quarta-feira, 23 de julho de 2008

Rastafari

O termo rastafari tem sua origem em Ras (título de nobreza que pode ser traduzido como "príncipe" ou "cabeça") Tafari Makonnen, o nome de Hailê Selassiê antes de sua coroação – Imperador da Etiópia em 1930, o Messias Negro que irá liderar os povos de origem africana a uma terra prometida de emancipação e justiça divina.

Trata-se de um movimento religioso que surgiu na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponeses negros, espalhou-se pelo mundo, principalmente por causa da imigração e do interesse gerado pelo ritmo do reggae. Acreditam que Jah (Deus) se mostra sob forma humana de tempos a tempos; pregam a irmandade, são contra todo tipo de opressão e desigualdade.

Outro importante identificador do seu afrocentrismo é a identificação com as cores da bandeira da Etiópia, freqüentemente vistas em roupas e decorações; o vermelho representaria o sangue dos mártires, o verde exalta a natureza, o dourado o sol e o preto é para representar a cor do povo africano.

Muitos rastafáris são vegetarianos, ou comem apenas alguns tipos de carne, e as bebidas são preferentemente herbais, como os chás; também tem o costume de não cortar ou pentear o cabelo, usam os dreadlocks. A marijuana ou cannabis é uma erva medicinal milenar usada pelos Rastas, não para diversão ou prazer, mas sim para limpeza e purificação em rituais controlados – alguns Rastas escolhem não usar.

Em Alagoas o movimento ainda é pequeno, destaca-se a Comunidade Quilombolas de Sião (banda de reggae, que se chamava Thiago Correia e Comunidades Quilombolas), que vem desenvolvendo essa cultura e realizam acampamentos de reflexão em União dos Palmares.


Comentário publicado na COLUNA AXÉ (22.07.08) - Tribuna Independente

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