Por: Arísia Barros
Professora; Publicitária; Gerente Étnico Racial da Secretaria Estadual de Educação e Esporte de Alagoas
Autora do livro: "A Pequena África Chamada Alagoas” (2007)
As desigualdades entre brancos e negros nos remota a urgente necessidade política de rever a abolição de 1888. Revoluções sociais na promoção de políticas para a igualdade racial, onde os menos favorecidos tenham maior concentração de políticas públicas para se tornarem iguais. Equidade!
O racismo é um fenômeno sistêmico que desvitua conceitos e adultera histórias. Permite a eliminação censitária dos negros, a partir do conceito da miscigenação dos povos, e territorializa um grande percentual de brancos. Uma distorção alarmante apontada pelo *censo escolar diz respeito à raça das professoras e professores brasileiros. Do total de docentes da Educação Básica, 51 não declararam raça. Entre o restante 32% são brancos,14% pardos e apenas 2% negros. A partir dessa auto-invisibilização identitária a concepção do que é identidade étnica torna-se uma figuração do abstrato. Como ensinar o que eu não me permito saber ou perceber? A diversidade étnica alagoana ainda é uma jóia desconhecida.
A Lei Estadual nº 6.814/07 é um política pública em curso. São 365 dias de quebra do silêncio pedagógico estrutural, uma segunda abolição na mobilização dos diversos grupos sociais no rever, segundo Mir Luís “a história oficial da estadolatria colonial.”, como também rever as metáforas sociais e os abismos estruturais que aniquilam identidades étnicas.
Tia, porque dói tanto ser negro?! Pergunta-me o menino da escola.
*Fonte: Revista Escola Pública-Ano I-Número 4.Maio/Junho 2008- Editora Segmento
* citação Luís Mir- Guerra Civil- Estado e Trauma- Editora Geração Editorial
Professora; Publicitária; Gerente Étnico Racial da Secretaria Estadual de Educação e Esporte de Alagoas
Autora do livro: "A Pequena África Chamada Alagoas” (2007)
O último *Relatório de Desenvolvimento Humano elaborado pelas Nações Unidas aponta Alagoas como um dos estados da federação em que às desigualdades raciais entre brancos e negros é alarmante e segundo a pesquisa não só os fatores econômicos e geográficos interferem na ascensão pessoal e social, a cor da pele é estigma social provocador de uma nova história geográfica. Um apartheid sócio-étnico.
As desigualdades entre brancos e negros nos remota a urgente necessidade política de rever a abolição de 1888. Revoluções sociais na promoção de políticas para a igualdade racial, onde os menos favorecidos tenham maior concentração de políticas públicas para se tornarem iguais. Equidade!
O racismo é um fenômeno sistêmico que desvitua conceitos e adultera histórias. Permite a eliminação censitária dos negros, a partir do conceito da miscigenação dos povos, e territorializa um grande percentual de brancos. Uma distorção alarmante apontada pelo *censo escolar diz respeito à raça das professoras e professores brasileiros. Do total de docentes da Educação Básica, 51 não declararam raça. Entre o restante 32% são brancos,14% pardos e apenas 2% negros. A partir dessa auto-invisibilização identitária a concepção do que é identidade étnica torna-se uma figuração do abstrato. Como ensinar o que eu não me permito saber ou perceber? A diversidade étnica alagoana ainda é uma jóia desconhecida.
A Lei Estadual nº 6.814/07 é um política pública em curso. São 365 dias de quebra do silêncio pedagógico estrutural, uma segunda abolição na mobilização dos diversos grupos sociais no rever, segundo Mir Luís “a história oficial da estadolatria colonial.”, como também rever as metáforas sociais e os abismos estruturais que aniquilam identidades étnicas.
Tia, porque dói tanto ser negro?! Pergunta-me o menino da escola.
*Fonte: Revista Escola Pública-Ano I-Número 4.Maio/Junho 2008- Editora Segmento
* citação Luís Mir- Guerra Civil- Estado e Trauma- Editora Geração Editorial
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