A família conta que o parto foi iniciado na Praça e não deu tempo de Maria Valquíria chegar à maternidade. O casal não se mostra abatido com a triste realidade da criança, muito pelo contrário, se apresenta uma família feliz e em fase de construir sonhos.
'Temos muita esperança que as coisas vão mudar e o movimento cresce a cada dia, nos fortalecendo e nos alimentando a crença de que poderemos dar uma vida digna aos nossos filhos', diz Josivan, que ainda tem outra criança de 2 anos de idade, também acampado com o casal, na Sinimbu.
Maria Valquíria, que conta com a ajuda de uma irmã para cuidar de sua filha, também se mostra confiante nas mudanças. “Quando sairmos daqui, tudo será mais fácil”, afirma.
Famílias do MLST ainda não têm data para desocupar a Praça Sinimbú
As lideranças do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) estiveram reunidas, na tarde com hoje, com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Eles negociaram a desocupação das 120 famílias que estão acampadas na Praça Sinimbu, desde novembro do ano passado.
O Incra prevê a remoção das famílias para um imóvel de 300 hectares, na fazenda Novo Horizonte, no município de Joaquim Gomes. De acordo com o ouvidor agrário do Incra, José Carlos Cardoso, as negociações dependem da conclusão da segunda etapa do processo de monitoração dos dados cadastrados pelo instituto na avaliação do processo de vistoria, realizado numa primeira etapa.
O Instituto dispõe de dois processos para assentar as famílias, num primeiro momento, acontece o processo de vistoria, com o trabalho de campo, estudo da condição do solo e hidrográficas, acessibilidade da terra, entre outros. Numa segunda etapa, esses dados são avaliados e o valor da terra é repassado ao Governo Federal. É justamente neste ponto, que está a negociação do INCRA com o Governo, para a remoção das famílias do MLST da Praça Sinimbu.
‘Esta segunda etapa deve durar um prazo de 15 a 20 dias. Enquanto isso, estamos providenciando lona e cesta básica para as famílias acampadas’, diz José Carlos.
Marcos Antônio da Silva, conhecido como Marrom, de 40 anos, coordenador estadual do MLST informou que as negociações com o Incra duram mais de um ano. As pautas principais são as vistorias das terras, desapropriação, liberação de crédito para reforma agrária e a remoção das famílias da Praça Sinimbu.
'Nós marcamos outra reunião com o movimento para o dia 5 de maio, às 10h, no Incra, vamos contemplar uma pauta geral para tratar da vistoria das terras, da infra estrutura dos assentamentos e da liberação dos recurso do Governo Federal', diz o superintendente do Incra, Estevão Oliveira.
Segundo Estevão, a transferência das famílias para Joaquim Gomes, vai depender da negociação do Incra com o proprietário da terra. ‘A idéia é que os assentados possam ocupar uma pequena área delimitada, enquanto aguardam a liberação do recurso do Governo Federal’, diz Joaquim.
O Movimento
por Kelly Baêta / Alagoas em Tempo Real
http://alemtemporeal.com.br/?pag=agricultura&cod=1292
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