terça-feira, 10 de abril de 2012

Dissertação de Mestrado aborda sobre Educação formal-afro-quilombola em Alagoas

Foto: Helciane Angélica (Arquivo)

No dia 30 de março, o professor, filósofo e advogado – José Bezerra da Silva (foto) – defendeu a sua dissertação de mestrado no Centro de Educação (CEDU) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Maceió. O tema aprofundado foi: “Educação formal-afro-quilombola em Alagoas: limites e possibilidades de emancipação humana”.

A banca examinadora foi composta pela professora orientadora a Dra. Edna Bertoldo, a Nanci Rebouças (Campus Maceió-Ufal) e pelo professor Dr. Frederico Costa, da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Agora, o pesquisador pretende ampliar a discussão com pessoas do movimento negro e envolvidas com a problemática, além de retorna às viagens pelas comunidades quilombolas alagoanas para aprofundar as informações que servirão para o doutorado no fim do ano. Mais informações: (82) 8863-2570 / jbcartorio@ibest.com.br.


Leia abaixo o RESUMO da dissertação:

Este estudo resulta de pesquisa realizada com professores/as de dez comunidades quilombolas alagoanas: Filús, Muquém, Quilombo, Pau D’Arco, Carrasco, Mamelucos, Poços do Lunga, Tabacaria, Guaximim e Cajá dos Negros, à luz do pensamento marxiano, segundo a concepção que tem no trabalho o agente matrizador do social, com vistas a identificar atividades educativas do ensino fundamental focadas na categoria marxiana da emancipação humana. Para tanto, foram utilizados diversos pensadores, dentre eles Tonet, Bertoldo, Moura e Costa. A investigação visa demonstrar que a educação quilombola está embutida num projeto bem mais amplo de educação para todos do Banco Mundial, que, por sua vez, tende a compatibilizar a educação dos países periféricos ao sentido do neoliberalismo atual, sob a ideia de que o sistema capitalista é o único modelo de sociabilidade possível e que através do Estado se buscará aprimorar principalmente a democracia, a cidadania e a liberdade em detrimento da igualdade. Noutras palavras, trata-se da emancipação política, pois sem dúvida não se pode negar sua importância para a humanidade e para os afro-brasileiros em particular. Contudo, é necessário deixar claros os seus limites quanto a tornar o homem plenamente livre. Por isso, é fundamental estabelecer a relação dialética com a emancipação humana na perspectiva marxiana, patamar de sociabilidade não somente possível como viável, e que encontra na educação um dos mais eficazes instrumentos de contribuição.

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