domingo, 7 de junho de 2009

Movimento Negro protesta na sede da OAB

Vereador Marcelo Gouveia, que teria discriminado religião, rebate acusações


O ato contra a intolerância religiosa, realizado na tarde desta sexta-feira (5), na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas (OAB/AL), contou com a presença de várias entidades que apoiam o movimento negro. A ação teve como principal objetivo difundir o combate à intolerância religiosa, denunciando os últimos acontecimentos, de agressão à liberdade religiosa, registrados pelo movimento: declaração do vereador Marcelo Gouveia (PRB), que desqualificou, em sessão na Câmara dos Vereadores de Maceió, os religiosos, e a invasão a um templo de Candomblé, no povoado Massagueira, em Marechal Deodoro.

O ato teve início com a palavra do Presidente da Comissão das Minorias da OAB, Alberto Jorge Ferreira, que iniciou o discurso repugnando a ação do vereador citado e cobrando justiça. “É inadmissível que um homem que é pago pelo Governo ignore as leis da Constituição e reaja da maneira que reagiu, deixando que o preconceito fale mais alto do que os princípios de cidadão”, protestou.

Alberto Jorge afirmou que já foi protocolado na Câmara o pedido de direito de resposta coletiva e punição ao vereador, e que esta, e outra denúncia - sobre a invasão ao templo de Maria José Vital, em Massagueira -, serão encaminhadas ao Ministério Público Federal (MPF).

A ialorixá, Mirian Melo (74), que há 60 anos é adepta do Candomblé, pronunciou-se em defesa da igualdade. “Antes de qualquer coisa eu sou uma cidadã brasileira e espero que os Direitos Humanos conceda tudo aquilo que nos é de direito, e que este vereador aprenda a tratar a todos de igual para igual, sem descriminar a religião”, disse.


Defesa


Em entrevista à Gazetaweb o vereador Marcelo Gouveia se defendeu e alegou que tudo não passou de um mal entendido. “Já pedi desculpas e retorno a dizer que não foi meu objetivo ofender ninguém. Eu não sou racista, apenas defendi a igreja que me elegeu e trabalho nela há 33 anos. Em nenhum momento eu disse que seria racista para defender a igreja. Tenho as gravações do dia da sessão plenária, do dia em que me pronunciei e do dia em que realizei o pedido de desculpas e meus advogados já garantiram que não há nada que possa me prejudicar” - disse

Fonte: Gazetaweb - com colaboração de Porllanne Santos

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