quinta-feira, 10 de julho de 2008

Só agora, Bush tira Mandela da lista

Só ao completar 90 anos, o que acontecerá no próximo dia 18 deste mês, e depois de se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul e Prêmio Nobel da Paz, liderando a luta que pôs fim ao regime do apartheid, Nelson Mandela terá o seu nome retirado de uma lista do Governo americano em que ele e sua organização - o Congresso Nacional Africano - são considerados terroristas.
O presidente George W. Bush sancionou na semana passada a lei aprovada pelo Congresso americano, em tempo das comemorações do aniversário de 90 anos de Mandela.
O texto da Lei retira o Congresso Nacional Africano de uma lista do Departamento de Estado, de organizações consideradas terroristas.
Avô da Nação
Mandela deixou a prisão em 11 de fevereiro de 1.990, aos 71 anos, depois de permanecer 27 anos encarcerado. A libertação havia sido anunciada na véspera pelo último presidente branco da África do Sul, Frederik de Klerk, com quem Mandela viria a compartilhar o Prêmio Nobel da Paz em 1993.
Mandiba seu nome xhosa e como é carinhosamente chamado, segundo sua atual mulher, Graça Machel, ex-mulher do líder revolucionário moçambicano, Samora Machel, "é capaz de se abrir, de dizer coisas que outros não poderiam dizer e, ao mesmo tempo, guardar sua dignidade”.
Ao completar 80 anos, numa visita a Líbia como chefe de Estado, Mandela chegou a causar certo constrangimento quando confidenciou ao seu amigo Mwamar Kadafi estar apaixonado por Graça Machel, ao encerrar uma entrevista em que acabara de falar sobre a crise do Congo, criminalidade e Direitos Humanos. "Estar apaixonado é uma experiência que todo homem deve experimentar. É tão maravilhoso para mim... seu amor fez com que eu me abrisse como uma flor", afirmou Mandela. Ao se afastar dos negócios do Estado, Mandela foi proclamado “avô da nação” e “ícone da reconciliação”, cvonforme definição do arcebispo Desmond Tutu.
Fonte: Afropress

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