Paralelamente ao desfile da Osklen, que abriu a programação oficial desta 27ª edição do São Paulo Fashion Week, um grupo de cerca de 25 modelos realizou um desfile-protesto contra a falta de modelos negros nas passarelas do evento, em frente à entrada da Bienal, onde acontecem os desfiles do calendário.
O evento foi organizado pela ONG Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes), com o objetivo de mostrar não apenas o trabalho de modelos negros como também de marcas de roupa e cosméticos. “A diversidade é um dom de Deus Não temos como fazer desfiles aqui como se fosse na Suécia”, disse o representante do grupo Frei David.
Além do desfile-protesto, a Educafro está organizando a primeira semana de moda voltada para o público e profissionais afrodescendentes. “A primeira Fashion Black vai acontecer em outubro, ainda estamos estudando os locais”, falou o organizador André de Souza. “Também estamos montando uma agência de modelos que vai ser lançada no evento”.
Entre as modelos que desfilaram para o grupo estavam Laís Borges, 21, e Jacqueline Pessoa Ferreira, 21. Ambas são contra a existência de uma cota para modelos negros no São Paulo Fashion Week, como aconteceu nesta temporada, em que 10% do casting de cada desfile deverá contemplar a etnia. “Na real, não tinha que ter cota, tinha que ser igual”, disse Laís. “Nada disso seria necessário se fosse igual para brancos e negros. Já que não existe espaço, tem que ter a cota... mas não 10%. Não somos 10% da população”, completou Jacqueline.
Antes da “apresentação de guerrilha”, o Frei David reclamava com o grupo de modelos e organizadores da Educafro. “Foi um golpe baixo que eles fizeram. Contrataram quatro modelos que fazem desfile internacional para desfilar 20, 30 vezes e atingir a cota”, disse ele.
Esta agenda atribulada das modelos, no entanto, é comum durante as semanas de moda. Brancas, negras ou orientais, as meninas estão acostumadas à correria de um desfile para o outro ao longo de cada dia do evento.
Esta agenda atribulada das modelos, no entanto, é comum durante as semanas de moda. Brancas, negras ou orientais, as meninas estão acostumadas à correria de um desfile para o outro ao longo de cada dia do evento.
Fonte: Fernanda Schimidt/UOL
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