O domingo(17 de abril de 2016), tornou-se inesquecível na História do Brasil! A população brasileira se polarizou e acompanhou o processo de votação ao impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Em questão, “avaliaram” a existência de crime de responsabilidade e ilegalidade fiscal da Presidente. O destino da nação virou piada nas redes sociais e nos veículos de comunicação em todo o planeta.
No Circo dos horrores, também denominado Câmera Federal, foram entoados discursos nojentos e sem fundamento jurídico. Era necessário apenas uma declaração de dez segundos, para responder "sim" ou "não" ao impeachment, mas os parlamentares resolveram fazer dedicatórias e realizar chacotas no plenário, quebrando todo o decoro e a moralidade. As palavras mais escutadas para demonstrar-se favorável foram: "Pela família, Deus, amigos, filhos, netos e eleitores"; e os contrários ao impeachment, exaltaram a democracia e os movimentos sociais, e condenaram o golpe e a fraude.
O momento mais constrangedor foi protagonizado pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) que exaltou o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (o pavor de Dilma Rousseff), ex-chefe do DOI-CODI na ditadura militar e acusado de comandar torturas, e também parabenizou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por sua condução no processo. Já o deputado Jean Wyllys, em meio às vaias e ofensas, declarou: "Estou constrangido de participar dessa farsa, eleição indireta conduzida por um ladrão, curtida por um traidor conspirador e apoiada por torturadores, covardes, analfabetos políticos e vendidos. Essa farsa é sexista, em nome dos direitos da população LGBT, do povo negro exterminado nas periferias, dos trabalhadores da cultura, dos sem teto, dos sem terra. Eu voto não ao golpe e durmam com essa, canalhas!”
Foram mais de seis horas de votação. No total, foram 511 votos, sendo 367 a favor, 137 contra, com sete abstenções e duas ausências. Na bancada alagoana, foram seis votos favoráveis e três contrários ao impeachment. Agora, o processo encontra-se no Senado Federal para a realização de uma nova votação, em seguida, Dilma poderá ser ou não afastada temporariamente do cargo até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso.
Na sua primeira aparição pública após sofrer derrota de impeachment na Câmara, Dilma Rousseff declarou: "Eu me sinto injustiçada. Injustiçada porque considero que esse processo é um processo que não tem base de sustentação. A injustiça sempre ocorre quando se esmaga o processo de defesa, mas também quando de uma forma absurda se acusa alguém por algo, primeiro que não é crime, e segundo acusa e ninguém se refere a qual é o problema. Eu assisti ao longo da noite de ontem a todas as intervenções, e não vi uma discussão sobre o crime de responsabilidade que é a única maneira de se julgar um presidente da República no Brasil", afirmou.
O momento sociopolítico da contemporaneidade poderia ser facilmente comparado/confundido com final de copa do mundo ou um grande carnaval, diante de tantos festejos, shows e salva de fogos com os últimos acontecimentos. Porém, pouco importa se você é de direita ou esquerda, situação ou oposição ao governo, o fato é que o país encontra-se em um processo delicado de transformação social, onde todos têm responsabilidade, e a punição aos corruptos é seletiva. O futuro além de incerto é aterrorizante!
Fonte: Coluna Axé – 387ª edição – Jornal Tribuna Independente (19 a 25/04/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
No Circo dos horrores, também denominado Câmera Federal, foram entoados discursos nojentos e sem fundamento jurídico. Era necessário apenas uma declaração de dez segundos, para responder "sim" ou "não" ao impeachment, mas os parlamentares resolveram fazer dedicatórias e realizar chacotas no plenário, quebrando todo o decoro e a moralidade. As palavras mais escutadas para demonstrar-se favorável foram: "Pela família, Deus, amigos, filhos, netos e eleitores"; e os contrários ao impeachment, exaltaram a democracia e os movimentos sociais, e condenaram o golpe e a fraude.
O momento mais constrangedor foi protagonizado pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) que exaltou o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (o pavor de Dilma Rousseff), ex-chefe do DOI-CODI na ditadura militar e acusado de comandar torturas, e também parabenizou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por sua condução no processo. Já o deputado Jean Wyllys, em meio às vaias e ofensas, declarou: "Estou constrangido de participar dessa farsa, eleição indireta conduzida por um ladrão, curtida por um traidor conspirador e apoiada por torturadores, covardes, analfabetos políticos e vendidos. Essa farsa é sexista, em nome dos direitos da população LGBT, do povo negro exterminado nas periferias, dos trabalhadores da cultura, dos sem teto, dos sem terra. Eu voto não ao golpe e durmam com essa, canalhas!”
Foram mais de seis horas de votação. No total, foram 511 votos, sendo 367 a favor, 137 contra, com sete abstenções e duas ausências. Na bancada alagoana, foram seis votos favoráveis e três contrários ao impeachment. Agora, o processo encontra-se no Senado Federal para a realização de uma nova votação, em seguida, Dilma poderá ser ou não afastada temporariamente do cargo até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso.
Na sua primeira aparição pública após sofrer derrota de impeachment na Câmara, Dilma Rousseff declarou: "Eu me sinto injustiçada. Injustiçada porque considero que esse processo é um processo que não tem base de sustentação. A injustiça sempre ocorre quando se esmaga o processo de defesa, mas também quando de uma forma absurda se acusa alguém por algo, primeiro que não é crime, e segundo acusa e ninguém se refere a qual é o problema. Eu assisti ao longo da noite de ontem a todas as intervenções, e não vi uma discussão sobre o crime de responsabilidade que é a única maneira de se julgar um presidente da República no Brasil", afirmou.
O momento sociopolítico da contemporaneidade poderia ser facilmente comparado/confundido com final de copa do mundo ou um grande carnaval, diante de tantos festejos, shows e salva de fogos com os últimos acontecimentos. Porém, pouco importa se você é de direita ou esquerda, situação ou oposição ao governo, o fato é que o país encontra-se em um processo delicado de transformação social, onde todos têm responsabilidade, e a punição aos corruptos é seletiva. O futuro além de incerto é aterrorizante!
Fonte: Coluna Axé – 387ª edição – Jornal Tribuna Independente (19 a 25/04/16) / COJIRA-AL / Editora: Helciane Angélica / Contato: cojira.al@gmail.com
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