quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Seminário de Cultura Negra e Psicanálise

Das Caravelas e Tumbeiros ao Hip-Hop (31 de agosto a 4 de setembro de 2008)

Sede do IPDH - Espaço Abdias Nascimento - Av. Mem de Sá, 39 - Arcos da Lapa, Rio de Janeiro
O seminário tem por objetivo a construção de um novo canal de interlocução entre áreas de conhecimentos que, ao produzir um diálogo, possibilitem a abertura de novos campos de reflexões, de formulações e de pensamentos para a cultura afrobrasileira.
O seminário será realizado do dia 31 de agosto, domingo, das 18:00 às 22:00 horas, a 4 de setembro, de segunda a quinta-feira, das 20:00 às 22:00 horas. As inscrições são necessárias em razão da limitação de vagas.

ENTRADA FRANCA
As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas. Para efetivar sua inscrição, favor preencher a ficha no verso e encaminhar para: contato@institutooc a.org.br, ou entregar na sede do IPDH.
PROGRAMA
31/08 – domingo, de 18:00 às 18:30 hs.

Abertura - Zezé Motta - SUPIR > Maritza Garcia - OCA > Nayara Mallon - OCA > Maria Catarina de Paula - IPDH


MESA 1: Subjetividade, Resistência e Discursos <>

Jairo Gerbase - Psicanalista, AME da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano – Brasil – Fórum Salvador.
Vanda Ferreira - Professora, Ouvidora da Petros, Militante do Movimento Negro.
Debatedores > Carlos Alberto Medeiros - Jornalista, Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFF.
> Graça Pamplona - Psicanalista, AME da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano-Brasil/ Fórum de Petrópolis, Supervisora Clínica do Instituto OCA.

O sujeito, o sujeito da psicanálise, o cidadão e o desejo, o desejo o mal-estar e a civilização, a resistência subjetiva e a resistência no campo social, o mal-estar e as identificações do sujeito. Quais diálogos permitem pensar a cultura e as culturas em sua relação com o sujeito do desejo e os direitos dos sujeitos/cidadã os? Os discursos correntes e a construção de novos discursos, entre os quais o discurso da psicanálise, permitem reinterpretar o campo social contemporâneo de forma inovadora? O que pode fazer corte em paradigmas sócio-culturais estruturados? Racismo, exclusão, dor de existir?

20:30 hs. > Coquetel de Confraternizacã o, com lançamento e venda de livros

MESA 2 - A infância da Dor e a Dor da Gente

01/09 <>

Nayara Mallon - Psicanalista, Presidente do Instituto OCA.
Marícia Ciscato - Membro do Digaí-Maré, Correspondente da Escola Brasileira de Psicanálise-Seçã o Rio.
Ivanir dos Santos - Pedagogo, Secretário Executivo do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas- CEAP.
Debatedora > Lúcia Xavier - Assistente social, Coordenadora de Criola.

Esta mesa considera os recentes trabalhos e pesquisas vinculados ao atendimento de crianças e adolescentes, moradores de comunidades periféricas, com alto grau de violência social e familiar. Quais são as implicações decorrentes do modo como as próprias crianças e adolescentes interpretam a realidade em que vivem? Como comparece e quais são as propostas da psicanálise no tratamento da angústia desses meninos e meninas que vivem nessas comunidades? São estas angústias diferentes das experimentadas por qualquer criança ou adolescente? Quais são as implicações das formas de interpretação e aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente? Quais seriam as perspectivas da infância brasileira do ponto de vista sócio-cultural?

MESA 3 - Do Martírio à Malandragem: os mitos Saci Pererê e Negrinho do Pastoreio

02/09 <>

Lara Pamplona - Professora de Literatura Brasileira do Instituto Luso-Brasileiro da Universidade de Colônia (Alemanha).
Conceição Evaristo - Escritora, Doutoranda em Literatura Comparada - UFF.
Eliane Schermann - Psicanalista. AME da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano. Doutora pelo Instituto de Psicologia da UFRJ.
Debatedor > Guilherme Gutman - Psicanalista, Professor Adjunto do Departamento de Psicologia da PUC-Rio.

Foco no imaginário popular desses mitos e a correlação entre as malandragens e os dramas sociais vividos por nossa gente, em qualquer idade. Esta mesa toma como referência esses dois mitos populares dos séculos XVIII e XIX, onde num se identifica a picardia, a pilhéria e no outro o drama, a tragédia, e busca relacioná-los com a dinâmica de inúmeros e anônimos protagonistas do cotidiano da cidade, que se expressam no nosso dia a dia..

MESA 4 – Literatura Afrobrasileira e Pulsão

03/09 <>

Lia Vieira - Escritora, Autora de Chica da Silva - A mulher que inventou o mar.
Éle Semog - Escritor, Conselheiro Executivo do IPDH.
Clarice Gatto - Psicanalista, Responsável pelo Serviço de Psicanálise do Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana - ENSP/FIOCRUZ.
Debatedoras > Denise Barata - Historiadora, Professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da UERJ.
Olympio Xavier - Médico, Psicanalista, Membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano.

A proposta desta mesa é de estabelecer uma relação entre a pulsão expressa por autores afro-brasileiros clássicos como Cruz e Sousa, Lima Barreto, Machado de Assis, dentre outros, e a geração de escritores negros que surgiu nos anos 70, com a proposição de insurgência estética e política, utilizando o texto como meio de militância de combate ao racismo.

MESA 5 - Das Caravelas e Tumbeiros ao Hip-Hop

04/09

Julio Cesar de Tavares - Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFF, Diretor da Associação para o Estudo da Diáspora Africana no Mundo - ASWAD, Fundador da CUFA.
Marcus André Vieira - Psicanalista, AME da Escola Brasileira de Psicanálise, Membro do Digaí-Maré, Professor da PUC-Rio.
Re.Fem - Rapper, Documentarista, Estudante de Comunicação Social da UVA, Coordenadora do Núcleo Jovem Coisa de Mulher e Coordenadora da Ong Estimativa.
Debatedor > Romildo do Rêgo Barros - Psicanalista, Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e Diretor do Instituto de Clínica Psicanalítica do Rio de Janeiro - ICP.

A mesa pretende discutir as expressões de júbilo e riqueza e de aniquilamento e de resistência decorrentes das relações vividas no período da escravidão, desde a fragmentação do indivíduo ao embarcar nos tumbeiros à sua redenção como sujeito, ainda hoje em ambiente social adverso. Daquela condição de escravo, hoje a população afrobrasileira busca expressar-se das mais diversas formas e uma das mais insurgentes, críticas, pragmáticas e produtivas, é o Hip Hop. Como poderíamos pensar a especificidade, o lugar e o impacto da intervenção proposta pelo Movimento Hip Hop?

22:00 às 22:10 > Encerramento > Éle Semog – IPDH

Realização
Instituto Palmares de Direitos Humanos
Instituto OCA

Apoio
Associação Digaí-Maré

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