Por: Denise Porfírio
Uma das vozes mais marcantes de Brasília agora é conhecida no país inteiro. Ellen Oléria conquistou uma multidão de fãs com sua simpatia e seu tom inconfundível de cantar. Vencedora do programa The Voice Brasil exibido pela Rede Globo de Televisão, no último domingo (15), ela concedeu uma entrevista coletiva para jornalistas no foyer da Sala Villa Lobos e falou de carreira, planos futuros, sucesso e família.
Ellen Oléria relembrou o momento da audição para o programa e sua emoção ao interpretar Zumbi. “Achei a música bem bacana para compartilhar com o povo brasileiro”, afirma. “É um desafio interpretar a poesia de outra pessoa e deixar a nossa própria digital”. Relembre a apresentação
A cantora é fruto da cidade satélite da Ceilândia e faz uma avaliação da identidade musical do Distrito Federal como um cenário muito rico e diversificado pelas múltiplas expressões culturais do hip-hop com a poesia das periferias, o samba, o rap, entre outros. “Artistas como Dhi Ribeiro, Renata Jambeiro e o GOG, precursor da mistura de ritmos brasileiros com a batida do rap, fortalecem o perfil do DF como força na música, nas artes e no teatro”.
Ela falou sobre a importância da família e da influência positiva e religiosa da sua mãe, Dona Eva. Ellen conta que em um primeiro momento não dividiu com ninguém sobre sua participação no programa, mas que sua mãe já prenunciava sua vitória. “Em um primeiro momento, compartilhei com minha ancestral primeira e ela profetizou de uma maneira tão poderosa que acabou dando certo”, emociona-se.
Sucesso - Ao longo do programa foram apresentadas sete músicas com duração média de um minuto e 40 segundos. Ellen relembra que desde as primeiras exibições, seu rosto já era reconhecido nas ruas. “Em tão curto espaço de tempo as pessoas querem tirar fotos, me identificam, chamam o meu nome. É muito intenso o carinho e amor do público comigo”, ressalta.
Em relação aos trabalhos futuros, a artista pretende proporcionar solidez para seus projetos profissionais. A partir da noção de economia solidária, em parceria com outros profissionais, o objetivo será construir uma rede que movimente a produção cultural e a economia local. “Que a nossa produção signifique uma revolução estética”, enfatiza.
Cultura Negra - Ellen declara sua admiração e respeito pela identidade negra caracterizada pela tradição de resistência e sobrevivência. “A cultura negra sou eu”, diz. De acordo com ela, a cultura venceu as fronteiras linguísticas, religiosas e culturais para se agregar, criar um encontro de equidade independente da nação originária, se identificar com as diferenças e se unir para permanecer viva.
Sobre as experiências vividas a partir dessa cultura ela resume: “Esse é o melhor ensinamento dessa grande tradição que eu trago nas marcas do meu corpo. É muito lindo que a gente possa viver esses encontros étnico-raciais transformadores e que a cultura negra continue tão viva quanto os meus olhos”.
Ao final da coletiva, a cantora anunciou a produção de seu novo projeto/música intitulada A Nave, um documentário sobre encontros com os grandes mestres do carimbó, um disco em voz e violão e o fortalecimento da sua parceria com a empresa Universal Music. A expectativa é que ela se apresente nas festas de réveillon da Prainha em Brasília (veja a programação prévia) e no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana.
Acompanhe o canal da cantora no Youtube no endereço EllenOleriaOficial
Curtam a artista nas páginas do Facebook Ellen Oleria e Latinidades Afrolatinas
Fonte: Fundação Cultural Palmares
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