porque o professor estaria fazendo “excesso de barulho e bagunça”. Mas nenhum dos argumentos foi contundente o suficiente para convencer os norte-americanos de que não houve crime de racismo. Aos poucos, a notícia foi criando uma sensação de desconforto, e não por acaso, a repercussão acabou respingando no presidente Barack Obama. Em todos os lugares em que esteve presente na última semana, Obama teve que pronunciar alguma resposta em relação ao episódio.
A forma como o presidente Obama “cuidou” do fato levanta algumas questões importantes. Primeiro ele teria dito à imprensa que a ação da polícia foi estúpida e que os afroamericanos e latinos são parados pela polícia de forma desproporcional. Depois, após uma repercussão negativa de suas declarações – amigos do sargento James Crowley, responsável pela abordagem, e boa parte da corporação policial criticaram as declarações do presidente – Obama recua dizendo que “mediu mal” as palavras e toma a decisão de convidar os envolvidos para uma “cerveja conciliadora” na Casa Branca.
Ao que parece, a única polêmica durante o encontro, foi sobre a escolha da cerveja, se seria ela, norte-americana, belgo-brasileira ou inglesa. Sobre o racismo, nada além de um ou outro “tapinha nas costas”. E não poderia ser diferente, já que o objetivo declarado por Obama para tal encontro era mesmo o de por fim à polêmica acerca da existência ou não de uma atitude racista na ação do policial. O fato deixou de ser um incidente de cunho racial para ser tratado como um pequeno desentendimento individual. O encontro, neste caso, funcionou como uma conversa para “acalmar os ânimos” de dois sujeitos que se “alteraram”.
Em se tratando de um presidente negro, que eleito com forte apoio do eleitorado negro, e que propunha sempre um discurso de mudança, causa estranhamento o fato de que o presidente Barack Obama tenha levado em conta, mais a repercussão negativa de suas declarações na corporação policial, e menos a oportunidade de tornar o incidente um debate franco e construtivo, por exemplo, sobre a presença maciça de negros nas prisões norte-americanas.
Ao que parece, Obama segue sua estratégia, previsível desde sua campanha em 2008, de manter o debate sobre o tratamento diferenciado dos negros, tão presente quanto for capaz de elegê-lo, porém tão ausente tanto quanto for sua capacidade de constrangê-lo. Em outras palavras, o presidente norte-americano, não parece mesmo estar disposto a enfiar a “mão na cumbuca” do racismo, prefere o debate da conciliação, ou melhor, o debate da “não-raça”, da “não-etnia”, da “não-diferença”.
Felizmente, as diferenças existem e estão aí, e aprender a conviver com elas, definitivamente, não passa por ignorá-las ou encobertá-las num falso discurso conciliatório. Ao contrário, depende exclusivamente de torná-las públicas, de discuti-las e de mostrá-las, e que essa condição de estar manifesta enquanto diferença seja intransigentemente resguardada pelos direitos historicamente constituídos.
*Jornalista, mestranda em Ciências da Comunicação na ECA/USP
domingo, 2 de agosto de 2009
Capoeira-Saúde: Aula Inaugural do curso de extensão
Disciplinas do Módulo I:
*Aspectos Histórico-culturais da capoeira - Carga horária: 20h
Docentes: Rachel Rocha de Almeida Barros- ICS/ Sandra Bomfim de Queiroz-CEDU.
* Fundamentos e Comportamentos da Capoeira I - Carga horária: 24h
Cordenador: Mestre Tunico
Comportamento de Roda na Angola
Movimentação e organização na roda
Comportamento de Roda na Regional
Fundamentos na Angola
Chamadas de Angola
Movimentos de defesa e ataque
Fundamentos na Regional
Sequência de Mestre Bimba
Sequência de Movimentos na Angola
Movimentos de defesa e ataque na Regional
*Elementos de Anatomia e Fisiologia para a prática da capoeira.
*Confecção do conteúdo da publicação referente às disciplinas cursadas
Coordenação geral Rachel Rocha
Coordenação Pedagógica Sérgio Borba
Homem tenta registrar BO contra Exu e é preso em Florianópolis
A revelação ocorreu quando o policial de plantão inseriu o nome e os dados pessoais no computador. O sistema logo acusou o mandado de prisão expedido pela Justiça de Criciúma contra o professor de História Marcos Lino Mendonça, 27 anos.
Ele chegou à delegacia na terça-feira dizendo que era perseguido por Exu, e que as quatro mulheres dele teriam sido estupradas pela entidade. No entanto, num boletim de ocorrência registrado este ano, consta que o rapaz é solteiro.
Marcos declarou que ele mesmo foi abusado sexualmente por Exu. Ao delegado Pedro Fernandes Pereira Filho, o professor disse que ouvia a voz de Exu incitando ataques a pessoas sem motivos. As brigas teriam causado uma fratura de braço e outra nas costelas.
Quando questionado do porquê de ir a uma delegacia se ele era procurado por assalto, o rapaz respondeu que desejava processar a entidade do candomblé e exigia reparação financeira por prejuízos causados.
O assalto cometido por Marco foi contra o próprio primo, em dezembro do ano passado. Armado com uma navalha, ele invadiu a casa do parente, que fica em Criciúma, e levou uma barraca.
O delegado declarou que Marcos tinha sintomas de esquizofrenia. Pedro afirmou que um tio do professor esteve na delegacia e revelou que o rapaz tinha consulta no psiquiatra marcada para quarta-feira.
Juventude Negra: Aberto edital para previnir a violência
Sindicato recebe comitiva de jornalistas econômicos de Angola
15h30 – Visita ao Museu Afro-Brasileiro, audiência com o curador do Museu, Dr. Emanuel Araújo e cerimônia de entrega de material cultural e sobre Angola
20h00 – História do Samba Paulista - no Cine Sesc
14h00 – Feijoada na Escola de Samba Vai Vai.
3 de agosto - segunda-feira - Viagem a Bauru
10h00 - Visita ao Centro de Rádio e Televisão Educacional e Cultural da Universidade Estadual Paulista – UNESP, Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação – FAAC, campus de Bauru
10h30 – Conferência do Prof. Dr. Antonio Carlos de Jesus com explanação sobre a TV Digital
13h00 – Ato de doação de peças culturais e artísticas - Secretaria Municipal de Cultura de Bauru/ Prefeitura Municipal de Bauru.
14h30 - Visita a TV Record Paulista e ao Jornal da Cidade no espaço Café com Política
16h00 – Visita à Faculdade Orígenes Lessa, em Lençóis Paulista
Organização: Associação dos Jornalistas Econômicos de Angola – AJECO
Apoio institucional: FENAJ, SJSP, SINJORBA, COJIRA-SP - Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Sindicato dos Jornalistas e COJIRA-BA - Comissão de Jornalistas pela Promoção da Igualdade do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia, CLIR/FNDC-BA - Comitê de Luta pela Igualdade Racial e Democratização da Comunicação do FNDC-BA, ALAI - Agência Afro-Latina-Euro-Americana de Informação.