As Olimpíadas são consideradas o espaço de integração internacional, onde em um mesmo local, reúnem-se os melhores atletas do mundo. Os campos, quadras, piscinas, tatames, pistas, rings se transformam em palcos da superação dos limites.
Para quem não sabe, o primeiro negro a ganhar uma medalha olímpica foi o norte-americano George Poage em 1904, que conquistou o bronze nos 400 metros com barreiras nos Jogos Saint Louis (EUA). Essa foi a terceira edição dos Jogos Olímpicos Modernos, a qual também contou com a participação de Len Tau e Jan Mashiani, os primeiros africanos a competir em Olimpíadas.
Não é fácil participar de um evento como esse, a maioria dos competidores tem que vencer a briga desgastante entre o vigor físico e o equilíbrio emocional aliados às dificuldades financeiras, porém aspectos políticos também podem interferir nos resultados.
Na trajetória dos Jogos Olímpicos, destaca-se o ano de 1968, na Olimpíada da Cidade do México, quando os atletas Tommie Smith e John Carlos (ambos dos Estados Unidos) fizeram a saudação "black power" – braço estendido com o punho enluvado e fechado – durante a cerimônia de premiação. Esse ato histórico serviu para protestar contra a opressão e o racismo que os afro-americanos passavam, mas como punição, o Comitê Olímpico Internacional (COI) baniu-os dos jogos.
O fato é que vários atletas ultrapassam inúmeros obstáculos durante a vida toda para obter sonho olímpico. Quanto ao Brasil, mesmo não sendo uma potência esportiva, amplia o número de participantes e obtém resultados inéditos. Os negros já foram muito hostilizados, hoje, quebram recordes e são considerados heróis.
Comentário publicado na Coluna Axé do jornal Tribuna Independente. (19.08.08)
Texto revisado pela professora Socorro Porciúncula.
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