terça-feira, 26 de abril de 2011

APNs: Novos horizontes

Por: Helciane Angélica

Nos dias 21 a 24 de abril, os Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) reunidos na 14ª Assembleia Nacional em São Luis (MA) discutiram sobre as mudanças estatutárias e do Regimento Interno da entidade que possui 28 anos de atuação no país.

A atividade foi realizada no Espaço Oásis – Centro de Oração, Encontros e Cursos, com a presença de observadores, convidados, delegados e delegadas das mais diversas manifestações culturais, idades e crenças religiosas, na sua maioria mulheres. Estiveram presentes representantes dos estados do Alagoas, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins, e foi registrada a ausência dos estados da Bahia e Goiás.

Na programação, teve a palestra “Pertencimento e Resistência Negra” ministrada por Helcias Pereira – Coordenador Nacional de Formação e Conselheiro do CNPIR – referente aos estereótipos sobre o povo negro, a ancestralidade e os conhecimentos desenvolvidos no continente africano, a importância da Imprensa Negra, efeitos do racismo, identidade, consciência negra, militância e ser APN.

Também teve debates sobre o empoderamento negro nos mais diversos setores, grupos de trabalho, além da reunião da Juventude APNs que definiu a programação e detalhes sobre a infra-estrutura do 1º Encontro Nacional da Juventude APNs que acontecerá em julho, na cidade de Campinas (SP). Porém, no último dia de atividades, não ocorreu o passeio ao Quilombo de Alcântara no Domingo de Páscoa devido ao tempo chuvoso.

A principal modificação encontra-se na organização da Coordenação Nacional, e o acréscimo de duas comissões permanentes: “Articulação com as comunidades quilombolas” e “Promoção à saúde e ao idoso”. A partir do segundo semestre de 2012, logo após a assembleia eletiva, passa a valer, oito coordenações: “Coordenador Geral”, “Secretário Geral”, “Coordenador de Finanças” “Comunicação e Mobilização”; “Cultura, Educação, Formação, Pesquisa e Extensão”; “Relação de Gêneros”; “Fé, Política e Diálogo Interreligioso”; “Juventudes” e “Relações Institucionais e Internacionais”.

Conheça mais sobre a entidade no site www.apnsbrasil.org e no twitter @APNs_Brasil.


Fonte: Coluna Axé - nº 147 - jornal Tribuna Independente (26.04.11)

domingo, 24 de abril de 2011

Cefet-RJ abrirá inscrições para mestrado em Relações Etnicorraciais

O Cefet do Rio de Janeiro vai abrir seleção ao curso de mestrado em Relações Etinorraciais. Serão oferecidas 18 vagas para matrícula no terceiro trimestre letivo de 2011, referentes à Área de concentração Relações Etnicorraciais. As vagas serão distribuídas pelos Projetos inseridos nas Linhas de Pesquisa: Campo Artístico ; Construções de Etnicidades; Pensamento e Políticas Públicas: Dimensões Institucionais das Relações Etnicorraciais; e Mídia e Repertórios Culturais na Construção de Identidades Etnicorraciais,.
O Curso de Mestrado acadêmico em Relações Etnicorraciais tem como objetivo principal oferecer ao discente formação multidisciplinar atualizada e articulada com o conhecimento produzido pelas linhas e projetos de pesquisa do programa. O curso compreende o cumprimento de disciplinas, a participação em eventos científicos,
O período de inscrições para este processo seletivo compreende os dias úteis entre 04 e 18 de maio de 2011. O candidato deverá comparecer, no horário de 08h às 12h e de14h às 17h, à Secretaria da Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação (DIPPG) para inscrição, no campus Maracanã, situado na Av. Maracanã 229, bloco E, 5º andar. No atoda inscrição, o candidato deverá apresentar:
a) ficha de inscrição própria disponível na página http://dippg.cefet-rj.br/ (barra lateral
esquerda – Pós-Graduação – PPRER – Processo Seletivo), devidamente preenchida
e assinada pelo candidato;
b) b) duas fotos 3X4;comprovante de depósito de R$ 60,00 (sessenta reais) através da
Guia de Recolhimento da União (GRU), extraída de:
https://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru/gru_simples.asp, em que o candidato
deverá informar UG/ Gestão, 153010/15244, respectivamente, e código de
recolhimento, 28832-2. Na tela seguinte deverá incluir 2011.3 para o número de
referência, o CPF e o nome do candidato. O valor das inscrições não será devolvido
em hipótese nenhuma;

O edital está disposto ao clicar no título desta informação.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Luta indígena

Por: Helciane Angélica


O Dia do Índio é celebrado em 19 de abril. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Na verdade relembra o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano realizado no México em 1940. Várias lideranças indígenas do continente haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos, durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América.


Neste dia e durante toda semana, vários atividades são realizadas para dar visibilidade à cultura indígena e suas diversidades; os museus fazem exposições e alguns municípios organizam festas comemorativas. Nas escolas, os alunos são orientados para pesquisarem sobre os indígenas, inclusive, é comum saírem com os rostos pintados reverenciando os primeiros habitantes do Brasil.


A data também deve ser um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais. De acordo com o site da Secretaria Estadual de Cultura, em Alagoas existem as nações indígenas: Tingui-Botó (Feira Grande), Kariri-Xocó (Porto Real do Colégio), Geripancó (Pariconha), Xucuru-Kariri (Palmeira dos Índios), Wassu Cocal (Joaquim Gomes), Xucuru Kariri (Palmeira dos Índios), Karapotó (São Sebastião), Karuazú (Pariconha), Kalancó (Água Branca), Xucuru-Kariri (Palmeira dos Índios) e Dzubucuá (Porto Real do Colégio).


Na última quarta-feira (13.04), foi iniciado em Maceió o Abril Indígena no Museu Théo Brandão, com lançamento de filme sobre temática indígena, apresentação cultural dos Xucuru-Kariri, abertura da exposição “Visadas do pajé Miguel Celestino” composta por peças etnográficas, que tem curadoria assinada por Celso Brandão, José Carlos e Siloé Amorim, e ficará aberta ao público até o dia 28 de maio.


Durante várias décadas os indígenas brasileiros foram perseguidos, humilhados, explorados e mortos! E até hoje lutam por respeito, pela demarcação definitiva de seus territórios, o reconhecimento da educação escolar e saúde indígena, além de reivindicar as condições dignas de sobrevivência.


Fonte: Coluna Axé - nº 146 - Jornal Tribuna Independente (19.04.11)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Indígenas cobram direitos na Assembleia Legislativa no Dia do Índio

Por iniciativa do deputado Judson Cabral (PT) e do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), representantes dos povos Kariri-Xokó, Xucuru-Kariri, Tingui-Botó, Aconã, Karapotó, Geripancó, Wassu-Cocal, Katökinn, Karuazu, Kalankó e Koiupanká participarão de Sessão Pública na Assembleia Legislativa de Alagoas, em comemoração ao Dia do Índio, às 15 horas do dia 18 de abril.




Na oportunidade, as lideranças solicitarão o apoio dos deputados para que façam gestão junto aos órgãos federais e estaduais o imediato cumprimento das gestões feitas há um ano em Sessão Pública naquela Casa Legislativa. Fazem parte das reivindicações: a criação dos Grupos Técnicos (GT) de identificação e demarcação dos territórios tradicionais, a indenização dos impactos provocados pela duplicação da BR-1001 e da Transnordestina, a Educação Escolar Indígena do Ensino Fundamental, Médio e Superior e estruturação de Secretaria de Saúde Indígena, atendendo às históricas reivindicações dos povos indígenas e das entidades não-governamentais.




Em Alagoas, ao longo de muitas décadas, as lideranças indígenas lutam pelo reconhecimento étnico e garantia dos direitos históricos de seus povos, principalmente pela demarcação definitiva dos territórios tradicionais. Entretanto, o processo administrativo de identificação encontra-se paralisado, apesar de constantes mobilizações e cobranças junto aos órgãos governamentais.




Neste momento histórico em que se encontra o país, marcado pela estabilidade das instituições políticas, crescimento econômico e garantia da sustentabilidade da maioria da população, os povos indígenas de Alagoas vêm à sociedade expressar a sua diversidade cultural e reivindicar das autoridades governamentais a garantia e posse dos territórios tradicionais, a construção de uma política de educação escolar específica e diferenciada e a imediata estruturação da Secretaria Nacional de Saúde Indígena.




No que se refere à execução das obras da duplicação da BR-101 e da Transnordestina que se sobrepõem sobre as áreas indígenas Kariri-Xokó, Karapotó, Wassu-Cocal e Xucuru-Kariri, com impactos irreparáveis ao meio ambiente e diminuição dos já reduzidos espaços territoriais e às suas respectivas populações, físico e culturalmente, cabendo aos órgãos governamentais, antes da execução das referidas obras, garantir a implantação das ações reparadoras e a da demarcação dos territórios afetados.



PROGRAMAÇÃO – GEP – SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS

O Grupo de Estudos Pluriétnicos (GEP) convida a comunidade acadêmica para participar da programação referente a Semana dos Povos Indígenas.



18/04

15h: Sessão Pública na Assembleia Legislativa, em frente à Catedral Metropolitana.



19/04

14h às 18h: Apresentação de Trabalhos de Iniciação Científica dos alunos (as) do Centro Universitário Cesmac (Comunicação Social e Direito), referente à temática Etnogênese indígena.

19h às 21h30: Apresentação de Documentário sobre os Povos do Sertão de Alagoas (Prof. Jorge Vieira) e debate com representantes das comunidades indígenas sobre Território e Educação Escolar Indígena.




Mais informações: Jorge Vieira

(82) 9109-7863 e 9972-1073 / jorgelvg@ig.com.br

domingo, 17 de abril de 2011

Fundação Cultural Palmares oferece vagas para estagiários de jornalismo

Por Fernanda Lopes



A Fundação Cultural Palmares (FCP) no Distrito Federal oferece duas vagas de estágio para estudantes de comunicação social com habilitação em jornalismo. O principal critério de seleção é o interesse dos candidatos em trabalhar pela promoção e preservação da cultura afro-brasileira. Os estagiários serão lotados na Assessoria de Comunicação da Palmares, cuja sede fica em Brasília.



Fruto da luta do Movimento Negro, a Fundação Palmares é uma instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), que há 22 anos trabalha pela preservação, proteção e disseminação da cultura negra, além de combater o racismo e lutar pela igualdade de oportunidades para a população afro-brasileira. Portanto, os candidatos deverão ter conhecimento ou interesse por essas temáticas.



O estudante que tiver alguma experiência, conhecimento ou interesse por políticas públicas direcionadas à população negra e queira trabalhar pela promoção dos direitos dos descendentes de africanos escravizados deverá encaminhar o currículo pelo Fale conosco do portal Palmares ou entrar em contato pelo telefone (61) 3424-0166, até o dia 01 de maio.



Fonte: Ascom FCP

sábado, 16 de abril de 2011

Samba na Rosa vem pra animar a despedida do fim de semana

Pra quem está na chuva para se molhar, faça chuva ou faça sol, domingo, a partir das 16 horas, o pandeiro não escapa! Vem aí a 4ª edição do Samba na Rosa com o Quarteto Malacada.




Texto: Ábia Marpin / Foto: Gilson Vilela



Esse papo de que chorinho e samba é música pra quem já esta na casa dos “enta” há tempos não cola mais. A juventude continua transviada e os admiradores do ritmo emblema do nosso país continuam se multiplicando e se renovando. Prova disso são os grupos e artistas que vem experimentando e entrando na batucada nos últimos anos, seja no cenário nacional, seja no cenário local. Se até “o papa é pop”, em pleno terceiro milênio, o samba parece ter reconquistado seu lugar à luz dos holofotes da fama.


O projeto Samba na Rosa quer mesmo é juntar os novos e velhos admiradores para uma boa batucada, com cerveja gelada, ao som dos refrãos consagrados por gerações: “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é!”, “Alegria era o que faltava em mim”, “Eu vou para Maracangallha”, “Não posso ficar nem mais um minuto com você”...


Já em sua quarta edição, o projeto promete animar a tarde de domingo no próximo dia 17 de abril, a partir das 16 horas, no bar La Rosa Mossoró, em Jaraguá.



O Quarteto Malacada


Com ouvidos atentos às melodias refinadas do chorinho e vozes de cantar o melhor da poesia boemia do samba/choro nacional, o quarteto formado por Mel Nascimento (voz), Gustavo Rolo (violão sete cordas), Ivo Farias (percussão) e Salomão Miranda (cavaquinho) passeia pelas composições próprias e pela obra de Moraes Moreira, Waldir Azevedo, Toquinho, Jorge Aragão, Cartola, Demônios da Garoa e Noel Rosa, dentre outros grandes nomes do cancioneiro popular brasileiro. Além de novos talentos do samba e da MPB, como Diogo Nogueira, Dudu Nobre, Zeca Baleiro, e muito mais!


A vocalista Mel Nascimento é estudante de Música na Universidade Federal de Alagoas, faz parte do projeto Som do Beco (Proex UFAL) e tem forte convivência com a Música erudita, participa da Camerata Pró-Música de Alagoas e realiza vários recitais e concertos deste gênero, além de não perder uma boa batucada.


Gustavo Rolo é músico boêmio, detalhista na colocação dos acordes em seu violão e apreciador dos sambas poéticos, além do grupo Malacada, compõe a trupe do grupo Poesia Musicada no Pandeiro.


Ivo Farias, ex-integrante do Grupo Cumbuca, tendo tocado em diversas cidades e festivais, como o Festival de Música do SESC e Feira da Música – Fortaleza/CE. Atualmente também faz parte do Grupo Chamaluz.


Salomão Miranda, enquanto estudante de jornalismo na Ufal está escrevendo sua monografia sobre a ascensão do samba no início do século XXI. Integrou o Grupo Samba Sim trio de samba com amigos da universidade, e do Grupo Acorda Mosca, de sua cidade natal, Garanhuns (PE). Atualmente também dá aulas particulares de musicalização infantil.
Serviço: 4º Samba na Rosa Domingo, 17 de abril, às 16h Bar La Rosa Mossoró – Jaraguá Couvert R$ 4 Informações: (82) 9316-4063 / abia.arte@hotmail.com

SEPPIR acompanha soltura de Paulo Sérgio Ferreira - preso ao protestar contra racismo no Brasil

“Gostaria de chamar a atenção para a situação dos negros no país”. A argumentação está no interrogatório de Paulo Sérgio Ferreira, solto na quinta-feira (14), por decisão judicial, em atendimento ao pedido de relaxamento de prisão assinado pelo defensor público federal, Lúcio Ferreira Guedes. O acusado foi preso na quarta-feira, após subir no mastro da praça dos Três Poderes e queimar a bandeira nacional, dizendo ter a intenção de despertar a atenção da sociedade.



Devido à referência ao racismo, o caso foi acompanhado de perto pelo ouvidor da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Carlos Alberto de Souza Silva e Júnior. “Quando há a possibilidade da negação dos direitos do cidadão em função da questão racial, a SEPPIR tem que monitorar a sequência dos fatos e adotar medidas que se façam necessárias a cada caso“, declarou o gestor, segundo o qual a Defensoria Pública cumpriu o seu papel constitucional com eficiência e sensibilidade social.



Na opinião do defensor Lúcio Guedes, a liberdade do acusado tinha que ser priorizada. “O réu não oferecia riscos à ordem pública, nem demonstrava intenção de perturbar a busca da verdade real, muito menos estava perturbando a instrução criminal, afugentando ou ameaçando testemunhas”, declarou o advogado, explicando o pedido de relaxamento de prisão que emitiu no mesmo dia da prisão. Segundo o defensor, somente nas circunstâncias descritas a privação da liberdade seria justificada.



“Na verdade, a prisão preventiva é medida cautelar em dois casos: para preservar a instrução criminal e para evitar o perigo de fuga. O caso não se aplica a nenhuma das duas hipóteses”, completou Lúcio Guedes. Desempregado, Paulo Sérgio foi dispensado também do pagamento da fiança de R$ 930 estipulada pela Justiça, já que o seu defensor reclamou “falta de condições financeiras do acusado para arcar com o ônus”. Aos 39 anos, Paulo Sérgio vai responder o processo em liberdade.



Fonte: Ascom SEPPIR

I Mulheres Replantando o Axé na Serra da Barriga


Neste sábado, 16 de abril, o Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb) realiza o “I Mulheres Replantando o Axé - Plantando Histórias, Ações e Resistências” na Serra da Barriga em União dos Palmares.



Programação:


8h – 08h30: Inscrições - Mobilização e Distribuição de Informativos



08h30 - Saudação de Abertura ecumênica com liderança religiosas



09h - Mesa de Apresentação



10h30 às 12h30 - PALESTRAS

"Sexualidade Saúde e Prevenção: Discutindo Gênero, Identidade e Ações Afirmativas" - Juliana Sousa e Niedja – Psicologia

"Violência Contra Mulher e seus direitos" - Eulina/CEDIM

"Discutindo Imagem e Auto Estima da Mulher Negra" - Clara Suassuna/NEAB



12h30 às 13h30 - ALMOÇO


14h - Dinâmica


14h30 - Oficinas

Trança Afro

Sabonetes com ervas

Percussão

Acarajé


15h30 - Apresentação Cultural

Apresentação Cultural Teatro e Dança – Projeto Inaê Cortejo de Ije-xá com o Coletivo AfroCaeté até o local do plantio



16h00 - Plantio das Ervas e plantas Abertura Mãe Neide Oyá D’Oxum Lideranças Religiosas



Fonte: Divulgação

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Oficina "Capoeira e Processo Criativo"



Nos dias 14 a 16 de abril, no Espaço Coletivo Afro-Caeté (Rua Barão de Jaraguá, nº381, Jaraguá) terá a oficina Capoeira e Processo Criativo que será ministrada por Denivan Costa de Lima (Denis Angola). O capoeirista e acadêmico da Faculdade de Dança da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) iniciou na Capoeira em 1998, desde então, vem contribuindo para desenvolvimento deste patrimônio cultural nacional por meio de projetos com crianças carentes e eventos em Maceió. Inscrição: R$15. Contato: 8858-6771.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Exposição fotográfica retrata toda sexualidade de pessoas com deficiência

Por: Helciane Angélica (Com informações da fotográfa)


Em São Paulo, no período de 14 a 17 de abril, terá a exposição fotográfica “Toda nudez vai ser revelada” no Centro de Exposições Imigrantes. A atividade faz parte da programação do II Seminário A Sexualidade na vida da pessoa com deficiência – O diferente pode ser sensual e belo?

Kika de Castro
O registro fotográfico foi tirado pela fotógrafa e publicitária Valquíria Ferreira Carraro que adotou o pseudônimo de Kica de Castro. A paulistana trabalha com pessoas que tenham alguma deficiência desde 2002, e no ano de 2007 abriu uma agência de modelos para pessoas com alguma deficiência, considerada a única no Brasil, até o momento.

Os que muitos olham com preconceito, eu vejo beleza e sensualidade. Os aparelhos ortopédicos: cadeira de rodas, muletas, próteses, orteses, bengalas... São acessórios de moda em minhas fotografias”, declarou.



A bela modelo Diolice Barbosa

(*) Texto publicado na Coluna Axé, jornal Tribuna Independente, Maceió/AL (12.04.11)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Homofobia

Por: Helciane Angélica
Com informações de agências nacionais / Cartilha Brasil Sem Homofobia / http://www.abglt.org.br/


A homofobia (homo= igual, fobia=do Grego φόβος "medo") é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais, que também pode ser realizado de formas sutis e silenciosas. A prática da homofobia ainda não é considerada crime no Brasil, mas mexe com a dignidade e a auto-estima de muitas pessoas, que são humilhadas, vítimas da chacotas e até são assassinadas devido a estupidez de indíviduos que não aceitam outras formas de amar.

No entanto, desde 2004, a Secretaria Especial de Direitos Humanos lançou o “Brasil Sem Homofobia” –Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLTB (gays, lésbicas, travestis, transgêneros e bissexuais) e de Promoção da Cidadania Homossexual, no combate as discriminações homofóbicas, respeitando a especificidade a espedificidade de cada um deses grupos populacionais. A cada dia tornam-se mais evidentes as práticas preconceituosas e nos mais diversos setores da sociedade, inclusive, nos ambientes esportivos.

O central Michael, jogador do Vôlei Futuro, foi alvo de perseguição da torcida do Cruzeiro em Contagem-MG, xingado de “bicha” todas as vezes em que pegou na bola, ele reclamou de preconceito sexual e deu início a uma troca de farpas entre diretorias das duas equipes. No jogo de retorno no sábado (9), em Araçatuba, o Vôlei Futuro buscou ‘responder’ às provocações preconceituosas: distribuiu bastões rosa com o nome de Michael aos torcedores e coloriram as arquibancadas. O oposto Leandro Vissoto utilizou uma proteção rosa em sua mão esquerda e o líbero Mário Júnior vestiu uma camisa ‘arco-íris’, além disso, os gandulas também estavam com camisetas rosa, portando mensagens contra preconceito sexual.

Entre 1948 e 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a homossexualidade como um transtorno mental. Mas em 17 de maio de 1990, a assembleia geral da OMS aprovou a retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A nova classificação entrou em vigor entre os países-membro das Nações Unidas em 1993, com isso, marcou-se o fim de um ciclo de 2000 anos em que a cultura judaico-cristã encarou a homossexualidade primeiro como pecado, depois como crime e, por último, como doença.

Em 2001 foi elaborado o projeto de lei de nº 5003, que tem por finalidade criminalizar a homofobia no Brasil – o texto foi aprovado na Câmara em 2006, mas até hoje não foi analisado pelos senadores. Sendo sancionado: qualquer ato que direta ou indiretamente, pode ser considerado por homofobia, pode ser capaz de levar aquele que praticou tal ato para a cadeia. Todo ser humano, independente da sua cor de pele, crença ou orientação sexual merece ser respeitado cotidianamente!


Fonte: Coluna Axé - nº145 - Jornal Tribuna Independente (12.04.11)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tambor Falante discute "Racismo e Homofobia"


O sábado foi de muita chuva, mas não atrapalhou a realização do debate


Por: Helciane Angélica - Jornalista


No sábado (09.04) ocorreu a sexta edição do Tambor Falante – Ciclo de Debates com o tema “Racismo e Homofobia na atual conjuntura” e a reflexão crítica sobre as declarações emitidas pelo Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no programa CQC da Band. A atividade ocorreu no espaço de eventos Brindar Festa, por trás do Ginásio Cenecista Jorge Assunção no bairro do Poço.

Estiveram presentes integrantes do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô vinculado aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs); Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial em Alagoas (Cojira-AL); Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro; Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu (Ceasb); a professora universitária e meteorologista Ângela Bahia; e a médica e vereadora por Maceió, Fátima Santiago (PP).

"Eu sou uma mulher negra que tive uma educação e oportunidades diferenciadas, mas que batalhei muito. E por ter essa origem, sempre procuro aprender a cada dia, ter mais contato sobre as questões sociais e discutir mais sobre as diversas formas de preconceito. É um mundo novo e quero conhecer, para ajudar da melhor forma", declarou a vereadora aos presentes.

Na ocasião, os participantes puderam assistir a entrevista de teor preconceituoso, além de vídeos sobre os efeitos danosos executados desde a infância que contribuem para a intolerância, a baixa-estima e práticas criminosas. Também foi discutido o racismo institucional, as abordagens policiais e a imagem negativa que as pessoas negras e pobres, moradoras de favelas, são vistas como bandidos.

Além disso, foram expostas as opiniões e estratégias de ação para que Alagoas seja incluída no movimento de repúdio ao parlamentar e para que a Lei seja cumprida. "Essa declaração sobre negros e gays, não é só ele. Tem um rebanho de pessoas que comungam do mesmo pensamento, e pior, que defendem o que ele fala e votaram nele", desabafou o professor Allex Sander Porfirio. A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas e integrante da COJIRA-AL, disse que o deputado já é conhecido por suas declarações bombásticas, e que o movimento nacional de jornalistas pela igualdade racial manifestaram seu repúdio. O ativista Helcias Pereira, defende uma punição para o parlamentar: "Ele está ganhando dinheiro público e fala essas babozeiras, pior, são práticas racistas e criminosas, e deve ser cassado", disse.

O Tambor Falante existe há dois anos, busca ampliar a discussão sobre assuntos ligados às questões étnicossociais e a integração do movimento negro alagoano, além de refletir sobre temas polêmicos do cotidiano.

domingo, 10 de abril de 2011

Oficina de confecção de instrumentos


A oficina de confecção de instrumentos será gratuita e acontecerá na Escola Técnica de Artes (UFAL). As inscrições estão acontecendo na Escola de Técnica de Artes (ETA), Espaço Cultural da Ufal, Praça Sinimbu, Centro de Maceió.

sábado, 9 de abril de 2011

Samba na Rosa #4

Projeto se consolida e traz o samba “de jovens para jovens” de volta ao bairro boêmio

Texto: Ábia Marpin / Foto: Gilson Vilela (Assessoria)


Esse papo de que chorinho e samba é música pra quem já esta na casa dos “enta” há tempos não cola mais. A juventude continua transviada e os admiradores do ritmo emblema do nosso país continuam se multiplicando e se renovando. Prova disso são os grupos e artistas que vem experimentando e entrando na batucada nos últimos anos, seja no cenário nacional, seja no cenário local. Se até “o papa é pop”, em pleno terceiro milênio, o samba parece ter reconquistado seu lugar à luz dos holofotes da fama.


O projeto Samba na Rosa quer mesmo é juntar os novos e velhos admiradores para uma boa batucada, com cerveja gelada, ao som dos refrãos consagrados por gerações: “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é!”, “Alegria era o que faltava em mim”, “Eu vou para Maracangallha”, “Não posso ficar nem mais um minuto com você”...


Já em sua quarta edição, o projeto promete animar a tarde de domingo no próximo dia 10 de abril, a partir das 16 horas, no bar La Rosa Mossoró, em Jaraguá.


O Quarteto Malacada


Com ouvidos atentos às melodias refinadas do chorinho e vozes de cantar o melhor da poesia boemia do samba/choro nacional, o quarteto formado por Mel Nascimento (voz), Gustavo Rolo (violão sete cordas), Ivo Farias (percussão) e Salomão Miranda (cavaquinho) passeia pelas composições próprias e pela obra de Moraes Moreira, Waldir Azevedo, Toquinho, Jorge Aragão, Cartola, Demônios da Garoa e Noel Rosa, dentre outros grandes nomes do cancioneiro popular brasileiro. Além de novos talentos do samba e da MPB, como Diogo Nogueira, Dudu Nobre, Zeca Baleiro, e muito mais!


A vocalista Mel Nascimento é estudante de Música na Universidade Federal de Alagoas, faz parte do projeto Som do Beco (Proex UFAL) e tem forte convivência com a Música erudita, participa da Camerata Pró-Música de Alagoas e realiza vários recitais e concertos deste gênero, além de não perder uma boa batucada.


Gustavo Rolo é músico boêmio, detalhista na colocação dos acordes em seu violão e apreciador dos sambas poéticos, além do grupo Malacada, compõe a trupe do grupo Poesia Musicada no Pandeiro.


Ivo Farias, ex-integrante do Grupo Cumbuca, tendo tocado em diversas cidades e festivais, como o Festival de Música do SESC e Feira da Música – Fortaleza/CE. Atualmente também faz parte do Grupo Chamaluz.


Salomão Miranda, enquanto estudante de jornalismo na Ufal está escrevendo sua monografia sobre a ascensão do samba no início do século XXI. Integrou o Grupo Samba Sim trio de samba com amigos da universidade, e do Grupo Acorda Mosca, de sua cidade natal, Garanhuns (PE). Atualmente também dá aulas particulares de musicalização infantil.



Serviço: 4º Samba na Rosa Domingo, 10 de abril, às 16h Bar La Rosa Mossoró – Jaraguá Couvert R$ 4 Informações: 9316-4063 / abia.arte@hotmail.com

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Infâmia da Intolerância contra os Vulneráveis Socialmente

Por: Heloisa Helena (*)


Ao longo da minha história de vida, desde a infância pobre no interior de Alagoas, vivenciei o belo aprendizado de admirar a coragem como atributo essencial na formação do caráter da mulher e do homem. Aprendi com a vida que sem coragem não é possível ser honesto em terreno ocupado majoritariamente por bandidos, como é a política... Sem coragem não é possível ser solidário e caridoso para defender o oprimido das mãos cruéis dos que tentam aniquilar sua dignidade... Sem coragem não é possível defender a pequena e pobre criança do mundo maldito e poderoso do narcotráfico... Sem coragem não é possível defender os recursos naturais da exploração predatória e feroz da acumulação de riquezas à custa da vida das futuras gerações... Sem coragem estaremos mesmo condenados às prisões do submundo do silêncio diante de todas as formas de expressão dos reinos de dinheiro e poder!

Aprendi também que não é sinônimo de coragem e sim prova cabal da desprezível covardia humana os comportamentos de intolerância e humilhação contra os mais fracos, contra aqueles vulneráveis socialmente e massacrados pela classe social, gênero, cor da pele, orientação sexual, convicção religiosa... isso tem permitido a muitos espancar, violentar, mutilar e assassinar seres humanos. A crueldade desses métodos, dissimulados ou explícitos, tem constituído inaceitável direito por alguns de marcar pela violência imunda e cruel o corpo e a dignidade de outros com a prática que deve ser chamado de crime de racismo, homofobia, intolerância religiosa, machismo e, portanto iniqüidade contra os que pensam, vivem e amam de forma diferente dos padrões e valores hegemonicamente aceitos em nossa sociedade.

Ao longo da história da humanidade, sob a égide da intolerância, milhões de vidas humanas foram destruídas pelos preconceitos e pela tentativa de supremacia do poder material e das convicções pessoais ou espirituais de uns sobre o esmagamento da dignidade dos outros.

Na abordagem das convicções espirituais quem pode esquecer as histórias de horror patrocinadas pelo poder reinante contra mulheres e homens cristãos, templos sagrados do espírito santo que foram crucificados, queimados, destruídos... ou a indignidade contra judeus e muçulmanos e budistas e umbandistas e entre as religiões ou na vã tentativa de acabar com todas elas...experiências onde cada uma religião tenta trazer pra si a exclusividade comercial da condição de ungido por Deus ou no outro extremo, os ungidos pelo fanatismo ideológico e ateísmo que tentam ser proprietários da mente e coração de outros.

Revisitando a nossa própria história temos obrigações com a construção ao menos de uma sociedade de menos barbárie e a necessária preservação das lembranças que insistem em nos dizer: ...A ninguém é dado o direito de esquecer os terríveis colares de orelhas humanas que eram ostentados pelos caçadores de escravos ou as marcas de ferro em brasa que marcavam os negros ou os ganchos de ferro que atravessavam as costelas das negras e as penduravam para sangrar até morrer... A ninguém é permitido esquecer das pequeninas mulheres menininhas pobres que têm suas virgindades leiloadas e são estupradas pelos políticos bandidos e autoridades vagabundas de Alagoas ou em qualquer outro pedaço de terra deste planeta... ... A ninguém é concedido o poder de humilhar com palavras chulas e vulgares ou esbofetear, mutilar e assassinar alguém por sua orientação sexual ou por sua relação homoafetiva... A ninguém deverá ser possível fingir que não viu o mendigo ou morador de rua ou índio em chamas, todos assassinados porque eram o retrato da triste e angustiante miséria humana...

Quem tem realmente coragem de tentar mudar o mundo e construir uma nova sociedade de paz, ética, justiça e solidariedade não prioriza atacar covardemente os mais frágeis e vulneráveis socialmente e não ousa quebrar em pequenos fragmentos de dor e humilhação o coração daqueles que muitas vezes nem podem escolher como viver. Quem realmente quer semear generosidade e respeito em nossa tão frágil “democracia” possibilita, desde a infância em casa até as atividades educacionais e culturais em público, a compreensão ética da belíssima diversidade humana e assim usará a coragem com suas palavras de fogo e esperança inquebrantável contra os reinos podres de corrupção, violência e poder e jamais ostentará arroubos de covardia contra os mais pobres, simples e vulneráveis socialmente!


(*) É Professora Universitária, Enfermeira e  Vereadora por Maceió (Psol). Contatos: @_Heloisa_Helena ou heloisa.ufal@uol.com.br

terça-feira, 5 de abril de 2011

Bancada federal de Alagoas reafirma apoio ao diploma de jornalista


Deputados estaduais também prometem derrubar veto de Téo Vilela a exigência do diploma


Membros da bancada federal de Alagoas se reuniram com jornalistas nesta segunda-feira (04.04) para reafirmar o apoio às PECs 386/09 e 33/09, da Câmara e do Senado, que restabelecem a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. O Encontro aconteceu durante café da manhã com a imprensa, organizado pelo Sindicato dos Jornalistas no Hotel Ponta Verde.

Na oportunidade, os parlamentares também se congratularam com os profissionais pela passagem do Dia do Jornalista, que ocorre na quinta-feira, dia 7 de abril. Ao reafirmarem que são favoráveis às PECs, os parlamentares prometeram se empenhar para agilizar a tramitação das matérias e colocá-las na ordem do dia da Câmara e do Senado.

Alguns deputados que não participaram da legislatura anterior, quando a PEC 386/09 foi apresentada na Câmara e aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, também anunciaram voto favorável à Proposta, comprometendo-se a integrar a Frente Parlamentar de Defesa do Diploma de Jornalista. Eles fizeram um apelo para que a bancada de Alagoas – deputados e senadores – vote unida em torno da matéria.

O café da manhã com a bancada federal de Alagoas também teve a participação de deputados estaduais, que aprovaram no final de 2010 um projeto de lei exigindo diploma para a contratação de jornalistas no Estado. Diversos parlamentares, inclusive da bancada governista, prometeram derrubar o veto do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) à matéria, como aconteceu no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Alguns deputados federais, senadores e deputados estaduais não compareceram ao café da manhã em Maceió devido a outros compromissos inadiáveis, inclusive em Brasília. Mas também manifestaram apoio às PECs e à luta dos jornalistas. Entre eles estão os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira (PP), que há cerca de dez dias receberam diretores do Sindicato e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) em Brasília.

Da bancada de nove deputados federais de Alagoas, estiveram no do café da manhã nesta segunda-feira Joaquim Beltrão (PMDB), Rosinha da Adefal (PTdoB), Givaldo Carimbão (PSB) e Rui Palmeira (PSDB). Os deputados Arthur Lira (PP), Célia Rocha (PTB), Maurício Quintella (PR) e Renan Filho (PMDB), apesar de ausentes, já se manifestaram favoráveis às PECs.

Os deputados estaduais presentes foram Judson Cabral (PT), João Henrique Caldas (PTN), Inácio Loiola (PSDB), Marquinhos Madeira (PT) e Ronaldo Medeiros (PT). Outros que não compareceram também prometeram derrubar o veto do governador ao projeto que exige diploma na contratação de jornalistas para o Estado.

O café da manhã contou ainda com o apoio de empresários alagoanos. Um dos que se declarou favorável às PECs e ao projeto de lei da Assembléia Legislativa foi Mauro Vasconcelos, que atua na indústria hoteleira e no setor do turismo.  

Mobilização semelhante a de Alagoas está ocorrendo em outros estados e na capital federal, organizada pelos sindicatos e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Manifestações foram programadas em Brasília para a próxima quinta-feira, dia 7, quando será relançada na Câmara a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma de Jornalista. 


Fonte: Sindjornal / Foto: Élida Raquel

NOTA DE REPÚDIO AO DEPUTADO FEDERAL JAIR BOLSONARO

A Comissão Nacional dos Jornalistas pela Igualdade Etnicorracial (Conajira) da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudia as declarações racistas e homofóbicas feitas pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), em um veículo de comunicação.

O episódio protagonizado pelo deputado, infelizmente, não é uma gota de água no meio de um oceano. Apenas por ter sido veiculado pela televisão ganhou a dimensão vista por todos/as nós. Este fato integra uma série de reações contrárias às históricas reivindicações feitas por movimentos sociais, especialmente o Movimento Negro.

O histórico de atuação deste parlamentar registra ter ele, no mínimo, transitado na fronteira do fascismo, o que compromete o estado democrático de direito reimplantado desde 1985, ano marco do processo de redemocratização do País.

Um parlamentar não pode dizer o que ele disse ao ser entrevistado em um programa de tv, mesmo discordando das posições do Movimento Negro e de outros movimentos sociais. Como deputado federal, ele tem meios de divulgar as suas posições políticas sem necessitar de ofender a ninguém.

A Conajira/FENAJ se solidariza com todos/as os/as ofendidos/as pelo citado parlamentar e apoia todas as manifestações de repúdio a este senhor, bem como as iniciativas de caráter oficial e popular que reivindicam o afastamento de Jair Bolsonaro da Câmara dos Deputados.
Vale destacar que, pelo dito por ele agora e no passado, o Congresso Nacional mostra-se um lugar inadequado para a sua atuação política.

Aos profissionais de imprensa lembramos a importância de atentarem para a cobertura sobre a temática racial não apenas em momentos de escândalo como esse. O episódio em questão mostra porque as entidades do movimento negro e todos aqueles que sonham com uma real democracia no Brasil lutam tanto por igualdade racial e justiça social; contra homofobia, intolerância e todo tipo de discriminação.


Brasília, 02 de abril de 2011

Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)
Comissão Nacional dos Jornalistas pela Igualdade Etnicorracial (Conajira)
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de Alagoas (Cojira-AL)
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial da Bahia (Cojira-BA)
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal (Cojira-DF)
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial da Paraíba (Cojira-PB)

Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Rio de Janeiro (Cojira-RJ)
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo (Cojira-SP)
Núcleo de Jornalistas Afro brasileiros do Rio Grande do Sul

Jair Bolsonaro e seus preconceitos

Por: Helciane Angélica - com informações de agências nacionais

Na última semana, as declarações do Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no quadro “O povo quer saber” do programa CQC na Band gerou muita revolta e debates nas reuniões do movimento negro, lista de emails e redes sociais. Ele é considerado o deputado federal mais polêmico do Brasil, além de ser considerado porta-voz da extrema direita militar e admirador de todos os generais que assumiram à Presidência no período da ditadura, incluindo, Médici, Figueiredo e Geisel.

Na entrevista foram realizadas várias perguntas, inclusive, uma feita pela cantora Preta Gil (filha do ex-ministro Gilberto) sobre a possibilidade de um homem branco se apaixonar por uma mulher negra. “Ô Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”, declarou Jair Bolsonaro. Também criticou o homossexualismo e o sistema de cotas raciais.

No último domingo (03.04) teve o protesto Fora Bolsanaro na Praça do Ciclista – Av. Paulista em São Paulo, com a participação de ativistas nos mais diversos setores sociais. E inúmeras notas públicas de repúdio estão sendo divulgadas pelo país afora, até a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), disse esperar que a Câmara dos Deputados haja com firmeza no caso do deputado e seja encaminhado para a Comissão de Ética devido a quebra de decoro.

Gostaríamos de lembrar que “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” é crime previsto na Lei nº9.459 de 13 de maio de 1997, tem pena de reclusão de um a três anos e multa; caso o crime seja “cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza”, a pena pode chegar a cinco anos de reclusão e mais multa.

Não venha com essa de que é liberdade de expressão, entretenimento, que ele não entendeu direito as perguntas, etc – como pode um parlamentar que deveria dar o exemplo, propagar em rede nacional todo o seu ódio para mais da metade da população brasileira e isso ficar impune? RACISMO É CRIME, e infelizmente, tem muitos casos arquivados e outras pessoas como ele espalhadas por aí! “Olorum Kolofé Axé – Deus te abençoe e te dê força!”. Continuaremos na luta por respeito e igualdade!


Fonte: Coluna Axé/Tribuna Independente - nº144 (05.04.11)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Haitiano pede retirada de militares e envio de médicos e professores

Texto: Valdice Gomes - Jornalista / Foto: Zazo (Cortesia)



O sindicalista haitiano Louis Fignolé Saint-Cyr emocionou a todos durante debate sobre o Haiti promovido pela Secretaria de combate ao Racismo da CUT/AL, na noite da última sexta-feira, no auditório do Sindicato dos Bancários, evento que marcou também o lançamento da cartilha “Igualdade faz a diferença”.


Quem faltou ao evento perdeu uma grande oportunidade de conhecer a triste realidade do país irmão contada do ponto de vista de um trabalhador haitiano. Fignolé lembrou que passados mais de um ano do terremoto que abalou o país em janeiro de 2010, um milhão e quinhentos mil haitianos, de uma população de oito milhões, continuam vivendo em barracas por falta de ajuda internacional.

Segundo Louis Fignolé, diferente do que tenta passar a grande mídia, as tropas da Minustah (Missão da ONU pela Estabilização do Haiti) não estão lá como ‘ajuda humanitária’ para reconstruir o país, mas para reprimir. “Nós queremos a ajuda dos brasileiros para reconquistar nossa soberania, que passa pela retirada das tropas e envio de médicos, engenheiros e professores”, afirmou. O mesmo apelo o sindicalista fez à secretária Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que o recebeu em audiência na terça-feira (29). Ela prometeu encaminhar o pedido de retiradas das tropas brasileiras do Haiti para o ministério e junto à Presidência da Republica. Antes de Maceió, Fignolé participou de atos com o mesmo propósito em Salvador e Recife.


Na foto o Secretário de Combate ao Racismo da CUT/AL, José Cícero, ao lado do ilustre haitiano.

domingo, 3 de abril de 2011

Ministra da Igualdade Racial pede à Câmara punição para Bolsonaro

Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), disse esperar que a Câmara dos Deputados aja com firmeza no caso do deputado Jair Bolsonaro. Ele é acusado de fazer declarações racistas em um programa de televisão.


Ouça a notícia na Radioagencia