segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Instituto Steve Biko comemora 16 anos


O Instituto Cultural Steve Biko (ICSB) referência educacional para a comunidade negra baiana e brasileira, completou ontem 16 anos promovendo ações afirmativas. Fundada em 31 de julho de 1992 por militantes do movimento negro baiano, o Instituto é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a ascensão da população negra, através da educação.

As ações da Biko visam fomentar a inserção da juventude negra no ensino superior, e para isso realizam projetos pioneiros no Brasil, como: o Pré-Vestibular oferecido para jovens de baixa renda, que possui além das disciplinas obrigatórias, curso de formação política e cidadania; o OGUNTEC, programa de fomento à Ciência e à Tecnologia; o Projeto de Formação de Jovens em Direitos Humanos na Luta Anti-racista, formação de agentes multiplicadores na luta contra o racismo na Bahia; o Projeto Mentes e Portas Abertas (POMPA), que visa promover a entrada de jovens negros(as) universitários em carreiras no setor público, dentre outros.

Em seus 16 anos de existência o Instituto Steve Biko já promoveu o acesso ao ensino superior de mais de 800 jovens, é com este intuito de continuar promovendo ações afirmativas que, a Biko lançou no ano passado a proposta da criação de uma faculdade que contemple a diversidade étnico-racial.


Comemoração com Defesa de Monografia


No mesmo dia em que o Instituto Steve Biko celebra o seu aniversário, George Oliveira ex-aluno da Biko e estudante de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia, apresentou e defendeu seu Trabalho de Conclusão de Curso, para cerca de 50 pessoas, dentre professores, alunos, funcionário e a banca examinadora, formada por: MSc. Miguel Vergara (UESC), MSc. Antônio Pádua (UFBA) e o seu orientador Prof. Dr. Henrique Tomé (UFBA).

Com o tema "Análise dos Impactos Sócio-Econômicos e Culturais das Ações do Instituto Steve Biko no Vestibular da UFBA", George afirma o quanto o ICSB foi importante para a sua formação acadêmica e profissional. "Os conhecimentos e as experiências que me foram proporcionadas na organização contribuíram bastante para a minha trajetória. Um economista que passa pela Biko tem outras visões, não fica restrito apenas às questões sociais, mas compreende a de raça e a de gênero", destacou o estudante, que atualmente é assistente financeiro do Instituto.


Fonte: Correio Nagô

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