terça-feira, 15 de julho de 2008

Teatro do Oprimido Alagoano encena realidade

Texto e fotos: Helciane Angélica
Jornalista (1102 – MTE/AL)


Na última sexta-feira (11) no Teatro Jofre Soares, localizado no Sesc-Centro em Maceió, ocorreu a apresentação especial “Guerreira da Vida”, que abordou a violência contra a mulher. A atividade já é fruto do ponto de cultura Guerreiros da Vila, uma das entidades multiplicadoras do Teatro do Oprimido Alagoano.

A entidade desenvolve ações sócio-culturais há 11 anos na comunidade Vila Emater II, localizada ao lado do Lixão de Maceió. Espaço de educação complementar que escolheu a cultura como ferramenta de inclusão social, com: oficinas de artes, música, circo-escola, poesia, dança, capoeira, contadores de história e recentemente o teatro do oprimido.

O desrespeito e a violência doméstica independem de cor e classe social. E por meio do teatro-fórum o público é convidado a interagir com os jovens artistas, além de propor mudanças para ações opressoras que foram apresentadas. Na ocasião, também ocorreu a exposição da Estética do Oprimido, resultados da segunda etapa do projeto Fábrica de Teatro Popular Nordeste realizada em Alagoas. Foram apresentadas telas produzidas pelos participantes, onde expressam a forma como visualizam a bandeira do Brasil.

Nós não trabalhamos com atores profissionais, e sim, com gente. O Teatro do Oprimido busca a transformação social, apresenta espetáculos sobre a vida das pessoas e convida a platéia para interagir”, afirmou Helen Sarapeck, uma das coordenadoras do projeto Fábrica de Teatro Popular Nordeste.


Ao todo, são 40 Multiplicadores em processo de formação em Alagoas, que representam Grupos Culturais, Pontos de Cultura, Sindicatos e Movimentos Sociais. Atuam intensamente em Palmeira dos Índios, Arapiraca, Delmiro Gouveia, Matriz de Camaragibe, Fleixeiras, União dos Palmares, Murici e Maceió. Cerca de 700 pessoas são beneficiadas, dentre: crianças, jovens, adultos em aldeias, acampamentos, comunidades quilombolas, assentamentos rurais, comunidades empobrecidas, escolas e universidades; tanto no campo e quanto na cidade.

O projeto é executado pelo Centro de Teatro do Oprimido - CTO, com patrocínio da Petrobras, e em parceria com a Fundação Municipal de Ação Cultural e o SESC-AL. Também se encontra nos estados de Pernambuco e Sergipe.

Teatro do Oprimido

Com quase quatro décadas de existência, o teatro do oprimido é praticado em aproximadamente 70 países, por todo o mundo, e em 19 estados brasileiros. O Método de Augusto Boal tem ampliado as possibilidades de expressão de diversos grupos, auxiliando na busca de alternativas de solução para problemas reais.

Trata-se de um instrumento fundamental para o desenvolvimento de programas sócio-culturais. Por ter uma metodologia lúdica e atraente, de fácil aplicação e que não exige custos altos de investimento vem alcançando resultados eficientes em Alagoas.

Mais informações: Claudete Felix (21) 9357 0034; Helen Sarapeck (21) 8181 8183 ou Thiago Sampaio (82) 3326-3133/9905-0575.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos sua mensagem!
Axé!