quinta-feira, 29 de abril de 2010

A mais nova integrante do Movimento MLST

Filha de Josivan Cícero, de 41 anos e Maria Valquíria, 18 anos – integrantes do movimento Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) há 7 anos, Maria Gabriele, dois meses de nascida é a mais nova acampada da Praça Sinimbu.

A família conta que o parto foi iniciado na Praça e não deu tempo de Maria Valquíria chegar à maternidade. O casal não se mostra abatido com a triste realidade da criança, muito pelo contrário, se apresenta uma família feliz e em fase de construir sonhos.

'Temos muita esperança que as coisas vão mudar e o movimento cresce a cada dia, nos fortalecendo e nos alimentando a crença de que poderemos dar uma vida digna aos nossos filhos', diz Josivan, que ainda tem outra criança de 2 anos de idade, também acampado com o casal, na Sinimbu.

Maria Valquíria, que conta com a ajuda de uma irmã para cuidar de sua filha, também se mostra confiante nas mudanças. “Quando sairmos daqui, tudo será mais fácil”, afirma.

Famílias do MLST ainda não têm data para desocupar a Praça Sinimbú

As lideranças do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) estiveram reunidas, na tarde com hoje, com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Eles negociaram a desocupação das 120 famílias que estão acampadas na Praça Sinimbu, desde novembro do ano passado.

O Incra prevê a remoção das famílias para um imóvel de 300 hectares, na fazenda Novo Horizonte, no município de Joaquim Gomes. De acordo com o ouvidor agrário do Incra, José Carlos Cardoso, as negociações dependem da conclusão da segunda etapa do processo de monitoração dos dados cadastrados pelo instituto na avaliação do processo de vistoria, realizado numa primeira etapa.

O Instituto dispõe de dois processos para assentar as famílias, num primeiro momento, acontece o processo de vistoria, com o trabalho de campo, estudo da condição do solo e hidrográficas, acessibilidade da terra, entre outros. Numa segunda etapa, esses dados são avaliados e o valor da terra é repassado ao Governo Federal. É justamente neste ponto, que está a negociação do INCRA com o Governo, para a remoção das famílias do MLST da Praça Sinimbu.

‘Esta segunda etapa deve durar um prazo de 15 a 20 dias. Enquanto isso, estamos providenciando lona e cesta básica para as famílias acampadas’, diz José Carlos.

Marcos Antônio da Silva, conhecido como Marrom, de 40 anos, coordenador estadual do MLST informou que as negociações com o Incra duram mais de um ano. As pautas principais são as vistorias das terras, desapropriação, liberação de crédito para reforma agrária e a remoção das famílias da Praça Sinimbu.

'Nós marcamos outra reunião com o movimento para o dia 5 de maio, às 10h, no Incra, vamos contemplar uma pauta geral para tratar da vistoria das terras, da infra estrutura dos assentamentos e da liberação dos recurso do Governo Federal', diz o superintendente do Incra, Estevão Oliveira.

Segundo Estevão, a transferência das famílias para Joaquim Gomes, vai depender da negociação do Incra com o proprietário da terra. ‘A idéia é que os assentados possam ocupar uma pequena área delimitada, enquanto aguardam a liberação do recurso do Governo Federal’, diz Joaquim.

O Movimento

O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) é um movimento político-social brasileiro que busca a reforma agrária. E é uma dissidência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

por Kelly Baêta / Alagoas em Tempo Real

http://alemtemporeal.com.br/?pag=agricultura&cod=1292

Mirante Cultural chega a 21ª edição nesta sexta-feira

O CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS AFRO ALAGOANO QUILOMBO realizará a 21ª edição do Mirante Cultural – “Um Quilombo Chamado Jacintinho ” em parceria com os comerciantes do bairro do Jacintinho e o Sindicato dos Urbanitários. Será realizado sexta-feira (30), às 19h30, no Mirante Kátia Assunção localizado no Jacintinho (por trás da rádio 96 FM).
O Mirante Cultural se consolidou como um espaço de disseminação e integração da cultura popular e afro. Em mês o projeto receberá os seguintes grupos: Bumba-meu-boi Excalibur; Núcleo de Capoeira; Banda Desejo de Forró; Associação Puma de Fer Kwon Do e a Banda Guerreiros da Vila.



O C.E.P.A.A Quilombo vem lutando pela requalificação do Mirante Kátia Assunção com o objetivo de transformá-lo em um espaço de fomentação de cultura e lazer. Dentro dessa requalificação visa trabalhar também a mudança do nome de mirante Kátia Assunção para um ícone da luta quilombola, homenageando assim, um símbolo da resistência negra.

O Mirante Cultural continuará defendendo a integração entre educação e arte, buscando sempre impulsionar os artistas locais, trabalhando a geração de renda e valorizando a cultura popular e afro-alagoana. Agradecendo sempre os apoios da comunidade, dos artistas, dos parceiros e da imprensa.


PROGRAMAÇÃO:

Bumba-meu-boi Excalibur

Banda Guerreiros da Vila

Associação Puma de Fer Kwon Do

Banda Desejo de Forró

Núcleo de Capoeira



GRUPOS PARCEIROS DO C.E.P.A.A. QUILOMBO:

Escola de Samba Arco-Íris

Núcleo de Capoeira

Grupo Lésbico Dandara

Bumba-meu-boi Excalibur

Grupo de Teatro Máscaras sobre Máscaras



Fonte: Assessoria de Comunicação - Viviane Rodrigues

Capoeira na periferia

O Grupo Muzenza de Capoeira, Centro de Cidadania e Educação Popular (Cepec) em parceria com a Federação Alagoana de Capoeira (Falc) realizam nos dias 29 de abril a 1º de maio, o 4º Grota Capoeira e a 3ª Copa Benedito Bentes de Capoeira.


A programação terá início no dia 29/04 às 19h, com um bate papo sobre Arbitragem e Regulamento de Competição de Capoeira, no Centro de Treinamento Muzenza no Clima Bom. No dia 30/04 às 14h, discussão sobre “Capoeira Inclusiva” na sede do CEPEC, Grota da Alegria; tem grande roda às 17h em frente ao terminal de ônibus do Benedito Bentes e 19h30 outras manifestações afro-culturais (dança do fogo, maculelê, hip hop, samba de roda).


Já no dia 1º de maio, às 08h serão ministrados os cursos de confecção de Caxixi e de encordamento de atabaque; às 15h é iniciada a 3ª Copa Benedito Bentes de Capoeira na Praça Padre Cícero no Benedito Bentes e no encerramento do evento às 20h, a apresentação da Banda de Baldes e Latas com crianças e adolescentes da Grota.


Mais informações e inscrições: 8813-9900 / 8808-9366.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Entrega do Prêmio reunirá artistas e autoridades

A entrega do 1° Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, em Brasília no próximo dia 27, contará com a presença de representantes dos 20 projetos selecionados no edital e com os jurados escolhidos pelo público para julgar os trabalhos. Os mestres de cerimônia da noite serão os atores Zezé Mota e Antonio Pompeu. Já a programação cultural do evento será um coquetel performático realizado pelo grupo de teatro de Brasília, Cabeça Feita, dirigido por Cristiane Sobral - uma das juradas do Prêmio.

O Prêmio é uma iniciativa da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, e do Centro de Apoio ao Desenvolvimento (Cadon), com patrocínio da Petrobras. A entrega dos prêmios serão feitas pelo Ministro da Cultura, Juca Ferreira; pela Diretora do Cadon, Ruth Pinheiro e pelo representante da Petrobrás na região, José Samuel Magalhães.

O edital teve mil inscritos, dos quais cerca de 600 não estavam aptos a participar e, dos 400 restantes, apenas 20 foram selecionados. "Isso demonstra que ainda estamos muito distantes de atender a demanda da cultura afro-brasileira", observa o Diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira, Elísio Lopes Junior.

Ruth Pinheiro fala sobre a diversidade que o edital abrangeu. "Temos grupos consagrados em suas linguagens, mas temos grupos formados por quilombolas, que jamais imaginaram que poderiam acessar um recurso desse para sua arte. Isso é um sonho".

O desejo dos organizadores, agora, é que o edital tenha continuidade. "O teatro e a dança permanecerão, mas a cada nova edição entrará uma linguagem diferente para compor, como o áudio visual está sendo previsto para a próxima seleção", explica Elísio.

Serviço:

O quê: Entrega do 1° Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras

Quando: 27 de abril

Hora: 19h

Local: Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Setor Cultural Sul/ Lote 2 - Esplanada dos Ministérios, em Brasília

Fonte: Assessoria de Comunicação da FCP

Novos rumos

Por: Helciane Angélica - jornalista


A Associação Cultural Agentes de Pastoral Negros, uma referência no movimento social negro, teve quatro dias de renovação e integração. Cerca de 300 pessoas entre delegados e convidados participaram do 1º Congresso Nacional com o tema “APNs: Olhando a história e projetando o futuro” nos dias 21 a 24 de abril, em Goiânia (GO). A entidade nacional possui 27 anos de existência e reuniu representantes dos seus mocambos que estão espalhados em treze estados de norte ao sul do País, que juntos, discutiram um novo projeto político para os próximos dez anos.

Durante toda a programação, várias autoridades políticas, como gestores do Governo de Goiás, deputados, vereadores e até o novo Ministro Eloi Ferreira, da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) prestigiaram o evento que teve: quatro seminários “Racismo e Democracia: Característi¬cas, Enfrentamento e Ações Governamentais”, “APNs e Diálogo Interreligioso”, “Um Quilombo Chamado Brasil: “Do Sonho a Realidade”, Racismo. Machismo e Sociedade”; 10 grupos de trabalho; Ato Político em favor do Estatuto da Igualdade Racial; a 14ª Assembleia Geral, que também foi eletiva e a posse da nova Direção Nacional dos APNs.

Sem sombras de dúvidas, o momento mais marcante foi quando os participantes foram às ruas na sexta-feira e realizaram um ato público em defesa do Estatuto da Igualdade Racial e contra o senador Demóstenes Torres (DEM), que durante a audiência sobre as cotas raciais na educação teve a audácia de anunciar seu pronunciamento machista e altamente racista – afirmou que os estupros praticados pelos senhores de engenho durante o escravismo eram consensuais e responsabilizou os negros pela própria escravidão. Na manifestação, homens, mulheres e crianças de vários segmentos afros e credos se uniram para transmitir à sociedade a indignação da população afro-brasileira por meio dos discursos fervorosos e cânticos afros.

Outro destaque, foi a riqueza de propostas deliberadas nos grupos de trabalhos, dentre elas a criação de um GT sobre “Mídia e Racismo” e o monitoramento dos termos racistas utilizados nos veículos de comunicação. Também promover estratégias de comunicação para informar a sociedade sobre os atos racistas nos diversos setores denunciando e executando campanhas de valorização étnicorracial, e a interlocução entre os APNs e as Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial (COJIRAS) que são vinculadas aos sindicatos, inclusive, estimular a adesão dos jornalistas que fazem parte do movimento social negro a participarem. Muito bom, que outros movimentos possam executar atividades tão enriquecedoras como essa. Axé!


Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (27/04/10)

domingo, 25 de abril de 2010

Projeto de dança em Alagoas é premiado


O professor Eduardo Xavier dos Passos, ou melhor, Edu Passos foi um dos vencedores no 1º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras, promovido pela Fundação Cultural Palmares e patrocinado pela Petrobrás. O projeto “Oficinas de Dança Afro-Brasileira nas escolas”, na categoria dança foi o vencedor da região Nordeste e recebeu R$80.000,00. Realizará oficinas de dança afro-brasileira para alunos do ensino médio de duas escolas da rede pública, com o objetivo de formar multiplicadores para o ensino da dança afro brasileira. Ao final, será montado um espetáculo de dança de 40 minutos adaptável a lugares abertos. Desde 1985, ele desenvolve um belo trabalho na área das artes cênicas e expressões corporais no Estado, e também dar aulas no Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte) Parabéns e mais conquistas!

Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (20.04.10) / Foto: André Fon

Coletivo AfroCaeté realiza excursão para a Festa da Lavadeira


Retorno do programa Conexão


O programa de entretenimento Conexão retorna a programação da TV Pajuçara no domingo (25.04) às 11h30, com muitas surpresas e quadros diversos. A Cojira-AL espera que também tenha espaço para divulgar a cultura afro-brasileira e dar visibilidade aos negros e negras alagoanos de sucesso, existentes nos mais diversos setores da sociedade. Já podemos considerar um importante avanço, ter uma jornalista negra apresentando o programa de destaque em uma emissora alagoana – Bárbara Santiago, também é engenheira agrônoma e representa um belo exemplo a ser seguido!

Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (20.04.10)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Taís Araújo é condecorada pelo presidente Lula


A atriz Taís Araújo foi condecorada pelo o presidente Lula e a primeira-dama Marisa Letícia nesta terça, 20. Ela recebeu a comenda Oficial da Ordem de Rio Branco, uma das mais altas honrarias concedidas pelo governo brasileiro, por ter divulgado o Brasil com a excelência de seu trabalho.

Fonte: EGO

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mulher negra concorre a vaga no Conselho Curador da EBC

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) realiza este ano a primeira consulta pública para definir novos integrantes para seu Conselho Curador. Criado em 2007, o conselho foi concebido como um instrumento de participação da sociedade na gestão da comunicação pública, em especial das emissoras de TV e rádio, agência de notícias e demais veículos da EBC.

A escolha dos integrantes do Conselho Curador por meio de consulta pública é iniciativa que amplia de maneira significativa o diálogo com o movimento social e popular. Este processo deliberativo ainda pode ser aprimorado, mas torna o conselho mais democrático. Trata-se de uma oportunidade ímpar para debater as demandas da população brasileira a serem efetivadas na política de comunicação, com respeito à diversidade étnico-racial, gênero e a pluralidade cultural.

Neste sentido, as comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojiras) e o Núcleo e Jornalistas Afrodescendentes do Rio Grande do Sul apresentaram minha candidatura ao Conselho Curador da EBC, acatada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e demais entidades do movimento social negro, feminista e de democratização da comunicação. Entre elas, Movimento Negro Unificado, Fórum de Nacional de Mulheres Negras, Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Intervozes e Articulação Mulher e Mídia.

Essa ampla rede de entidades acredita que a democratização da informação passa pela concepção de que os meios de comunicação devem primar pelo tratamento igualitário da notícia, sem reproduzir os estereótipos e quaisquer tipos de discriminação. Mulheres, homens, negras, negros, indígenas, crianças, jovens, idosos, LGBTTs, portadores de deficiências, pobres, ricos, personalidades e lideranças políticas, comunitárias, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras merecem VISIBILIDADE e respeito no trato da informação pelos veículos de comunicação radiofônicos, televisivos, impressos e virtuais.

A gama desta especificidade precisa estar retratada no jornalismo investigativo, de pesquisa, cultural, social, comunitário, meio ambiente, policial; no entretenimento, nos programas humorísticos, de auditórios, evitando o sensacionalismo e a banalização das pessoas. A sociedade civil no Conselho Curador, além de banir práticas abusivas, racistas, machistas nas grades da programação, deve ainda ser uma impulsora de proposições de temas considerados historicamente tabus como as relações afetivo-homossexuais, a discriminalização do aborto, o uso na medicina de células-tronco, a exploração sexual de crianças e adolescentes, o trabalho escravo, a liberdade de expressão a todas as crenças religiosas. Estas temáticas devem ser abordadas sem o viés moralista e repressor.

Outro aspecto importante a tratar seria o horário da veiculação de programas, debates e entrevistas, de cunho didático, pedagógico, exibidos na madrugada, cerceando a audiência de públicos alvos específicos. Uma proposta a ser considerada pela sociedade civil no Conselho Curador vislumbra a grade da programação voltada para o público infanto-juvenil que interaja com a esta parcela da população importante para elevar a auto-estima e a descoberta de talentos.

O Conselho Curador deve propor a participação dos profissionais da Empresa Brasil de Comunicação na programação voltada para a questão étnico-racial e de gênero, subsidiadas pelas entidades negras e de mulheres. É necessário que a EBC cumpra as resoluções aprovadas pela I Conferência Nacional de Comunicação, entre elas, a realização do Censo Étnico-Racial e de Gênero, visando saber quantos profissionais negros e negras fazem parte do quadro da EBC, em quais funções e destas quais as instâncias de decisão como editorias, coordenações e chefias. É fundamental garantir capacitação dos profissionais de comunicação no tocante às relações étnico-raciais, além de participação dos profissionais negros e negras nos editais de contratação e produção de conteúdo.

Neste sentido, acreditamos que a participação da mulher negra no Conselho Curador é uma demonstração de que a EBC assume esta responsabilidade que vem cumprindo e que possa avançar muito mais. Nesta disputa, estão as companheiras Nilza Iraci, do Geledes e Ana Veloso, da Rede Feminista da Saúde.As entidades que nos apoiaram, da minha parte, foram 10 instituições. Ana Veloso liderou o número de apoios, com 12 entidades. Agradecemos esta mobilização e com certeza a nossa presença FARÁ A DIFERENÇA.

Esperamos que o Presidente Lula tenha esta sensibilidade na escolha das três vagas que estão na disputa.

Jacira da Silva

- Cojira-Distrito Federal/Sindicato dos Jornalistas do DF- MNU-DF- Fórum de Mulheres Negras do Distrito Federal

APNs inicia Congresso em Goiânia


Pela primeira vez nos 27 anos de história de organização dos Agentes de Pastoral Negros (APNs), será realizado um congresso nacional para discutir as políticas públicas voltadas para a promoção da igualdade racial, racismo e discriminação, juventude, machismo, sexismo, gênero, educação, empoderamento, movimentos sociais. O tema central é “APNs: olhando a história e projetando o futuro”. Entre os temas chamados prioritários destaque para “O Projeto Político dos APNs”, que vai nortear todas as ações da entidade para os próximos dez anos.

O 1º Congresso Nacional dos APNs será realizado em Goiânia, de 21 a 24 de abril, no Augustus Plaza Inn. A solenidade de abertura e conferência inicial, que será proferida pelo deputado federal e ex-ministro da igualdade racial, Edson Santos, será realizada na Câmara Municipal, às 19h, do dia 21. Estarão presentes a secretária de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial, Denise Carvalho; a coordenadora nacional dos APNs, Jacinta Santos, dentre outras autoridades locais.

O Congresso dos APNs trará a Goiânia diversas personalidades importantes dentro do contexto da igualdade racial. Um dos destaques é Epsy Campbell Barr, ativista feminista e antirracista, economista, ex-deputada e fundadora do Partido Ação Cidadã da Costa Rica. Ela participará do seminário Racismo, Machismo e Sociedade, no dia 23 de abril.

Outras presenças confirmadas são a do ministro Elói Ferreira, da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir); do embaixador da República Unida da Tanzânia, Joram Mukama Biswaro; do deputado federal Vicentinho, que tratará dos negros nos espaços de poder em um dos seminários; e representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além dos coordenadores regionais e locais dos APNs.

Fonte: www.apnsbrasil.org

terça-feira, 20 de abril de 2010

Hip Hop alagoano em destaque

APN’s - Congresso Nacional

Por: Helciane Angélica


A Associação Cultural Agentes de Pastoral Negros, entidade nacional do movimento social negro, vem passando por um processo de transformação e renovação de lideranças. Nos dias 21 a 24 de abril, acontecerá em Goiânia (GO) o 1º Congresso Nacional, com a presença de mais de 300 pessoas entre delegados e convidados que debaterão o tema “APNs: Olhando a história e projetando o futuro” e que tem como lema: “Conscientização, Organização, Fé e Luta” – ao longo dos 27 anos de trajetória, a entidade só realizou encontros nacionais temáticos e assembleias.

O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô é a única entidade que representará o estado de Alagoas e pode levar até oito delegados e delegadas para o evento. Para viabilizar o deslocamento da comissão, foi feita uma campanha financeira junto às pessoas e instituições comprometidas com as questões étnicorraciais, dentre os apoiadores estiveram: Sinteal, Sindicato dos Urbanitários, Sindpol, Secretaria Estadual da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, a vereadora Heloisa Helena (Psol), e os deputados estaduais Paulão e Judson Cabral – ambos do PT.

O grupo heterogêneo é formado por jornalista, professores, produtores culturais e arte-educadores – uns com experiência e outros iniciando na militância – mas, todos querendo ampliar seus conhecimentos e com a intenção de fortalecer o vínculo da entidade com o movimento negro nacional.

A solenidade de abertura acontecerá no dia 21 de abril às 19h, no Plenário da Câmara dos Vereadores de Goiânia, e terá a conferência magna de Edson Santos, Deputado Federal (PT-RJ) e ex-Ministro Chefe da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que abordará o tema “Sociedade e o Estado Brasileiro: Relações raciais na década de 90” . Na programação terão quatro seminários “Racismo e Democracia: Características, Enfrentamento e Ações Governamentais”, “APNs e Diálogo Interreligioso”, “Um Quilombo Chamado Brasil: “Do Sonho a Realidade”, Racismo. Machismo e Sociedade”; 10 grupos de trabalho; Ato Político em favor do Estatuto da Igualdade Racial; a 14ª Assembleia Geral, que também é eletiva e a posse da nova Direção Nacional dos APNs.

Confira a programação completa no site www.apnsbrasil.org e a cobertura no blog www.anajoonline.spaces.live.com. Representantes de todos os 14 estados membros mobilizados para executar o planejamento do projeto político da instituição nacional nos próximos dez anos! Axé.

Fonte: Coluna Axé - Tribuna Independente (20.04.10)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Só Porque Estavam Nus

Algumas das utopias acalentadas pelas sociedades ocidentais tinham sido alcançadas e se mostravam reais




- Preguiçosos, folgados, gentílicos, só sabem pedir mais terra, tomar cachaça e reclamar, reclamar...

Esta, provavelmente, pode ser a resposta que uma boa parcela da população brasileira daria se perguntada sobre o que pensam dos nossos índios. Porém, quem comete esse tipo de resposta desconhece que este deturpado conceito coletivo, no que se refere aos povos indígenas, nada mais é que o reflexo de uma visão destorcida que, através dos séculos, foi construída de geração em geração a partir da nossa incapacidade de entender, aceitar e respeitar a cultura do índio brasileiro. E tudo começa lá na gênese dessa questão. Primeiro, pelo fracasso dos colonizadores em escravizá-los e catequizá-los. Depois, em ato contínuo, pela matança indiscriminada de parte da nação indígena brasileira.

Pelo grau natural da resistência estabelecida pelos nossos gentios, só restou ao dominador, “povos civilizados”, subverter os valores da cultura indígena, desqualificando-a pelo descrédito e desdém. São estas as armas covardes utilizadas por quem tem rabo-de-palha e visão geodésica pautada pela ignorância premeditada. Senão vejamos: achamos que o índio brasileiro é preguiçoso porque em sua cultura prevalece o respeito à natureza e, de forma respeitosa e criteriosa, se apropria apenas do que é necessário à sobrevivência, deixando por conta da própria natureza a renovação dos mananciais, capazes de garantir sua existência em perfeita harmonia com o todo.

É claro que tal forma de vida, cuja estrutura social demonstrava que algumas das utopias acalentadas pelas sociedades ocidentais tinham sido alcançadas, sem conceitos cumulativos, sem prisões, sem hospícios e em perfeita harmonia com a natureza. Tudo isso deve mesmo ter causado estranheza ao dominador. No entanto, ao invés de ser uma lição de vida, foi entendida como indolência, preguiça e um prato cheio para a avareza dominadora que, hoje, mais do que nunca, as sociedades modernas cultivam.

Por outro lado, de tão integrado à natureza, pois sua cultura foi construída no âmbito dela própria, foi difícil para o indígena assimilar a visão ortodoxa do branco que, por sua vez, invariavelmente, se utilizou de uma linguagem bastante peculiar em seus perversos derivativos: escravização, estupros, doenças contagiosas, seqüestros e matança gratuita.

Naturalmente, fugindo dessa praga avassaladora, o índio brasileiro se embrenhou nas matas em busca de um isolamento onde fosse possível se ver livre de tanta agressão aos seus valores, conceitos e crenças. Atualmente, nem isso é possível. Apesar das demarcações das terras indígenas em imensos territórios, conceituados de nação (para a ONU este conceito significa soberania), as invasões continuam e desta vez sob as bandeiras estrangeiras. Orlando Villas Boas, antes de morrer, já havia alertado sobre a estratégia americana que envolve os índios da Amazônia e a iminente ocupação de suas nações pelo “bondoso” Tio Sam.

E é assim que, vergonhosamente, temos muito pouco da contribuição que a cultura indígena poderia ter dado para a formação cultural do povo brasileiro. É por isso que boa parte da mídia, no dia do índio, prefere destacar o aniversário do Roberto Carlos e, este ano, à morte da sua mãe. Afinal, ele fez canções para caminhoneiros, gordinhas, santos, santas, baleias e Jesus Cristo...

19 de abril, era o dia do índio.


Fonte: Blog Quiprocó - www.alagoasdiario.com.br

sábado, 17 de abril de 2010

Quintal Cultural realiza Encontro da Multiplicidade Artística

Diversidade sexual e racial na Escola

Nesse sábado (17.04) a partir das 8h30, a Escola Estadual Alberto Torres no bairro do Bebedouro em Maceió sediará o 1º Seminário com o tema: “QUEM SOU EU? E O QUE PENSAM QUEM SOU NO MEU CONVÍVIO NA ESCOLA?”. O objetivo é propor diretrizes para a implementação de ações que promovam o respeito e o reconhecimento da diversidade de orientação sexual e relações raciais, além disso, visa o diálogo entre os professores, coordenadores, merendeiras, vigias, conselho escolar e direção.

A atividade é promovida pelos alunos do grupo de estudo “Gênero e Diversidade na Escola” da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e na programação constam as palestras “Relações Raciais na Escola” e “Gênero e Etnia”, oficinas (Etnia, Sexualidade e Pensando uma escola com qualidade), apresentação cultural e lançamento da segunda etapa do projeto Pérola Negra Brasileira nesta instituição de ensino, que é coordenado pelo professor de matemática Allex Sander Porfírio – integrante do Anajô e da Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro.

Confira a programação completa:

ABERTURA

8h30min

FORMAÇÃO DA MESA

PALESTRAS

09h00min

Relações Raciais na Escola

PALESTRANTE: Prof.ª Dra. Nanci Franco - CEDU / Universidade Federal de Alagoas

10h00min

Gênero e Sexualidade

PALESTRANTE: Prof.ª Ms. Maria Alcina Ramos de Freitas (Cininha) Integra a equipe da 13º CE.

11h00min

Debate

APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

12h00min

Voz e violão

INTERVALO

12h00min ALMOÇO

OFICINAS

14h00min Enriquecendo minha prática pedagógica

Grupo 1: ETNIA

Grupo 2: SEXUALIDADE

Grupo 3: PENSANDO UMA ESCOLA COM QUALIDADE

LANÇAMENTO DA ETAPA 2

16h00min “PROJETO PÉROLA NEGRA BRASILEIRA”

CENTRO DE CULTURA E ESTUDOS ÉTNICOS ANAJÔ

APRESENTAÇÃO CULTURAL

17h00min

Grupo da comunidade


17h30min Encerramento

Mais informações: 8803-9930 / 8868-4838 / 9331-7928.



Fonte: Blog do Anajô - www.anajoonline.spaces.live.com