quinta-feira, 19 de junho de 2008

30 anos do MNU - Movimento Negro Unificado


O Movimento Negro Unificado - MNU, fundado em 18 de junho de 1978, é uma entidade de âmbito nacional, sem fins lucrativos, democrática e autônoma. Tem por objetivo combater o racismo, o preconceito de cor e as práticas de discriminação racial. Em sua trajetória de 30 anos na luta contra o racismo busca construir com outras entidades e pessoas sensíveis a construção de uma sociedade sem racismo, mais humana, da qual sejam eliminadas todas as formas de opressão e exploração, de raça, classe e de sexo, de que é alvo a maioria da população brasileira, descendentes de povos africanos.

O MNUCDR (Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial), posteriormente chamado MNU – Movimento Negro Unificado, foi responsável pela introdução de novos conceitos que possibilitaram um avanço na compreensão da superação da desigualdade racial que se configura no Brasil. Sua fundação há 30 anos foi decisiva para reafirmar a contribuição cultural dos povos africanos fundamental num país de maioria negra. Além disso, foi instrumento importante na denúncia em que concretamente se constatava a presença predominante dos descendentes de africanos na base da pirâmide social e como “O Mito da Democracia Racial” ideologicamente foi o principal sustentáculo que permitiu a sociedade e aos governos negar o racismo brasileiro.

Nesses 30 anos de existência tabus sagrados da sociedade racista brasileira foram rompidos a partir das ações e reflexões e denúncias do MNU e seus militantes. A importância sócio-política do MNU se retrata na sua relevância enquanto norteador e força política de transformação de paradigmas raciais, protagonizando mudanças impactantes na constituição do país e com representação e destaque no exterior.

Na trajetória de trinta anos o MNU realizou congressos e encontros nacionais, seminários de formação política, sempre a partir das demandas advindas da população da qual faz parte no intuito de reorientar a intervenção para cumprir sua tarefa política. O MNU foi e ainda é o espaço de reflexão e formação de importantes quadros da política e da intelectualidade brasileira e, por isso, entre outros aspectos, necessita ter esta história contada para que a atual e futuras gerações compreendam os processos políticos e sociais enfrentados anteriormente e consigam usufruir hoje de direitos e garantias antes desconsideradas para as populações negras do Brasil.

30 anos de luta pelo respeito, reconhecimento e resgate da história de negras e negros, assim como das culturas afro-brasileira e africana, justifica plenamente a celebração desta data com eventos que se destaquem nacionalmente. Várias atividades estão sendo organizadas entre junho deste ano até junho de 2009 quando, segundo a coordenação do MNU, se completará o ciclo dos 30 anos. O ápice das comemorações se dará durante o ato público nacional que ocorrerá no dia 07 de julho em São Paulo nas escadarias do teatro Municipal daquela cidade, lembrando o lançamento público do MNU no ano de 1978.

Contar a história do MNU é retomar as razões que fazem da luta pela igualdade de direitos indispensável, não só para as populações negras do Brasil, mas para a humanidade.


Mais informações:
Sede: Rua do Curuzu – 101 – 1º andar - Liberdade – Salvador – Bahia
Marcus Alessandro - coordenador nacional: (71) 9144 2889


Fonte: Irohin

Um comentário:

  1. É PRECISO FOMENTAR NA SOCIEDADE (USANDO OS RECURSOS DA INTERNET) A
    NECESSIDADE DE CRIARMOS FÓRUNS DE DISCUSSÃO PELA CONSTRUÇÃO DE MECANISMOS QUE VIABILIZEM A
    PARTICIPAÇÃO POPULAR NAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS DAS TRÊS ESFERAS
    (MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL).
    É PRECISO ENGLOBAR OS QUE PREGAM VOTO NULO, OS QUE SE DIZEM RADICAIS DE ESQUERDA E OUTROS NA DISCUSSÃO DE ALTERNATIVAS.


    COMO A SOCIEDADE ORGANIZADA EM ASSOCIAÇÕES, SINDICATOS, CONSELHOS PODEM
    DE FATO FAZER VALER O INTERESSE DE SEUS REPRESENTADOS (SEJA COLEGIADO,
    DELEGADO, SEJA QUAL FOR SUA FORMA DE ORGANIZAÇÃO) NAS DIFERENTES ESFERAS?
    CIDADANIA
    NÃO É APENAS EXERCER DIREITOS E DEVERES COMO A MÍDIA E AS ESCOLAS
    TRADICIONALMENTE ENSINAM. É EFETIVAMENTE PODER DIRECIONAR AONDE, QUANTO E
    COMO OS RECURSOS PÚBLICO DEVA SER APLICADO. AFINAL, NÃO SOMOS NÓS OS
    CONTRIBUINTES?
    CHEGA DE HIPOCRESIAS!

    UM ABRAÇO,
    LUIZ.

    FORA SARNEI!
    FORA CORRUPTOS!
    CONTROLE POPULAR DOS GASTOS PÚBLICOS!

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