Os noivos são evangélicos, também são ativistas e participam da Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro em Maceió
Texto e fotos: Helciane Angélica
Jornalista e integrante da Cojira/AL
A noite da última sexta-feira (7) foi de festa e
A cerimônia foi celebrada pelo Pastor Wellington Santos, mas também contou com a pregação do Pr. Carlão e da Prª Odja. O continente africano estava completamente presente ali, pois o evento foi marcado pelas cores, sons e símbolos! Os noivos entraram ao som do atabaque e do berimbau com cânticos que exaltavam o povo afro-descendente e no ofertório foram entregues a Bíblia Sagrada e objetos africanos como o tambor (sinal de comunicação e respeitabilidade), cabaça (representa a grandeza da fertilidade feminina e a integração entre o lado espiritual e corporal) e o equetê/filá (vestimenta masculina que representa o compromisso e o respeito).
Na ocasião, o Pr. Wellington fez uma reflexão crítica sobre a Bíblia, que apresenta a palavra Deus e o compromisso profético aos pobres e oprimidos. "A Bíblia foi o quarto elemento ofertado, entrou para abençoar e ser abençoada. Durante muito tempo foi usada para legitimar a escravidão e ampliar a desigualdade, o povo negro se manteve afastado da Igreja e da palavra de Deus porque tinha gente batendo com uma chibata, enquanto estava com ela na mão", declarou.
Ele também fez questão de expor a intolerância
Outros detalhes que merecem elogios foram as vestimentas dos noivos: ele com o filá em pano cru (abadá completo) e alpercatas de couro; ela com tranças africanas e um vestido completamente artesanal de renda confeccionado pela yalorixá Neide Oyá D'Oxum e sua equipe de criação.
Confira outras fotos no blog do Anajô
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