terça-feira, 31 de maio de 2011

Abdias Nascimento: orgulho negro!

Por: Helciane Angélica - com informações de agências nacionais de notícia

No dia 24 de maio, o Movimento Negro do Brasil ficou de luto! Faleceu no Rio de Janeiro aos 97 anos, Abdias do Nascimento, um dos pioneiros na luta contra a discriminação racial e na defesa dos direitos dos afrodescendentes pelo mundo. O ativista não resistiu às complicações em decorrência da insuficiência cardíaca e respiratória, que o levaram a uma internação no mês passado.

Abdias foi ator, artista plástico, poeta, jornalista e dramaturgo. Teve presença marcante como Senador da República, Deputado Federal e Secretário de Estado no Rio de Janeiro. Foi ativista da Frente Negra Brasileira; criou o Teatro Experimental do Negro (TEN) na década de 1940; fundou o Jornal Quilombo; é de sua autoria o primeiro projeto de lei sobre políticas afirmativas. Autor das obras “Sortilégio”, “Dramas para Negros e Prólogo para Brancos” e “O Negro Revoltado”, relatou sempre sobre as realidades quilombolas e temas como o pensamento dos povos africanos, combate ao racismo, democracia racial e o valor dos orixás nas religiões de matriz africana. E era professor emérito da Universidade de Nova York e Doutor Honoris Causa por várias instituições de ensino superior.

Várias instituições e autoridades expressaram a sua admiração em relação a Abdias e prestou solidariedade a família do líder negro por meio de notas públicas, a exemplo de: Eloi Araújo, Presidente da Fundação Cultural Palmares/Ministério da Cultura; Luiza Bairros, Ministra-chefe da Secretaria de Políticas Públicas para a Igualdade Racial (Seppir); Rebecca Reichmann Tavares, Representante da ONU Mulheres Brasil e Coordenadora do Grupo Temático de Gênero e Raça das Nações Unidas no Brasil; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta da República, Dilma Rousseff.

O corpo de Abdias foi sepultado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e o seu desejo de ser cremado foi respeitado, e suas cinzas serão levadas para a Serra da Barriga, na cidade de União dos Palmares em Alagoas, no dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra. As homenagens não param por aqui, o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, comprometeu-se em conversar com os familiares de Abdias para estudar as possibilidades da criação de um memorial.

Abdias foi um guerreiro, que lutou por respeito e igualdade racial, pela garantia dos Direitos Humanos e a cultura da Paz entre os diversos povos que formam esse “país-continental”. Enfim, um homem que deixará saudades, mas também, um legado vasto e inspirador para diversas gerações. Descanse em paz! Axé!

Fonte: Coluna Axé - nº152 - jornal Tribuna Independente (31.05.11)

domingo, 29 de maio de 2011

ONU Mulheres seleciona jornalista para ministrar curso de gênero, raça e etnia para a imprensa

Iniciativa é uma das ações previstas no marco da cooperação entre a ONU Mulheres e a FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas. Curso está previsto para acontecer em oito cidades: Maceió (AL), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Belém (PA), Recife (PE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).


A ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres seleciona, até o dia 30 de maio de 2011, profissional com graduação em Jornalismo para ministrar o Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas e administrar blog e redes sociais relacionados ao curso. Faça aqui o download do termo de referência com informações sobre a vaga e do formulário Personal History Form para candidatura.

A iniciativa está programada para acontecer em oito cidades: Maceió (AL), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Belém (PA), Recife (PE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Cada curso deverá ser realizado pelo período de dois dias, com uma carga horária total de oito horas.
Podem participar da seleção jornalistas diplomados/as com conhecimento avançado das temáticas gênero, raça e etnia, por meio da comprovação de experiência profissional ou acadêmica na área, produção de publicações ou reportagens sobre o tema, ou pela participação em eventos com foco em gênero, raça e etnia; experiência comprovada em redação (veículos de comunicação); e disponibilidade para viagens.
O curso será ministrado baseado em plano pedagógico fornecido pela ONU Mulheres, por meio do Programa Interagencial para a Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia e do Programa Regional de Gênero, Raça, Etnia e Pobreza, e pela FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas, assim como outros materiais pedagógicos tais como matérias ilustrativas e vídeos.

Cooperação – ONU Mulheres e FENAJ
O Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas é uma das ações previstas no Memorando de Entendimento firmado entre a ONU Mulheres e a FENAJ no 34º Congresso Nacional dos Jornalistas.

São os termos da esfera de cooperação: apoio da ONU Mulheres à realização de ações da FENAJ para o enfrentamento do racismo, sexismo e etnocentrismo; especialização de jornalistas nas temáticas de gênero, raça e etnia; incentivo à criação de instâncias organizativas de gênero e raça nos sindicatos de jornalistas com a finalidade de implementar políticas de combate ao racismo, ao sexismo e ao etnocentrismo e promoção da igualdade; realização do censo do jornalismo brasileiro.

Além da adoção da autodeclaração étnicorracial nas fichas sindicais; apoio às políticas focalistas para empresas jornalísticas; produção de indicadores referentes à cobertura dos temas gênero, raça e etnia na imprensa; produção de conhecimento e de materiais para subsidiar o debate sobre jornalismo e relações étnicorraciais e de gênero, entre outras iniciativas que versem pelo pleno cumprimento dos princípios dos direitos humanos e marcos internacionais referentes a gênero, raça e etnia no Brasil e no mundo estabelecidos por organismos nacionais e internacionais à luz da liberdade de imprensa.

Fonte: Assessoria

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mirante Cultural retorna depois de cinco meses de recesso

O CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS AFRO ALAGOANO QUILOMBO iniciará o quarto ano do projeto Mirante Cultural – “Um Quilombo Chamado Jacintinho ” em parceria com a Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió e o Coletivo Frente e Verso. Será realizado sexta-feira (27), às 19h30, no Mirante Kátia Assunção localizado no bairro Jacintinho (por trás da rádio 96 FM). O Mirante Cultural já teve 26 edições, se apresentaram mais de cem grupos culturais mostrando a diversidade cultural que existe em Alagoas, como: cinema; teatro; dança; música; bumba meu boi; maracatu; coco de roda; poesia; cordel; capoeira; hip hop. Contando sempre com a presença da comunidade.

O Mirante Cultural se consolidou como um espaço de disseminação e integração da cultura popular e afro. Estamos retornando com o projeto depois de cinco meses de recesso e receberemos pela primeira vez o Coletivo Frente e Verso com Poesias Ilustradas; tudo que é bom tem bis: o Maracatu Baque Alagoano; nossos velhos parceiros: bumbas meu boi Excalibur e Sáfari; o coco de roda que contagiar a multidão: Coco de Roda Xique-Xique; um clássico do Mirante Cultural: a Capoeira Águia Negra e a delicadeza da perfomace “Poesias de Gentileza” com o dançarino e integrante do Quilombo, Diego Januário.

O CEPA Quilombo vem lutando pela requalificação do Mirante Kátia Assunção com o objetivo de transformá-lo em um espaço de fomentação de cultura e lazer, sonho antigo que a cada ano se renova, porém acreditamos que conseguiremos realizá-lo em breve. Dentro dessa requalificação visa trabalhar também a mudança do nome de mirante Kátia Assunção para um ícone da luta quilombola, homenageando assim, um símbolo da resistência negra.

O Mirante Cultural continuará defendendo a integração entre educação e arte, buscando sempre impulsionar os artistas locais, trabalhando a geração de renda e valorizando a cultura popular e afro alagoana. Agradecendo sempre os apoios da comunidade, dos artistas, dos parceiros e da imprensa.


Fonte:  Viviane Rodrigues - Relações Públicas do CEPA Quilombo
Contato: vi_magnifica@hotmail.com / (82) 8843-9311

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Abdias do Nascimento: Brasil perde pioneiro na militância contra o racismo

Foto: Divulgação / Blog Do Olhar Negro


Por Daiane Souza*


O Brasil perdeu nesta terça-feira, 24 de maio, um de seus maiores líderes: Abdias do Nascimento, um dos pioneiros na luta contra a discriminação racial. Aos 97 anos, o ativista na denúncia do preconceito e na defesa dos direitos dos afrodescendentes pelo mundo não resistiu às complicações cardíacas que o levaram a uma internação no último mês, no Rio de Janeiro.

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, expressa gratidão e seu profundo pesar: “estamos enlutados pelo falecimento de Abdias, mas haveremos de continuar sua luta para que o Brasil acabe definitivamente com o racismo, o preconceito e a discriminação racial, e que todos os descendentes de africanos que vivem no Brasil tenham igualdade de oportunidades para que possam acessar os bens econômicos e sociais”.

Abdias, deixa uma legião de seguidores inspirados em sua trajetória de coragem e dedicação aos direitos humanos.

POETA DA IGUALDADE – Nascido em 1914 no município de Franca, Estado de São Paulo, Abdias foi filho de Dona Josina, a doceira da cidade, e Seu Bem-Bem, músico e sapateiro. Embora de família pobre, conseguiu se diplomar em contabilidade em 1929. Aos 15 anos alistou-se no exército e foi morar na capital paulista, onde anos depois se engajou na Frente Negra Brasileira e se envolveu na luta contra a segregação racial.

Dramaturgo, poeta e pintor, atuou também como deputado federal, senador e secretário de Estado, cargo no qual desenvolveu aspectos dessa luta. Autor das obras Sortilégio, Dramas para Negros e Prólogo para Brancos e O Negro Revoltado, relatou nos livros as realidades quilombolas e levantou temas como o pensamento dos povos africanos, combate ao racismo, democracia racial e o valor dos orixás nas religiões de matriz africana.

MILITÂNCIA – Com uma trajetória marcada pelo ativismo, Abdias conseguiu importantes resultados de suas iniciativas na defesa e na inclusão dos direitos dos afrodescendentes brasileiros, principalmente, por meio de políticas públicas. Por exemplo, em 1988, Abdias tornou-se um dos responsáveis pela instituição da Comissão do Centenário da Abolição e por seu desdobramento na Fundação Cultural Palmares.

No mesmo ano, a Constituição do país passou a contemplar a natureza pluricultural e multiétnica, a prática do racismo tornou-se crime inafiançável e, também pela primeira vez, se falou no processo de demarcação das terras de quilombos.

OUTROS FEITOS – A luta do militante não se resumiu aos feitos já citados. Em 1944 fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN), entidade que patrocinou a Convenção Nacional do Negro nos anos 1945 e 1946. Na Convenção foi proposta à Assembléia Nacional Constituinte a inclusão de políticas públicas para a população afrodescendente e um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-pátria.

Como primeiro deputado federal afro-brasileiro (1983-1987) e como senador da República (1991, 1996-1999) dedicou seus mandatos à luta contra o preconceito. Foi responsável por projetos de lei que definiam o racismo como crime e pela criação de mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira.

Foi ainda nomeado primeiro titular da Secretaria Estadual de Cidadania e Direitos Humanos (1999-2000) e, em 2001, ganhou o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) de Direitos Humanos e Cultura de Paz por seu ativismo.

O corpo de Abdias do Nascimento será velado na quinta e na sexta-feiras, 26 e 27, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O corpo será cremado e a intenção da família é de que as cinzas sejam jogadas na Serra da Barriga, em Alagoas, onde foi fundado o Quilombo dos Palmares.

Tributo

Militantes do Movimento Negro e admiradores manifestaram seu pesar e prestaram homenagens pela morte da liderança:
“Ao lamentar sua perda, transmito à família de Abdias Nascimento meu sentimento de sincera solidariedade. Estou segura de que seu legado continuará a inspirar a todos nós, brasileiros, a perseverar no caminho da igualdade e da justiça.”, Dilma Rousseff, presidenta da República.
“Nas mãos de Abdias do Nascimento, a bandeira de defesa da igualdade ganhou o caráter de luta do interesse de toda a Humanidade. Sem esquecer, ainda, que, por mais política que fosse, ele não deixou jamais de ancorá-la profundamente na cultura”, Ana de Hollanda, Ministra de Estado da Cultura.
“Ele é nosso Zumbi, nosso líder. Foi uma honra ter vivido esse tempo de heróis e ter convivido com esse bravo ser humano. O Brasil e em especial nós – afro-brasileiros –perdemos um dos mais importantes nomes da nossa história”, Benedita da Silva (PT-RJ)
“Um grande brasileiro que teve ao longo de sua vida dedicação e compromisso com a luta em defesa do povo negro, e com a história social e política dos negros. Que não calou no período da ditadura militar.” Senador João Pedro (PT-AM)
“Um gigante na luta contra o racismo” Senadora Marta Suplicy (PT-SP)
“Abdias é um ícone de luta e deixou uma herança de conquistas para nós, povo negro! À sua memória, honramos o caminho de guerra e conquistas que nos deixou com seu ensinamento de combatividade e resistência, para nós que militamos por um país mais justo e igual”, Luiz Alberto, deputado federal (PT/BA)
“Morreu Abdias do Nascimento, um homem que foi tantas coisas que é difícil enumerar e, em todas elas, foi um só: um brasileiro negro, que amou a arte, o conhecimento e as pessoas”, Brizola Neto, deputado federal (PDT/RJ)
“Muito triste com o falecimento do saudoso Abdias do Nascimento! Sua luta a favor da equidade de direitos entre raças é algo histórico! Nós, afrodescendentes, perdemos um grande líder, uma grande referência. O Brasil perde um ser humano fantástico! Descanse em paz, mestre!”, Netinho de Paula, vereador.
“Adeus Abdias Nascimento, Valeu por tudo!”, Jorge Washington, ator do Bando de Teatro Olodum
“O companheiro Abdias da Silva estará sempre presente entre nós, que seguindo seu exemplo de vida, continuaremos a lutar por um mundo sem racismo e contra todas as formas de exclusão, opressão e dominação, como nos ensinou esse mestre”, Flávio Jorge Rodrigues da Silva, Diretor da Fundação Perseu Abramo, militante da SOWETO – Organização Negra, e da direção da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN).
“A trajetória deste incansável combatente contra o preconceito racial vai ficar marcada para sempre como fonte de inspiração inesgotável a advogados e outros militantes da área de direitos humanos, além de ser um registro indelével na história do Brasil”, Eduardo Pereira da Silva, presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB-SP.
“Ele nos deixa a responsabilidade dessa luta ser levada adiante. Como todos os grupos de teatro negro, somos herdeiros do Teatro Experimental do Negro. A presença dele agora está em nós”, Marcio Meirelles, diretor do Bando de Teatro Olodum
“Ele mobilizou a mocidade negra, é um exemplo de esforço e de resistência. Foi a figura essencial do movimento”, Mãe Stella de Oxossi, ialorixá.
“Morreu o nosso grande professor, liderança, referência. Ficamos muito mais fortalecidos quando o conhecemos”, Antônio Carlos dos Santos Vovô, presidente do Ilê Aiyê.
“É incontestável que Abdias Nascimento tenha exercido papel fundamental na garantia dos direitos à população negra. A sua morte é uma perda para toda a sociedade, mas o seu exemplo e as suas conquistas serão para sempre reconhecidos”, Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro.
“Ele foi um incansável defensor dos direitos humanos em geral. Deixou um legado fantástico. Considero um dos homens mais completos a nível de consciência e firmeza no servir ao Brasil”, frei David, da ONG Educafro.
“Ele era inspiração para todos nós. Guerreiro que tem um legado político cultural e educacional inestimável”, Lázaro Ramos, ator.
(*) Colaborou: Denise Porfírio e Maíra Valério.

Fonte: Fundação Cultural Palmares

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ígbá e a equidade de gênero

Por: Helciane Angélica - Com informações da Ascom

Nesta quarta-feira, 25 de maio, acontecerá o Ígbà: III Seminário Afro-Alagoano em Maceió. A atividade é uma realização do Projeto Raízes de Áfricas e conta com a parceria da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas; Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió; Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos; Secretaria de Estado da Educação e do Esporte; e da Polícia Civil de Alagoas.

Tem como principais objetivos: “estabelecer espaços de formação continuada, socializando instrumentos e mecanismos válidos que contribuam para a discussão social sobre o racismo e as possibilidades de rompê-lo, nos vários campos da sociedade, criando o enfrentamento às vulnerabilidades e diferentes violências – racial, de gênero e social”.

O evento tem como tema central “A ONU Mulheres e a Equidade de Gênero”, na programação terá a palestra “O impacto do racismo e da violência sexual na construção identitária das meninas” e o lançamento da coletânea audiovisual “Mulheres no Cone Sul”. A Coordenadora de Direitos Econômicos da ONU Mulheres, Ana Carolina Querino, estará em Alagoas para repassar as informações e, também, se reunirá com lideranças empresariais para divulgar os Princípios de Empoderamento das Mulheres, propostos pelo UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) e pelo Pacto Global das Nações Unidas.

A ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres – foi criada no dia 2 de julho de 2010 pela Assembléia Geral da ONU, tendo como objetivo atender as necessidades e demandas das mulheres e meninas do mundo inteiro.

No dia 25 de maio, também é comemorado o Dia da África ou Dia de Libertação da África, a data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972. No ano de 1979 percebeu-se a necessidade de criar uma Comunidade Econômica Africana (CEA), e no dia 11 de julho de 2002, a União Africana (UA) foi institucionalizada na cidade de Durban, na África do Sul, com a missão de analisar as mudanças sociais, econômicas e políticas. Também é o dia de celebração da luta e organização dos povos africanos para garantir a sua emancipação em todas as esferas, além claro, de promover as estratégias para a construção de um futuro melhor do continente.

Os interessados e interessadas em participar do evento, devem seguir para o Auditório da Casa da Indústria no bairro do Farol, a atividade acontece das 8h às 16h, e terá a entrega de certificado para os presentes. A palavra Ígbá na língua africana quer dizer encontro. Contato: (82) 8827-3656.

Fonte: Coluna Axé - nº 151-  Tribuna Independente (24.05.11)

Benedita da Silva fala sobre reforma política em Alagoas

No sábado (21.05), os diretórios estadual e municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado de Alagoas realizaram no auditório da Assembleia Legislativa um debate sobre a Reforma Política, que tramita no Congresso Nacional.

Foram convidados para subsidiar as discussões: Benedita da Silva e Elói Pietá, a deputada falou sobre “O papel da mulher na reforma política” e o secretário-geral sobre a “Reforma política e os desafios do PT para 2012”. O debate sobre a reforma política está sendo realizado em vários partidos e deve ser estendidos para os diversos segmentos sociais, afinal, qualquer mudança que aconteça atingirá diretamente toda a população brasileira.

Benedita da Silva é Auxiliar de Enfermagem e Assistente Social, atualmente, encontra-se como Deputada Federal pelo Rio de Janeiro, sendo titular da Comissão de Seguridade Social e Família. Ela iniciou a carreira política como vereadora em 1982, após militância na Associação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro. Em 1986, foi eleita deputada federal, cargo para o qual se reelegeu em 1990. Em 1994, tornou-se a primeira mulher negra a ocupar uma vaga no Senado. Foi eleita vice-governadora do Rio de Janeiro em 1998, depois assumiu o Governo. Também foi ministra da Secretaria Especial da Assistência e Promoção Social do governo Lula. Assumiu em janeiro de 2007 a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, no Governo Sérgio Cabral Filho.


Fonte: Coluna Axé (24.05), com informações da Ascom.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ígbà - 3º Seminário Afro-Alagoano



Ígbà- III Seminário Afro-Alagoano
Data: 25 de maio
Horário: 08 às 16 horas.
Local: Federação das Indústrias do Estado de Alagoas
Avenida Fernandes Lima, 385 Casa da Indústria,
Informações: (82)8815-5794/8827-3656

Programação

08h00- Abertura oficial
08h30- Composição de Mesa
8h40-Apresentação afro artística
9h00- Lançamento da coletânea audiovisual “Mulheres no Cone Sul”.
Ana Carolina Querino- Coordenadora de Direitos Econômicos da ONU Mulheres
Exibição de uma reportagem da série “Direitos econômicos para as mulheres
11h00- Debate
12h00- Pausa para almoço
14h00- Palestra:
O impacto do racismo e da violência sexual na construção identitária das meninas.
15h00- Socializando os Princípios de Empoderamento das Mulheres
Ana Carolina Querino- Coordenadora de Direitos Econômicos da ONU Mulheres
15h30- Debate
16h00- Encerramento

sábado, 21 de maio de 2011

Juventude APNs de Alagoas reúne-se neste sábado

Por: Helciane Angélica - Jornalista


Acontece hoje, 21 de maio, o 1º Encontro Estadual da Juventude dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) em Alagoas com o tema: “Juventude APNs/AL rumo a uma nova história”. Os integrantes da entidade nacional contam, mais uma vez, com o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), que gentilmente cedeu o espaço para a execução do evento.

A atividade de mobilização e formação, busca mobilizar os grupos de base denominados mocambos, contribuir para a formação sócio-política e o empoderamento dos jovens, assim como, prepará-los para as discussões sobre a 2ª Conferência Nacional da Juventude e na luta por políticas que atendam as reais necessidades e respeitem os mais diversos tipos de juventudes deste país.

Outro importante momento, será a escolha dos(as) representantes oficiais que deverão participar do 1º Encontro Nacional da Juventude APNs, no período de 14 a 17 de julho, em Campinhas (SP). Atualmente, o Estado de Alagoas possui dois mocambos vinculados aos APNs: o Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô e o Mocambo Esperança.


Contexto

Os APNs são uma entidade do movimento negro brasileiro, possui 28 anos de atuação e encontra-se presente em todas as regiões do país, com membros em 12 estados: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Tem como missão denunciar qualquer forma de racismo e preconceito, além disso, contribuir na efetivação de políticas públicas e ações afirmativas que garantam à população negra o acesso aos direitos e à cidadania. Seu lema é: Conscientização, organização, fé e luta!

PROGRAMAÇÃO
08h30 – Acolhimento
09h00 – Mushaká (momento de reflexão) / Boas vindas: Fernanda Monteiro – Representante Estadual da Juventude APNs-AL
09h20 – Lanche
09h40 – Painel: “Juventude APNs/AL rumo a uma nova história”
1.  Relações de Gêneros e Juventude
Elida Rachel – Jornalista / Secretária Estadual de Políticas Sociais da CUT em Alagoas / Diretora de Formação Política do Sindjornal e participa do Coletivo de Jornalistas pela Diversidade Sexual (COJDS).
2.  Políticas públicas para a Juventude
Ana Maria da Silva – Superintendente de Políticas para a Juventude, da Secretaria Estadual da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos.
3.  Pertencimento Étnico
Helciane Angélica – Jornalista / Coordenadora Estadual dos APNs-AL / Editora da Coluna Axé e integrante da Cojira-AL
11h00 – Debate
12h00 – Almoço
13h00 – Divisão de três Grupos de Trabalho (GTs) para a leitura do Texto-Base e definição de propostas (cinco de cada grupo)
15h00 – Lanche / Cânticos
15h20 – Plenário
·      Apresentação das propostas
·      Debates
·      Eleição dos delegados alagoanos para o 1º Encontro Nacional da Juventude APNs em Campinas (SP), de 14 a 17 de julho de 2011.

 
16h00 - Encerramento

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ministra Luiza Bairros afirma que Prêmio Abdias Nascimento vai mostrar o tipo de jornalismo que a sociedade deseja

“De tudo o que nós fizemos nessa área, de promoção da igualdade racial, me parece que na comunicação – o jornalismo, especificamente, é um dos obstáculos mais difíceis de serem superados”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, sobre o Prêmio Jornalista Abdias Nascimento, lançado no último dia 10, no Rio de Janeiro. Para ela, a iniciativa vai mostrar qual é o jornalismo que sociedade brasileira deseja. “Essa iniciativa é de maior importância porque abre espaço para os bons exemplos e torna evidente qual é o tipo de jornalismo que nós queremos”, declarou, oferecendo o apoio a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) ao projeto.

Com sete categorias (mídia impressa, televisão, rádio, fotografia, internet, mídia alternativa ou comunitária e especial de gênero), o Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento foi criado para estimular a realização de reportagens sobre temas relacionados à população negra no Brasil. Os vencedores de cada categoria receberão R$ 5 mil. O prêmio homenageia o ativista e ícone da luta pela igualdade racial no país, o ex-senador da República Abdias Nascimento, hoje com 97 anos.

Para Elisa Larkin Nascimento, coordenadora do Instituto de Pesquisas e Estudos Afrobrasileiros (Ipeafro) e esposa de Abdias, o prêmio é uma das mais importantes homenagens feitas ao ex-senador. “O prêmio não se encerra numa estátua, numa medalha ou num evento. Mas sim abre novas oportunidades, espaços públicos de debates sobre essa questão racial, que é vital para a construção de uma verdadeira democracia, de uma verdadeira sociedade igualitária brasileira”, disse.

Equilíbrio

A representante da Fundação Ford no Brasil, Ana Toni, acredita que a iniciativa é estratégica porque associa o tema da liberdade de expressão à questão racial. “Pesquisas recentes revelaram que a imprensa brasileira adotou uma postura parcial em relação às ações afirmativas. O Prêmio Abdias Nascimento é uma oportunidade de estimular novas visões sobre essa e outras temáticas”, afirmou.

Outra que aposta na promoção da diversidade e no combate à invisibilidade no negro na mídia é a jornalista Mirian Leitão. “Existe uma tentativa da sociedade brasileira, da elite, de não ver os negros. É não ver fisicamente, não contar como foi a história, não abrir espaço e não reconhecer a sua existência”, disse a jornalista. O professor Muniz Sodré, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reforça a importância deste combate. “A nossa imprensa é atravessada pelo imaginário patrimonialista no tocante à desigualdade antropológica do cidadão de cor escura”, afirmou Sodré.

Lançado no Ano Internacional dos Afrodescendentes, conforme declarou a Organização das Nações Unidas (ONU), o Prêmio Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ). O projeto tem o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil (UNIC). O patrocínio é da Fundação Ford. As inscrições estão abertas. Informações no site: www.premioabdiasnascimento.org.br.

Fonte: Cojira-RJ

terça-feira, 17 de maio de 2011

Mídia e consciência étnica

Por: Helciane Angélica - com informações da Assessoria

Os meios de comunicação alternativos comprometidos com a igualdade racial no Brasil, também, conhecidos por Imprensa Negra tem ganhado mais visibilidade nos últimos anos. Presentes, na sua maioria na Internet, as produções são diferenciadas e bloqueiam o perfil midiático padrão dos grandes veículos, que normalmente concentram suas pautas nas datas emblemáticas e pontos factuais.

Pela primeira vez, o número de negros ultrapassou a população branca no Censo 2010! O estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Dinâmica Demográfica da População Negra Brasileira apontou que cerca de 97 milhões de pessoas se declararam negras (pretas ou pardas), contra 91 milhões de brancos.

É chegado o momento, de termos uma mídia que contemple toda a população brasileira, que respeite a diversidade étnicorracial, cultural, credos e sexual. Pensando nisso, profissionais de comunicação que fazem parte da Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira) se fortalecem a cada dia e elaboram novas estratégias de ação, um exemplo dessa organização e que já se tornou um marco no Jornalismo Brasileiro, foi a implantação do 1º Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento no Rio de Janeiro no dia 10 de maio.

O prêmio é promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) por intermédio da Cojira-RJ, e tem como objetivo estimular anualmente a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra.

Outra iniciativa que merece destaque foi a publicação no último 13 de maio, do "Guia de Enfrentamento ao Racismo na Mídia" promovido pelo Observatório Negro de Pernambuco que traz fundamentos do Centro de Orientação Jurídica às Mulheres Negras.

Conta com o apoio do Fundo Elas, foi preparado como material de apoio do Seminário "Mulheres Negras Nordestinas pelo Direito à Comunicação", ocorrido na Ilha de Itamaracá (PE) em março de 2010, para oferecer subsídios teóricos e técnicos na elaboração de estratégias de combate jus-político ao racismo e em defesa do direito humano à comunicação livre de estereótipos e ideologias de opressão à pessoa e população negra, também, traz exemplos de representações encaminhadas aos Ministérios Públicos para a responsabilização civil e criminal dos agentes de meios de comunicação por programas e publicações discriminatórias. Que venham mais avanços!

Fonte: Coluna Axé - nº 150 - Tribuna Independente (17/05/11)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Coluna Axé completa três anos de atuação

 
 
 
No último 13 de maio de 2011, quando refletiu-se sobre os 123 anos da Abolição da Escravatura inacabada e o Dia Nacional de Combate ao Racismo, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de Alagoas (Cojira-AL) celebrou os três anos da COLUNA AXÉ no jornal Tribuna Independente.

Essa ferramenta midiática é publicada todas às terças-feiras, sempre com o mesmo formato de meia página stand, com: editorial, notas, duas fotos e curtas. Busca interagir com os diversos segmentos afros e desenvolver a interlocução com os meios de comunicação, além disso, tem contribuído para a auto-estima do povo afro-brasileiro e na reflexão sobre o papel da mídia nesse contexto.

Quero agradecer aos leitores fiéis pelas sugestões de pauta e incentivo, que só nos motiva a continuar executando esse trabalho voluntário. Fico feliz em saber que estamos promovendo, direta ou indiretamente, a visibilidade para as questões étnicorraciais em Alagoas e no mundo”, destacou Helciane Angélica, jornalista e editora da coluna axé desde o início.

Enfim, chegamos à edição de nº150 amanhã (17.05), e temos orgulho de ser uma referência nacional na mídia étnica!


Fonte: Cojira-AL

domingo, 15 de maio de 2011

Carlos Moore subiu a Serra da Barriga e chorou.

Por: Arísia Barros
http://www.cadaminuto.com.br/blog/raizes-da-africa

*Carlos Moore, etnólogo e cientista político cubano, rompeu com o regime de Fidel e lutou pela emancipação de África. Trabalhou com Savimbi, viveu de perto o calvário de Viriato da Cruz, privou com Mário de Andrade e foi angolano por um ano. Na voz e no olhar, preserva o idealismo a que chamam utopia.

Carlos rodou o mundo quando saiu exilado de Cuba. Foram 34 anos de exílio.

O Doutor em Etnologia, Sociologia, História e Antropologia pela Universidade deParis-7 (França) é um desbravador que põe crença na luta pela igualdade.

Carlos Moore militou ao lado de Malcolm X, Cheikh Anta Diop, Aimé Césaire, Maya Angelou, Stokely Carmichael, Lelia Gonzalez, Walterio Carbonell, Abdias Nascimento, Harold Cruse, Alex Haley, e tantos outros.

Carlos Moore esteve em Alagoas participando da Sessão Pública: Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, no 13 de maio, ocorrido na Assembléia Legislativa e contextualizou para uma plenária, essencialmente, jovem  a importância das lutas negras atuais e da consciência do racismo que foi forjada, não tem só nos últimos 500 anos, mas, como algo com enorme amplitude, mais global e muito, mais intrusivo que uma ideologia.
Carlos Moore é uma personagem muitíssimo humana, cativante e coerente com suas convicções políticas. Em nome de todos os momentos adversos que viveu em buscada liberdade sem arrefecer da luta, propusemos o nome do cubano para a outorgada Comenda Zumbi dos Palmares pela Assembléia Legislativa de Alagoas, e ele disse não, sem a arrogância dos medíocres e sim com a humildade de quem viu eviveu a poderosa repreensão do estado.

Moore tem um desconforto natural em lidar com grupos institucionalizados. O discurso de Moore escapa da mesmice e das fórmulas prontas. Traz em si o sentimento de comunidade.
Um dos grandes sonhos do cientista político cubano era pisar o solo sagrado de Zumbi, o templo da resistência negra, na combalida, desigual e conformada Alagoas, que um dia foi de Palmares, da primeira sociedade política organizadadas terras de Cabral e nesta manhã de sábado, dia 14 de maio, embaixo de uma chuva sonora e tímida, Carlos subiu a Serra e extremamente emocionado chorou o choro do reencontro ancestral.
Encantado com a grandiosidade da estrutura do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, o primeiro complexo arquitetônico de inspiração africana no Brasil e o único projeto afro-cultural do continente americano e da América Latina, Moore exclamou: “Ninguém nunca me disse que existia isso aqui!

Eu simplesmente não tinha conhecimento disso! É uma maravilha! Eu pensei que na Serra da Barriga só tinha mato. Ah! Que coisa mais linda. Tudo tão estrategicamente pensando!
O encantamento ao depara-se com a memória das Áfricas nas Alagoas, como berço e túmulo do conceito e sentido de humanidade, reconstruída, pela determinação herculana de Patrícia Irazabal Mourão, fez Carlos novamente chorar.

Patrícia Mourão não é militante, não é uma ativista negra ou coisa que ovalha.
Patrícia Mourão é mulher aguerrida e empreendedora que enxergou as potencialidades, seja histórica, turística, emprego e renda que o monumento histórico proporcionaria a comunidade do entorno de Palmares e do mundo e ousou construir o Parque, quebrando a hegemonia “dos donos do território e da história”.

Por ter insistido em romper com a história da acomodação colonialista e erguer o cenário da história de Zumbi, Patrícia Mourão foi execrada em praça pública.
Após ter pisado o solo sagrado do Quilombo dos Palmares de Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares, herói nacional brasileiro, inscrito no livro do tombo, em 21 de março de 1996 (Dia Internacional pela Eliminação do Racismo) e de tantos e tantas guerreiras e guerreiros de cores diversas Carlos Moore sentiu a familiaridade da história.
Segundo ele: “Senti como se eu tivesse na República Negra dos Quilombos. Quando cheguei a Serra da Barriga, senti que estava voltando de uma longa viagem, porque senti tudo familiar”.

Carlos Moore saiu de Alagoas determinado a conhecer Patrícia Mourão e incorporar-se a história do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, inaugurado em 2007, abraçando assim a história negra de Alagoas.

Valeu Carlos!

Valeu Zumbi!

Valeu Patrícia Mourão!

Carlos Moore subiu a Serra da Barriga e chorou.

Você conhece o Parque Memorial Quilombo dos Palmares?

*Com informações de http://www.buala.org

Emoção marca lançamento do Prêmio Abdias Nascimento

Em um evento marcado por momentos de muita emoção e alegria, que contou com a participação da ministra da Igualdade Racial, Luiza Barros, e de representantes de várias entidades populares, foi lançado nesta terça-feira, dia 10, no auditório do Sindicato, o Prêmio Nacional Jornalista Abdias do Nascimento.
Lançado pelo Sindicato, por iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), o Prêmio surge em 2011, declarado pela Organização das Nações Unidos como o Ano Internacional dos Afrodescendentes, e tem como objetivo estimular anualmente a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra. A jornalista Miriam Leitão e o professor Muniz Sodré falaram sobre “A questão negra na mídia contemporânea”.

No evento, ele foi homenageado com uma placa que reproduz a sua ficha de inscrição no Sindicato, datada de 1947. O jornalista Carlos Alberto de Oliveira Caó, ex-presidente do Sindicato e autor da lei que tem seu apelido e pune o racismo como crime, fez a entrega da placa a Elisa Larkin Nascimento e ao engenheiro Henrique Cristóvão Garcia Nascimento, mulher e filho de Abdias.
Durante o lançamento do Prêmio, foi exibido um documentário de cinco minutos sobre a trajetória política de Abdias, que passou 13 anos exilado nos Estados Unidos, por não poder suportar o autoritarismo da ditadura no Brasil, para onde voltou com a Lei da Anistia e elegeu-se deputado federal e senador.

Professor emérito da Universidade de Nova York, professor conferentista da Universidade de Yale e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Abdias participou em 1931 da Frente Negra Brasileira e fundou em 1944 o Teatro Experimental do Negro, formando uma geração de atores e atrizes negros. Fundou em 1948 o jornal Quilombo, periódico era utilizado para articular e divulgar a Convenção Nacional do Negro Brasileiro.
Abdias Nascimento, de 97 anos, está internado na UTI do Hospital dos Servidores no Centro do Rio de Janeiro, é um dos principais ícones da luta contra o racismo.
A presidente do Sindicato, Suzana Blass, integrou a mesa ao lado de Eliza Larkin Nascimento, Ana Toni, presidente da Fundação Ford, patrocinadora do Prêmio, e Angélica Basthi, coordenadora do projeto do Prêmio.


Fonte: Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro / COJIRA-RJ

Suplício de uma heroína negra

Por: Gerônimo Vicente (*)
geronimovicente@ibest.com.br

Estatura baixa, cabelo pixaim, testa pequena, sobrancelhas finas, olhos grandes na flor do rosto, nariz chato, boca ordinária com lábios grossos, todos os dentes na boca, rosto cheio de cicatrizes que se estendiam pelos peitos e ombros, 17 anos de idade e avaliada em 140 mil réis. Esses são os traços característicos de uma heroína esquecida da história oficial sobre a Emancipação Política de Alagoas: Rosa do Gentio da Costa.

A desconhecida escrava foi encontrada vagando pelas ruas da comarca, pelos súditos do ferrenho ouvidor Antônio Batalha, responsabilizado pelo trucidamento de centenas de opositores ao regime monárquico que chegaram a conquistar parte da capitania de Pernambuco e incentivar a instalação da República.

Rosa do Gentio da Costa foi furtada por um soldado revoltoso e participante de um grupo de revolucionários saqueadores de propriedades rurais. Embora, tenha sido emancipada em 16 de setembro de 1817 por D. João IV, a comarca somente mereceu o nome de Estado, depois que todos os revolucionários foram encarcerados, esquartejados e queimados em praças públicas pelos seguidores monárquicos. Grande parte dos negros apoiava o movimento republicano.

Ao ser presa pelo ouvidor Antonio Batalha, que hoje tem seu nome em uma das ruas de Maceió, em vez de optar pela execução sumária, o sanguinário resolveu promover sessões de torturas contra a adolescente, por meio de ferro em brasas, fome, acoites, sal sobre as feridas abertas. Tudo isto com a finalidade de identificar o nome do senhor dono da escrava. Diante da negativa e do estoicismo da negra, o ouvidor optou por um chamamento judicial.A escrava foi ouvida em público pelo juiz ordinário José de Sá Peixoto.Confirmou que foi furtada pelos rebeldes, mas caiu em contradições ao apontar diversos nomes como sendo o dono dela, ato interpretado pelo governo, como uma recusa em apontar nomes de seu proprietário e do soldado sequestrador.

No dia 25 de outubro de 1817, o porteiro da audiência Albino da Fonseca Telles, fixou durante 20 dias, cartazes pela comarca de Maceió na tentativa de encontrar o senhor da escrava, porém não obteve êxito. Embora Rosa do Gentio valesse uma fortuna à época, o desaparecimento dela não foi reclamado. A Ouvidoria suspeitou de que o dono seria aliado dos revoltosos e fixou o valor das custas do auto em 17 mil 604 réis que não foi pago. No dia 27 de novembro de 1817, Rosa do Gentio foi a julgamento pelas mãos de Ouvidor Batalha, depois de resistir a todos os suplícios físicos e morais. Foi condenada à morte.

A história de Alagoas não faz menção a este caso de heroísmo que encontrei em um dos arquivos do Instituto Histórico e Geográfico, por intermédio de um discurso do escritor Amphilófio de Mello, o famoso Jayme D’Altavilla, em 16 de setembro de 1935, data em que Alagoas comemorava 118 anos de emancipação.No documento, Altavilla questiona o termo “traidores” aplicados à época aos republicanos e intitula Rosa do Gentio da Costa como uma heroína digna de ser companheira de Zumbi dos Palmares.

(*) Jornalista e Integrante da Cojira-AL

terça-feira, 10 de maio de 2011

Concursos públicos no estado do Rio deverão reservar vagas para negros

10/05/2011 - 14h29
Cidadania
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro- Os próximos concursos públicos para o estado do Rio de Janeiro deverão contar com reserva de vagas para a população negra, segundo informou hoje (10) a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. A medida deve ser adotada por meio de decreto do governador Sérgio Cabral.

Durante uma visita à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência, no centro da capital fluminense, a ministra disse que a decisão foi anunciada ontem (9) pelo governador, no Palácio Laranjeiras. Na ocasião, eles conversaram sobre a criação de um plano estadual de promoção da igualdade racial.

"Na parte que se refere ao mercado de trabalho, o governador propôs que seja editado um decreto introduzindo, em todos os concursos públicos, a cota para negros", afirmou Bairros. "O que falta é um estudo para se chegar a um percentual que seja razoável, considerando a presença negra na população do estado".

O estudo deve ser desenvolvido pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Assistência Social com outros órgãos de governo, como a Procuradoria-Geral do Estado. Se for atender à proporção de negros na população fluminense verificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as cotas raciais devem reservar mais da metade das vagas ofertadas em cada concurso.

Os dados do Censo de 2010 mostram que 51,7% da população fluminense são negros, sendo 12,4% pretos e 43,1% pardos. No Brasil, a proporção é 7,6% de pretos e 39,3% de pardos.

Na opinião da ministra Luiza Bairros, as cotas raciais nos concursos darão continuidade à política de ações afirmativas no estado, que começou de forma pioneira em 2003, quando a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) adotou o critério para selecionar vestibulandos.

Edição: Vinicius Doria

Mais um 13 de maio

Por: Helciane Angélica


O 13 de maio, é uma data emblemática no Brasil devido a possível libertação das negras e negros escravizados no período colonial. Porém, é na verdade mais um dia para ampliar as discussões e reflexões sobre os 123 anos da Abolição da Escravatura e o Dia Nacional de Combate ao Racismo. Nesta sexta-feira pela manhã, terão ao mesmo tempo, duas sessões públicas na capital alagoana.

Na Câmara Municipal de Vereadores de Maceió, em frente à Praça Deodoro no Centro de Maceió, será abordada a importância do Programa Nacional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) intitulada “Por uma infância sem racismo”, que foi lançada no Estado de Alagoas em dezembro de 2010, na Serra da Barriga em União dos Palmares. Essa atividade é uma realização das vereadoras Fátima Santiago (PP) e Heloisa Helena (Psol), em conjunto com a Assembleia Legislativa de Alagoas representada pelo Deputado Estadual Judson Cabral (PT). Já confirmaram presença: coordenadores do UNICEF, a exemplo de Salvador Soler (coordenador nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba); ativistas do movimento negro alagoano; representantes das entidades parcerias em vários setores e municípios com selo UNICEF.

Já na Assembleia Legislativa, ao lado da Catedral Metropolitana, o Deputado João Henrique Caldas (PTN) realiza em parceria com o projeto Raízes de África – coordenado pela professora e publicitária Arísia Barros – uma sessão com o tema “Dia Nacional de Combate ao Racismo” e contará com a participação do cubano e cientista político Charles Moore Wedderburn (Carlos Moore), que falará sobre os “Antecedentes históricos e problematização contemporânea do racismo” e também lançará o seu livro “A África que incomoda”. E à noite, a partir das 18h, terá o 4º Festival de Palavras Pretas no SESC Poço.

Independente de qual seja a programação, é sempre bom alertar a sociedade sobre os impactos do racismo em todo o país, nas mais diversas esferas sócio-culturais e econômicas, e lutar por mudanças. Esperamos, sinceramente, que as discussões resultem em compromisso e no investimento de políticas públicas para fortalecer a consciência étnica, garantir que o crime de racismo seja realmente cumprido, e o respeito entre as pessoas de todas as cores, credos e diversidade sexual torne-se realidade. A luta continua, sempre! Axé!


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente - nº149 (10.05.11)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Imitando Aretha Franklin, Michele Mara vence concurso do "Domingão do Faustão"



A curitibana Michele Mara venceu por unanimidade o concurso "O Maior Imitador da América Latina", do "Domingão do Faustão". A cantora foi a favorita da plateia, dos telespectadores e dos jurados, entre eles a cantora Wanessa e os atores Jonatas Faro e Fernanda Souza.

Única brasileira na disputa, Michele, 30 anos, concorreu ao lado de imitadores de Eroz Rammazzotti, Lady Gaga e Justin Bieber. A artista levou para casa um carro no valor de R$ 100 mil. Cover de Aretha Franklin há três anos, Michele estuda musicoterapia e dá aulas de canto. A curitibana começou a cantar na igreja aos 10 anos.

O resultado do concurso foi o mesmo da enquete realizada pelo UOL. Entre os internautas, Michele era a favorita com 32,56%. Em segundo lugar ficou o colombiano José Manuel Ospina, imitador de Eroz Rammazzotti. A argentina Carly Cinotti, que incorpora a performance ousada de Lady Gaga, ficou com 22,87% dos votos do público. Já o peruano Omar Gironda, imitador do Justin Bieber, ficou com apenas 12,52% dos votos dos internautas.

Fonte: UOL

domingo, 8 de maio de 2011

Prêmio Jornalista Abdias Nascimento inaugura um novo marco no jornalismo brasileiro


Internado há um mês no Hospital Servidores do Estado, Abdias será representado no evento pela esposa Elisa Larkin Nascimento


No próximo dia 10/05, às 14h, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) vai lançar a 1ª edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. O evento contará com a participação da jornalista Miriam Leitão e do professor Muniz Sodré que darão uma palestra sobre “A questão negra na mídia contemporânea”. Abdias Nascimento, 97 anos, será representado pela esposa Elisa Larkin Nascimento.

A programação inclui a apresentação dos vídeos “Acessando a História e a Cultura Afro-Brasileiras” e da mostra “Abdias 90 anos – Memória Viva”. Somente a exibição dos vídeos está prevista para começar as 13h15.

A data marcará ainda o lançamento oficial do site do prêmio (www.premioabdiasnascimento.org.br). “Além de informações sobre a premiação, o site será uma fonte para que jornalistas e a sociedade brasileira entendam a razão pela qual o Brasil precisa de uma premiação com este perfil”, explica Angélica Basthi, coordenadora do projeto.

Criado em homenagem ao ativista histórico dos direitos humanos – e no momento em que a ONU declara 2011 como o Ano Internacional do Afrodescendente – o Prêmio simboliza uma nova etapa do jornalismo. “Estamos na era da democratização da comunicação e atingir um jornalismo cada vez mais plural deve ser a nossa meta”, defende Angélica Basthi. O objetivo é estimular a produção de conteúdos jornalísticos sobre temas relacionados à população negra.

O Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento contempla sete categorias: mídia impressa; televisão; rádio; mídia alternativa ou comunitária; fotografia; Internet; e categoria especial de gênero.

Entre os assuntos sugeridos para concorrer ao Prêmio, estão: saúde da população negra, intolerância religiosa, juventude negra, ações afirmativas, empreendedorismo, desigualdades, direitos humanos, relações raciais, políticas públicas, populações/comunidades tradicionais e discriminação racial.

As inscrições começam no dia 11 de maio e seguem até 19 de agosto de 2011. O prêmio é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio). O auditório do SJPMRJ fica na Rua Evaristo da Veiga, nº 16/ 17º andar - Centro (RJ).

Breve biografia Abdias Nascimento: O ex-senador Abdias Nascimento é um ícone no combate ao racismo no país. Nascido em 1914, desenvolveu vasta produção intelectual como ativista, político, pintor, escritor, poeta, dramaturgo. Natural de São Paulo, participou dos primeiros congressos de negros no país. Já no Rio de Janeiro, criou o Teatro Experimental do Negro (TEN) na década de 1940. Como jornalista, foi repórter do Jornal Diário, além de ter trabalhado em vários periódicos. Fundou o Jornal Quilombo e também é filiado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro desde 1947. Pressionado pela ditadura, se exilou nos Estados Unidos durante 13 anos. De volta ao Brasil, ocupou os cargos de Depu tado Feder al e Sena dor da República. Hoje, aos 97 anos, é professor emérito da Universidade de Nova York e Doutor Honoris Causa por várias instituições de ensino superior, entre elas, a Universidade de Brasília e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Cojira-Rio: Desde 2003, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Rio de Janeiro lida com questões relacionadas a discriminação racial no mundo do trabalho secundada pela educação. Atualmente, a equipe é formada por Angélica Basthi (coordenação), Sandra Martins (coordenação), Miro Nunes (coordenação), Isabela Vieira (integrante) e Camila Marins (integrante). Acesse
http://pt-br.facebook.com/people/Cojira-Rio/100001842288734


Fonte: Cojira-RJ

sexta-feira, 6 de maio de 2011

JARAGUÁ TEM VILA CULTURAL

A Associação dos Moradores e Amigos do Bairro de Jaraguá (AMAJAR), com sede na Vila de Pescadores de Jaraguá, em parceria com o Ponto de Cultura Enseada das Canoas: Yar-á-guá Cultural estará realizando nos dias 05, 06 e 07 de maio o II Vila Cultural.
O evento tem como objetivo criar um permanente espaço de expressão artistico/cultural e de entretenimento na comunidade, animando a cultura local, valorizando e estabelecendo diálogos, a troca de experiências e saberes com outras localidades e grupos culturais da cidade de Maceió.
Durante o evento haverá palestra com o tema Comunidade Tradicional de Pesca, mini-ciclos de debates e oficinas de Educação Ambiental, exibição de curtas, exposições  de fotografias,  tambores artesanais e  pinturas com o  materiais  confeccionado pelas crianças   que participam das oficinas do Ponto de Cultura. Dentro do Vila uma importante ação da AMAJAR, junto com a Universidade Federal de Alagoas, será a entrega de documentos históricos da Vila de Pescadores de Jaraguá, vídeos com entrevistas, fotografias, produções acadêmicas, e texto com justificativa para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – reconheça,  registre e dê proteção ao Patrimônio Cultural Imaterial da mesma.
Este II Vila é um convite a todas as pessoas e instituições que defendem a diversidade cultural, e entendem a importância das famílias pescadoras continuarem no território onde seus iguais deram origem a Vila de Maceió. Mude-se a paisagem, a história não.
Vila Cultural é luta e defesa da Cultura Viva!!

PROGRAMAÇÃO:
Dia 05/05/2011 (quinta-feria) – 18:00h.
Apresentação do Maracatu Mirin da Vila dos Pescadores
Mesa  de abertura - Instituições convidadas: ( UFAL / SECULT/ IPHAN / MINISTERIO PÚBLICO /DEFENSORIA PÚBLICA ESTADUAL / SECRETARIA DE PATRIMONIO DA UNIÃO /IBAMA / REPRESENTANTE ESTADUAL DOS PONTOS DE CULTURA)
 Palestra: Comunidade Tradicional de Pesca (Antropóloga  Raquel Rocha/Ufal

DIA:  06/05/2001 (sexta-feira - ) 09:00 ás 12:00h.
Educação Ambiental  (Rodas de conversas e oficinas com a Comunidade)
Cinema na Vila  -18:00 ás 20:00h.
Vídeo: O LIXO  SAI  E A COMUNIDADE FICA

DIA 07/07/2011 (sábado) -  08:00  ás  12:00 h.
Mutirão de Limpeza – (Moradores, lideranças e crianças da Comunidade)

Apresentações Culturais, exposições  - 18:00 ás 21:00h.
Grupos Convidados:

Maracatu Baque Alagoano
Maracatu Mirin da Vila dos Pescadores
Roda de Capoeira (Águia  Negra e convidados)
Grupo de Dança Afro Dandalunda
Apresentação de Karatê
Coco de Roda

Contatos e Informações:
Maria Enaura – Presidenta da AMAJAR   (082) 93043797
Sirlene Gomes – Agente de Informação Cultural do Ponto de Cultura Enseadas das Canoas (082) 8701-6490

LOCAL: Sede da Associação dos Moradores do Jaraguá – Vila dos Pescadores
 Av. Industrial Cícero Toledo – Jaraguá – Maceió/AL