Texto: Helciane Angélica - Jornalista (1102 – MTE/AL)
Fotos: Cibelle Araújo e Helciane Angélica
“A alma da Bahia” foi captada pelas lentes da fotógrafa e antropóloga italiana, Patrizia Giancotti. A exposição é promovida pela Fundação Sônia Ivar e conta com o patrocínio da Fundação Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura. Depois de Salvador (BA), Alagoas é o segundo local a receber a exposição, que se encontra no Museu Théo Brandão.
Fotos: Cibelle Araújo e Helciane Angélica
“A alma da Bahia” foi captada pelas lentes da fotógrafa e antropóloga italiana, Patrizia Giancotti. A exposição é promovida pela Fundação Sônia Ivar e conta com o patrocínio da Fundação Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura. Depois de Salvador (BA), Alagoas é o segundo local a receber a exposição, que se encontra no Museu Théo Brandão.
Na solenidade de abertura realizada na noite de sexta-feira (04), o público prestigiou a orquestra de berimbaus, composta por 12 mestres de capoeira que integram o Conselho Estadual de Mestres de Capoeira de Alagoas. Porém, sem qualquer pronunciamento inicial e saudação de boas vindas às pessoas que estavam presentes, as portas do salão foram abertas para visitação. Também teve uma palestra sobre a África e um coquetel afro no encerramento.
Estiveram presentes autoridades como Zulu Araújo, Presidente da Fundação Cultural Palmares; Elis Lopes, Gerente Quilombola do Governo de Alagoas; Clara Suassuna, Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Ufal; Religiosos de Matriz Africana; lideranças do movimento negro alagoano; professores e estudantes.
São aproximadamente 100 fotos, decorrentes de 13 anos de pesquisas e vivências, que abordam o cotidiano, a cultura e a religiosidade do povo baiano. Em cada ambiente da exposição, o público tem acesso a cores, aromas e música afro. Onde literatura, arte e imagens se complementam, além de ser possível sentir a força da natureza e a energia da religiosidade afro.
De acordo com Patrizia Giancotti, o interesse em abordar os afro-descendentes começou bem antes de se tornar antropóloga: “É uma coisa muito misteriosa. Na realidade, eu estava estudando a História do Cinema, depois fui chamada para fazer um trabalho no Rio de Janeiro. Eu não conhecia o Brasil nem falava português, depois viajei sozinha para a Bahia e ali comecei a mudar todo o meu rumo de estudos. Por isso virei antropóloga, não o contrário, me tornei antropóloga para estudar os afro-descendentes”, declarou.
Patrizia afirma que trabalhou o Brasil todo, inclusive, a Amazônia, mas a Bahia foi o local que lhe ajudou na tese de Antropologia. “A Bahia foi uma pesquisa importante, porque minha tese de Antropologia é sobre a mãe de santo no candomblé. Então, morei e fiquei pesquisando isso, e tendo a possibilidade de fazer fotos de rituais que geralmente não são permitidos”, disse.
A exposição ficará em Maceió até 04 de agosto, depois segue para Brasília, Rio de Janeiro, Ceará e também no exterior, passando pela Argentina e Itália. A entrada é gratuita, e as visitas no Museu Théo Brandão acontecem de terça a sexta-feira, das 9 às 17h; e no sábado das 14 às 17h.
Fotos da abertura, clique para ampliar:
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