terça-feira, 26 de maio de 2009

Dia da África é comemorado em Maceió

Missa contra a desigualdade racial foi realizada pelo arcebispo de Maceió



O dia da África foi comemorado nesta segunda-feira (25) na Capela de São Gonçalo, em Maceió, com a celebração da II Missa de Ação de Graças: Em nome do Pai e da Liberdade Guerreira- Um tributo à Liberdade da População Negra. A ação é resultado do Projeto Raízes de Áfricas - ONG Maria Mariá – iniciado em 2008, que surgiu da necessidade de promover e contribuir para a ampliação do conceito de igualdade e ao combate à intolerância religiosa.

A missa, que foi celebrada pelo arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz, contou com parcerias das vereadoras Tereza Nelma, Fátima Santiago, Heloísa Helena, a prefeitura de Viçosa, além da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Movimento Nacional Pela Paz e Não Violência, Editoras Paulinas e secretarias do Estado.

Para a vereadora Fátima Santiago, o momento foi de comemoração e reflexão. “A libertação da África é uma luta secular e neste momento colocamos o mesmo Deus para abençoar esta luta em prol da igualdade étnico-racial a fim de que se prevaleça a raça humana e o povo de Deus sem alguma segregação” disse.

A vereadora Tereza Nelma participou da missa pela segunda vez e torce para que os objetivos sejam alcançados do projeto sejam alcançados. “Temos que lutar para que a liberdade não seja apenas comemorativa, mas sim uma realizada cotidiana. O arcebispo de Maceió tem tomado iniciativas muito importantes no que diz respeito a abrir as portas para quem precisa, respeitando as diversidades religiosas e culturais” – salientou.

O prefeito de Viçosa Flaubert Filho, também esteve presente e demonstrou gratificação pelo convite à prefeitura feito pelo Projeto. “Viçosa é um lugar histórico na cultura negra alagoana, foi lá onde morreu o Zumbi dos Palmares e a prefeitura se sente muito honrada com o convite. Nós firmamos nosso compromisso com a causa com o Centro de Cultura Afro que estamos construindo no município” – contou.

A missa foi celebrada ao do toque do tambor, em comunhão com a liturgia da igreja católica. A cantora moçambicana, Sônia André, que está no Brasil desde 2007, diz como é viver no país “Vim para o Brasil através de um intercâmbio estudantil e não gosto de relatar as tantas vezes que já fui discriminada. O Brasil ainda precisa crescer muito quanto ao combate à discriminação racial e entender que homem ou mulher, branco ou negro, são todos iguais” – desabafou.


Fonte: Gazetaweb

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